Pós-Europa Oxalá: a forma em que o novo entra no museu

Pós-Europa Oxalá: a forma em que o novo entra no museu No entanto, em sentido algo divergente, vários alunos e alunas proferiram frases como “Não me sinto português/portuguesa”, “Não me sinto europeia/europeu”. As experiências dos estudantes convocadas pelas obras de arte provocaram reflexões sobre até que ponto a Europa e o Portugal estão a conseguir reencontrar-se e reconstruir-se com e na multiplicidade de corpos e culturas, na pluralidade de línguas e sotaques, nos diversos trajectos e histórias que compõe qualquer mosaico diverso, e que existe em Portugal, não nos esqueçamos, desde tempos remotos. Estas partilhas na galeria do museu demonstram também como é necessária a existência de espaços para estas conversas e, sobretudo, uma resposta comprometida para o sentimento de exclusão, de não pertença à sociedade, de mágoa e revolta, da qual a escola muitas vezes se distancia.

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28.12.2022 | por Joana Simões Piedade

“Europa Oxalá”, tales of Europe

“Europa Oxalá”, tales of Europe Ao visitarmos a mostra coletiva Europa Oxalá ficamos, precisamente, com uma ideia mais vívida e premente sobre o poder criativo, as questões, preposições e desafios da contemporaneidade europeia. A noção de Europa afigura-se tanto mais coincidente com a sua realidade, como com os desejos e memórias diversas que a compõem. Na sala expositiva da Fundação Calouste Gulbenkian, percorremos as 60 obras em linguagens como pintura, desenho, escultura, filme, fotografia e instalação, de artistas cujos nomes não são uma mera lista mas fonte de conhecimento sobre identidades, descolonização, xenofobia, racismo, processos migratórios de pessoas, mundos e arte.

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27.12.2022 | por Marta Lança

A Exposição Europa Oxalá

A Exposição Europa Oxalá A exposição Europa Oxalá é também o momento ideal para desconstruir o mito colonial e a melancolia pós-colonial designados como “arte africana”. Atribuída a toda a produção artística que tem origem no continente africano, a expressão tem sido utilizada para a diferenciar de uma forma grosseira de toda a arte incluída nos compêndios e nas narrativas da história universal da arte fundada na matriz ocidental. A arte dita africana era tida como uma arte sem autoria, desligada da diversidade dos seus contextos de produção, fossem eles um país do Norte de África, do Sul ou da costa leste ou oeste, fosse do século XIV ou do século XX.

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18.10.2021 | por António Pinto Ribeiro