No Need for European Decolonial Instruction

No Need for European Decolonial Instruction O resultado evidente do processo disciplinar desencadeado pela Documenta15, confirmado pelo que está a acontecer nos últimos dias, é o desmascarar da hipocrisia perversa da política cultural descolonial europeia. Em vez de resolver questões internas que vêm à tona de modo cada vez mais flagrante, o Estado alemão prefere aplicar medidas disciplinares autoritárias, repetindo antigas formas de gaslighting implementadas na Alemanha de Leste durante as décadas de 1970 e 1980 e criando, a cada situação, novos bodes expiatórios.

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21.11.2023 | por Laura Burocco

E eu não me lembro dos teus olhos serem azuis

E eu não me lembro dos teus olhos serem azuis A Suécia está ainda no eixo do socialismo (social democrata) e mantém relações bem ao seu estilo, apaziguadoras e pacificadoras. Ganhou com a presença da Greta internacionalmente uma missão: a de ser dura nos limites e exigências com o green deal. Ganhou presença discursiva com esta saída dos ingleses do panorama moral europeu. Há muitas décadas que trabalha discretamente nas relações internacionais em direitos humanos e questões ligadas ao ambiente. Tem uma visão muito particular de socialismo que promove um tipo de Swedish dream que contempla uma sociedade mais feliz e menos desigual, mas não condena a riqueza nem a abundância. Querer pagar os impostos numa sociedade que os aplica de forma a criar mesmo uma rede de segurança e bem estar social, é apenas um resultado.

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08.08.2020 | por Adin Manuel

O direito universal à respiração

O direito universal à respiração O processo foi mil vezes intentado. Podemos recitar de olhos fechados as principais acusações. Seja a destruição da biosfera, o resgate das mentes pela tecnociência, a desintegração das resistências, os reiterados ataques contra a razão, a crescente cretinice das mentalidades, ou a ascensão dos determinismos (genéticos, neural, biológico, ambiental), as ameaças à humanidade são cada vez mais existenciais.

Mukanda

09.04.2020 | por Achille Mbembe

Arquiteturas e Urbanismos do sul em debate

Arquiteturas e Urbanismos do sul em debate Com vasta programação e intenso debate, integrantes do MALOCA reforçaram seus laços, ampliaram suas parcerias e definiram a agenda do grupo para o próximo triênio, que segue fortemente focada no debate étnico-racial em arquitetura e urbanismo e nas questões de ensino na área, o papel social dos arquitetos e urbanistas no Brasil e na América Latina.

Cidade

11.12.2017 | por Andréia Moassab e Gabriel Cunha

Visões Alargadas do Mundo, 20ª edição do Vídeobrasil

Visões Alargadas do Mundo, 20ª edição do Vídeobrasil Borrando fronteiras entre arte e ciência, elas nos levam em uma viagem à origem da história, das sociedades e da Terra. Reverberam o estudo da vida, da evolução do universo, das dinâmicas sociais ao longo da história, da invenção de novas formas de fazer política. Ao permitir uma leitura integrada de arte, cultura, astronomia, biologia, história e geografia, o corpo dessas investigações artísticas traduz a ideia de que somente um alargamento de nossas concepções será capaz de restituir liberdade à imaginação humana e expandir saberes atados aos modelos e mecanismos ocidentais de produção e legitimação da verdade.

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10.10.2017 | por vários

Epistemologias do Sul

Epistemologias do Sul A relação global etno-racial do projecto imperial do Norte Global vis à vis o Sul Global – metáfora da exploração e exclusão social – é parte da relação global capitalista. Esta hierarquização de saberes, juntamente com a hierarquia de sistemas económicos e políticos, assim como com a predominância de culturas de raiz eurocêntrica, tem sido apelidada por vários investigadores de ‘colonialidade do poder’. Uma das expressões mais claras da colonialidade das relações de poder acontece com a persistência da colonização epistémica, da reprodução de estereótipos e formas de discriminação. A entrada no século XXI, porém, exige uma etnografia mais complexa, que torne visíveis alternativas epistémicas emergentes. Um dos elementos mais críticos desta etnografia é a estrutura disciplinar do conhecimento moderno.

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02.09.2013 | por Boaventura de Sousa Santos e Maria Paula Meneses

BAB SEBTA, mudar a percepção das migrações, entrevista a Pedro Pinho

BAB SEBTA, mudar a percepção das migrações, entrevista a Pedro Pinho "O filme é sobre a espera, sobre os tempos de espera. Se pode haver diferenças entres as acções das pessoas de cá e as pessoas de lá, a espera permite-nos reconhecer uma unidade e uma semelhança. Por definição, quando esperamos estamos dependentes de alguma coisa exterior que não controlamos e de que estamos dependentes e esse estado de vulnerabilidade é universal. O quotidiano da espera é comum a todas as pessoas do mundo e facilmente reconhecível e identificável." Pedro Pinho

Afroscreen

10.07.2012 | por Marta Lança

Ruy Duarte de Carvalho nas margens da terra angolana

Ruy Duarte de Carvalho nas margens da terra angolana Através dos provérbios e de outras manifestações colectivas da sua cultura, abre-se a uma voz impessoal capaz de captar tanto as observações mais terra-a-terra, relacionadas com a vida de todos os dias, como os mitos fundadores da cultura local. O seu discurso nada tem de dogmático; ele faz-nos ler as reflexões do autor sobre o seu próprio trabalho, o seu medo obsessivo de trair ou de conhecer mal este ou aquele acontecimento, este ou aquele comportamento, a alegria decorrente do sentimento de ter penetrado no que é a beleza feminina, de ter avaliado a importância das transumâncias, de ter conseguido fazer de uma zona desértica o seu momento de vida material e intelectual.

Ruy Duarte de Carvalho

23.09.2010 | por Gérard Chalendar e Pierrette Chalendar