Badio Branku de Djam Neguin

Badio Branku de Djam Neguin Djam Neguin, artista caboverdiano multifacetado provocativo e irreverente, brinda-nos e surpreende com nova composição. “Badio Branku” como título, manifesta uma capacidade sintética de todo um conteúdo e narrativas contemporâneas daquilo que enfrentamos nas nossas sociedades, sedentas de africanidade como processo emancipatório. Djam canta a um “espelho invertido”, uma máscara de quem não se quer ver. E sobretudo acusar-se. O existencialismo fala-nos do fardo que é a nossa própria liberdade, na simetria de uma responsabilidade que nem sempre é assumida na mesma medida. Amílcar Cabral falou disso, quando projetou e defendeu a criação do “homem novo”, que pensasse pela sua “própria cabeça”. Um ser livre. Um homem que se pode dar ao luxo de se ver e de ser visto, humanamente, sem “lágrimas de cor”.

Palcos

07.06.2022 | por Valdevino Santos Bronze

Sarah Maldoror e o cinema africano

Sarah Maldoror e o cinema africano 'Sambizanga' foi filmado durante sete semanas em Brazzaville, no Congo. Abordando a guerra colonial/de libertação, no período 1961-1974, tornou-se um dos mais importantes filmes sobre a resistência africana. A história centra-se na procura de uma jovem mulher pelo seu marido preso e culmina num conto de separação e brutalidade que, através da perícia de Maldoror, torna-se muito afirmativo.

Afroscreen

13.04.2020 | por Marta Lança

Deslocalizar a Europa: revisitando Cabral, Césaire e Du Bois

Deslocalizar a Europa: revisitando Cabral, Césaire e Du Bois Implicou ainda a necessidade de construção de uma identidade panafricana ou negra como condição de ancoragem nacional ou local, o que incluiu o confronto com tradições existentes ou a reinventar – para além do “sangue e do solo”. São estas dimensões transnacionais que há que reequacionar na nossa contemporaneidade. Até que ponto serão os começos anticoloniais – essa tabula rasa que caracterizaria o ato de descolonização (Fanon) – ainda capazes de dar conta dos desafios com que o mundo hoje se depara?

Mukanda

02.10.2013 | por Manuela Ribeiro Sanches