Sim a NEONÃO

Sim a NEONÃO Desde Philadelpho Menezes e das suas experiências poético-sonoras a solo ou em conjunto com Wilton Azevedo, mais voltadas para a componente tecnológica da palavra, e do soberbo “Nome” de Arnaldo Antunes, que não ouvia uma obra de poesia sonora de um autor brasileiro que me soasse de um modo inovador e entusiasmante como esta obra de Wilmar Silva.

A ler

25.12.2010 | por Fernando Aguiar

Mostrar e pensar o que se anda a fazer - festivais de teatro de língua portuguesa

Mostrar e pensar o que se anda a fazer - festivais de teatro de língua portuguesa Companhias e artistas viajam para apresentarem os seus trabalhos uns aos outros e a um público que refresca o olhar do seu habitual nicho de mercado, nos territórios nacionais. O trabalho ganha em visibilidade e reflexão, pois o debate entre pessoas da área ajuda a desenvolver critérios de exigência e de comunicação sobre aquilo que se apresenta. Um Festival tem uma dimensão festiva, não menos importante que tudo o resto, e contribui para esse intercâmbio no espaço lusófono, entre agentes culturais e representações das realidades de cada um.

Palcos

24.12.2010 | por Marta Lança

WHPO: uma Rede Mestiça e (esta sim) um verdadeiro “PIN”

WHPO: uma Rede Mestiça e (esta sim) um verdadeiro “PIN” A Universidade de Coimbra acolheu duas importantes reuniões internacionais designadas World Heritage Portuguese Origin (WHPO), a primeira sucedeu em 2006 e a segunda acabou de ocorrer (entre 23 e 26 de Outubro de 2010), no quadro das quais se fundou uma rede orientada para a conservação do património arquitectónico e urbano de influência portuguesa, espalhado pelos muitos - certamente mais que quatro - cantos do Mundo.

Cidade

22.12.2010 | por Ana Amendoeira e José Aguiar, ICOMOS-Portugal

600 quilómetros

600 quilómetros Depois de algumas idas e voltas Lisboa-Madrid-Lisboa, e de outras idas e voltas Maputo-Joanesburgo-Maputo comecei a encontrar pontos de encontro entre a viagem no Sudoeste europeu e a viagem no Sudeste africano. Os dois percursos têm cerca de seiscentos quilómetros, de país para país, de capital para capital; sintonizar noutro idioma ao passar a fronteira, cambiar as notas por outras - actualmente já se salta este passo na Península Ibérica. São viagens em longitude, para Oriente: Madrid e Maputo; para Ocidente: Lisboa e Joanesburgo.

Vou lá visitar

17.12.2010 | por Nuno Milagre

À procura da nova arte africana nos anos 1960. Patrocínio e formação na década da euforia – Ulli Beier, Pancho Guedes e Julian Beinart

À procura da nova arte africana nos anos 1960. Patrocínio e formação na década da euforia – Ulli Beier, Pancho Guedes e Julian Beinart Ao contrário do contexto da África francófona, onde dominou o interesse pela criação literária e uma concepção de negritude que passava pela apropriação mais ou menos conflitual da modernidade europeia, alguns mediadores situados mais a sul interrogavam a evolução possível das culturas locais e das grandes tradições artísticas próprias, com independência da subordinação aos modelos europeus de modernidade, que quanto à situação das artes visuais e não só eram vistos de modo crítico. No quadro da morte inevitável da arte tribal própria da sociedade tradicional - mesmo na via da sua cópia turística -, procuravam-se sem qualquer essencialismo nativista (nos casos de Beier, Guedes e Beinart) novas formas populares e espontâneas de produção artística, e também sofisticadas formas sincréticas, no caso da "síntese natural" proposta na Escola de Zaria por Uche Okeke.

A ler

17.12.2010 | por Alexandre Pomar

Recaredo Silabo Boturu, Luz en la noche: Poesía y teatro

Recaredo Silabo Boturu, Luz en la noche: Poesía y teatro Recaredo Silabo Boturu nasceu em 1979, na Guiné Equatorial, mais propriamente na ilha de Bioko, antiga Fernando Pó, onde continua a viver. Luz en la noche, como o próprio título anuncia, parece uma combinação de paradoxos, sem o ser. É, antes de mais, definível através de duas palavras: desencanto e esperança, sendo que esta última marca a sua presença no derradeiro poema, que dá nome ao livro, de forma indelével.

A ler

16.12.2010 | por Cátia Miriam Costa

“Acusam-me de fazer objectos pouco esculpidos, pouco africanos”, entrevista com Balthazar Faye

“Acusam-me de fazer objectos pouco esculpidos, pouco africanos”, entrevista com Balthazar Faye Alguns países, em África, não possuem ferramentas que permitam a execução de um mesmo objecto indefinidamente. Para ultrapassar esta carência tecnológica, seria preciso integrar conceitos de execução como, por exemplo, a peça única em série. Efectivamente, porque não valorizar as pequenas diferenças entre os objectos que se inspiram no mesmo padrão? Porque não jogar com a exploração destes “futuros erros” de produção em vez de ficar à espera da implantação de uma tecnologia normalizada?

