A Rhodes Entertainment organiza festival internacional em live stream

O Colors Festival é um festival internacional, em live streaming, que pretende congregar diferentes culturas e estilos únicos e diferenciadores. A começar dia 16 de outubro, cada concerto tem a participação de um artista de cada continente.

Com um princípio unificador de culturas, o Colors Festival vai ser o primeiro a realizar-se em 6 continentes, integrando as variantes da Pop nos concertos. Durante o mês de outubro, os artistas darão o seu concerto em live stream, emitido através do site do festival.

A designação Colors Festival procura materializar o princípio da união de culturas, nas suas várias vertentes, associando cada continente a uma cor. Assim, a Europa vai receber os Blue Concerts, a Ásia os Red Concerts, África os Orange Concerts, Oceânia os Yellow Concerts, a América do Norte os Purple Concerts e a América do Sul os Green Concerts.

Algumas das confirmações são Richard Stirton (África do Sul), Rui Drumond (Portugal), Rahul Rajkhowa (Índia), Lua Blanco (Brasil),  Vinicius D’black (Brasil), Jason Warrior (EUA), Davi Sabbag (Brasil) e De Britto (Portugal).

Do mundo e para o mundo, esta é matriz do Colors Festival, que promete ser um marco em 2020! Os artistas e outras novidades estão a ser atualizadas nas redes sociais e website do festival, colorsmusicfestival.com ! Os bilhetes estão no próprio site e em rhodestore.com .

14.10.2020 | por martalanca | colors festival, Festival internacional, live stream, rhodes entertainment

Festival Passa a Palavra | Convite

As poetas Virgínia Dias e Raquel Lima serão as protagonistas de uma das seis conversas sobre os Ofícios da Palavra programadas no festival Passa a Palavra, que decorrerá em Oeiras, entre 15 e 18 de Outubro.

Afastadas por meio século e outras quantas circunstâncias, as duas mulheres levantam voo e fundam raízes numa poesia oral, ou escrita para ser dita, para contar, cantar, pensar, transformar.
A conversa, terá lugar no dia 18, domingo, às 15h, na Livraria-Galeria Verney, seguir-se-á, no mesmo local, às 17h, o lançamento de Como um pedaço de terra virgem de Virgínia Dias, com a participação Ana Sofia Paiva, Cristina Taquelim, Domingos Morais, Manuel da Silva Ramos, Marta Ramos e Nuno Pacheco.

Com excepção dos “Jantares Narrados”, a participação em todas as actividades é gratuita, mediante inscrição através do email: insc.passapalavra@gmail.com. Lugares limitados.
Muito gostaremos de vos ver por lá!

Virgínia e RaquelVirgínia e Raquel

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Virgínia Dias (Peroguarda, 1935)
Começou a fazer poemas antes de saber escrever. Inspirava-se nos poetas populares, nos contos da avó, nas peças de teatro que via ao seu colo e que imitava às escondidas no dia seguinte. Inspirou-se sobretudo na injustiça, o grande mote da sua poesia. Na violência da professora da primária, a quem dedicou as primeiras quadras escritas na lousa da escola, na fome e no frio das crianças, no inferno da ceifa e do suão, na humilhação do manajeiro, no salário de miséria, na escola interrompida aos 11 anos para trabalhar no campo, esse campo que é ao mesmo tempo a sua prisão e a sua paixão.
Aos 40 anos o marido descobriu-lhe poemas guardados em gavetas. Tinha vergonha de ser poeta sem métrica. Ocasionalmente, participou em concursos nos quais arrebatou prémios e menções honrosas. Pierre-Marie Goulet filmou-a cantando e dizendo poemas seus na triologia iniciada com o filme Polifonias. A sua poesia, essencialmente oral, foi sendo publicada e recolhida, primeiro por Paulo Lima, depois por Marta Ramos. Passados mais 40 anos, está finalmente reunida nesta antologia quase completa, à qual se junta um CD de poemas ditos entre canções e histórias da vida, com vista sobre a planície e todo o universo que dali se vislumbra.
Reportagem RTP do lançamento em Peroguarda, por Ana Luísa Rodrigueshttps://www.rtp.pt/noticias/cultura/virginia-dias-camponesa-e-poetisa-alentejana_v1192196

Raquel Lima (Lisboa, 1983)Lisboeta das duas margens do Tejo e do Atlântico, de mãe angolana, pai santomense, avó paterna senegalesa e trisavó materna brasileira. Poeta, performer e arte-educadora, Raquel Lima fixa em Ingenuidade Inocência Ignorância (BOCA e Animal Sentimental, 2019) parte de um percurso de dez anos de poesia essencialmente oral, movimento que a levou a mais de uma dezena de países na Europa, América do Sul e África. Durante esse período, apresentou o seu trabalho em eventos de literatura, narração oral, poetry slam, spokenword, performance e música. A transdisciplinaridade com que aborda arte, memória e sociedade, atenta às desigualdades sociais e aliada a uma vontade de encontrar e compreender as suas raízes, levou-a a regressar à academia, onde desenvolve a sua investigação focada em oratura e escravatura em São Tomé e Príncipe no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Alguns artigos e entrevistas: Público, por Carla Fernandeshttps://www.publico.pt/2020/05/18/culturaipsilon/noticia/ingenuidade-inocencia-ignorancia-palma-mao-1916161 TSF, por Nuno Domingueshttps://www.tsf.pt/portugal/cultura/um-livro-de-poesia-escrita-para-ser-ouvida-11640339.html Antena 2, por Luís Caetanohttps://www.rtp.pt/play/p1299/e442966/a-ronda-da-noite

