AMADOU & MARIAM no Coliseu, LISBOA

É hora de Folila! Os malianos Amadou & Mariam presenteiam Lisboa com a liberdade que junta retro e moderno, índie, rock, blues à mais vibrante raíz da música africana. Dois companheiros de longa data, parceiros na música e na vida, convidam a um encontro colectivo numa noite que atravessará Nova Iorque, Paris e Bamako. Celebremo-la, como bem pede o nome do último álbum do casal: em bambara é folila, em português música, a mais fiel morada para esse encontro.

Nos últimos anos, tocaram com Stevie Wonder, fizeram digressões com Colplay, U2, David Gilmour e Johnny Marr, actuaram em honra de Barack Obama e na abertura de dois mundiais da FIFA. Manu Chao e Damon Albarn já produziram os seus discos. Passaram dos palcos da música do mundo para os mais inovadores nomes do rock, envolveram-se em projectos interculturais como ‘L’Afrik C’est Chic’. Levaram, no ano passado, uma plateia portuguesa a mergulharnum Eclipse memorialístico das suas biografias, emocionante contacto com a sua música, convite a uma maior proximidade com os músicos, desde cedo invisuais.

Acompanhados com a sua banda, apresentam neste concerto o álbum Folila, da Nonesuch Records que, na linha habitual de projectos colaborativos, contou com a participação de músicos como Santigold, Theophilus London, Jake Shears das Scissor Sisters, Ebony Bones, TV on the Radio e Nick Zinner dos Yeah Yeah Yeahs. Amadou e Mariam alegram-se na partilha de canções e ideias com outros músicos, contágio gratificante mas sem grandes sensacionalismos e na condição de nunca perderem de vista aquilo que querem e sabem fazer: rock e blues, a partir de elementos da música africana. Se Folila em bambara quer literalmente dizer ‘música’, é o exemplo acabado de como tradição e modernidade podem convergir num universo musical comum, proveniente de vários tempos e lugares, uma simultaneidade possível onde eles se situam.

Folila é primeiro álbum em estúdio de Amadou e Mariam desde Welcome to Mali (2008).Tratava-se inicialmente de dois álbuns: o primeiro gravado em Nova Iorque com músicos indie e rock, e um outro ao encontro de uma certa origem musical, dir-se-ia mais tradicional, remetendo para a música maliana, gravado na cidade natal Bamako, com convidados africanos e percussão acústica. Porém, quando ouviram o resultado das duas sessões decidiram combiná-las num só disco que mesclasse este colorido de vozes e estilos numa celebração à música.

É hora de FOLILA

COLISEU DE LISBOA
25 DE ABRIL, ÀS 21H30  bilhetes 16 eur cooperativa Ao Sul do Mundo 

05.04.2013 | por martalanca | Amadou & Mariam, mali

Projecto Tumbuctu – Biblioteca Pública da Plataforma Gueto

Ao contrário do que nos tenta passar o discurso eurocêntrico e mono-histórico, que retrata África como um lugar sem escrita e como tal sem história, nós temos uma longa e linda história. Além das maravilhosas tradições orais que devemos preservar e divulgar, temos também um história escrita que não foram os europeus que passaram para papel. Desde há cinco séculos que a Europa tenta reescrever a história de África a partir do seu espelho e da sua noção de desenvolvimento, tudo isso para justificar a sua exploração. Nos últimos dois séculos  multiplicaram-se os escritos racistas mascarados de ciência.

Cabe-nos “exumar” a nossa história e esclarecer irmãos e irmãs sobre o grande contributo dos povos africanos e das nossas civilizações para o mundo.

Tombuctu, do império de Songhay no Mali, foi um dos maiores centros de conhecimento do mundo e ainda hoje se continuam a descobrir livros de lá que revelam o grande saber astrológico, matemático, geográfico, teológico, literário de África antes do colonialismo e que foi inclusive amplamente aprendido e usado na Europa.

Assim o projecto Tombuctu quer emprestar todos os livros pessoais dos membros da Plataforma Gueto a pessoas da nossa comunidade que queiram usufruir desses livros para aprenderem e para que discutamos, cada vez mais amplamente, a nossa história e actualidade e para que lutemos por um futuro de auto-determinação onde falemos em voz própria.

A grande maioria dos livros difundidos nas escolas e universidades e outras instituições tornam invisível o nosso contributo, mas existem vários livros de políticos, historiadores, poetas, romancistas, guerreiros, africanos e africanas que te podem devolver um orgulho no teu passado e um sentido para o teu futuro.

