Guizef expõe “Figuras E Cores” na Galeria Artistas De Angola

Guizef “, artista plástico angolano, volta a Lisboa para apresentar o seu mais recente conjunto de trabalhos na exposição individual “Figuras e Cores”, que estará patente na Galeria Artistas de Angola, de 23 de junho a 24 de julho.

Giuzef 2022Giuzef 2022

Serão 20 obras, todas em acrílico sobre tela, onde os rostos, olhares e expressões angolanas estarão em destaque, com todos os seus detalhes, emoções e manifestações. A curadoria é do próprio Guizef, com apoio do Fotógrafo António Silva e do Arquitecto João Paixão Salvado.

A Galeria Artistas de Angola é em Lisboa, na Rua Sousa Lopes, N.º 12A.

Nas palavras de Guizef, “Figuras e Cores é o meu texto artístico, onde falo do meu povo, dos seus valores, das cores culturais e das suas evoluções e onde procuro apresentar o notável do “Made in África” dentro da máquina da globalização”.

Em todas as peças expostas é evidente a riqueza e variedade do povo angolano, as suas cores, vestes, adereços, manifestações e envolvência cultural. A expressão artística de Guizef traduz de forma perfeita a ancestralidade e a riqueza etnográfica das suas gentes. Não é fotografia, mas é como se fosse. O Realismo é puro, percetível e intrigante.

Augusto Zeferino Guilherme (Guizef), nasceu em Ambriz na província de Bengo (Angola), a 12 de janeiro de 1969, é autodidata e é talvez o pintor contemporâneo angolano mais entusiasmante e com maior expressão e crescimento. É membro da UNAP (União Nacional dos Artistas Plásticos), na sua visão artística a cultura africana incorpora uma fonte inesgotável de inspiração para cada uma das suas criações, tanto na pintura como na escultura. Guizef já realizou diversas exposições individuais e coletivas.

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Em dezembro de 2018 doou uma obra à princesa Charlene do Mónaco que posteriormente foi leiloada em Monte Carlo, na presença de sua alteza o Príncipe Albert II, para beneficência de crianças desfavorecidas no Líbano. Em 2020 foi o autor da peça q o Sr. Presidente da República Angolana ofereceu ao Papa Francisco no Vaticano. As suas obras já foram expostas em vários países, nomeadamente: Angola, Portugal, Itália, Noruega, Suécia e Emirados Árabes Unidos.

Convida-se os apreciadores e público a visitarem.

27.06.2022 | by Alícia Gaspar | arte, exposição, Galeria Artistas de Angola, Giuzef, realismo

Simpósio Internacional AfroLab 2022 | Chamada de trabalhos

O projecto de investigação AfroLab – A Construção das Literaturas Africanas. Instituições e Consagração dentro e fora do Espaço de Língua Portuguesa 1960-2020 (PTDC/LLT-OUT/6210/2020) convida a comunidade académica a enviar propostas de trabalhos para o Simpósio Internacional AfroLab 2022 (10 e 11 de Novembro).

A chamada acolhe propostas de comunicação que se foquem nas literaturas africanas de língua portuguesa, com abordagem teórica centrada no conceito de instituição enquanto entidade reguladora (agente) responsável pelo processo de consagração de um corpo literário, aplicado às literaturas africanas de língua portuguesa em perspectivas fundamentadas pela Literatura-Mundo (Moretti 2000 e 2003, Casanova 1999, Warwick Research Collective 2015, e mais imediatamente vinculado ao projecto: Helgesson e Vermeulen 2016).

Comunicações com abordagens comparatistas são especialmente bem-vindas. Os resumos podem ser submetidos em língua portuguesa ou inglesa.

Os tópicos de interesse do Simpósio são:

– A instituição das literaturas africanas em língua portuguesa dentro do espaço da língua portuguesa, em países africanos de língua portuguesa, em Portugal e no Brasil, com especial atenção aos agentes responsáveis por os levar ao primeiro plano do campo literário, como editores, académicos e instituições públicas;

– Publicações sobre factos e histórias das literaturas africanas de língua portuguesa nos mercados editoriais portugueses, brasileiros e africanos, com ênfase particular nas condições de desigualdade entre as diferentes áreas;

– Instituições públicas e privadas que contribuíram para a construção do cânone literário das literaturas africanas de língua portuguesa, como corpos governamentais, agências literárias, instituições culturais, associações de escritores etc.;

– A dimensão académica da construção do cânone no mundo em língua portuguesa, considerando o protagonismo de alguns destacados estudiosos e outros intelectuais no aparecimento de tais literaturas.

