Pelo Tribunal a acusação de genocídio é plausível

Pelo Tribunal a acusação de genocídio é plausível Para além do aspecto humanitário de uma irmandade que une os povos sul-africano e palestiniano – este é provavelmente o maior significado desta ação legal: desmascarar a ausência de conteúdo concreto de uma série de normas internacionais; questionar a aplicação de diferentes standards quando se trata de proteger cidadãos de diferentes áreas geopolíticas – observações que a guerra na Ucrânia já tinha suscitado; denunciar a impunidade garantida, culposamente, a Israel pela comunidade internacional.

Jogos Sem Fronteiras

28.01.2024 | por Laura Burocco

Com os olhos em Gaza

Com os olhos em Gaza “Numa terra de profetas, é difícil ser profeta”, dizia Amos Oz, mas é muito possível, vamos acreditar, que o espelho que daqui resulta – o massacre odioso do Hamas, o mundo devastado de Gaza deixado pelas retaliações do exército israelita – faça todos recuar de horror e permita abrir uma janela para a única solução que ainda se vislumbra e que Oz há muito antevira.

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26.01.2024 | por José Lima

Um Detalhe Menor…

Um Detalhe Menor… Com quantas balas se apaga a trajetória e história de uma ou várias pessoas? Com quantas bombas se apaga a história de comunidades inteiras de centenas ou milhares de pessoas? Com quantos disparos se silenciam vozes que podiam contribuir para o nosso mundo de diversas formas? Saberá alguém quantificar o peso simbólico, psicológico, emocional, cultural da destruição?

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19.01.2024 | por Leopoldina Fekayamãle

Entrevista ao cineasta israelita Avi Mograbi: “A necessidade de assumir a responsabilidade em relação à ocupação está sempre presente.”

Entrevista ao cineasta israelita Avi Mograbi: “A necessidade de assumir a responsabilidade em relação à ocupação está sempre presente.” Quando fiz Between Fences estávamos no auge dos protestos contra a forma como o país lida com os imigrantes. O Supremo Tribunal tinha rejeitado, consecutivamente, várias leis do Governo relativas aos requerentes de asilo, o que é um ponto-chave para compreender porque o Estado entrou em conflito com o Supremo Tribunal. Atualmente, o Governo está a tentar “cortar a cabeça” deste tribunal. Foi curioso porque na época, muito destes protestos não eram em defesa dos direitos humanos, mas impulsionados pelos proprietários dos restaurantes que reivindicavam que, se os refugiados fossem expulsos, era o fim da sua atividade, porque ficariam sem mão-de-obra: ajudantes de cozinha, profissionais de limpeza, etc. A Lei de Imigração de Israel beneficia apenas a entrada de judeus no país.

Cara a cara

23.03.2023 | por Anabela Roque

As palestinianas e a luta das despossuídas

As palestinianas e a luta das despossuídas E se a Nakba, a palavra que elucida a despossessão catastrófica por excelência, não é um evento do ano de 1948, mas uma condição constantemente reconstituída da vida palestiniana, então resguardar-se contra ainda outra Nakba passou a ser estrutural nesta história e entrelaçado com a própria vida palestiniana.

Vou lá visitar

25.05.2021 | por Samera Esmeir

Investir numa Paz Feminista

Investir numa Paz Feminista A 23 de Março, no início da pandemia, o Secretário-Geral das Nações Unidas António Guterres apelou a um cessar-fogo global, a fim de permitir aos países concentrarem-se na crise da COVID-19 e permitir que as organizações humanitárias cheguem às populações vulneráveis. Mais de 100 organizações de mulheres do Iraque, Líbia, Palestina, Síria e Iémen juntaram-se rapidamente ao apelo com uma declaração conjunta que defendia uma ampla trégua COVID-19, que poderia constituir a base para uma paz duradoura. Não deve ser surpresa que as mulheres tenham sido das primeiras a apoiar o apelo a um cessar-fogo.

Jogos Sem Fronteiras

18.11.2020 | por Phumzile Mlambo-Ngcuka

O colonialismo não terminou no Médio Oriente!

O colonialismo não terminou no Médio Oriente! Deste modo, longe de estarmos perante continuidades coloniais característicos das ex-colónias europeias - ou o que o peruano Anibal Quijano (1992) apelidou de colonialidade do poder e do saber, assiste-se a um colonialismo israelita que, ao contrário do que se apregoa, não se fundamenta na defesa e segurança do Estado perante os vizinhos e «inimigos» árabes ou no alargamento do seu território, mas no domínio regional de um recurso natural ainda mais precioso do que o petróleo e que poderá alimentar a emergência de novos regimes coloniais no século XXI: a Água.

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20.11.2012 | por Odair Bartolomeu Varela