Lançamento: Como um pedaço de terra virgem

Obra de uma vida, esta antologia quase completa é simultaneamente a estreia editorial de Virgínia Dias, aos 84 anos, depois de meia-dúzia de poemas publicados em revistas e edições colectivas. O áudio de 64 minutos que a acompanha junta gravações realizadas em 2018 com outras gentilmente cedidas por Pierre-Marie Goulet da triologia que iniciou em 1997 com o filme Encontros. O registo em forma de conversa testemunha o modo especial como a autora encadeia poemas, canções e as estórias que lhes estão na origem. A edição conta com prefácio de José Mário Branco e fotografias de António Cunha e Luís Ferreira Alves.

Apoio: Direção Regional de Cultura do Alentejo

Não esperem ver rosas na minha poesia
Não esperem ver rosas na minha poesia.
Não tenho rosas. Na terra do canteiro que
a vida me destina só se criam papoilas.
Nem esperem vê‐la em trajes de cetim,
é riscado e chita o que tenho à mão.
Nem vê‐la a passear nas ruas da cidade,
em citações filosóficas de sábios doutores. Nem de nome os conheço.
Nunca subi à cidade nem a cidade desceu à minha
aldeia. Conheço sim o mendigo, o maltês,
figuras trágicas de desespero e sofrimento, sempre envoltas numa resignação que doía, doía.
Conheço os varejadores, as azeitoneiras,
os almocreves, o semeador, o ceifeiro, a mondadeira,
gente de cujo gesto mágico brota o pão.
Virgínia Dias

12.10.2020 | por martalanca | Como um pedaço de terra virgem, convite, Livraria-Galeria Verney, Passa a Palavra

"1 Million Rosen für Angela Davis" | Kunsthalle im Lipsiusbau, Dresden

Local de emissão: https://www.skd.museum/besuch/lipsiusbau/

Tempo de execução: 10 Out. 2020 / 24 Jan. 2021

1 milhão de rosas para Angela Davis 


Nos trabalhos - fotografias, vídeos, esculturas, instalações sonoras e obras conceituais - uma jovem geração de artistas foca no compromisso contínuo de Davis com a justiça social, a sua luta contra o racismo e o sexismo, bem como a introdução da sua imagem icónica numa história global de resistência.

Curadora da exposição: Kathleen Reinhardt 

Mais informação disponível em: https://lipsiusbau.skd.museum/ausstellungen/1-million-rosen-fuer-angela-davis/

08.10.2020 | por martalanca | Angela Davis, exposição, feminismo, racismo, sexismo

"Os Pretos do Sado" - Isabel Castro Henriques | Convite

Sessão de apresentação da obra: 15 Out. 2020 às 18h

Apresentação: Doutor Jorge Fonseca

Este estudo pretende dar a conhecer a história de homens e de mulheres oriundos do continente africano, trazidos como escravos e que foram instalados durante séculos no território do Vale do Sado, provavelmente a partir de finais do século XV. Mas o espaço temporal deste trabalho estende-se através dos séculos seguintes, procurando nas dinâmicas económicas, sociais e políticas da história de Portugal, os elementos que permitem compreender a sua presença ligada a culturas extensivas como a do arroz a partir do século XVIII e a sua consolidação como comunidade estabelecida, afirmando uma identidade alentejana e portuguesa, que exclui hoje quaisquer marcas culturais significativas de um passado africano. 

Autora: Isabel Castro Henriques nasceu em Lisboa em 1946, tendo-se licenciado em História em 1974, na Universidade de Paris I – Panthéon-Sorbonne. Em 1993, doutorou-se em História de África na mesma universidade francesa, com uma tese consagrada ao estudo da Angola oitocentista, numa perspectiva de longa duração. Professora Associada com Agregação do Departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, introduziu os estudos de História de África em 1974, orientou teses de mestrado e doutoramento e ensinou durante quase 40 anos História de África, História do Colonialismo e História das Relações Afro-Portuguesas, desenvolvendo hoje a sua investigação histórica sobre África e sobre os Africanos no CEsA/ISEG-Universidade de Lisboa. Além de trabalhos científicos de natureza diversa, como projectos de investigação, programas museológicos, exposições, documentos fílmicos, colóquios e congressos, seminários, conferências, publicou dezenas de artigos e livros centrados nas temáticas históricas africanas.

Para mais informações consulte: http://www.edi-colibri.pt/Detalhes.aspx?ItemID=2481

08.10.2020 | por martalanca | convite, ISABEL CASTRO HENRIQUES, Jorge Fonseca, lançamento livro, Os pretos do sado