Então e Agora, o legado de Emory Douglas

Então e Agora, o legado de Emory Douglas O programa All Power to the People Então e agora a decorrer na ZDB, em Lisboa, remete-nos, inevitavelmente, para o impacto dos Panteras Negras no resto do mundo. Na exposição fica evidente uma estética que é partilhada por grupos oprimidos em diversas zonas do globo. Em termos ideológicos, a sua influência no movimento dos direitos civis e a sua inserção no pensamento de esquerda que suporta muitos movimentos libertários é também conhecida. Então e agora? O que é feito dessa influência, da atitude combativa?

Vou lá visitar

16.03.2011 | por Suzana Sousa

Viriato da Cruz e o poder da poesia

Viriato da Cruz e o poder da poesia O LUGAR DO MORTO Neste espaço escritores já desencarnados reflectem, a partir do além, sobre os dias que correm. "O Pensamento nunca é totalitário. O pensamento é sempre revolucionário. A estupidez, sim – a estupidez é fascista."

Mukanda

15.03.2011 | por José Eduardo Agualusa

O Mundo é uma Ilha

O Mundo é uma Ilha  Passando tempo no mercado, a Feira do Ponto da cidade de São Tomé, Olavo pintou várias séries de quadros com vendedoras. Falava com elas enquanto desenhava esboços, retratou-as na sua vida pública de trabalho. Na tela, as mulheres, cestos e bacias à cabeça, crianças nas costas, a luta diária: ganhar a vida, cuidar da família. O confronto com a vivência quotidiana das vendedoras sobrepôs-se ao seu impacto figurativo e os contornos das mulheres emanciparam-se para delinear os estreitos corredores do mercado. As mulheres moldaram-se nos trajectos repisados por elas todos os dias, e mais tarde os trajectos devolveram-se às mulheres na multiplicidade dos seus caminhos interiores, mais extensos e complexos.

Cara a cara

15.03.2011 | por Nuno Milagre

Moi, un blanc. Exposição de José Pedro Cortes

Moi, un blanc. Exposição de José Pedro Cortes  No título da exposição está todo um programa e uma teoria privada do autor relativamente à fotografia: "Moi,un blanc" (Eu, um branco). E poderíamos continuar a frase subentendendo todo esse programa timidamente enunciado: Eu, um homem branco viajei para África e dentro deste enorme continente viajei no interior do Mali, um país da costa oeste atravessado pelo mítico Rio Niger.

Cara a cara

11.03.2011 | por António Pinto Ribeiro

Um arquipélago crioulo: Novos Cinemas de África

Um arquipélago crioulo: Novos Cinemas de África Diferenciando-se de outras cinematografias, mas também apresentando a sua multiplicidade interna de linguagens, e de pronunciamentos, como desde o plural do título fica claro: Novos Cinemas Africanos. De uma África que é um conceito mais do que um lugar geográfico ou uma etnicidade. Retomando a bela imagem de Achille Mbembe, uma força cultural que anda pelo mundo como uma corrente marítima num oceano: faz parte dele mas tem os seus próprios movimentos e temperaturas.

Afroscreen

10.03.2011 | por José António Fernandes Dias

E agora, Black Panthers?

E agora, Black Panthers? Os cartazes de combate de Emory Douglas, Ministro da Cultura dos Black Panthers, foram uma arma apontada à violência racial da América dos anos 60. Pode vê-los em "All Power to the People. Então e Agora", na Zé dos Bois, em Lisboa, até Junho.

Vou lá visitar

10.03.2011 | por José Marmeleira

A necessidade do Teatro em Moçambique

A necessidade do Teatro em Moçambique Em Moçambique as pessoas necessitam do mais básico para viver: o teatro! O teatro em Moçambique faz-se com as ruas (o palco) e os outros (interlocutores). As ruas estão ao rubro, o teatro é por todo o lado, algazarra, desorganização organizada, dança, constante representação. Tudo razões para uma actuação gloriosa.

Palcos

08.03.2011 | por Frederico Bustorff Madeira

Kikulacho kimo maungoni mwako: Kanga, da tradição à contemporaneidade

Kikulacho kimo maungoni mwako: Kanga, da tradição à contemporaneidade   Capulana no sul de Moçambique, Kanga no Quénia e Zanzibar, pagne no Congo e Senegal, lappa na Nigéria, leso em Mombaça. Um pano rectangular geralmente de 150 cm por 110 cm, estampado industrialmente em toda a sua superfície e que se diferencia de país para país pelos motivos africanos de cores contrastantes, formas antropomórficas, zoomórficas ou abstractas e padrões geométricos e figurativos variáveis que ilustram a cultura, a tradição, a contemporaneidade, os rituais, as ideias, a emoção, o silêncio, a revolta, a luta, a paixão. As Kangas são a “voz do silêncio feminino” (Beck, 2005).