Calendário

Resumos em português ou inglês com não mais do que 300 palavras devem ser enviados através do formulário disponibilizado em https://forms.gle/EhAyvnb6fNHdFBox8 até 15 de Julho de 2022.

Notificações de aceitação serão enviadas até 31 de Julho de 2022.

O Simpósio ocorrerá em 10 e 11 de Novembro de 2022 em forma híbrida (presencial e online), na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

É pedido a cada proponente que indique a modalidade preferida (presencial ou online) aquando do envio da proposta.

Valor de inscrição

Em breve, a comissão organizadora dará informações relativas à inscrição e ao pagamento.

A equipa do projecto AFROLAB

27.06.2022 | by Alícia Gaspar | afrolab, língua portuguesa, literatura africana, open call, simpósio internacional

Lisbon Revisited – Dias de Poesia 2022

Durante três dias, poetas e leitores de poesia conversam sobre livros publicados e por publicar, percursos na escrita, ressonâncias poéticas, o que cabe e o que sobra nos poemas.

Lisbon Revisited – Dias de Poesia é o encontro internacional de poetas que a Casa Fernando Pessoa organiza desde 2018 e que procura ser uma ocasião de convívio à volta da leitura. Este ano, os poemas conjugam-se em português e em espanhol. 

As sessões com os poetas serão transmitidas em direto nos canais digitais da Casa e ficarão disponíveis nesta página.

Programa

24 de junho 

19h às 21h - Abertura

Apresentação e leituras com todos os poetas:

Ana Martins Marques (Brasil), Felipe Benítez Reyes (Espanha), Hirondina Joshua (Moçambique), João Paulo Esteves da Silva (Portugal), Manuel Rivas (Espanha), Maria do Rosário Pedreira (Portugal), Miguel Cardoso (Portugal), Tatiana Faia (Portugal).

25 de junho

15h às 16h - Maria do Rosário Pedreira

Moderação: Aldina Duarte

16h30 às 17h30 - Manuel Rivas e Miguel Cardoso

Moderação: Susana Moreira Marques

18h às 19h - Tatiana Faia e João Paulo Esteves da Silva

Moderação: José Luís Costa

26 de junho

15h às 16h - Felipe Benítez Reyes

Moderação: Vasco Gato

Conversa em castelhano

16h30 às 17h30 - Ana Martins Marques e Hirondina Joshua

Moderação: Paola D’Agostino

18h30 às 19h30 – Encerramento

Luca Argel: Acima da rima a nota da canção

Performance de poesia e música

Bilhetes.

22.06.2022 | by Alícia Gaspar | casa fernando pessoa, EGEAC, lisbon revisited, literatura, poesia

Seeing Being Seen: Territories, Frontiers, Circulations 2022 – IV — María Rojas Arias

Hangar - Centro de Investigação Artística (Rua Damasceno Monteiro 12, 1170-108 Lisboa), sexta-feira, 24.06.22, 19h

Entrada livre

Projecção do filme “Abrir Monte” (Colômbia-Portugal, 2021, 25’, 16 mm. Transfer 4K) seguida de uma conversa entre María Rojas Arias e Raquel Schefer.

Uma programação de Raquel Schefer.

Still do filme 'Abrir Monte'Still do filme 'Abrir Monte'

Iniciado em 2020, o programa “Seeing Being Seen: Territories, Frontiers, Circulations”, uma proposta de Raquel Schefer, procura indagar as questões que atravessam a produção cinematográfica e artística latino-americana contemporânea. Através de formas cinematográficas experimentais, os filmes do programa figuram situações sensoriais de exposição do observador ao olhar do outro, um “ver sendo visto”, experiências de co- presença próximas de um modelo de co-representação que excede o binarismo sujeito/objecto. Os processos de activação, agenciamento e circulação de pontos de vista (humanos e não-humanos: maquínicos, animais, vegetais, minerais) atravessam as obras do programa. Todas elas superam as representações coloniais da paisagem, da natureza e da figura humana, num quadro de reciprocidade e de desantropocentrização, aspecto fundamental num período de catástrofe ecológica iminente — e de ameaça aos povos ameríndios.

