Exposição de Jorge Días e Lino Damião, no Espaço PLMJ, LISBOA

A Fundação PLMJ apresenta as exposições “Outras Coisas”, de Jorge Días, e “Na Boca do Povo”, de Lino Damião, a inaugurar no dia 10 de Outubro, às 18H30, no Espaço Fundação PLMJ, em Lisboa. Exposições patentes até 8 de Dezembro, de quarta-feira a sábado, entre as 15H00 e as 19H00.

O trabalho de Jorge Días e de Lino Damião explora o imaginário passado e as vivências presentes dos respectivos países, Moçambique e Angola. A sua produção evidencia-se por pontos em comum: por um lado, uma sensação de esperança, plena de utopia; por outro, uma rendição às vicissitudes de uma vida social martirizada pelas vãs promessas das várias ideologias que marcaram os seus países nas últimas décadas. A fina ironia das suas obras veicula uma crítica – tão intensa e sensível quanto subtil e mordaz – ao status quo de Moçambique e de Angola.

Jorge Días elabora formas com potencial simbólico no sentido de equacionar questões de pendor existencial. Nesta exposição, o artista analisa as mitologias e iconografias de Moçambique em esculturas realizadas com materiais “pobres” e objectos de uso diário como capulanas – coloridos tecidos típicos de África. A linguagem de Lino Damião inscreve-se na imagética da banda desenhada. Nesta exposição, o artista aborda a situação de Angola em pinturas que representam cenas do quotidiano protagonizadas por personagens-tipo que exprimem as complexas condições de existência da população.

ESPAÇO FUNDAÇÃO PLMJ _ R. Rodrigues Sampaio, 29 Lisboa

08.10.2012 | por franciscabagulho | arte contemporânea

“Aspectos da Cultura e História Africana”

“Cinema na África: tradição, modernidade e política”


Curso de Extensão: Aspectos da Cultura e História Africana (20 horas)
Sob a coordenação do Prof. Dr. Carlos Subuhana
Período do curso: 06/10/12 à 17/11/12 (somente aos sábados)
Horário: 09h às 13h
Local: Anfiteatro da UNILAB
(Avenida da Liberdade, 03. Centro- Redenção-CE-Brasil)
Curso gratuito e aberto ao público

O objetivo do Curso é construir ações de formação inicial que permitam reconhecer a diversidade e a complexidade das sociedades africanas e desmistificar de vez o olhar negativo sobre a África e os africanos. Durante as aulas, será apresentada uma visão ampla sobre a África, abordando diversos aspectos do continente, como a cultura, a política, a economia, a geografia, desde o período pré-colonial até a atualidade.

A proposta do Curso é oferecer aos seus participantes um panorama da produção africana contemporânea de filmes realizados por cineastas africanos ou de outras nacionalidades que abordem questões prementes do continente; sublinhar a originalidade e vitalidade das formas de expressão artísticas, filosóficas e científicas próprias da África, pouco conhecidas no Brasil; tecer considerações e/ou impressões sobre as práticas de recepção cultural que ocorrem em pequenas mostras dedicadas à temática do “cinema africano” no Brasil; criar espaço de recepção do cinema africano na Unilab; e ainda discutir a importância do uso do audiovisual como material didático no ensino de temáticas africanas.

CARLOS SUBUHANA

De nacionalidade moçambicana, concluiu o curso de graduação em Ciências Sociais no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1997. Obteve o grau de Mestre em Sociologia (com concentração em Antropologia) na mesma instituição em 2001. Seu doutorado foi realizado no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2005. Em 2007 terminou um estágio de pós-doutoramento em Antropologia na Universidade de São Paulo (USP). É Bolsista de Desenvolvimento Científico B (FUNCAP/CNPQ) na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB); pesquisador da Casa das Áfricas (Instituto Cultural, de Formação e de Estudos sobre Sociedades Africanas) e membro fundador do SSIM – Southern Spaces in Mou vement.


Info | 
http://www.unilab.edu.br/cursos-da-extensao/

04.10.2012 | por herminiobovino | cinema africano, cultura, história de áfrica

CINEMA AFRICANO: Alemanha apoia digitalização de filmes moçambicanos

O Instituto Cultural Moçambique Alemanha acaba de lançar um conjunto de filmes digitalizados do arquivo do Instituto Nacional de Cinema. As obras foram recuperadas em parceria com a Alemanha, , no âmbito de uma parceria entre a Universidade Eduardo Mondlane e a Univeridade Alemã de Bayreuth. “Kuxa Kanema”, documentário da década de 1980, foi a primeira produção a ser reapresentada ao público, durante o Festival Dockanema, que ocupará os palcos de Maputo também com poesia, música e exposições fotográficas até novembro.

