Uma voz de(s)colonial na paisagem lisboeta, notas em torno de "Não são águas passadas"

Uma voz de(s)colonial na paisagem lisboeta, notas em torno de "Não são águas passadas" Na cineasta Viviane Rodrigues, o crime desaparece de campo e é seu extracampo, a paisagem, que se torna memória sem fim das crises invisíveis. A questão do horror se desloca para a fala de Naky e seu olhar itinerante pela capital da antiga escravidão, hoje admirada pelos turistas. A paisagem é interlocutora silenciosa de compatibilidades perversas que tornam os gestos da exclusão inseparáveis daqueles da hospitalidade mercantil.

Cidade

17.10.2025 | por Osvaldo Fontes Filho