Ruy Guerra e o Pensamento Crítico das Imagens

Ruy Guerra e o Pensamento Crítico das Imagens Mueda, Memória e Massacre debruça-se sobre a memória sensível do colonialismo, uma contra-memória. Guerra interessa-se pela forma como o sistema colonial agiu sobre os corpos colonizados, deixando neles marcas (vestígios, restos). Nesse sentido, procede a uma reconstituição sensível das condições perceptivas e cognitivas do colonizado no sistema colonial. Os corpos e o olhar - o seu movimento - são aqui memória. O filme apresenta uma estética do sensível e da memória, enveredando ainda por uma pesquisa de contornos antropológicos dos sujeitos coloniais.

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11.06.2015 | por vários

O NASCIMENTO DE UMA IMAGEM Mueda, Memória e Massacre, de Ruy Guerra (1979)

O NASCIMENTO DE UMA IMAGEM Mueda, Memória e Massacre, de Ruy Guerra (1979) O filme "Mueda, Memória e Massacre" (1979), de Ruy Guerra, definido oficialmente como a primeira longa-metragem de ficção moçambicana, poderia ser considerado, numa primeira leitura, como uma reconstituição cinematográfica.No dia 16 de Junho de 1960, a administração portuguesa de Mueda reprimiu violentamente uma manifestação pacífica em prol da melhoria das condições de vida e de trabalho. As circunstâncias do Massacre permanecem ainda hoje ambíguas, particularmente no que respeita ao número de vítimas - 14, segundo o relatório oficial português; mais de 600, de acordo com a Frelimo.

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02.07.2011 | por Raquel Schefer

Ruy Guerra

Ruy Guerra Foi assim parte de uma geração que, nos anos 60, queria mudar o mundo, por sua ideologia mas também – alguns deles e Ruy entre esses – por sua prática de vida. Para ele a estética é sempre política, pois traz necessariamente embutida uma visão de mundo, ancorando-se em valores que apresenta, defende ou condena. Se apresentado como cineasta político, orgulha-se de ser esta sua marca maior. Nunca foi ligado a partido, mas acredita que ser político é estar envolvido com as problemáticas de sua época: “Tenho um olhar político sobre a realidade, de um ponto de vista cultural”.

Cara a cara

30.04.2011 | por Vavy Pacheco Borges

"20 Navios” de Ruy Guerra, DA CRÓNICA E SUA MELANCOLIA

"20 Navios” de Ruy Guerra, DA CRÓNICA E SUA MELANCOLIA Da crónica e sua melancolia nos fala este "20 Navios", abrindo logo com “Esta Janela” (indiscreta?) onde interroga suas identitárias pertenças – o tal triângulo: “Daqui desta janela, quando a noite chega e Lisboa se pulveriza nas suas luzes anónimas de cidade grande ainda que possa me imaginar em Maputo, Havana, Rio, ou qualquer outro ventre, sei agora que não posso mais me enganar porque estou inexoravelmente só com a minha esquizofrénica latino-africanidade.

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30.04.2011 | por Luís Carlos Patraquim