Repensar o sistema educacional para uma maior consciencialização

Repensar o sistema educacional para uma maior consciencialização Temos que limpar as impurezas linguísticas ou purificá-las de acordo com o nosso autoconhecimento e as nossas especificidades. É preciso banir frases racistas dos nossos livros tais como: “A descoberta do clarinete por Mozart foi uma contribuição maior do que toda a África nos deu até hoje”. Sim, isso é um processo lento que já devia ser sido feito há muito tempo. A libertação de toda essa maquinação que foi o colonialismo tem um custo. O mesmo, porém, é necessário e fundamental para a nossa reconstrução civilizacional.

A ler

18.02.2023 | por Ednilson Leandro Pina Fernandes

O feminismo é um projecto de transformação radical da sociedade no seu conjunto

O feminismo é um projecto de transformação radical da sociedade no seu conjunto O que peço ao feminismo é simplesmente radicalidade nas suas propostas: abolição da determinação da diferença sexual no nascimento e despatriarquização radical de todas as instituições e administrações. Se começarmos por aí, veremos o que resta da estrutura social patriarcal que conhecemos.

Corpo

16.10.2019 | por Paul B. Preciado

descolonizar o saber e o poder

descolonizar o saber e o poder Se a agressividade do pensamento reaccionário ocorre num país cujos cidadãos ainda há 50 anos eram vítimas de racismo por toda a Europa dita desenvolvida, se tudo isto ocorre num país cujo poder de governo é ocupado por forças de esquerda, é fácil imaginar o que será quando voltarmos (se voltarmos) a ser governados pela direita.

Mukanda

25.07.2019 | por Boaventura de Sousa Santos

O que vale uma estátua? Memória e descolonização mental em Moçambique.

O que vale uma estátua? Memória e descolonização mental em Moçambique. A memória é uma espécie de consciência seletiva do tempo, não se opondo ao esquecimento. A memória é uma interação entre a supressão e a conservação, sendo que restituição integral do passado é impossível uma vez que memória implica sempre uma seleção. O historiador Fernando Bouza cita mesmo um ditado africano que sintetiza o que foi referido sobre o modus operandi da memória: A memória vai ao bosque e trás de lá a lenha que quer.

Cidade

10.12.2018 | por Vítor de Sousa

Réquiem para os invisíveis

Réquiem para os invisíveis Se o Manifesto Antropófago era a resposta dos modernistas diante da invasão europeia, hoje já não sabemos quem somos. Em 2017, quem devora quem? Acostumados a reduzir à índio qualquer outro que não obedeça à ordem do lucro e da acumulação, somos napë, inimigos. Somos nós o outro, os canibais que vieram comer a terra dos Yanomami depois de terem devorado a sua própria.

Vou lá visitar

31.10.2017 | por Aline de Castro

"É preciso descolonizar Portugal"

"É preciso descolonizar Portugal" A imagem de não pertencer, de não conseguir, de ter tudo contra si, sem referências positivas, sem modelos que permitam acreditar que ser negro não é uma condenação a trabalhar nas obras ou limpar casas ou - se se tiver sorte na lotaria genética e no talento - a jogar futebol, fazer atletismo, ser músico de hip-hop ou kizomba. Para não falar do estigma da delinquência. Daí que uma professora negra, ou outra figura de referência que permita alargar e concretizar o horizonte de ambição, possa fazer tanta diferença.

A ler

13.06.2017 | por Fernanda Câncio