A ler

08.03.2011 | por Sofia Vilarinho

Conspirações de Silêncio: Portugal e o fim do império colonial

Conspirações de Silêncio: Portugal e o fim do império colonial   As versões públicas autorizadas que sancionam o esquecimento destes passados por via da sua integração intencional num esquema de recordação abrangente e trivial, bem como os pactos de silêncio que se mantêm no tecido social, são destabilizados por incómodas e imprevistas erupções da memória que trazem à superfície as ambiguidades dos legados problemáticos.

A ler

06.03.2011 | por Elsa Peralta

Documentários sobre música angolana

Documentários sobre música angolana sobre Mãe Ju: "Em Luanda, a nova Música / Dança inventa-se todos os dias e evolui a um ritmo efervescente. A novidade do fenómeno deve-se à afluência em massa de jovens vindos directamente das aldeias do interior (de tradições tribais) para a gigantesca metrópole (de vocação moderna e urbana). O resultado é uma explosão de tendências musicais radicalmente inovadoras, contemporâneas, urbanas, em rápida mutação."

Afroscreen

06.03.2011 | por vários

Poemas de Alda Espírito Santo

Poemas de Alda Espírito Santo Baía morena da nossa terra vem beijar os pézinhos agrestes das nossas praias sedentas, e canta, baía minha os ventres inchados da minha infância, sonhos meus, ardentes da minha gente pequena

Mukanda

04.03.2011 | por Alda Espírito Santo

Sobre Victor Gama

Sobre Victor Gama Apesar de se inspirar na música e instrumentos tradicionais de Angola, onde nasceu o seu trabalho como compositor, revela um potencial de transformação para além das estruturas da tradição.

Cara a cara

04.03.2011 | por Kevin Murray

A Alma

A Alma O país chorou e, com verdade, Malangantana. Todos, povo, partidos, governo foram verdadeiros na dor da despedida. Vale a pena perguntar, no entanto: fizemos-lhe em vida a celebração que ele tanto queria e merecia? Ou estamos reeditando o exercício de que somos especialistas: a homenagem póstuma? Quem tanto substitui pedir por conquistar acaba confundindo chorar por celebrar. E talvez o Mestre quisesse hoje menos lágrima e mais cor, mais conquista, mais celebração de uma utopia nova. Na verdade, Malangatana Valente Ngwenya produziu tanto em vida e produziu tanta vida que acabou ficando sem morte. Ele estará para sempre presente do lado da luz, do riso, do tempo. Este é um primeiro equívoco: Malangatana não tem sepultura. Nós não nos despedimos.

Cara a cara

02.03.2011 | por Mia Couto e Abraão Vicente

AFRIQUES, COMMENT ÇA VA AVEC LA DOULEUR? de Raymond Depardon

AFRIQUES, COMMENT ÇA VA AVEC LA DOULEUR? de Raymond Depardon Onde encontrar o alcance universal de um olhar desenganado‚ para o qual a África não seja apenas o lugar de todas as dores? O que me magoa é que este olhar vem, involuntariamente, reforçar os preconceitos existentes e que vai ser incensado em detrimento do dos próprios Africanos, aqueles cineastas que, muitas vezes com pontas de fios, montam os testemunhos sem público de uma África que mexe.

Afroscreen

01.03.2011 | por Olivier Barlet

Lugar de mulher é no cinema... uma reflexão sobre a “retomada” no Brasil

Lugar de mulher é no cinema... uma reflexão sobre a “retomada” no Brasil Não dizemos que foi a partir do cinema da retomada que se fez filmes no Brasil sobre mulheres e suas questões inerentes. Na verdade, se intensificaram. Todavia não haja uma classificação clara de um cinema de/para mulheres no Brasil, é notável o aumento de argumentos que abordam claramente o universo feminino atualmente. Filmes que misturam dados não-ficcionais e ficção, colocam papéis femininos no foco da narrativa e concedem espaço para interpretarem, a seu modo, lacunas da História sobre a participação das mulheres na vida social e política, bem como sobre a cultura dos costumes na vida privada.

Afroscreen

01.03.2011 | por Sumaya Machado Lima