Sinopse

A 19 de Julho de 1929, numa aldeia da Colômbia, um grupo de sapateiros planeou uma revolução para transformar as relações de classe e propriedade no país – auto- intitulavam-se “Os Bolcheviques do Líbano Tolima”. Não há registo dessa tentativa revolucionária que durou um só dia. As mulheres da vereda encontram-se com Aura, uma anciã anarquista, com a convicção de que a rebelião se encontra ainda em curso.

Biografias

María Rojas Arias (Bogotá) é uma artista visual e cineasta, formada na Escola de Artes KASK de Gante. O seu trabalho artístico foca-se na imagem em movimento em contextos audiovisuais e instalativos. Trabalha com material de arquivo oficial e não-oficial, procurando articular de maneira expandida as relações com acontecimentos específicos do passado que constituíram, entre outros aspectos, discursos nacionais, políticas de guerra, fundação e colonização de espaços. É co-fundadora de La Vulcanizadora, Laboratorio de Creación en Cine, Artes Visuales y Teatro Expandido.
Recebeu o prémio Next Generation da Fundação Príncipe Claus (Holanda) pelo seu trabalho audiovisual relacionado com a memória da primeira guerrilha da América Latina. O filme Abrir Monte foi exibido em diferentes festivais, tais como Documenta Madrid, Ji.lhava, Beijing, FICUNAM, Oberhausen, Bogoshorts, MIDBO, FICValdivia e Kinoforum. Abrir Monte foi galardoado com o Prémio Short Joy do Ji.hlava International Documentary Film Festival e com o Prémio para a Melhor Curta-Metragem Latino-Americana do Festival Internacional de Cine de Valdivia.

Raquel Schefer é investigadora, realizadora, programadora e docente na Universidade Sorbonne Nouvelle — Paris 3. Doutorada em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais pela Universidade Sorbonne Nouvelle com uma tese dedicada ao cinema revolucionário moçambicano, é mestre em Cinema Documental pela Universidad del Cine de Buenos Aires e licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. Publicou a obra El Autorretrato en el Documental na Argentina, bem como diversos capítulos de livros e artigos em Portugal e no estrangeiro. Foi Professora Assistente na Universidade Grenoble Alpes, docente nas Universidades Paris Est — Marne-la-Vallée, Rennes 2, na Universidad del Cine de Buenos Aires e na Universidad de la Comunicación, na Cidade do México, e investigadora convidada na Universidade da Califórnia, Los Angeles. É bolseira de pós-doutoramento da FCT no CEC/Universidade de Lisboa, no IHC/Universidade Nova de Lisboa e na Universidade do Western Cape e co-editora da revista de teoria e história do cinema La Furia Umana. No CEC, é coordenadora do grupo “Visual Culture, Migration, Globalization and Decolonization” e, no IHC, da Oficina de História e Imagem. É conselheira de programação do International Documentary Film Festival Amsterdam (IDFA).

22.06.2022 | by Alícia Gaspar | abrir monte, cinema, exibição de filme, fronteiras, HANGAR, maría rojas arias, Raquel Schefer, seeing being seen, territórios

“É Noite na América”, nova exposição de Ana Vaz

4 julho a 7 outubro 2022   

Curadoria de Daniel Ribas

Entrada Livre · de terça a sexta · 14H00 – 19H00

Sala de Exposições da Escola das Artes da Católica

Rua de Diogo Botelho, 1327, 4169-005 Porto

“É Noite na América” é o nome da mais recente exposição da artista brasileira Ana Vaz, com curadoria de Daniel Ribas, que estará patente na Sala de Exposições da Escola das Artes da Universidade Católica no Porto. A inauguração da exposição está agendada para o dia 4 de julho, às 19h30, e integra o Programa Público da Porto Summer School on Art & Cinema 2022. “É Noite na América” é uma comissão e produção da Fondazione in Between Art Film e coproduzida pela Pivô Arte e Pesquisa e Spectre Productions. A exposição teve estreia mundial no prestigiado Jeu de Paume, em Paris, tendo seguido depois para Veneza. Chega, agora, ao Porto.