“Até que os leões possam contar a sua história a caça glorificará sempre o caçador” – Provérbio africano.

No Séc. XVI, Tombuctu, contava com uma população de 25.000 habitantes, com ricos comerciantes e numerosos artesãos.

O geógrafo árabe Leão, O Africano, escreve que se vendiam aí numerosos manuscritos árabes vindos da África do Norte, e que o comércio dos livros era muito próspero. Contavam com 150 a 180 escolas do Corão.

A mesquita de Sancoré recebia os mais célebres e constituía uma verdadeira universidade. Aqui se ensinava teologia, direito corânico, literatura árabe, história, geografia, matemáticas e astronomia.

Foi aqui que foram escritos, nos séculos XVI e XVII, os dois primeiros grandes livros históricos redigidos por Sudaneses, que transcreveram em árabe as tradições relativas aos estados negros (Ghana, Mali, etc.): O Tarikh-el-Fettach e o Tarikh-es-Sudão.

História da Guiné e Ilhas de Cabo Verde, PAIGC 1974

De todas as cidades de Songhai, Tombuctu foi a mais importante sob o domínio de Aksia, o Grande, e dos seus sucessores…Tombuctu transformou-se no seu centro comercial e intelectual. As suas escolas de teologia, leis, história, ou outros estudos tornaram-se conhecidas em todo o mundo muçulmano (incluindo a Andaluzia – 
sul de Portugal e Espanha). Eruditos de terras distantes chegavam para ensinar e para aprender. Nos finais do século XV essas escolas formavam um grupo de “faculdades” como as universidades de Oxford e Paris nos primeiros tempos.
Muitos dos escritores e professores de renome da África Ocidental, cujos nomes ainda são lembrados e cujos livros ainda são estudados, viveram e ensinaram em Tombuctu.

À Descoberta do Passado de África, Basil Davidson, 1978.

Alguns livros recomendados pela Plataforma Gueto:

fonte

21.03.2013 | por herminiobovino | literatura, literatura africana, mali

Music from Saharan Cellphones. Vol 1 and Vol 2

Em 2010, depois de longas viagens no Mali e na Mauritânia, Chris Kirkley apresentou “Music from Saharan Cellphones. Vol 1”. Uma gravação em K7 rapidamente se tornou viral. Depois disso, Christopher Kirkley lançou o volume 2 da mesma colecção e ainda um album remix Music for Saharan cell phones.

«Ce qui m’a passionné c’est la métaphore d’un Internet à pied. Les échanges de téléphone à téléphone ont créé un peer-to-peer physique, un réseau d’échanges libres qui fait réfléchir sur la façon dont, en Occident, la course au copyright a verrouillé la culture. Nos idées sur la circulation de la culture dématérialisée sont les mêmes qu’à l’époque du phonographe, alors qu’ici, tout est très différent. Au Sahel, l’échange est roi.» 

ver +: http://sahelsounds.com/

http://atelier.rfi.fr/profiles/blogs/christopher-kirkley

http://www.ecrans.fr/Le-Sahel-en-musicolor,16032.html

uma dica de RFC

04.03.2013 | por franciscabagulho | internet, mali, mauritania, música

Bamakosmos III- Drissa Konaté, Video-retratos sobre a música do Mali

Bamakosmos é uma série de “postais audiovisuais”, sobre criação artística contemporânea na cidade de Bamako (Mali), realizada por Toni Polo entre Novembro de 2009 e Maio de 2010. Uma série de 20 curtas-metragens concebidas como uma colecção de video-retratos intímos e pessoais, que nos dão a conhecer a obra e a vida de músicos e artistas plásticos, com imagens que nos transmitem a diversidade étnica, a cultura urbana e a tradicional, a música, as celebrações, e as necessidades deste enorme país do oeste africano.

