O fetichismo da marginalidade (I)

O fetichismo da marginalidade (I) O que diz sobre como o cinema antecipou, por exemplo, o Holocausto, também o podemos transferir para uma cenário mais próximo, como a Argentina nos anos 70, onde havia um cinema militante que se concentrava nos sectores marginalizados e avisava ou alertava, por assim dizer, sobre o neoliberalismo e a miséria planeada. Com o passar do tempo, este fio foi cortado ou não recebeu importância; houve um aviso, mas não foi atendido (ou, pior ainda, foi reprimido). É interessante porque, face a estas imagens antecipatórias, havia uma maquinaria que tinha de responder com outras imagens para as encobrir. Face a imagens que anteciparam, foi necessário criar imagens que serviram para fortalecer o neoliberalismo, que serviram para fazer as pessoas quererem este modelo de vida. Não se responde a imagens com um pedido de nulidade ou censura, responde-se a elas com outras imagens.

Cara a cara

20.09.2021 | por César González, Tomás Guarnaccia e Miguel Savransky

Carta de um homem trans ao Antigo Regime sexual

Carta de um homem trans ao Antigo Regime sexual A masculinidade se define necropoliticamente (pelo direito dos homens de dar a morte), ao passo que a feminilidade se define biopoliticamente (pela obrigação das mulheres de dar a vida). Pode-se dizer que a heterossexualidade necropolítica é algo como a utopia da erotização do acoplamento entre Robocop e Alien, pensando que, com um pouco de sorte, um dos dois se satisfaça.

Mukanda

18.01.2018 | por Paul B. Preciado

O polícia que assassinou o Kuku foi absolvido

O polícia que assassinou o Kuku foi absolvido Do ponto de vista Racial também tem funcionado perfeitamente. Legitimando a violência estrutural racista da qual a violência policial é uma parte, ou os desalojamentos e remoções de pessoas é outro. Legitimando o uso da forca para manter nos no nosso lugar. O Não lugar.

Mukanda

05.12.2012 | por Chullage