“Nesta exposição, a partir de materiais filmados em Brasília, Ana Vaz adensa a sua pesquisa sobre o confronto entre a utopia modernista da cidade com os animais, ditos ‘selvagens’, numa espécie de filme de terror experimental, questionando as nossas preconceções sobre cidade, natureza, humano ou ecologia”, refere Daniel Ribas, coordenador do mestrado em Cinema e curador da exposição da Escola das Artes da Universidade Católica no Porto.

Ana Vaz é uma das mais relevantes artistas e cineastas contemporâneas, tendo os seus filmes e exposições circulado por diversos museus, festivais e cinematecas. O seu trabalho é marcado por um constante desafio experimental sobre as formas poéticas do cinema contemporâneo, ressaltando as profundas contradições do nosso tempo, sobretudo com as práticas destruidoras das instituições.

“Azul meio-dia. Sol de verão. Um corpo morto no meio da calçada. Nenhum ruído a não ser o zunido dos carros. Os passos desaceleram enquanto me aproximo do corpo: pelos ásperos, compridos, rajados de preto e rosa, patas em arco, unhas compridas como se congelado em pleno movimento, focinho longo de quem a terra quer comer. O corpo do filhote desgarrado de uma mãe em luto, atropelou-me. Na estrada da cidade-avião, Necrópole transformada em oásis pelos arquitetos, milhares de vidas acurraladas buscam refúgio nos seus jardins. Como velar por este morto? O filhote de tamanduá a quem não encontro nome a não ser Fuga, atropelado pela ferocidade dos carros, envenenado pelas peçonhentas plantações, morto pela expansiva cidade que acurrala qualquer vida que não se adapte a ela. 55 milhões de anos, neste instante. Azul meia-noite. Os bichos retornam à cidade. Fazem ninhos nos parques de estacionamento. Celebram o lixo de seus habitantes num festim noturno que foge à tirania do sol, dos monumentos, das estradas, dos palanques. Feitiço animalesco contra o império da morte na calada da noite americana: tempo que faz do dia noite. Também tempo do bicho-cinema que tenta acompanhar Fuga através de sua própria pele de flme vencido, em vias de extinção. Analógica pele escamando o fm de um século marcado pela sua maior característica: o lixo. Analógico lixo resgatado como testemunha desta fauna em fuga da extinção” – É assim que a artista Ana Vaz retrata através de uma visão muito própria as criaturas da noite do jardim, ao mesmo tempo que faz o paralelismo com a vida na cidade e as suas inquietudes.

“É Noite na América” é uma exposição em formato de instalação fílmica gravada no jardim zoológico de Brasília, habitat de centenas de espécies resgatadas na cidade. Tamanduás, lobos-guará, corujas, cachorros-do-mato, capivaras, carcarás se encontram com biólogos, veterinárias, cuidadores e a polícia ambiental, que através de uma trama soturna onde os desafios da preservação da vida tecem uma trama de perspetivas cruzadas. Nesta iteração, a exposição expande-se de forma poética, assim como de arquivo, contos e conversas num diorama ilusionista onde é possível observar e sermos observados. No final de contas, quem são os verdadeiros cativos? As criaturas, ou nós? Uma exposição a não perder, patente na Escola das Artes da Universidade Católica no Porto até 7 de outubro. A entrada é livre e aberta a toda a comunidade. 

Sobre a artista:

Ana Vaz nasceu no planalto central brasileiro habitada pelos fantasmas enterrados pela capital federal modernista Brasília. Cerratense de origem e andarilha por escolha, Ana viveu nas terras áridas do Brasil central e do sul da Austrália, nos pântanos do norte Francês e nas margens orientais do Atlântico Norte em Portugal. Atualmente, traça a sua caminhada entre Paris e Brasília. Nos seus trabalhos questiona o cinema enquanto arte do (in)visível e como instrumento capaz de desumanizar o humano, expandindo as suas conexões e devires com outras formas de vida — tanto humanas, como espectrais.