Realização: Toni Polo
Produção: Francesc Fenollosa
Bamako (Mali), 2009
Groovalizacion & Tatzen SL

28.05.2012 | por joanapereira | mali, música, video-retratos

Déclaration d’indépendance de l’Azawad

Nous, peuple de l’Azawad, Par la voix du Mouvement National de Libération de L’Azawad après concertation avec :

  • Le Comité Exécutif,
  • Le Conseil Révolutionnaire,
  • Le Conseil Consultatif,
  • L’Etat-Major de l’Armée de Libération,
  • Les bureaux régionaux,

Rappelant les principes du droit international et les principaux instruments juridiques internationaux régissant le droit des Peuples à disposer d’eux-mêmes, notamment, la charte des Nations Unies en ses articles 1 et 55, les dispositions pertinentes de la déclaration internationale des droits des peuples autochtones;

Considérant, la volonté explicitement exprimée dans la lettre datée du 30 mai 1958 adressée au président français par les notables, guides spirituels de toutes les composantes de l’AZAWAD;

Considérant qu’en 1960, à l’occasion de l’octroi de l’Indépendance aux peuples Ouest-Africains, la France a rattaché sans son consentement l’AZAWAD à l’Etat malien qu’elle vient de créer;

Rappelant les massacres, les exactions et humiliations, spoliations et génocides de 1963, 1990, 2006, 2010 et 2012, qui ont visé exclusivement le peuple de l’AZAWAD jusqu’au 1er avril 2012;

Rappelant, le comportement inhumain du Mali qui a utilisé les différentes sécheresses (1967, 1973, 1984, 2010….) pour faire disparaitre notre peuple par anéantissement alors même qu’il a sollicité et obtenu une aide humanitaire généreuse;

Considérant l’accumulation de plus de 50 ans de mal gouvernance, de corruption et de collusion militaro politico financière, mettant en danger l’existence du peuple de l’Azawad et en péril la stabilité sous-régionale et la paix internationale;

Considérant, la libération complète du territoire de l’Azawad;

Proclamons irrévocablement, L’ETAT INDEPENDANT de l’AZAWAD à compter de ce jour Vendredi 06 Avril 2012.

DECLARONS:

  • La reconnaissance des frontières en vigueur avec les états limitrophes et sont inviolabilité;
  • L’adhésion totale à la charte des Nations Unies;
  • L’engagement ferme du MNLA à créer les conditions de paix durable, à initier les fondements institutionnels de l’Etat basés sur une Constitution démocratique de l’Azawad indépendant.

Le Comité Exécutif du MNLA invite l’ensemble de la Communauté Internationale dans un élan de justice et de paix à reconnaitre sans délais l’Etat de l’Azawad Indépendant.

Le Comité Exécutif du MNLA jusqu’à la mise en place de l’Autorité du Territoire de l’Azawad continuera à assurer la gestion de l’ensemble du territoire.

Gao, le 6 Avril 2012

Billal Ag Acherif

Secrétaire General

Mouvement National pour la Libération de l’Azawad

 

retirado daqui

07.04.2012 | por martalanca | independência, mali

Metade do Mali agora independente!

Today, 6 of April 2012 the National Movement of the Azawad (MNLA) stoped all military operations and has proclaimed the independance of the Azawad

05.04.2012 | por ritadamasio | independência, liberdade, mali, rebelião

DOGON à Paris - até 24 Julho, no Musée du Quai Branly

L’exposition DOGON présente l’histoire de l’art et de la culture dogon, depuis le 10ème siècle jusqu’à nos jours, à travers plus de 330 oeuvres exceptionnelles issues de collections du monde entier et rassemblées pour la première fois en France.

Plus de dix siècles d’histoire des peuplements, des influences artistiques et culturelles sont ainsi parcourus à travers un rassemblement unique de chefs-d’oeuvre incontournables et de pièces du quotidien inédites qui témoignent du peuplement progressif du pays dogon et de la richesse de sa diversité stylistique.

L’exposition créée au musée du quai Branly entend restituer toute la force de l’art de la sculpture telle que l’ont conçue les Dogon, qu’il s’agisse du bois ou du métal, de pièces imposantes ou de puissants objets de petite dimension. Hélène Leloup, comissaire

19.05.2011 | por martamestre | Dogon, exposição, mali, Musée du Quai Branly

TAP quer voar para o Mali

Brasília - A transportadora aérea portuguesa TAP pretende abrir uma nova rota em África. O Instituto Nacional de Aviação Civil pediu autorização às autoridades do Mali para a criação de uma linha aérea ligando Lisboa e Bamako.

Luiz Gama Mór admite que não há um “tráfego digno de nota entre Mali e Portugal, mas, tal como fizemos com Dakar (Senegal), Lisboa será um ‘hub’ [plataforma de ligação] para outros destinos, nomeadamente a França”.
Ainda em África, a TAP quer também abrir uma ligação aérea para São Vicente, em Cabo Verde.




16.03.2011 | por ritadamasio | destinos, mali, voos