A digitalização dos documentários foi possível graças ao apoio do governo alemão, disse o embaixador da Alemanha em Moçambique, Ulrich Klocner para quem o evento “visa promover a cultura moçambicana”.

Para Ute Fendler, professora da Universidade de Bayreuth, os arquivos do Instituto Nacional de Cinema – INAC – também podem servir de material histórico importante que mostra o percurso cinematográfico do país e como fontes de estudos acadêmicos em perspectivas diferentes como “a história, estudos culturais e também a comunicação”.

 

Redação Deutsche Welle

 

 

04.10.2012 | por martalanca | cinema

Do Not Take It, Do Not Eat It, This Is Not My Body… by Bili Bidjoka, SHANGHAI

Solo Exhibition _October 6 - November 18 2012 
Opening October 6 from 5 pm - 9 pm 
For the occation of the Shanghai Biennale, stage候台BACK is pleased to announce the first solo exhibition of Bili Bidjocka in mainland China. This exhibition includes performance, installation, video works, drawing and sculptures. 

Bili Bidjocka. Dis-ambiguation#1, digital print on ceramic plate, 40cm diameter, 2012 Bili Bidjocka. Dis-ambiguation#1, digital print on ceramic plate, 40cm diameter, 2012
For over two thousand years, many artists have been inspired by The Last Supper, Christ’s last meal during which the son of God delivered his testament. There are thirteen people at the table, as if in a perfectly staged play. With ” …Do Not Take It, Do Not Eat It, This Is Not My Body… “ , the Cameroon artist is showing us some sort of anti-Last Supper. A secular proposal in which God, in his Judeo-Christian conception, is absent. The event, it is best to that expression than the word “show”, which doesn’t correspond to the theme at all, takes place in two stages. We could describe it as a diptych. On the one hand, it is a purely formal element: a bead curtain which, borrowing from the Leonard de Vinci painting, represents a sketch, an abstract projection, presenting us with an empty table. Christ and his apostles appear to have deserted their places and we are left to wonder if it is not primarily a temporal experience that we are facing. The table is empty as if it is enough in itself. As if it doesn’t matter if the meal took place before or after. It is up to us to fill the haunted void. This void, which we know represents the very essence of all spirituality: the omnipresence of absence. Absence as an impossible idealisation, absence as a grip that is lost forever and which will remain nothing but a memory. A naturally truncated memory since only our despairing determination convinces us that there is something to see. Absence as the symbol of a new epiphany.

This tableau’s counterpart is a lively and carnal scene (the word is used deliberately). A moment of physical presence, which the spectator is invited to look at. In this lively tableau, it is the meal, and not its abstraction, which marks the curtain’s counterpoint. The curtain, in its primary function, is reduced to a decorative element. A decorative element overdetermining that the performance will try to contradict by playing, not on the reference but on its contestation. The human becomes the centre of any possible realisation, and the display as a whole represents this part of the painting, which is so dear to the artist. Again, the meal itself is not the goal. Everything lies in the process. The long road leading to the final supper. There may be no supper. As in the curtain, we could have been invited to imagine the time before and the time afterwards. However, since the performance is the aesthetic and conceptual contradiction of the curtain, the spectator has the privilege of seeing that which cannot normally be seen, and will later say, as Rimbaud did, that they have seen, some times, that which man believes he has seen. This carnal moment, this moment of life, in the very sense of the term, undoubtedly holds the key to the riddle presented by the title of this moment. It depicts the age-old battle between God and humans. 
This ontological experience, which combines the secular and the sacred whilst humanising concepts that have been lost, by dint of its meaning being mechanically repeated, reminds us that sharing, in its simplicity and spontaneity, is what makes humanity. A reminder which is greatly appreciated in these troubled times. 
Written by Simon Njami, Paris 2012 

04.10.2012 | por franciscabagulho | contemporary art

A Cidade entre Bairros

A cidade entre bairros é o mote proposto para os artigos aqui apresentados, possibilitando um olhar cruzado e interdisciplinar entre arquitectos, sociólogos, antropólogos e geógrafos. As contribuições que agora se dão à estampa organizam-se em torno de dois eixos temáticos principais e que se entrecruzam e intersectam: um, que reflecte sobretudo as práticas, mas também os paradigmas de intervenção sócio espacial na micro escala do bairro, nomeadamente sobre o Plano Director de Lisboa, Planos Regionais, Planos de estratégia; Programa Nacional Iniciativas Bairros Críticos e sobre operaçõesde renovação/requalificação urbana. O outro eixo de discussão trespassa a vida quotidiana dos habitantes da cidade e envolve uma espécie de reinvenção da cidade e do bairro, implicando as sociabilidades e as vizinhanças, a percepção do espaço, a importância das Tecnologias da Informação e da Comunicação e as formas de organização e de participação social.