Consequências ou expansões da sua cinematografia, as suas atividades incorporam-se também na escrita, na pedagogia crítica, em instalações ou caminhadas coletivas.

Os seus filmes foram apresentados em festivais de cinema, seminários e instituições tais como a Tate Modern, Palais de Tokyo, Jeu de Paume, Berlinale Forum Expanded, New York Film Festival, TIFF Wavelengths, Cinéma du Réel, Courtisane, entre outros. Destacam-se algumas das suas exposições recentes: “Penumbra” exposição coletiva no Complesso dell’Ospedaletto (Veneza), “É Noite na América” exposição individual no Jeu de Paume (Paris), “Os filmes de Ana Vaz” exposição individual no Dazibao (Montréal), 36º Panorama de Arte Brasileira “Sertão” exposição coletiva no MAM (São Paulo), “Meta-Arquivo 1964-1985: Espaço de Escuta e Leitura de Histórias da Ditadura” exposição coletiva no Sesc-Belenzinho (São Paulo) e “Profundidad de Campo” exposição individual no Matadero (Madrid). Em 2015, recebeu o Kazuko Trust Award concedido pela Film Society of Lincoln Center em reconhecimento da excelência artística e da inovação do seu trabalho em imagem em movimento. Em 2019, recebeu o apoio do Sundance Documentary Film Fund para completar o seu primeiro longa-metragem.

Ana Vaz é também integrante e fundadora do coletivo COYOTE, juntamente com Tristan Bera, Nuno da Luz, Elida Hoëg e Clémence Seurat, um grupo interdisciplinar que trabalha nos campos da ecologia e ciência política através de formas experimentais (conversas, derivas, publicações, eventos e performances).

22.06.2022 | by Alícia Gaspar | ana vaz, arte, cultura, daniel ribas, é noite na américa, Escola das Artes da Universidade Católica no Porto, porto

Hápax: uma exposição de Mattia Denisse

Inauguração: Culturgest Lisboa, 24 de junho, entre as 22:00 e as 00:00. Curadoria: Bruno Marchand

Mattia Denisse, (…) que vai de mundo a mundo (…) 2021 (da série Húmus)Mattia Denisse, (…) que vai de mundo a mundo (…) 2021 (da série Húmus)Hápax é a mais extensa apresentação do trabalho de Mattia Denisse (Blois, França, 1967) até à data.

Distribuídos por sete núcleos, os desenhos e as serigrafias reunidas na exposição permitem conhecer os grandes eixos de produção que o artista desenvolveu nos últimos quinze anos e através dos quais se desvenda um universo tão singular na sua identidade quanto múltiplo nos seus interesses. Tudo o que é da ordem da realidade, mas também da surrealidade, do sonho, da especulação, do fantasma, do espanto e dos fenómenos subtis, tem cabimento à luz da atenção do artista.

Um certo apreço pelo estudo e pelos métodos científicos detém, contudo, maior peso na sua obra. É por isso que nela abundam noções como ensaio, tratado, história, compêndio, ou alusões a ramos da ciência como a geometria, a ótica, a física ou a patafísica: todos eles instrumentos para a observação e reificação de um mundo interior caleidoscópico.

22.06.2022 | by Alícia Gaspar | Culturgest, desenho, hápax, inauguração, mattia denisse, serigrafia

Jantar CBA

“Chá de Beleza Afro: Empoderando a mulher a cada dia”

Hoje, dia 15 de Junho às 20:00H, realizar-se-á um Jantar de networking no Espaço Espelho d’ Água, que pretende dar continuidade 6ª edição do “Chá de Beleza afro”, ocorrida a 4 de Junho no Fórum Lisboa.

CBA tem como objetivo criar espaços de partilha de experiências pessoais, profissionais e ligadas ao empreendedorismo. É um evento de networking e afroempreendedorismo onde uma série de oradores que abordam temas inclusivos e representativos da mulher negra, dando-lhes assim uma voz e um espaço de discussão de muitas realidades partilhadas entre si. A mais recente edição teve como tema “Vive o teu sucesso”, com testemunhos e dinâmicas que procuraram motivar os seus participantes em direção ao sucesso.

