Caro Amigo Preto

Caro Amigo Preto Estava a escrever para o amigo branco, mas tirei um pouco de tempo para ti. Resolvi que era melhor começar por falar contigo, por estares aqui mais perto de mim. Mas antes amigo preto, peço que não faças veto a que eu comece pelo amigo panafricanista guineense. Não penses que é nacionalismo, é apenas comodismo, porque eu o conheço melhor e tenho com ele mais espaços de encontros em comum… Hmmm, sabes que mais, mudei de ideias, acho que vou deixar o guineense para último, típico, tipo que é mais específico.

Mukanda

24.05.2021 | por Marinho de Pina

Cabo Verde- Orfandade identitária e alegada (im) pertinência de uma poesia de negritude crioula (III)

Cabo Verde- Orfandade identitária e alegada (im) pertinência de uma poesia de negritude crioula (III) Num plano sobretudo interno à sociedade caboverdiana das ilhas, a componente culturalista afro-crioula, porque vivenciada por caboverdianos de diferentes origens raciais e sociais, e subsistente como parte irrenunciável da caboverdianidade, como componente essencial da identidade crioula, no arquipélago e na diáspora.

A ler

28.03.2013 | por José Luís Hopffer Almada

Ar de férias. Argel: Panaf ou a ilusão de uma situação

Ar de férias. Argel: Panaf ou a ilusão de uma situação Em 1969 a Argélia era o território onde se encontravam vários revolucionários africanos para organizar a luta pela independência de países ainda sob o jugo colonialista, entre outros Amílcar Cabral. Embora num Estado fechado e dictatorial, Boumediene conseguira criar o seu grupo de fans através do seu modelo económico terceiro-mondista. O Panaf 69 inscreveu-se assim, segundo alguns, num clima de abertura ao “outro” e de curiosidade intelectual por culturas diferentes, a festa fazia-se em todos os cantos de rua. Não estava presente no Panaf 69 para o confirmar ou infirmar, no entanto, no Panaf 09 foram assinalados alguns actos agressivos contra as vestimentas “demasiado” ligeiras de certas dançarinas africanas. Foi com esta notícia no jornal que cheguei a Argel.

Vou lá visitar

21.12.2011 | por Inês Espírito Santo

Panafricanismo e solidariedade com Angola

Panafricanismo e solidariedade com Angola No rescaldo do Dia de África, a ATD prossegue a evocação de acontecimentos de 1961 com a "Conferência dos líderes nacionalistas de países africanos não independentes" (Winneba, Ghana, 28 de Junho a 05 de Julho), homenageando assim um grande líder africano: Kwame Nkrumah (1909-1972).

A ler

21.07.2011 | por Associação Tchiweka de Documentação

O pensamento tradicional africano, entrevista a Ferran Iniesta

O pensamento tradicional africano, entrevista a Ferran Iniesta Para nós, ocidentais, a filosofia é o máximo. Para qualquer tradição, a filosofia é uma anedota, um detalhe muito simples. Sensorialmente nós percebemos a distância entre uma mesa e uma coluna. Este é um conhecimento útil. Inclusive a pequena tecnologia instrumental, desde um martelo a uma nave espacial, forma parte do espaço separativo no qual a mente opera mediante a separação entre sujeito e objecto. Todo aquele que tende a um conhecimento mais amplo, mais de conjunto, mais reticular, transborda isso. O que não quer dizer negá-lo. Simplesmente, transborda, integra-o e minimiza-o em termos de valor. A tradição quer manter esse enquadramento mais amplo, que a filosofia abandonou. Em África não há filosofia porque nunca abandonaram totalmente essa perspectiva ampla.

Cara a cara

30.04.2011 | por Albert Farré Ventura

"No problems in Africa", onda xenófoba na Africa do Sul

"No problems in Africa", onda xenófoba na Africa do Sul a Cidade do Cabo parece viver dentro do slogan para carros dos anos 60 que mostrava a ligeireza da vida de uns poucos sul-africanos: barbecues, rugby, sol, Chevrolet… Porém, fora da África funcional que cuidadosamente afastou a miséria lá para os confins, por detrás da luz que desce das montanhas com nome de mesa (Table Mountain), desalojando os pobres do centro, a realidade é outra. Percebemos o sentimento de Mandela quando, nos anos 40, descobriu o sofrimento da exploração na golden city Joanesburgo e entregou o peito à luta política. E agora, nesse mesmo país de Nadine Gordimer e de J. M. Coetzee, africanos ou, antes, os kwerekwere – termo ultrajante para «estrangeiro» são queimados e mortos.

Vou lá visitar

27.04.2011 | por Marta Lança