“Metáforas do Futuro: o pós do Pós
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 Dança Não Dança incorpora as genealogias culturais das danças africanas e das da diáspora negra nas Américas, viajando de Josephine Baker ao Ballet Nacional da Guiné-Bissau e do charleston à breakdance. A exposição como que observa o processo de contaminação do colonizador ocidental (e português) pela África colonizada e neocolonizada depois das independências, numa claríssima proposta de mudança das mentalidades no próprio berço do arranque esclavagista e imperial do capitalismo, Lisboa – urgente numa altura em que esse mesmo Ocidente, Portugal incluído, está a ser palco de um regresso dos fascismos.
				Dança Não Dança incorpora as genealogias culturais das danças africanas e das da diáspora negra nas Américas, viajando de Josephine Baker ao Ballet Nacional da Guiné-Bissau e do charleston à breakdance. A exposição como que observa o processo de contaminação do colonizador ocidental (e português) pela África colonizada e neocolonizada depois das independências, numa claríssima proposta de mudança das mentalidades no próprio berço do arranque esclavagista e imperial do capitalismo, Lisboa – urgente numa altura em que esse mesmo Ocidente, Portugal incluído, está a ser palco de um regresso dos fascismos.		 A ideia de só termos saudades do futuro voltou pois a fazer todo o sentido na sequência desta "primavera", com a agravante de se estar a observar agora um tipo de gestão da comunicação social/jornalismo que tem contornos ainda mais preocupantes do ponto de vista da liberdade de imprensa, da independência editorial dos jornalistas e do pluralismo mediático. Neste segundo e último mandato de João Lourenço, sente-se que o poder político está muito mais agressivo, a lidar com os projectos editoriais que não consegue controlar directamente, com as atenções voltadas para o jornalismo digital que usa a Internet como meio de transmissão.
				A ideia de só termos saudades do futuro voltou pois a fazer todo o sentido na sequência desta "primavera", com a agravante de se estar a observar agora um tipo de gestão da comunicação social/jornalismo que tem contornos ainda mais preocupantes do ponto de vista da liberdade de imprensa, da independência editorial dos jornalistas e do pluralismo mediático. Neste segundo e último mandato de João Lourenço, sente-se que o poder político está muito mais agressivo, a lidar com os projectos editoriais que não consegue controlar directamente, com as atenções voltadas para o jornalismo digital que usa a Internet como meio de transmissão.		 Esta visão estrutural da política e da ecologia constitui a lente a partir da qual estas jovens olham e agem sobre as causas locais. Como exemplos, entre os repetidos protestos contra a exploração de combustíveis fósseis, em maio de 2023, as jovens da GCE, em conjunto com outros coletivos, juntaram-se a uma ação de desobediência civil para impedir a chegada de um novo carregamento de gás ao Terminal de Gás Liquefeito do Porto de Sines. Divididas em quatro grupos, as manifestantes conseguiram bloquear, durante sete horas, diversos pontos de acesso ao Terminal e adiar a chegada de gás para a madrugada do dia seguinte.
				Esta visão estrutural da política e da ecologia constitui a lente a partir da qual estas jovens olham e agem sobre as causas locais. Como exemplos, entre os repetidos protestos contra a exploração de combustíveis fósseis, em maio de 2023, as jovens da GCE, em conjunto com outros coletivos, juntaram-se a uma ação de desobediência civil para impedir a chegada de um novo carregamento de gás ao Terminal de Gás Liquefeito do Porto de Sines. Divididas em quatro grupos, as manifestantes conseguiram bloquear, durante sete horas, diversos pontos de acesso ao Terminal e adiar a chegada de gás para a madrugada do dia seguinte. 		