O jantar que vai suceder este evento, pretende dar seguimento a este tema, de modo a aprofundar a conversa sobre o que é o sucesso nas suas diferentes possibilidades e ambivalências. Vai contar ainda com a presença de personalidades como a ex-ministra da justiça Francisca Van-Dunem, a atriz e apresentadora Nádia Silva, a historiadora Joacine Katar Moreira, o jornalista Conceição Queiroz, a deputada Romualda Fernandes e muitas mais.

Sobre CBA

CBA é um evento que visa promover o afroempreendedorismo e networking, através de palestras e testemunhos de personalidades que inspiram e são fonte de inspiração. Conta também com momentos musicais de artistas afrodescendentes e com uma homenagem a uma figura de destaque.

O evento decorreu no passado dia 4 de Junho presencialmente no Fórum Lisboa, das 14h00 às 00h00, contou com oradoras e oradores de diversas áreas, nomeadamente Romualda Fernandes, da esfera política; a apresentadora Nádia Silva, a atriz e modelo Ana Sofia Martins e a estilista Roselyn Silva, da moda, entre outras/os do empreendedorismo, coaching, consultoria de imagem, e não só.

O Chá de Beleza Afro é um evento genuinamente inclusivo e representativo que nos últimos anos tem promovido o encontro e aproximação entre a comunidade negra e afrodescendentes que vive e passa por Lisboa.

Através da sua dinâmica de relação próxima entre participantes e oradores, esta rede tem permitindo a criação de parcerias e sinergias para a valorização e promoção da africanidade em vários domínios, quebrando estigmas e preconceitos sociais em relação às pessoas e certas profissões, e colocando lado a lado, com todo o mérito e humanismo, exemplos tradicionais e improváveis de sucesso. A escolha do tema “Vive o Teu Sucesso” justifica-se numa altura em que muito se fala de autocuidado, aceitação, autoconhecimento, e cada vez mais temos acesso a informações que nos levam a questionar quem realmente somos e que caminho queremos seguir colocando o sucesso muitas vezes como algo intangível ou condicionado a fatores diversos.

“Mas, afinal o que é o sucesso?” A sexta edição ajudou os participantes a refletirem e encontrarem respostas sobre isso. O evento foi dividido entre palestras, dinâmicas adaptadas ao tema, testemunhos reais, momentos culturais, uma tarde e noite que proporcionou aos participantes uma tarde rica em debate e ação empoderadora com foco na mulher africana e afrodescendente,mas incluindo todos, independentemente do género ou nacionalidade, que se interessem sobre empreendedorismo, inclusão e humanismo.

Redes Sociais:

Instagram: @chadebelezaafro

Facebook @chadebelezaafro

15.06.2022 | by Alícia Gaspar | chá de beleza afro, espaço espelho d'agua, feminismo, fórum lisboa, jantar cba, negritude, networking, vive o teu sucesso

FesThink de 11 a 12 de junho

A Festa do Pensamento, parte integrante do New European Bauhaus Festival, vai debater temas como crise climática, justiça social, democracia ou racismo, através da música, poesia, leitura dramática e oficinas, no Solar dos Zagallos, em Almada.

 

No fim de semana de 11 e 12 de junho, o Solar dos Zagallos, na Sobreda, vai receber concertos, debates, oficinas e leituras dramáticas, que vão envolver o público diretamente na ação. 

Trata-se de uma festa para celebrar uma das principais características da humanidade: a faculdade de pensar. A Festhink - festa do pensamento - propõe uma reflexão conjunta de filósofos, atores, músicos, arquitetos, jornalistas e também do público, de todas as idades, sobre temas que, sendo profundos, tocam-nos da forma mais banal no nosso dia a dia, como a crise climática, a justiça social, o racismo ou a democracia.

A FesThink procura trazer a arte do diálogo para o centro das relações sociais e contribuir ainda para a disseminação do pensamento crítico na sociedade, como ação política, mas também de fruição.

