A classe, a raça e o género em Angela Davis

A classe, a raça e o género em Angela Davis Angela Davis tenta dar voz às mulheres de etnia negra, silenciadas durante o percurso da história, ao desconstruir as correntes feministas convencionais para poderem abarcar a questão da raça e das suas vicissitudes. Portanto, nunca é transparente que Davis se assuma como uma feminista, já que a sua preocupação em momento algum descarta essa dimensão racial. É uma linha de pensamento que, cruzando o ativismo e a militância política com a formação intelectual, se vai desenvolvendo da classe e da raça até à questão do género, que lhe chega nas relações profissionais que vai experienciando na própria militância, mesmo no próprio seio das comunidades negras.

Mukanda

22.03.2021 | por Lucas Brandão

A esquerda dividida por Junho de 2013 e a possibilidade de construir novas conexões

A esquerda dividida por Junho de 2013 e a possibilidade de construir novas conexões No Brasil, em outros contextos, parte da esquerda tentava opor classe e diferença e isso está muito preso no debate político nacional. O que, a meu ver, nos ajuda a pensar é o seguinte: a classe sempre foi preta, a classe sempre foi mulher, a classe sempre foi indígena. O conceito de multidão pode nos ajudar a entender justamente isto: como essas questões se colocam, ou seja, muitas vezes ficamos nos opondo a questões que estão muito mais conectadas. Inclusive, os adversários dos “de baixo” percebem isso.

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28.06.2018 | por Jean Tible

A luxúria

A luxúria Não é necessário recorrer aos exemplos da luxúria dos ditadores -- que os faz possuir, por exemplo, uma pistola de 9mm em ouro, cujo preço é de 4.000 euros, como a que foi encontrada na posse de Khadafi, ou os cem palácios de Saddam Husseisn no Iraque, construídos de uma maneira fantasticamente sobredimensionada: “(os ditadores) gostam do estilo antigo para parecer uma arquitectura séria mas não apreciam as verdadeiras antiguidades porque não faz um género muito moderno”, diz Peter York em Dictator’s Home. Comportamentos de luxúria como estes encontram-se nas democracias ocidentais e até mesmo em Portugal.

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06.09.2012 | por António Pinto Ribeiro