"Clandestina", baseado no livro de Margarida Tengarrinha e realizado por Maria Mire, estreia dia 7 de março nos cinemas

Uma obra que parte do livro “Memórias de uma Falsificadora - A Luta na Clandestinidade pela Liberdade em Portugal” 

O filme “Clandestina” realizado por Maria Mire e produzido pela Terratreme, estreia nas salas de cinema portuguesas a 7 de março. Esta longa-metragem parte da obra “Memórias de uma Falsificadora - A Luta na Clandestinidade pela Liberdade em Portugal” de Margarida Tengarrinha (1928-2023), artista, escritora, professora que antes do 25 de Abril viveu clandestinamente em Portugal e que se tornou falsificadora de documentos por motivos de militância política. Margarida Tengarrinha nasceu em Portimão em 1928 e faleceu no último mês de outubro, na mesma cidade.

“O interesse na realização deste filme prende-se assim tanto com a urgência de tirar da sombra a ação das mulheres que de modo revolucionário combateram neste período negro da história contemporânea portuguesa, assim como o de pensar na dimensão política presente nos pequenos gestos da vida quotidiana.”, afirma Maria Mire, que em 2020 realizou a curta-metragem “Parto Sem Dor”, uma homenagem à médica obstetra Cesina Bermudes (1908-2001), pioneira da introdução do parto sem dor em Portugal e resistente anti-fascista, que ajudou no parto muitas mulheres na clandestinidade.

Esta será a estreia comercial de “Clandestina”, que integrou a secção Competição Portuguesa na última edição do DocLisboa.

No dia 22 de fevereiro, às 11h, no ICA, em Lisboa, vai realizar-se um visionamento deste filme para a imprensa.

 

Teaser aqui: https://youtu.be/9no9asXJytw

Para mais informações e marcações de entrevistas, por favor contactar:

Rita Bonifácio | 918453750 | press.terratreme@gmail.com

 

“CLANDESTINA” 

VISIONAMENTO DE IMPRENSA  

22 de fevereiro, 11h: ICA, Lisboa

 

SINOPSE

Para pensar as atuais práticas de dissidência política, mergulhamos no passado e acompanhamos a vivência de uma jovem artista. Convidada a entrar na clandestinidade em Portugal na segunda metade do século XX, Margarida Tengarrinha, desempenhou um importante papel na resistência antifascista, tornando-se falsificadora por militância política. Através do anacronismo temporal, CLANDESTINA é como uma missiva a um tempo porvir, uma premonição da possibilidade trágica da História se estar a repetir. 

 

FICHA TÉCNICA 

Com Kim Ostrowskij, Rafael Costa, Salomé Saltão, Joana Levi e Ciço Silveira, Dayana Lucas, petra.preta

 

REALIZAÇÃO Maria Mire

ASS. REALIZAÇÃO E DIREÇÃO FOTOGRAFIA Miguel Tavares

1º ASS. IMAGEM Margarida Albino

2º ASS. IMAGEM Giulia Angrisani

DIREÇÃO SOM Ricardo Guerreiro

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO Madalena Fragoso

DIREÇÃO ARTE Maria Mire

ASS. DIREÇÃO ARTE Ana Vala

MONTAGEM Luisa Homem

DESIGN SOM E MÚSICA Ricardo Guerreiro

EFEITOS VISUAIS E CORREÇÃO COR Ana Vala

PÓS-PRODUÇÃO IMAGEM Gonçalo Ferreira, Irmã Lúcia

DESIGN Dayana Lucas

PRODUTORES Luisa Homem, João Matos, Leonor Noivo, Pedro Pinho, Susana Nobre e Tiago Hespanha

 

Maria Mire

Maria Mire (Maputo, 1979) vive e trabalha em Lisboa. O trabalho artístico e de investigação que desenvolve é sobretudo centrado nas questões da percepção da imagem em movimento. Doutorada em Arte e Design pela FBAUP em 2016, com a tese “Fantasmagorias: a imagem em movimento no campo das Artes Plásticas”. É pro- fessora e co-responsável do Departamento de Cinema/ Imagem em Movimento do Ar.Co., em Lisboa. Colabora igualmente no PhD em Arte dos Media e Comunicação da ULHT, assim como no Mestrado de Artes do Som e da Imagem da ESAD.CR. Integrou diversos projetos artísticos colaborativos, dos quais se destacam o Coletivo Embankment, Plataforma Ma ou Patê Filmes. Tem desenvolvido diversos projetos colaborativos de crítica e especulação artística com Aida Castro. Realizou o filme “Parto sem dor”, uma conversa imaginada com Cesina Bermudes, que integrou a seleção oficial do INDIELISBOA 2020, e do Festival Caminhos do Cinema Português, Seleção Outros Olhares 2020, assim como a edição do PORTO FEMME – International Film Festival, onde recebeu o Prémio de Melhor Documentário da Competição Nacional.

09.02.2024 | por Nélida Brito | cinema, clandestinidade, filme, política, Portugal