O Comissário do Plano Nacional das Artes, o docente, ensaísta e curador Paulo Pires do Vale; o Professor Catedrático do Departamento de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa, João Constâncio; o arquiteto e escritor vencedor do Prémio Leya 2021, José Carlos Barros; a ativista interseccional e artista multidisciplinar Nuna; a filósofa do ambiente Sofia Guedes Vaz; o filósofo e músico Bartholomew Ryan; a atriz Rita Durão; o autor da banda sonora da série “Coisa Mais Linda”, o brasileiro João Erbetta e a Academia de Música de Almada são alguns dos vários nomes que vão protagonizar uma programação transdisciplinar, que junta o exercício de pensar ao de imaginar. Confira a lista de todos os participantes aqui.

A programação abre com a palestra/oficina A Arte de Florescer, que vai explorar as possibilidades de uma vida ecológica na filosofia e na arte como uma forma de coexistência, criativa e crítica. No Jardim do Solar dos Zagallos, os participantes serão convidados à prática de pequenos exercícios de observação do que está à volta. Os debates serão entrecortados por música, leitura perfomática e de poemas. Confira a programação completa aqui.

Os dois dias da Festa serão apenas o início de um projeto que pretende envolver a comunidade de Sobreda ao longo do ano, levando a uma nova Festa em 2023, revela a Diretora da FesThink, Mirna Queiroz: “A convocação para a reflexão não se furta ao sentido prático do conhecimento. O que define a FesThink é a ideia de “Refazer o mundo”. Com isso, coleccionamos e, de certa forma, contamos projetos que buscam uma ideia de reconstrução a partir da cidade, do bairro, da escola, de casa, obedecendo a uma lógica que privilegie as relações nas suas múltiplas dimensões. Como propõe a filosofia andina do “bem viver”, o FesThink expressa-se através de uma noção de memória e horizonte. Tradição e Vanguarda. Passado e futuro. Sem perder de vista a urgência do agora. No final deste ano de ocupação, novamente a Festa, para celebrar o feito e apontar um novo desafio.”

Festa é um dos capítulos de Festival internacional

A FesThink integra o New European Bauhaus Festival, uma iniciativa da União Europeia que reúne pessoas de todas as esferas da vida para debater e moldar um futuro mais sustentável.

Os principais temas do Festival são beleza, sustentabilidade e inclusão. Compartilha os mesmos objetivos da FesThink, de construir conexões entre diferentes atividades e indivíduos, entre os mundos da pesquisa, ciência e tecnologia, aos da educação e engajamento civil, da arte e da cultura.

O quê?
Festhink - Festa do pensamento
Todas as sessões são gratuitas (sujeito a lotação do espaço)

Onde?
Solar dos Zagallos, 
Largo António José Piano Júnior, Sobreda, Almada

Quando?
Dia 11 das 10h às 18:30
Dia 12 das 15h às 19:45.

Nota. Por cortesia, a equipe do Zagallos oferece uma visita guiada pelo Solar, imponente edifício construído no século XVII, no dia 12, das 11h às 12h. As inscrições podem ser feitas pelo seguinte email: solar@cma.m-almada.pt 

10.06.2022 | by Alícia Gaspar | Almada, concertos, crise climática, cultura, debates, democracia, festa do pensamento, FesThink, justiça social, leituras dramáticas, oficinas, pensar em conjunto, racismo

Cosmos, espetáculo das autoras de "Aurora Negra"

Cosmos

23 jun - 3 jul 2022

qua - sáb, 19h > dom, 16h

Sala Garrett, D.Maria II

O que existiu, existe e existirá.

Cosmos é a segunda parte de uma trilogia em construção. Uma viagem interplanetária, onde se procura um tesouro para a criação de um novo mundo. Nesta viagem, será impossível não questionar a humanidade e o caminho percorrido até aos dias de hoje. Uma jornada de onde se extrapolam diferentes futuros possíveis. Do individual ao coletivo, do micro ao macro, este espetáculo tem a intenção de aprofundar as mitologias que circundam a criação do mundo. Uma epopeia onde o tempo e o espaço se confundem, dando origem a uma sobreposição de acontecimentos reais e/ou ficcionais.