A apresentação da obra “A cidade entre bairros” publicada pela Editora Caleisdoscópio ficará a cargo da Professora Isabel Guerra (ISCTE-IUL e UCP) e do ProfessorÁlvaro Domingues (FAUP). No evento, estarão ainda presentes o Professor José Pinto Duarte (Presidente da FAUTL), o Professor Fernando Moreira da Silva (Presidente do CIAUD) e o Dr. Jorge Ferreira (Caleidoscópio).

A sessão terá lugar no próximo dia 11 de Outubro pelas 18,30 na Casa do Alentejo (convite electrónico).

Pedimos, ainda, que tragam um livro antigo ou que já não precisem para oferecer à biblioteca da Casa do Alentejo (que precisa de renovar o seu acervo), sendo que esta é uma forma de mostrarmos a nossa gratidão e apreço à Casa do Alentejo.

 

Graça Cordeiro e Tiago Figueiredo - Intersecções de um bairro online. Reflexões partilhadas em torno do blogue Viver Lisboa

Teresa Sá - Ainda há bairros na cidade?

Jorge Nicolau - Narrativas de Bairro numa Cidade em Mudança: o Bairro como catalisador de urbanidade da cidade

Carlos Henrique Ferreira - Projectar a cidade entre bairros: Lisboa, um Projecto de Cidade em Mudança

José Luís Crespo - Algumas complexidades do bairro no contexto da cidade: o caso do bairro da Bela Vista

António Guterres - Uma política cultural e artística para o desenvolvimento territorial  

Maria Manuela Mendes - A demolição do bairro do Aleixo e a acção da população local ista pela imprensa diária e nas notícias online

Isabel Raposo - Bairros de génese ilegal: metamorfoses dos modelos de intervenção

 

03.10.2012 | por martalanca | bairros, cidade

“Jovens e Trajetórias de Violências. Os casos de Bissau e da Praia”

O livro “Jovens e Trajetórias de Violências. Os casos de Bissau e da Praia”, organizado por José Manuel Pureza, Sílvia Roque e Katia Cardoso, investigadores do NHUMEP/CES, e com contribuições de vários investigadores, será lançado no dia 8 de Outubro de 2012, às 17 horas, no ISCTE, sala C205.

A apresentação estará a cargo de Iolanda Évora (CEsA/ISEG) e Ana Larcher (CEA/ISCTE-IUL)

Sinopse do livro: Os gangs e a violência juvenil urbana são temas normalmente associados às grandes cidades, sobretudo às do continente americano. Este livro aborda o tema num contexto geográfico e socioeconómico menos frequente, o de duas pequenas capitais da África Ocidental (Bissau e Praia), e procura responder a três perguntas centrais: O que leva os jovens a organizarem-se em gangs ou outros grupos violentos? O que leva os jovens a não se envolverem nesses mesmos grupos quando todas as condições parecem criadas para tal? E, porque é que a capital de um “país-modelo” parece sobrepor-se, em matéria de violência juvenil, à capital de um país politicamente instável? Este livro propõe algumas respostas a estas questões, partindo de uma análise centrada nas trajetórias de reprodução da violência em várias escalas (da local à global), e inverte as narrativas tradicionais da segurança em que os jovens entram invariavelmente como um fator de risco, como ameaças à ordem e como perpetradores de violência.

Coleção CES/Almedina | Série Cosmopolis

Organização: NHUMEP/CES e Mestrado e Doutoramento em Estudos Africanos do ISCTE.

03.10.2012 | por martalanca | Bissau, jovens, praia, violência

Chullage no programa BAIRRO ALTO

ver programa 
Duração: 45 min

Na música que escreve não se perde com meias palavras. Ataca violentamente os políticos, os banqueiros e o sistema. Filho de pais cabo-verdianos, o convidado deste Bairro Alto nasceu em 1973. Cresceu no antigo asilo 28 de Maio, no Monte da Caparica, e foi no início da adolescência que começou a rimar palavras e a aventurar-se nos mundos do rap e do hip hop. Já como trabalhador estudante, Chullage acabou por licenciar-se em Sociologia e tem vindo a desenvolver vários trabalhos nesse campo. Ao mesmo tempo tem-se dedicado à música e acaba de lançar o seu terceiro álbum, Rapressão

emitido em 19 JUN 2012

02.10.2012 | por martalanca | Chullage, música de intervenção, rap

Focus na frieze: Kiluanji Kia Henda

Artigo sobre o projecto “Homem Novo” de Kiluanji Kia Henda, na frieze by Sean O’Toole.

ler aqui

02.10.2012 | por franciscabagulho | kiluanji kia henda