"Não mates a minha mãe!"

"Não mates a minha mãe!" T-shirts e cartazes a pedir «Justiça para Cláudia Simões», frase que infelizmente teve e terá diversos nomes de vítimas. Recebo um papelinho com instruções para o caso de sermos agredidos ou presos. Descemos a Avenida com centenas de pessoas a gritar «Gentalha unida jamais será esquecida», ou seria «Gentalha esquecida sempre unida»?, «a nossa luta é todos os dias, contra o racismo e a xenofobia». Cláudia Simões, mais uma mulher negra espancada, cara desfeita num golpe mata-leão, em que o leão era o polícia da PSP Carlos Canha que a agrediu em frente à filha, desesperada, a assistir ao desespero da mãe.

Cidade

25.11.2023 | por Marta Lança

Brasileiros assinam carta em apoio a ativista negro condenado em Portugal

Brasileiros assinam carta em apoio a ativista negro condenado em Portugal A luta de Mamadou Ba não é individual, é coletiva, e é de todas as pessoas e organizações democráticas que resistem ao crescimento dos fascismos e recusam o regresso de regimes monstruosos associados à chamada extrema direita. Deste modo, requeremos revisão da sentença condenatória e da pena imposta. Que a justiça seja restaurada já! Mamadou já fez saber que usará os instrumentos que o Estado de Direito lhe garante para levar a justiça até às últimas instâncias, incluindo o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, se necessário. A luta antirracista continua!

Mukanda

20.11.2023 | por vários

“A vida das mulheres não tem significado para os governantes angolanos”, entrevista a Djamila Ferreira

“A vida das mulheres não tem significado para os governantes angolanos”, entrevista a Djamila Ferreira Nasci em 1989 e cresci num país onde nunca vi um partido diferente a governar, nunca vi alternância política, cresci com um único Presidente da República, que só mudou há quatro anos. Estou a ver outro Presidente no poder e aí se quer manter. Por causa disso, penso que houve mais união popular para fazer pressão e empurrar o sistema. A ativista angolana fala das dificuldades de quem trabalha em recorrer à Justiça angolana e de como falha em casos de abandono familiar, situações de abuso e violações sexuais e despedimentos por gravidez. "Temos as mulheres totalmente acorrentadas e condenadas a serem cada vez mais pobres."

Cara a cara

14.12.2022 | por Marta Lança

Entraram vivos, saíram mortos: centenas exigem justiça para Daniel, Danijoy e Miguel

Entraram vivos, saíram mortos: centenas exigem justiça para Daniel, Danijoy e Miguel Centenas de pessoas manifestaram-se este sábado para exigir respostas sobre a morte de Daniel, Danijoy e Miguel, e para denunciar os permanentes atropelos aos direitos humanos nas prisões.

A ler

19.09.2022 | por Mariana Carneiro

Portugal deve devolver peças de arte às ex-colónias?

Portugal deve devolver peças de arte às ex-colónias? Portugal deve seguir o imperativo de justiça universal e o movimento civilizacional global Os negacionistas que pretendem impedir este movimento global recorrem a falácias: que as obras não foram trazidas pelo valor que eventualmente pudessem ter, mas como lembranças. Não é verdade: a retirada ilegal destas obras fazia parte de estratégia de colonização do espírito e de apropriação material rentável que foi levada a cabo por políticas governamentais executadas por missões militares, missionários e exploradores contratados para tal pelos impérios coloniais. Dizem ainda que não se pode ajuizar com o espírito de hoje ações de outras épocas. Falso: estas apropriações eram constitutivas de um processo de apropriação em massa (500 mil só na Europa, numa estimativa por defeito).

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07.06.2022 | por António Pinto Ribeiro

Como e por que morreu Danijoy? Queremos a verdade, porque queremos justiça!

Como e por que morreu Danijoy? Queremos a verdade, porque queremos justiça! A história da detenção e condenação de Danijoy, bem como da sua misteriosa morte não fogem à regra da desproporção das medidas de coação e da violência contra jovens negros no sistema judicial e prisional português.

Mukanda

09.11.2021 | por vários

Justiça e jornalismo nas Américas

Justiça e jornalismo nas Américas Somos suscetíveis à obscuridade. Não apesar, ou por causa da tecnologia moderna. Mas porque "o que é a história senão uma fábula na qual concordamos?" (Napoleão, talvez). Nossas ‘postagens’, ‘partilhas’ e hashtags se dissiparão no vazio digital quando começarmos a nos enxergar como geração que experienciou um excesso de visibilidade individual, se empolgou e esbaldou. E o ‘esbaldar’ é indiferente à mudança, assim como a mídia social é indiferente à justiça social. Hoje em dia, parece que atribuir natureza revolucionária à tecnologia é depreciar nosso potencial revolucionário como seres sociais, com todas as suas complexidades.

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24.05.2020 | por Mirna Wabi-Sabi

Vinte anos depois, encontrei uma América mais negra

Vinte anos depois, encontrei uma América mais negra Mais activista, mais politizada, mais feminista e mais negra. É também assim a América, que defende a cultura da inclusão e diversidade, da justiça social e racial e onde a academia está consciente das desigualdades e empenhada em desafiá-las. Como se coaduna isto com a presidência de Donald Trump?

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23.03.2017 | por Filipa Lowndes Vicente