Sombras do Império: Belém, Projetos, Hesitações e Inércia 1941-1972

Parte 2
Padrão dos Descobrimentos
Inauguração: 29 de outubro, 17h00

Demolição da Fábrica do Gás em BelémDemolição da Fábrica do Gás em Belém

A segunda parte da exposição “Sombras do Império. Belém, - Projetos, Hesitações e Inércia. 1941-1972”, patente ao público a partir de 30 de outubro, revisita alguns projetos do Estado Novo para a Praça do Império e orla ribeirinha de Lisboa.

Sombras do Império. Belém - Projetos, Hesitações e Inércia. 1941-1972, inaugurada a 2 de maio, dá a conhecer a sucessão de planos urbanísticos e projetos de arquitetura cujo centro foi a Praça do Império. Menorizados ou até esquecidos pela historiografia, estes projetos revelam-se hoje particularmente significativos, pela escala e natureza das transformações que anteviam, pela orientação programática que preconizavam, pelo investimento de meios que implicariam, pela extensão do seu período de elaboração, em contraponto com o pouco que foi concretizado.
 
A partir de documentação de natureza diversa – desenhos e memórias descritivas, pareceres, ofícios, legislação, fotografias, bibliografia da época – e de investigação académica recente, a exposição apresenta um percurso cronológico centrado nos projetos para a Praça do Império e área envolvente e para os designados “Palácio do Ultramar” e “Museu do Ultramar”, considerando ainda outras propostas para grandes edifícios públicos a localizar na orla ribeirinha de Lisboa.

Estes projetos são a base para abordagens diversas e complementares, apresentadas por investigadores de diferentes formações disciplinares, que irão aprofundar a contextualização e ensaiar propostas de leitura crítica: Urbanismo, Arquitetura, Paisagismo, Arte Pública, Património, Propaganda e Ideologia Coloniais.

Na segunda fase desta exposição são revistas algumas realizações integradas nos planos para a zona:

. a envolvente da Torre de Belém e a sua extensão à ermida de São Jerónimo, no Restelo;
 
. o Museu de Marinha com o planetário, anexo ao Mosteiro dos Jerónimos;
 
. a reconstrução do Padrão dos Descobrimentos, sobrepondo-se ao projeto vencedor do concurso para um monumento ao Infante D. Henrique, a materializar no promontório de Sagres.
 
A exposição encontra-se organizada em sete núcleos: Cronologia 1941 -1972; Da Praia do Restelo à Praça do Império; A Exposição do Mundo Português e mais além; Uma praça para o Império todo; Da Torre de Belém à ermida de São Jerónimo; Museu de Marinha e Planetário; “Não haverá Mar Novo”.

Sombras do Império 
Belém - Projetos, Hesitações e Inércia 1941-1972

2 de maio de 2022 - 30 de janeiro de 2023
Todos os dias das 10h00 às 18h00 (última entrada às 17h30)
 

João Paulo Martins – Arquiteto, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, CIAUD.
Equipa de Investigação
Joana Brites – Historiadora da Arte, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, CEIS20
Natasha Revez – Historiadora da Arte
Pedro Rito Nobre – Arquiteto
Sebastião Carmo-Pereira – Arquiteto Paisagista
Sofia Diniz – Historiadora da Arte
Animações digitais
Planos de Belém
Alice Vieira
João Abrunhosa
Teresa Fernandes

Fotografia
Demolição da Fábrica do Gás em Belém
Câmara Municipal de Lisboa. Repartição dos Serviços Culturais. Secção de Propaganda e Turismo
7 de junho de 1950
PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/SPT/000036
Arquivo Municipal de Lisboa

26.10.2022 | por Alícia Gaspar | arquitetura, Belém, história, mosteiro dos jerónimos, museu da marinha, Padrão dos Descobrimentos, planetário, pós-colonialismo, restelo, Sombras do império