O Leão de Ouro de El Anatsui

O Leão de Ouro de El Anatsui A riqueza desta, agora premiada, trajetória de vida ganha forma em uma produção extremamente original e plasticamente epifânica, mas também em um método de ensino elaborado ao longo dos anos de docência, e cujas orientações podem ser resumidas como segue: busque inspiração na sua história pessoal; olhe o ambiente ao seu entorno em busca de materiais; viaje e traga todas essas experiências para seu trabalho...

Cara a cara

27.04.2015 | por Icaro Ferraz Vidal Junior

“A voz underground”, por Reem Kassem (Egipto)

“A voz underground”, por Reem Kassem (Egipto) Reem Kassem é uma jovem mulher muito determinada. Aproximadamente um mês após a revolução do ano passado no Egipto, quando as principais preocupações das autoridades eram paz e ordem nas ruas, Reem convenceu os militares em Alexandria a autorizar um festival de música ao ar livre, que juntou dezenas e dezenas de voluntários, desde as pessoas que pintaram o palco num dos parques abandonados da cidade aos músicas que actuaram. Poderia ouvi-la contar a história das suas negociações com os militares vezes sem conta. Desde então não tem parado e tenho a certeza que o seu papel será determinante para o futuro do sector cultural no Egipto.

Vou lá visitar

20.06.2012 | por Maria Vlachou

Um êxodo fictício a saborear no rescaldo das revoluções árabes

Um êxodo fictício a saborear no rescaldo das revoluções árabes Parece-me que estamos cada vez mais longe da compreensão do alcance revolucionário das reivindicações que o povo tunisino, egípcio, sírio e outros nos têm demonstrado a cada dia que passa. Afinal a revolução também é isso… uma transgressão à norma, o pisar de uma fronteira. Tal e qual como um taxista em Tunes me explicou quando não parou num sinal vermelho.

A ler

10.03.2012 | por Inês Espírito Santo

Uganda: a luta da “ida a pé para o trabalho” e as lições do Soweto e da Praça Tahrir

Uganda: a luta da “ida a pé para o trabalho” e as lições do Soweto e da Praça Tahrir A lembrança da Praça Tahrir alimenta as esperanças da oposição e fomenta os receios do governo. Para muitos dos oposicionistas, o Egipto acabou por significar a terra prometida, no sentido proverbial. Para muitos dos governantes, o Egipto representa um desafio fundamental ao poder, que exige que se lhe resista a todo o custo. As coisas chegaram a um ponto em que o mínimo sinal de protesto desencadeia a máxima reacção do governo. A tal ponto que o governo, que há apenas poucas semanas chegou ao poder com uma maioria arrasadora, parece agora carecer não só de flexibilidade mas também de estratégia de saída.

Mukanda

02.07.2011 | por Mahmood Mamdani

Uma época de filhos de cães

Uma época de filhos de cães Mokhtar sentou-se na esplanada de um café de aspecto sórdido, mas cujo rádio difundia uma melodia da cantora mítica que lhe fazia lembrar Malika, a sua mãe, que não podia ouvir este lamento de um amor perdido sem que os olhos se lhe marejassem de lágrimas. A esta hora matinal, para além de um jovem adormecido sobre um banco, como um destroço rejeitado pela noite, o local proporcionava uma calma, sem dúvida precária, mas por agora propícia à reflexão

Mukanda

04.04.2011 | por Albert Cossery

A revolução egípcia: dez anos de gestação

A revolução egípcia: dez anos de gestação Em vez de surgir, subitamente, do nada, a revolução egípcia é o resultado de um processo que se foi gerando ao longo da década anterior.

A ler

04.04.2011 | por Hossam el-Hamalawy

A Praça de Tahrir (repensar o espaço público)

A Praça de Tahrir (repensar o espaço público) O espaço virtual de comunicação através das redes sociais participou na nova configuração da praça, como igualmente interveio o espaço criado pela “janela” que todos abrimos. No entanto, determinante foi a presença física e real dos manifestantes e a sua capacidade de resistência. A ocupação da Praça obriga-nos a repensar o espaço público, mas a pergunta que se impõe é: o que terá que mudar para que a Praça de Tahrir possa manter a configuração que conquistou, local de intervenção, comunicação e encontro e não volte jamais à condição anterior de espaço “museológico” de visita turística e de circulação viária?

Cidade

16.02.2011 | por Cristina Salvador

revolução: os dias seguintes na praça Tahrir

revolução: os dias seguintes na praça Tahrir "A praça não desarma. Ontem, os militares tentaram afastar os manifestantes, levantar os seus acampamentos, convencê-los a saírem da rua. Mas uma revolução não vai assim para casa de um momento para o outro. "Eu tenho o direito de festejar", disse Asim, de 26 anos, que veio para Tahrir com as duas irmãs. "Estivemos aqui até o regime cair. Agora esta praça é do povo." Paulo Moura

Cidade

14.02.2011 | por Alexandra Lucas Coelho