Apresentação de "Virá que eu vi, Amazónia o cinema" e exibição de filmes, em Braga

Apresentação do livro, no dia 11 de novembro às 18h30 na Centésima Página, Braga, com a presença da autora, Anabela Roqueno âmbito de Braga 25, Capital Portuguesa da Cultura 2025. 

Projeção dos filmes: 

Ka’a zar ukyze wà - Os donos da floresta em perigo

Ano de Lançamento (Brasil): 2019 Realização: Flay Guajajara, Edivan dos Santos Guajajara e Erisvan Bone Guajajara. A Terra Indígena Araribóia (MA) é uma das mais ameaçadas da Amazónia. É o território do povo Guajajara e também de um grupo de indígenas, os Awá Guajá. O filme é um alerta e pedido de socorro dos Guajajara pela proteção das florestas e de seus parentes Awá Guajá, um dos últimos povos caçadores e coletores do mundo, cujo modo de vida depende essencialmente da floresta e, se a destruição continuar, está com os dias contados.  

Zo’é rekoha – Modo de vida zo’é

Realização: Lia Malcher. Narrado pelas vozes de Tokẽ, Se’y, Awapo’í e Supi, quatro lideranças do povo indígena Zo’é, o documentário “Zo’é rekoha – modo de vida zo’é” é a primeira produção do especial “Os povos se apresentam”, que traz conteúdos feitos em colaboração com pessoas e organizações indígenas para a Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil [https://povosindigenas.org.br], do Instituto Socioambiental (ISA). Fruto de uma parceria com a Tekohara Organização Zo’é e com Instituto Iepé [https://institutoiepe.org.br], o vídeo abre uma nova janela de comunicação com o mundo zo’é, apresentando, em primeira pessoa, o território, os cantos, as festas, o artesanato, as roças e casas desse povo de língua tupi-guarani que vive no Norte do Pará.   

Primeiro livro da coleção Buala /Tigre de Papel

PREFÁCIO Ellen Lima Wassu IMAGEM  João Salaviza CAPA Ágata Ventura.
Virá que eu vi, a Amazónia no Cinema, de Anabela Roque 

“Procurei escrever sobre filmes cuja temática permitisse uma reflexão sobre a Amazónia e, entre estes, aqueles que dedicam especial atenção às cosmologias indígenas. O meu objetivo é evidenciar a diversidade de modos de fazer cinema na região, traduzidos em narrativas enraizadas nas realidades locais, capazes de resgatar ou expor fatos históricos, culturais e ambientais dos diferentes territórios do bioma.” Anabela Roque.

Ler a introdução do livro.

 

05.11.2025 | por martalanca | amazônia, Amazónia o cinema, Braga, Virá que eu vi

Mulheres na Luta Contra o Fascismo e o Colonialismo

Pela primeira vez em Portugal, o Congresso Mulheres na Luta contra o Fascismo e o Colonialismo juntou, em 2024, vozes fundamentais da memória histórica das mulheres que lutaram contra o fascismo em Portugal e contra o colonialismo nos países africanos de língua portugueses - académicas, militantes e activistas, testemunhas vivas da memória da luta das mulheres e das suas organizações que estiveram, e continuam a estar, na vanguarda do desenvolvimento, do pensar e transformar da(s) sua(s) sociedade(s).
Nos 50 anos do 25 de Abril e das independências das colónias portuguesas em África, as discussões agora publicadas neste livro demonstram a convergência entre a resistência antifascista em Portugal e os movimentos anticoloniais e pela independência em Africa. A literatura, as cartas clandestinas, a organização comunitária e militante, mas também dados concretos sobre a realidade da vida e do quotidiano das mulheres, emergem como ferramentas da sua resistência, revelando como as mulheres não só combateram a violência da colonização e do fascismo, mas estão também a construir novas identidades políticas e culturais.
Um projecto promissor de articulações na senda de Abril.