Cara a cara

13.12.2010 | por Thierry William Koudedji e Lucie Touya

Cinema dos tempos que já lá vão...

Cinema dos tempos que já lá vão... As casas de cinema em Angola são referências das cidades que as acolhem. E são muitas, já que aquele tipo de infra-estruturas está espalhado um pouco por todo o país, tendo surgido muito antes ainda da independência do país, o que permitia às autoridades coloniais portuguesas levar entretenimento, mas sobretudo propaganda do regime, às diferentes regiões. Da história ficam os marcos arquitectónicos, o gosto pelo espectáculo e as salas multi-usos.

Cidade

13.12.2010 | por Miguel Gomes

Foroyaa liberdade! repressão na Gâmbia

Foroyaa liberdade! repressão na Gâmbia Na Gâmbia, as liberdades e direitos básicos são reprimidos por um regime autocrático liderado há 15 anos por Yahya Jammeh. A constatação, feita por organismos como a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, não tem eco na sociedade gambiana. Há uma barreira de silêncio que apenas os jornalistas ousam quebrar.

Vou lá visitar

13.12.2010 | por Pedro Cardoso

Feira de Arte de Marraqueche

Feira de Arte de Marraqueche O Museu de Marrakech, situado no coração da antiga Medina, acolheu exposição "resonnance", apresentando uma série de obras de artistas de origem marroquina. Pintura, fotografia, video-arte, design gráfico, todas as formas artísticas reunidas nesta exposição coletiva para comemorar a herança cultural que trouxe todos eles para a cena artística: Mounir Fatmi, Aziza Alaoui, Chourouk Hriech, Mohamed El Baz, Lalla Essaydi, Malik Nejmi e outros.

Vou lá visitar

10.12.2010 | por Hasnae Fathi

Mário Pinto de Andrade: a lucidez é um sorriso triste

Mário Pinto de Andrade: a lucidez é um sorriso triste Mário Pinto de Andrade foi o primeiro presidente do MPLA e um dos principais ideólogos da luta de libertação nacional. Aqui mostramos o homem, por quem o conheceu de perto.

Cara a cara

10.12.2010 | por Pedro Cardoso

Na cidade somos quase predadores

Na cidade somos quase predadores Longas barbas brancas e cabelo também ele branco e solto. Cara queimada pelo sol e um amor enorme pelo deserto do Namibe, região onde viveu a infância e se encantou pela areia das dunas que lhe pareciam então montanhas de ouro a brilhar ao longe. Samuel Aço é o principal impulsionador do Centro de Estudos do Deserto, associação que, no interior da província do Namibe, sul de Angola, quer descobrir os segredos de uma das mais inóspitas regiões do país.

Cara a cara

08.12.2010 | por Pedro Cardoso

Um novo canto da terra

Um novo canto da terra Canta os sons da terra, mas foram os Beatles os responsáveis pelo despertar para os múltiplos jogos melódicos que a escala musical encerra. Com uma carreira reconhecida fora e dentro de portas, Filipe Mukenga faz parte da geração que protagonizou a explosão da música nacional, nos anos 60 e 70, constituindo hoje uma referência incontornável dos que cantam Angola.

Palcos

07.12.2010 | por Mário Rui Silva

Luanda está a mexer! Hip hop underground em Angola

Luanda está a mexer! Hip hop underground em Angola O hip hop trouxe consciência social e temáticas que andavam esquecidas no meio artístico angolano. Os rappers underground diagnosticam as contradições da sociedade angolana na vontade poético-política de crescer num país onde a liberdade e a justiça sejam possíveis. É uma cultura popular onde a juventude se revê e se questiona os destinos da nação. Ouvimos alguns mc’s que dão nome ao movimento.

Palcos

04.12.2010 | por Marta Lança

Richard Kapuschinski, um jornalismo ao serviço do mundo

Richard Kapuschinski, um jornalismo ao serviço do mundo Richard Kapuschinski tornou-se uma lenda viva de um tipo de jornalismo literário, envolvido, subjectivo mas sem ceder à parcialidade. A sua disponibilidade e o olhar de viajante atento permitiram ver muito além dos factos e, sobretudo, foi relevante a focalização em lugares negligenciados na arena da política internacional. O jornalista polaco deixou o testemunho de histórias e realidades para muitos só acessíveis através deste registo. Sensibilidade que, a partir da década de 50, o impeliu a viajar pelo mundo (Ásia, Médio Oriente, América Latina, Europa e África). Como jornalista da Polish Press cobriu guerras, golpes de Estado e revoluções que marcavam o fim da era colonial. Faleceu em Varsóvia em 2007.

Cara a cara

02.12.2010 | por Marta Lança