Sem assumir a responsabilidade por atos concretos de abusos cometidos, não há autocrítica

Sem assumir a responsabilidade por atos concretos de abusos cometidos, não há autocrítica É difícil aceitar como desculpa a ignorância ou a falta de noção, depois de tanto livro escrito; tanta palestra, tanta aula, tanta oficina, tanto fórum sobre o heteropatriarcado. O texto acaba por provar como Boaventura vem aprendendo seletivamente, e de acordo com seus interesses, as lições das lutas sociais feministas e por direitos humanos. Não aprendeu, por exemplo, o que significa responsabilização. Uma autocrítica vazia de responsabilização é apenas mais um passo de quem tem poder para controlar a narrativa.

Mukanda

08.06.2023 | por várias

Carta Aberta: Grada Kilomba e a Bienal de Veneza 2022

Carta Aberta: Grada Kilomba e a Bienal de Veneza 2022 A 7 de dezembro, o curador Bruno Leitão partilhou uma carta aberta revelando que o processo de decisão da DGArtes (Direção Geral das Artes), que atua como Júri de Seleção Portuguesa da Bienal de Veneza, foi marcado por incoerências e irregularidades graves nos critérios de avaliação, bem como violações explícitas dos “Deveres do Júri”, que são definidos por lei. Esta notícia, no entanto, tornou-se pública, através da imprensa internacional, que revelou o facto de o projeto A Ferida / The Wound da artista Grada Kilomba ter sido afastado da representação de Portugal na Bienal de Veneza 2022, com argumentos deveras problemáticos por parte de um dos membros do júri, Nuno Crespo, crítico de arte no jornal Público, Director da Escola das Artes e Reitor da Universidade Católica Portuguesa - Porto.

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20.12.2021 | por vários