 

05.11.2025 | por martalanca | colonialismo

Biblioteca Negra

Lançamento Oficial: 7 de novembro às 19h | Casa do Comum Link: www.bibliotecanegra.pt II @biblioteca__negra

A Casa do Comum acolhe dia 7 de novembro o lançamento da Biblioteca Negra, uma nova plataforma online que se afirma como espaço de encontro entre literatura, diáspora e negritude. Concebida por Fábio Silva — realizador e doutorando em Estudos Artísticos —, a Biblioteca Negra nasce como um território vivo de partilha e criação, onde livros, autores e leitores se cruzam para ampliar o imaginário da presença negra.

Mais do que um repositório digital, a Biblioteca Negra propõe uma leitura da história através das vozes que a reescrevem, reunindo obras que exploram temas de negritude, identidade, colonialismo, memória e resistência. O projeto afirma-se como um gesto de visibilidade e valorização de narrativas afrodescendentes, assumindo a literatura como ferramenta de transformação social.

A festa de lançamento traduz esse espírito através da palavra, da música e do movimento. A noite começa com Poetry Slam, em que Poeta da Cidade convida Kenny Caetano para uma performance de palavra viva. Segue-se um círculo de conversa moderado por Fábio Silva, com as escritoras Maíra Zenun, Telma Tvon e Nuna, que partilham reflexões sobre o papel da escrita, da arte e do ativismo na criação de novos futuros. O encerramento será em tom de celebração, com atuações de Batida, André Cabral e Fábio Krayze (DJ Robe).

Com este lançamento, a Biblioteca Negra dá início a uma plataforma de reconhecimento e diálogo contínuo, dedicada a afirmar e valorizar a produção literária negra e afrodescendente.

Fábio SilvaFábio Silva

Sobre o Projeto

A Biblioteca Negra nasce como um espaço de celebração, memória e resistência.

Dedicada à literatura negra e afrodescendente, propõe-se a reunir, divulgar e valorizar obras, autores e autoras que exploram temas como identidade, colonialismo, diáspora, pertença, ancestralidade e liberdade.

O projeto conta com o apoio de Casas Parceiras — espaços comunitários, coletivos e culturais onde é possível doar, trocar ou aceder a livros, promovendo uma circulação viva entre leitores, territórios e histórias.

O seu propósito é dar visibilidade a vozes e obras historicamente silenciadas, criando um espaço de partilha, escuta e aprendizagem.
A Biblioteca Negra convida-nos a repensar o arquivo literário, tornando-o mais plural, inclusivo e representativo.

Biografia

Fábio Silva (Lisboa, 1992) fez mestrado em Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema. Em 2018 co-realiza o seu primeiro filme, o Hip to da Hop. Realiza as curta-metragens A Morte de Isaac e Fruto do Vosso Ventre, ambas selecionadas em vários festivais nacionais e internacionais. Atualmente trabalha na sua próxima longa documental intitulada de As Tuas Costas Ainda Ardem.

Contactos

bibliotecanegra.oficial@gmail.com 

 

04.11.2025 | por martalanca | biblioteca negra, Fábio Silva

Recursões: uma cartografia de territórios inacabados, com curadoria de Kiluanji Kia Henda e Margarida Waco

No dia 15 de novembro, a partir das 17h, a Galeria Municipal do Porto (GMP) inaugura um novo ciclo de exposições com três propostas distintas. Em destaque estarão o trabalho da dupla Mariana Caló e Francisco Queimadela, uma exposição coletiva de Kiluanji Kia Henda com três artistas angolanos - Lilianne Kiame, Flávio Cardoso e Raul Jorge Gourgel -, e ainda uma mostra a dois tempos dedicada a Elvira Leite.

