A literatura, uma arte triunfal. Entrevista a Lídia Jorge

A literatura, uma arte triunfal. Entrevista a Lídia Jorge Enquanto escritora sinto-me uma construtora da vida marginal, ou mais propriamente uma espécie de testemunha do tempo que passa. No plano da mudança social, o facto de nos termos integrado na Europa, depois da Revolução, colocou em estado de stress um país que mantinha demasiados traços arcaicos, e o percurso rápido que precisou de fazer pôs em evidência conflitos profundos da sociedade portuguesa. Foi necessário um esforço estoico por parte da população. Em situações desse tipo, as questões ontológicas colocam-se com grande agudeza. Faço parte do grupo dos escritores que tornaram essa mudança social e histórica literariamente visível, mas a partir do palco interior das personagens, a partir de uma olhar individual transfigurado.

Cara a cara

20.05.2022 | por Margara Russotto e Patrícia Martinho Ferreira

Murmúrios do espio: uma leitura sobre o olhar marginal e exilado da escrita de lídia jorge e suas personagens femininas em "A Costa dos Murmúrios"

Murmúrios do espio: uma leitura sobre o olhar marginal e exilado da escrita de lídia jorge e suas personagens femininas em "A Costa dos Murmúrios" Parte-se do pressuposto que o Romance de Lídia Jorge A costa dos Murmúrios, apresenta uma escrita pós-colonial e um posicionamento político feminino em relação à Guerra Colonial de Portugal na África. Assim, o artigo apresenta um breve resumo da obra, para, em seguida, desenvolver questões sobre o posicionamento social das personagens exiladas; depois comentar a vivência da escritora como mulher e exilada e, finalmente, tecer comentários sobre o seu lugar de fala e propósito da obra. Em suma, o artigo pretende interpretar o texto de Lídia Jorge, considerando sua vivência de exílio e relacioná-la ao seu posicionamento político no momento da escritura do romance.

A ler

27.10.2010 | por Sumaya Machado Lima