Lançamento do livro "Pesadelos, Excessos, Utopias. A representação do poder em Angola entre literatura e artes visuais", de Alice Girotto

Quinta-feira, 16 de Março, às 18h30 na Tigre de Papel, Lisboa
Lançamento do livro com a participação da autora, de Ana Mafalda Leite e de Inês Ponte

Apostando na validade hermenêutica e no alcance crítico da análise interartística no estudo das literaturas africanas de língua portuguesa, este livro tem o objetivo de alargar o horizonte de conhecimentos sobre a literatura contemporânea de Angola, com vista a uma compreensão mais profunda da realidade cultural do país pós-2002.O estudo de tipo temático identifica e confronta, num corpus de mais de vinte obras de ficção e das artes visuais, as características do poder que se evidenciam na sua representação literária e artística, especificamente em três manifestações: o poder nas relações que se instauram no espaço e na sua organização; a personificação do poder na arena política e em figuras intermediárias ligadas às instituições estatais; a redefinição do poder em modalidades novas e alternativas. Desta observação emergem os três núcleos estéticos evocados no título e considerados como sendo subjacentes à contemporaneidade angolana.

08.03.2023 | por martalanca | Alice Girotto, Ana Mafalda Leite, angola, artes visuais, Inês Ponte, literatura, Poder

Fazer pela Vida na Estação Seca

No âmbito da semana da Ciência e Tecnologia, o ICS-ULisboa promove a exibição do documentário Fazer pela Vida na Estação Seca (35’, Angola, Reino Unido, Portugal), com a presença da realizadora, Inês Ponte.

A sessão decorrerá na 3ª, 21 Novembro, pelas 18h, no Auditório Sedas Nunes (ICS-ULisboa). O filme será projectado com legendas em português.

Fazer pela Vida na Estação Seca é um documentário realizado no contexto de uma pesquisa de doutoramento em “Social Anthropology with Visual Media”, na Universidade de Manchester. Usando todas as fases de realização de um filme como método de pesquisa, o produto final retrata dois labores numa aldeia de montanha no Sul de Angola durante a estação seca: o usual fazer pela vida, e uma excepcional boneca, a pedido da realizadora.

 

 

16.11.2017 | por martalanca | angola, antropologia, Inês Ponte

O Cinema Documental e a Antropologia

Exibição de 2 documentários seguido de debate
25.11.2016, 15h30: Auditório Afonso de Barros - ISCTE
Sessão dupla com a projecção de Às Portas de Lisboa (8 min, Portugal), e Making a Living in the Dry Season (35 min, Angola), dois documentários realizados por antropólogas portuguesas, em diferentes contextos académicos (Mestrado em Portugal e Doutoramento em Inglaterra). A sessão, com a presença das realizadoras, contempla duas produções recentes focadas cada uma em contextos diversos, urbano e rural, de modo a mostrar e discutir a diversidade da antropologia hoje. Para além da prática da antropologia, o debate inclui a discussão sobre a cada vez mais emergente produção cinematográfica por antropólogos.

Às Portas de Lisboa
Marta Ramalho, 2016, 8 min, PT
Legendado em Inglês                                             

Documentário sobre o bairro de Alfama em Lisboa, através da actividade de dois artesãos, uma costureira e um oleiro, oferecendo o seu olhar sobre a recente vaga de turismo e as implicações no seu quotidiano. Exercício para a cadeira de Atelier de Imagem do Mestrado em Culturas Visuais do Departamento de Antropologia da Universidade Nova de Lisboa.
(Selecionado para a FACA: Festa de Antropologia, Cinema e Arte, Março 2016. Exibido na Cinemateca Portuguesa em 11/03/2016.)

Making a Living in the Dry Season (Fazer pela Vida na Época Seca)
Inês Ponte, 2016, 35 min, MiniDv, Angola/PT/RU
Falado em Olunyaneka e legendado em Inglês

Passado na aldeia de montanha de Katuwo, o filme é um retrato intimo do quotidiano de uma família vivendo numa quinta agro-pastoralista no Namibe, Angola. Através do meu pedido a Madukilaxi, a minha anfitriã,    para pôr a uso a sua mestria na feitura de uma boneca, o filme aborda uma noção dupla de trabalho que tem lugar na época seca: a nossa produção artesanal colaborativa e a labuta necessária para “fazer pela vida”. Lipuleni, o bebé de Madukilaxi, segue ambas as dimensões laborais, e as três celebramos o resultado  dos nossos esforços com um banquete.
(Seleccionado para o EthnoFest, International Ethnographic Film Festival (Grécia), Kratovo Ethnographic Film Festival (Macedónia); Film Art International Festival, (Figueira da Foz, Portugal); Mostra de Filme Etnográfico da Associação Portuguesa de Antropologia (Coimbra, Portugal), 2016. Uma versão mais longa foi apresentada como filme de Doutoramento em Antropologia Social com Meios Visuais, da Universidade de Manchester, Reino Unido, exibida no International Ethno Film Festival Heart of Slavonia, Drakovo, Croácia; e no Colóquio Africanista Satterthwaite, Grasmere, Reino Unido, 2015.)

23.11.2016 | por marianapinho | antropologia, Às Portas de Lisboa, Cinema Documental, Fazer pela Vida na Época Seca, Inês Ponte, Making a Living in the Dry Season, Marta Ramalho