Com curadoria de João Laia, a exposição Estado de espírito constitui a mais ampla apresentação já dedicada a Mariana Caló e Francisco Queimadela. Com mais de 15 anos de trabalho, os artistas exploram o filme e o vídeo através de técnicas analógicas e digitais, integrando também fotografia, desenho e escultura. A exposição reúne uma vasta seleção de obras — algumas inéditas — que se articulam em torno da ideia de comunidade, entendida como diálogo entre cultura e natureza, e que aqui surge expressa em imagens de dinâmicas sociais ligadas a costumes, crenças, hábitos e ritos, evocando o trabalho no campo, a vida familiar, a oralidade e a espiritualidade ancestral. Estado de espírito pode ser visitada no piso 0 da Galeria Municipal.

No piso 1, ficará patente Recursões: uma cartografia de territórios inacabados, com curadoria de Kiluanji Kia Henda e Margarida Waco, com Flávio Cardoso, Lilianne Kiame, Raul Jorge Gourgel Centra-se no diálogo entre a obra de Kiluanji Kia Henda e três artistas angolanos — Flávio Cardoso, Lilianne Kiame e Raul JorgeGourgel — para refletir sobre as promessas, fracassos e ruínas da modernidade. A exposição é articulada pela ideia de recursão: um processo orgânico de retorno que compreende passadoe presente, marcado por movimentos recorrentes, inacabados e em constante mutação. Com fortes ligações ao território e à paisagem, as obras desenham ciclos de memória e especulação,propondo Angola como um arquivo vivo de imaginação coletiva.  Através de diferentes linguagens como a fotografia, a pintura, a instalação, o vídeo ou a performance, Recursões propõe um mapa que analisa o impacto atual das heranças coloniais. Superando narrativas históricas fixas, a exposição apresenta-se como uma bússola provisória que localiza um território de contornos instáveis a partir do qual novos horizontes podem emergir.

KKH, Rusty MirageKKH, Rusty MirageGourgel, An Ostrich Learns to Fly, 2023Gourgel, An Ostrich Learns to Fly, 2023

Já no piso -1, com curadoria de Matilde Seabra, a GMP apresenta Aprender a ensinar, ensinar a aprender com Elvira Leite. Revelando o universo singular desta artista, que também é figura incontornável na reinvenção do ensino das artes em Portugal, a exposição organiza-se em dois tempos: uma mostra de pinturas raramente vistas e uma recriação do seu atelier. O primeiro momento agrupa trabalhos de início de carreira em diálogo com uma seleção de obras recentes e inéditas, estabelecendo um diálogo entre figuração e abstração. O segundo momento transforma a galeria num espaço onde “se brinca” espacialmente com as geometrias, formas e desenhos dos seus livros-jogos, albergando também o seu arquivo, incluindo cartas, fotografias e objetos.

Com entrada gratuita, as exposições podem ser visitadas entre 15 de novembro e 15 de fevereiro, na Galeria Municipal do Porto, nos Jardins do Palácio de Cristal.

04.11.2025 | por martalanca | Galeria Municipal do Porto

Black Gaze – Mostra de Cinema Negro em Portugal

Ciclo de filmes / 08, 09, 15 e 16 nov

Esta mostra pretende dar a conhecer o Cinema Negro feito em Portugal nas últimas décadas e contribuir para o debate público em torno destes filmes e das muitas questões que suscitam.

Construídas em torno dos temas Entre-LugarMemória e AncestralidadeEcologia e FeminismoAntirracismo – Família e Rua, as sessões contam com a presença de cineastas para conversar com o público sobre as obras apresentadas. A seleção inclui obras de Denise Fernandes, Fábio Silva, Falcão Nhaga, Lolo Arziki, Melissa Rodrigues, Mónica de Miranda, Pocas Pascoal, Raquel Lima, Silas Tiny, Vanessa Fernandes e Welket Bungué.

O título deste ciclo, que tem curadoria de Kitty Furtado, parte da ideia de que to gaze não é o mesmo que olhar (to look), implica uma relação de poder assimétrico entre quem olha e quem é objeto desse olhar.

É possível adquirir um passe diário ou um passe geral, para além do bilhete individual de cada sessão.

