O nosso contacto com a informação geopolítica aumentou, mas é cada vez menos íntimo e, o vocabulário, convocado para definir toda estas exterioridades, começa a desgastar-se. Os corpos que recebem este mar de notícias da frente tornaram-se inorganizáveis. Os olhares repousam sobre os ecrãs. Recordações-ecrãs, imagens-ecrãs: a realidade fragmentada dá origem a novas necessidades de diversão. As nossas percepções apenas se alinham esporadicamente: este é o efeito mais devastador e inédito desta guerra.
A ler
23.01.2017 | por Claire Fontaine
Para escrever um texto que fala das relações entre arte e luta necessitaria de uma língua estrangeira dentro da própria linguagem, uma língua de saltimbancos que materialize a possibilidade de dançar numa corda bamba e de combater. Ao invés, tenho apenas os trapos de palavras gastas que tento coser à volta dos problemas. Por exemplo, o problema de nem sequer conseguir pensar em atravessar a ponte que liga a arte e a vida, se ela alguma vez existiu, sem cair nos braços da lei. E de não conseguir admitir este estado de coisas sem me deixar cair em cobardia ou depressão.
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19.01.2017 | por Claire Fontaine
Este tipo de greve que interrompe a mobilização total a que todos estamos submetidos e que permite que nos transformemos pode ser chamado de greve humana, pois é a mais geral das greves gerais e o seu fim é a transformação das relações sociais informais que constituem a base da dominação. O carácter radical deste tipo de revolta reside no seu desconhecimento de qualquer tipo de resultado reformista com que pudesse ficar satisfeita.
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18.01.2017 | por Claire Fontaine
É a possibilidade de descobrir que todos somos uma singularidade qualquer, igualmente amável e terrível, prisioneira das malhas do poder, à espera de uma insurreição que nos permita mudar a nós mesmos.Que amemos o comunismo quer dizer que acreditamos que as nossas vidas, empobrecidas pelo comércio e pela informação, estão prontas a elevarem-se como uma onda e a reapropriarem-se dos meios de produção do presente.
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17.01.2017 | por Claire Fontaine
A propósito do lançamento do livro "Claire Fontaine: em vista de uma prática ready-made” em Portugal, o Buala organiza uma conversa com um dos organizadores, Leonardo Araujo, Miguel Cardoso, Pedro Bismack, e uma performance de Silvia. A partir do conceito de greve humana, que percorre todo o pensamento de Claire Fontaine, pretende-se pensar a intervenção estética como prática política de um “artista ready-made”.
Vou lá visitar
16.01.2017 | por vários
Lançamento do livro + Conversa + Performance //
O título do livro dá nome a este encontro que parte do conceito de "greve humana" do coletivo Claire Fontaine para pensar a intervenção estética como prática política de um "artista ready-made".
Palcos
12.01.2017 | por vários