Retrato em branco, pardo e negro

Retrato em branco, pardo e negro Os avós de todos eles são os africanos trazidos à força, os índios catequizados à força e a mistura à força de africanos e índios com brancos, sendo que esses brancos eram os portugueses. Há 200 anos o Rio de Janeiro tinha o maior porto negreiro do mundo, recentemente redescoberto nas obras de recuperação da zona portuária. Involuntariamente, a febre da Copa e das Olimpíadas desenterrou os ossos da história: o porto do Rio foi entrada para cinco milhões de negros até 1831, quando o tráfico começou a ser contrariado. E ainda demorou meio século até a escravatura ser proibida, em 1888.

Vou lá visitar

13.05.2012 | por Alexandra Lucas Coelho

Arquétipos e caricaturas do negro no cinema brasileiro

Arquétipos e caricaturas do negro no cinema brasileiro É um tipo recente, mas que veio para ficar. Trata-se do cidadão brasileiro de pele negra, que procura ressaltar seus traços culturais africanos (ou que acredita ser africano) nas roupas, penteados etc. Os exemplos mais evidentes encontram-se na música popular (os blocos afro do carnaval de Salvador, Gilberto Gil, Carlinhos Brown), já ironizados em programas humorísticos da televisão (Arnaud Rodrigues e Chico Anísio fazendo Baiano e os Novos Caetanos, ou as charges do programa Casseta e Planeta).

Afroscreen

20.03.2012 | por João Carlos Rodrigues

A abolição da escravatura e o teatro português (sécs XVIII- XIX) - a polémica, o exemplo, e a utopia

A abolição da escravatura e o teatro português (sécs XVIII- XIX) - a polémica, o exemplo, e a utopia O debate sobre a abolição da escravatura que se instaura em Portugal, na segunda metade do século XVIII até o princípio do século XIX, teve no teatro um palco privilegiado para a propaganda oficial ao mesmo tempo que promoveu a personagem do Negro - até lá figura cómica herdada do teatro vicentino - a verdadeiro protagonista ou pelo menos objeto da acção teatral

Palcos

12.02.2012 | por Anne-Marie Pascal

Do nosso esforço espiritual

Do nosso esforço espiritual Depois do Egípcio e do Índio, do Grego e do Romano, do Teutónico e do Mongol, o Negro é uma espécie de sétimo filho, nascido com um véu e dotado de uma segunda visão neste mundo americano – um mundo que não lhe concede uma consciência de si verdadeira, mas apenas lhe permite ver-se a si mesmo através da revelação do outro mundo. É uma sensação estranha, esta dupla consciência, esta sensação de estar-se sempre a olhar para si mesmo através dos olhos dos outros, de medir a nossa alma pela bitola de um mundo que nos observa com desprezo trocista e piedade.

Mukanda

15.06.2011 | por William Du Bois

O contributo do homem negro

O contributo do homem negro Que o Negro já esteja presente na elaboração do novo mundo não o demonstra o envolvimento de tropas africanas na Europa; elas provam apenas que ele participa na demolição da antiga ordem, da velha ordem. O Negro revela a sua presença efectiva em algumas obras singulares de escritores e artistas contemporâneos; e também noutras, menos perfeitas, porventura, mas não menos emocionantes, oriundas de homens negros.

Mukanda

30.05.2011 | por Léopold Sédar Senghor

Reprimindo demónios do passado: a reinserção identitária africana e racial nas representações

Reprimindo demónios do passado: a reinserção identitária africana e racial nas representações Como tem sido produzida a identidade do africano na história, qual é o papel dos media nas novas percepções, representação e discurso sobre os africanos e negros? A globalização cultural traz novos modos de representação identitária que vão para além do que é visível, englobando aspectos simbólicos e de fraternidade em relação às diferentes raças. As identidades visíveis entram num caos globalizado.

A ler

19.06.2010 | por Gerson Geraldo Machevo

"Família Alcântara" – a saga de uma produção cinematográfica

"Família Alcântara" – a saga de uma produção cinematográfica Comecei a sofrer com a falta do ensino da história da África e dos afro-descendentes na faculdade. Já trabalhava como assistente de produção cinematográfica e, se desde criança me incomodava muito a (ausência da) representação dos negros nos meios de comunicação brasileiros, como produtora isso passou a me incomodar muito mais. Para sair daquela letargia, senti que tinha que perseguir o sonho de realizar meus próprios filmes. Mas... por onde começar?

Afroscreen

17.05.2010 | por Lilian Solá Santiago