Ler entrevista de Marta Lança a Kitty furtado.  VER PROGRAMA

Latitude Fénix (2024) © KUSSA productions / On Time Entertainment / Welket BunguéLatitude Fénix (2024) © KUSSA productions / On Time Entertainment / Welket Bungué

 


04.11.2025 | por martalanca | cinema negro, Kitty Furtado

Seminário “50 anos de independências. A descolonização portuguesa e os seus legados”

11/11/2025 14h00 • 18h00 Conferências e Cursos • Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, CESOP Universidade Católica Portuguesa • Lisboa

O seminário «50 Anos de Independência. A Descolonização Portuguesa e os seus Legados» tem por objetivo aprofundar a reflexão em torno dos resultados da sondagem «50 Anos de Independências — A descolonização portuguesa e os seus legados», realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica Portuguesa, sob coordenação de João António e António Costa Pinto, em parceria com a Comissão Comemorativa 50 anos do 25 de Abril e a RTP. 

Com inquéritos conduzidos em Portugal, Angola e Cabo Verde, esta investigação inédita analisa como os cidadãos destes países percecionam hoje os processos de descolonização e os seus legados. 

O encontro reúne académicos e especialistas num espaço de reflexão plural sobre as memórias, significados e impactos duradouros da descolonização portuguesa, meio século após as independências. 

PROGRAMA:

14h00: Receção dos participantes 

14h30: Abertura institucional 

  • Representante da Reitoria (Universidade Católica Portuguesa) 
  • Comissária Executiva Maria Inácia Rezola
  • (Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril) 

14h45: Apresentação dos resultados  

  • António Costa Pinto (ICS-ULisboa; Universidade Lusófona) e João António (CESOP-UCP) 

15h30: Pausa para café  

16h00: Mesa-redonda 

  • Bernardo Pinto da Cruz (FCSH-NOVA)  
  • Edalina Sanches (ICS-ULisboa)  
  • Catarina Valdigem (FCH-UCP)  
  • Raul Tati (CIEP-UCP) 
  • Carlos Maurício (ISCTE-IUL) 

Moderação: António José Teixeira (RTP)  

18h00: Encerramento – Ricardo Reis (CESOP-UCP) 

03.11.2025 | por martalanca | seminário

Call Afro-Portugal

A Equipa Afro-Portugal convida a comunidade artística a submeter propostas para o programa de residências e exposição coletiva “O Nosso Lugar No Agora”, na Casa da Esquina.

Inspirada por James Baldwin — “The challenge is in the moment (…) the time is always now” — esta chamada reconhece o presente como espaço de ação, escuta e criação. A arte surge aqui como lugar de resistência, reimaginação e projeção de futuros.

Formulário Modalidade I. — Residências Artísticas https://forms.gle/XXF5cWrERAYcQX2n6

Formulário Modalidade II. — Exposição https://forms.gle/48DFggLGCGt5em3N9

Questões ou mais informações para info.afroportugal@gmail.com

Muito boa sorte a todes!

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The Afro-Portugal Team invites the artistic community to submit proposals for the residency program and collective exhibition “O NOSSO LUGAR NO AGORA” at Casa da Esquina.

Inspired by James Baldwin — “The challenge is in the moment (…) the time is always now” — this call recognizes the present as a space for action, listening, and creation. Here, art emerges as a place of resistance, reimagination, and projection of futures.

OPEN CALL Modality I. — Artistic Residency https://forms.gle/XXF5cWrERAYcQX2n6

OPEN CALL Modality II. — Exhibition https://forms.gle/48DFggLGCGt5em3N9

The application form and rules are available at the link in the bio.For any questions or information e-mail info.afroportugal@gmail.com

Good luck to everyone!

Co-produção / Co-production TAGVA Escola da NoiteCasa da EsquinaFundação Calouste Gulbenkian

02.11.2025 | por martalanca | Afro-Portugal