Exumações das muitas nomeações da dignidade e das muitas execrações da infâmia

Exumações das muitas nomeações da dignidade e das muitas execrações da infâmia Entretecidos /com o afirmativo com o pró-activo black power das celebrizadas estrelas afro-americanas do gospel dos negro spirituals do hambone do jazz do pattin'juba do rythm and blues do funk da soul music do disco do ragtime do rock‘n roll do tape dance do moon walk das suas vozes roucas dos seus timbres estridentes da sua trovejante pujança da sua psicadélica incandescência

Mukanda

21.05.2023 | por José Luís Hopffer Almada

Os negros em Portugal

Os negros em Portugal O recente acréscimo de protagonismo das vozes de negros e afrodescendentes que, em Portugal, crescentemente se posicionam contra o racismo gerador desigualdade de oportunidades, é o que melhor configura a força de uma ancestralidade que merece ser resgatada e inventada.

A ler

26.05.2019 | por Bruno Sena Martins

Jovens negros portugueses levam brutalidade policial a tribunal

Jovens negros portugueses levam brutalidade policial a tribunal O novo caso, actualmente a ser julgado em tribunal, rejeita a versão dos acontecimentos tal como foi transmitida pelos agentes da polícia, e acusa-os de agressão física, rapto agravado, tratamento desumano, e de incitamento à discriminação, ódio e violência por motivos raciais – bem como de injúria e falsificação de testemunhos e documentação.

Corpo

25.11.2018 | por Ana Naomi de Sousa

“Atlântico Vermelho”, de Rosana Paulino

“Atlântico Vermelho”, de Rosana Paulino A obra da artista brasileira mostra a vulnerabilidade a que sempre estiveram sujeitos os negros e, duplamente, as mulheres negras; e outros efeitos que o colonialismo, a escravatura e a expropriação dos recursos naturais na América Central, do Sul e em África, vieram provocar.

Cara a cara

24.10.2017 | por António Pinto Ribeiro

Lugares onde Portugal foi buscar escravos

Lugares onde Portugal foi buscar escravos A proposta da viagem era ir aos lugares de onde foram tirados esses africanos. Muitos já tinham sido escravizados por senhores locais, que com o interesse dos europeus incrementaram a prática; muitos outros foram aprisionados pela primeira vez; mas a exposição não entra por estes antecedentes. Concentra-se no que o fotógrafo foi encontrando da memória afro-brasileira: castelos, fortalezas, pelourinhos, rituais, danças, festas. Aquilo que foi levado para o Brasil, mas também o que do Brasil voltou para África, com os escravos libertos no século XIX, os retornados, chamados de agudás no Benim, amarôs no Togo e na Nigéria, ou tabons no Gana. Acontece terem nomes como Almeida, Silva. Fazem churrasquinho, feijoada, carnaval.

Vou lá visitar

05.01.2017 | por Alexandra Lucas Coelho

As marcas urbanas da violência colonial

As marcas urbanas da violência colonial Reconhecer o protagonismo de mulheres e homens negras/os é inadiável para descolonizar a memória, chave para o empoderamento e a emancipação coletivos. Construtoras/es de cidades e de cidadania, suas histórias desconstroem a versão embranquecida de um 13 de maio que pretendeu, durante muito tempo, reiterar a subalternização e o apassivamento. Ao contrário de comemorativa, esta é uma data de luta contra as marcas da violência colonial arraigadas nas estruturas e nos territórios brasileiros.

Cidade

05.07.2016 | por Andréia Moassab, Joice Berth e Thiago Hoshino

Carta aberta ao governador Rui Costa, da Bahia

Carta aberta ao governador Rui Costa, da Bahia História é um fio inquebrantável, governador, e por isso acho importante falar de rebeliões escravas. E repressão por parte das polícias. Outra rebelião importante a ser lembrada, e que também possui ligações com o Cabula, é a Rebelião Malê, cuja repressão foi uma das maiores já perpetradas pelo governo brasileiro, mas cuja repercussão, hoje sabemos, foi de suma importância para começar a se pensar sobre o fim da escravidão no Brasil. Imagine-se, governador, vivendo naquela época e sendo responsável pela segurança pública da capital baiana onde já vivia, talvez, o maior número de negros da América Latina.

Mukanda

28.02.2015 | por Ana Maria Gonçalves

Portugal deve pagar indemnizações pela escravatura?

Portugal deve pagar indemnizações pela escravatura? Os países que escravizaram devem compensar os escravizados? Há quem diga que sim e até aponte um valor para uma indemnização: 30 triliões de dólares vezes 10 mil. Há quem diga que não, porque isso seria voltar à menorização dos colonizados. Antes disso, Portugal deve debater o seu passado esclavagista, dizem historiadores.

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12.11.2014 | por Joana Gorjão Henriques

Da injustiça da escravidão dos negros, considerada em relação aos seus senhores - PRÉ-PUBLICAÇÃO

Da injustiça da escravidão dos negros, considerada em relação aos seus senhores - PRÉ-PUBLICAÇÃO Em 1781, o iluminista Condorcet escrevia um violento libelo contra a escravatura, que se converteria numa obra clássica de denúncia. Ensaio intemporal, famoso pela posição veemente do autor e publicado sob pseudónimo, «Reflexões sobre a Escravidão dos Negros» é, em última instância, uma condenação das injustiças e um apelo ao fim da indiferença social, para que cessem os ultrajes aos princípios que norteiam a Humanidade. A presente edição inclui ainda os textos «Ao Corpo Eleitoral, contra a Escravidão dos Negros», destinado a apaziguar os receios económicos dos colonos da época, e «Sobre a Admissão de Deputados dos Plantadores de São Domingos à Assembleia Nacional», que põe em causa o direito dos esclavagistas à representação parlamentar.

Mukanda

21.01.2014 | por Condorcet

Ser Escravo. Quadros de um quotidiano: dos trabalhos e dos dias

Ser Escravo. Quadros de um quotidiano: dos trabalhos e dos dias Os escravos não eram contudo apenas elementos de ostentação ou serviçais da casa do senhor. A maior parte das vezes, constituíam ainda uma fonte de rendimento ao desempenharem tarefas remuneradas; eram os chamados «escravos de ganho». Havia proprietários que, propositadamente, lhes faziam aprender um ofício para alugarem os seus serviços. Neste caso, o escravo recebia um salário como o trabalhador livre, com a diferença de que revertia na íntegra ou na maior parte para o senhor. Podiam encontrar‑se nos trabalhos domésticos, mas era, sobretudo, nas oficinas artesanais, nas embarcações ou nos serviços públicos que se utilizavam.

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23.03.2012 | por Maria do Rosário Pimentel

Extra-Terrestres

Extra-Terrestres Actualmente é notório, em várias sociedades, o preconceito no que diz respeito ao cabelo natural dos negros. Na sociedade angolana, à semelhança de várias outras, o preconceito e a pressão exercida sobre quem usa o cabelo natural é gritante há vários anos e tende a ser cada vez maior.

Vou lá visitar

10.10.2011 | por Hindhyra Mateta

“Ouçam: a questão já não é a cor da pele!”

“Ouçam: a questão já não é a cor da pele!” O homem que compra bananas no mercado do Soweto está cansado de ouvir falar em tensões raciais na África do Sul. Na África do Sul, em 2010, há brancos com medo e negros com discursos de ódio? Há. Há também negros com medo e brancos com discursos de ódio. Nem uns nem outros são a maioria.

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10.06.2010 | por Miriam Alves