Que bem que se está no campo ou O mito da bicha selvagem

Que bem que se está no campo ou O mito da bicha selvagem O construtor da charca e das inúmeras tentativas contra a burocracia para plantar árvores autóctones, toma a palavra dos carvalhos e do monte e das rãs. Mas é na condição de vivente igual e honesto que o faz. Transporta para o corpo, o seu, o resgate, possível, da vida. Não temer a morte, pois. As pedras e a sua charca dizem-lhe a todo o momento que a vida se transmigra de qualquer maneira, também lhe dizem que faz parte delas. Por isso e porque a charca secará em breve, um jardim, onde a tentação e o trabalho acabaram, servirá não de paraíso mas de momentâneo epílogo.

A ler

04.12.2022 | por Josina Almeida

Não estamos em Hollywood! Conversa com Licínio Azevedo e Gabriel Mondlane

Não estamos em Hollywood! Conversa com Licínio Azevedo e Gabriel Mondlane O cinema tem um papel político em Moçambique, mesmo que os nossos filmes não sejam políticos. Foi criado como um instrumento político, teve uma influência regional enorme: os nossos documentários tiveram influência na África do Sul pós-apartheid, no Zimbabué, na Namíbia, em Angola, em todos os países da região. Foi uma ideia genial e extraordinária da Frelimo pós-independência, que trouxe para cá [Jean-Luc] Godard, Jean Rouch, Ruy Guerra e dezenas de outros cineastas e gente do cinema: cubanos, italianos, ingleses, franceses.

Afroscreen

11.10.2022 | por Lurdes Macedo

Os olhares de Catarina - novos trabalhadores rurais do Alentejo: entre a esperança e a discriminação

Os olhares de Catarina - novos trabalhadores rurais do Alentejo: entre a esperança e a discriminação Do outro lado, a milhares de quilómetros, estará uma voz familiar e uma condição de miséria que a levou a atravessar meio mundo em busca das migalhas da fatia do bolo que ditou que as muitas Catarinas Eufémias do hemisfério sul não tenham direito a uma vida digna. Muito menos que os seus nomes sejam recordados pelas múltiplas lutas que povoam a sua mera sobrevivência quotidiana.

Jogos Sem Fronteiras

21.05.2019 | por Filipe Nunes