1º forum de diálogo sobre a capulana de Moçambique

A designer de Moda Sofia Vilarinho propõe no âmbito da sua investigação de Doutoramento em Design, o primeiro fórum de diálogo sobre a capulana de Moçambique. Identidade , cultura e moda vão ser os eixos para o desenvolvimento de um diálogo que convida à participação de todos e em especial de investigadores, designers de Moda , estilistas , alunos de design de moda, gráfico, belas artes e de antropologia, fotógrafos, comunidade africana,afro-descendente , portugueses que viveram em Moçambique. Em suma experts, leigos e curiosos,  na materia de panos que se habitam no outro lado do mundo. Lá, onde o Indico estampa histórias de encontros e (des)encontros. Este  evento que tem lugar dia 22 de Junho, no Museu Nacional do Traje, pelas 15 horas.

A participação no fórum requer uma inscrição prévia, pelo email vilarinho.sofia@gmail.com ou pelo telefone do museu : +351 217567620

 

14.06.2013 | por martalanca | capulana, Moçambique, moda

As mulheres de Maputo estão ainda mais “capulanosas”!

 

A utilização do tradicional pano africano em modelos arrojados ou clássicos, em peças com corte de pronto a vestir ao estilo ocidental, em acessórios de vestuário e outras utilidades entrou no dia a dia da capital e deixou de ser “extravagância” de estrangeiros para ser identidade dos habitantes de Maputo. Malas, brincos, colares, bolsa para portáteis, cintos ou porta-moedas. Camisas, calções, corsários, vestidos, saias, tiras de cabelo ou chapéus. De tudo se pode encontrar, utilizável por todos, em combinações mais ou menos arrojadas, mais ou menos “combinadas”.Desde 2005 Maputo apresenta a MFW-Maputo Fashion Week, que de ano para ano vem mostrando novos valores nacionais na área da moda, fazendo mais exigências de qualidade e criatividade aos que se apresentam e trazendo mais nomes estrangeiros – designers e modelos.

Deve ser por isso, por haver uma montra nova para a imaginação na utilização da capulana, e não só, que as mulheres de Maputo estão ainda mais “capulanosas”. E não só elas, eles também!

A utilização dos fatos africanos, feitos de panos coloridos, com cortes tradicionais, de mangas em balão, galões a debruar, lenço na cabeça igual ao pano e saias longas, a utilização destes fatos não está em risco. As mulheres de Maputo, mais velhas ou mais jovens, gostam de passear a sua identidade africana, em momentos especiais, envergando obras primas feitas por alfaiates dedicados e que têm eles próprios um “ranking” apenas conhecido no circuito da moda tradicional. Dizem que os melhores são os congoleses!

Marinela, Ísis, Taibo, Mama África são alguns dos melhores nomes dos novos “alfaiates” Moçambicanos, que reforçam esta identidade africana, que vestem eles e  elas, nacionais e estrangeiros, e que tornam Maputo ainda  mais singular.

Elisa Santos, PRÓXIMO FUTURO

01.04.2011 | por martalanca | capulana, Maputo