Através do resgate da mitologia africana e da sua mistura com mitos europeus, Cosmos projeta-se num horizonte afrofuturista, enquanto questiona se somos apenas frutos das histórias que nos contam. Todo o Griot carrega como destino não deixar morrer a sua história.

direção artística e criação Cleo Diára, Isabél Zuaa, Nádia Yracemacom Ana Valentim, Ângelo Torres, Bruno Huca, Cleo Diára, Isabél Zuaa, Luan Okun, Mauro Hermínio, Nádia Yracema, Paulo Pascoal, Vera Cruzconsultoria artística Welket Bunguéapoio à dramaturgia Melissa Rodriguesapoio à criação Mário Coelho, Inês Vazmúsica original Nuno Santos (Chullage), Carolina Varela, Yaw Tembecenografia Tony Cassanellivídeo Felipe Drehmerfigurinos Eloísa D’Ascensão, Mónica Lafayette
fotografia e design de imagem de cartaz Marco Maiato
administração Cama A.C Daniel Matos, Joana Flor Duarteprodução executiva Maria Tsukamoto produção Cama A.Ccoprodução Teatro Nacional D. Maria IIresidências artísticas O Espaço do Tempo, Teatro Viriato

Sessão com interpretação em Língua Gestual Portuguesa e Conversa com artistas após o espetáculo

26 jun > dom, 16h

Sessão com Audiodescrição

3 jul > dom, 16h


10.06.2022 | by Alícia Gaspar | afrofuturismo, aurora negra, cleo diára, coletivo, cosmos, Isabél Zuaa, mitologia africana, Nádia Yracema, teatro, teatro dona maria

Novo EP do DJ Danifox "Dia não mata dia"

©Márcio Matos©Márcio MatosOut and about for some time now, under his own name but also as part of the long-standing Tia Maria crew, Danifox refreshes the scene in 2022 with this distinctive EP. In quasi-permanent flirt with the dancefloor, the producer unfolds organic textures, bass and very lively drums to pass along this feeling of spontaneous creativity. “I want to write this song again” is repeated over and over in “SOLO”, supported by suspenseful piano and various types of percussion. The bass appears to tie everything together, just occasionally grounding the groove.

“Sanidade” is similar in tone and construction, a brief, odd, 01:51 of loose vocals, brass and beats, a non-formatted structure, weird patterns, oozing style.

But the opener “Criança” already gives away all the science at work here. Bouncy yet introspective, Dani’s hands sounding like a virtual band of jamming musicians. A rich and unexpected dance tune.

Up one level in “Long Way Talk (Reprise)”: the organic core, by now clearly a signature, complemented by a discreet bleep, introducing a deep house sub-structure that suddenly vanishes 30 seconds before the end.

Still further on, “Lost” is the closest to a peak-time banger. Bleeps and hand drums go wild over a steady beat, the piano still keeping a circumspect tone, never giving the whole entirely away to a carefree dance mode.

A permanent game of body and soul acting out their respective claims over sound, we sense Danifox is fully present, respectful of a natural flow, and upon reaching “No Stage” it’s hard not to take note of the masterful balance between organic and synthetic, happy and sad, timid and confident. There’s definitely a voice here.

Listen here.

Danifox. ©Marta PinaDanifox. ©Marta Pina

Agenda: 

2 de Julho

Jardim de Verão na Fundação Gulbenkian

7 de Julho

Palco WTF do festival NOS Alive

A editora Príncipe apresenta 2 showcases no festival Primavera Sound

Sexta-feira na edição de Barcelona, Príncipe 10 Anos c/ DJ Firmeza, DJ Kolt, DJ Lycox e DJ Marfox

Sábado na edição do Porto, Príncipe 10 Anos c/ DJ Firmeza, DJ Kolt, DJ Marfox e Nídia, ambos no palco - e com transmissão - Boiler Room.

***

Artist: DJ Danifox

Title: Dia Não Mata Dia

Label: Príncipe

Formats: Digital

CAT#: P047

Release date: 10 June 2022 

Tracklisting

1. Criança

2. Long Way Talk (Reprise)

3. Sanidade

4. Lost

5. Solo

6. No Stage

Written and produced by PT Musik

Mastered by Pedro Cardoso (DJ N.K)

Artwork by Márcio Matos

10.06.2022 | by Alícia Gaspar | dia não mata dia, dj danifox, lançamento disco, música, tia maria crew