Raquel Varela e a branquitude como lugar de fala hegemónico e silenciador na esquerda portuguesa

Raquel Varela e a branquitude como lugar de fala hegemónico e silenciador na esquerda portuguesa A branquitude de esquerda recusa-se terminante e furiosamente a reconhecer e admitir o seu racismo e a reconhecer a sua hegemonia exclusionária e silenciadora. Quando confrontada, a branquitude de esquerda não hesita em puxar pelos seus galardões para silenciar os seus críticos não-brancos, como se tal lhe devesse valer créditos ou fosse um cartão para escapar à cadeia no monopólio.

Mukanda

24.03.2018 | por Sadiq S. Habib

Da importância de bonecas negras, uma coleção de questões

Da importância de bonecas negras, uma coleção de questões Bonecas feitas por mulheres negras e destinadas, às suas próprias crianças: no intuito de marcar a presença de uma entidade negra nos braços de uma criança que estará na maior parte do tempo só – suprindo de alguma maneira a ausência da mãe, que trabalha para os brancos. Sobre a coleção de Deborah Neff, exposta na Maison Rouge, em Paris.

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22.03.2018 | por Fernanda Vilar

PADI SABI , o “renascer” do Museu de Bissau

PADI SABI , o “renascer” do Museu de Bissau A coleção de imagens fotográficas mostra a rica variedade estilística da cultura material da Guiné-Bissau, bem como o entusiasmo de um grupo de investigadores e administradores locais em construir um património nacional, e até de certos técnicos portugueses que ajudaram a criar o Museu, oferecendo cursos de museologia em Bissau.

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19.03.2018 | por Ana Temudo

narrativa não linear, pensamento tentacular - Metabolic Rifts II

 narrativa não linear, pensamento tentacular - Metabolic Rifts II Boaventura Sousa Santos apela ao combate à exclusão e a um pensamento pós-abissal, a investigadora espanhola Maria Iñigo Clavo problematiza processos curatoriais no Brasil e Vivian Ziherl discute a genealogia da articulação entre as categorias do “natural” e a produção de mais-valia. O encontro decorreu no Porto e a intervenção militar no pós-carnaval do Rio, que acaba de acontecer, deu azo a conspirações geopolíticas. Donna Haraway, com a convivência inter-espécie ao fundo, conseguiu ainda espantar-nos pelo seu talento narrativo. Uma leitura crítica das ideias que ficaram a pairar.

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18.03.2018 | por Marta Lança

Deslumbrante Estupefação

Deslumbrante Estupefação A sua impregnação de um forte espírito de revolta contra as injustiças e os abusos correntes numa sociedade arcaica marcada pela escravocracia e pelo latifúndio (morgadio na linguagem dos textos e da tradição popular caboverdiana, relevando-se neste contexto os morgadios de Ribeirão Manuel e de Monte Negro) e correlativa condenação tanto moral como também em actos corajosos e efectivos de resistência colectiva ou individual.

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14.03.2018 | por José Luís Hopffer Almada

mas… dizer que Luanda é um inferno, não.

mas… dizer que Luanda é um inferno, não. Fazemos parte desta coisa incrível que é este lugar. E cativos ficamos. Ninguém sai daqui alheio a assobiar. Bate uma tristeza, uma melancolia, uma saudade antecipada, porque este lugar… mesmo sendo uma madrasta cidade, tantas e tantas vezes, tem um encanto que reside na curva desse lado “Atlântico” que nos fez assim (...) Esse povo bom que lapida a vida sem ferramenta própria, capricha, encara e faz batota a rir.

Mukanda

13.03.2018 | por Isabel Baptista

A poética dos desvios na montagem visual de Ícaro Lira, entrevista

A poética dos desvios na montagem visual de Ícaro Lira, entrevista Em meio a recortes de jornais, imagens, pedras, documentos, reproduções de obras de arte e lascas de árvores, a obra do artista visual Ícaro Lira vira do avesso os materiais para mostrar o que escondem as sombras dos acontecimentos históricos. Como opera Walter Benjamin em sua montagem literária no livro Passagens (1940), Ícaro cita sem usar aspas: enfrenta o arquivo na sua materialidade para submetê-lo à reflexão.

Cara a cara

13.03.2018 | por Eduarda Kuhnert

O avesso dos arquivos dos outros

O avesso dos arquivos dos outros Onde se encontram o comum e o estranho? Como combinar a perspectiva sócio-histórica da memória com a experiência singular e individual? É possível retomar fatos da história e, ao mesmo tempo, recusar a monumentalização do passado? Em Museu do estrangeiro, o artista Ícaro Lira interpela a narrativa histórica brasileira, em específico o debate sobre os fluxos migratórios no país, envolvendo uma multiplicidade de sujeitos, espaços e tempos em sua montagem poética de materiais coletados.

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13.03.2018 | por Eduarda Kuhnert

Quilombos: nossa vida e trajetória é de luta

Quilombos: nossa vida e trajetória é de luta A palavra quilombo significa: sociedade formada por jovens guerreiros que pertenciam a grupo étnicos desenraizados de suas comunidades. O Território Remanescente de Comunidade Quilombola é uma concretização das conquistas da comunidade afro descendente no Brasil, fruto das várias e heróicas resistências ao modelo esclavagista e opressor instaurado no Brasil colônia e do reconhecimento dessa injustiça histórica.

Cidade

07.03.2018 | por Marcos Lamoreux