Uma espécie de viagem. Desmedida, de Ruy Duarte de Carvalho

Uma espécie de viagem. Desmedida, de Ruy Duarte de Carvalho Detém-se no Brasil enquanto caso de estudo e de pasmo, exímio na “produção social do inédito”, onde tantos se pasmaram “diante do inédito, da anarquia e do escândalo da exuberância da flora brasileira” e de outras questões, tendo sido o deslumbramento a causa do enriquecimento (e provavelmente enviesamento) das investidas científicas (e românticas), dos exploradores e observadores do século XIX e demais.

Ruy Duarte de Carvalho

02.06.2011 | por Marta Lança

As últimas neves do Kilimanjaro

As últimas neves do Kilimanjaro Foi apenas em 1861 que uma expedição dirigida pelo barão alemão Klaus von der Decken e pelo botânico inglês Richard Thornton conseguiu comprovar que o topo do Kilimanjaro possuía neve. Uns anos antes, em 1848, o missionário Joseph Rebmann avistou, e divulgou no ano seguinte, a sua descoberta, que no início pensou serem nuvens, e depois comprovou ser mesmo neve. Mas a sua descoberta foi então contestada. Hoje, as neves eternas do Kilimanjaro são um dos cartões de visita de África. A primeira ascensão ao cume aconteceu a 6 de outubro de 1889, por Hans Meyer, Ludwig Purtscheller e Johannes Kinyala Lauwo. A rota atualmente mais fácil de seguir em direção ao topo é via Marangu, Rongai ou Machame, e há vários programas promovidos por agências de turismo que permitem a sua escalada.

Vou lá visitar

07.04.2011 | por Miguel Correia

Swakopmund Galore

Swakopmund Galore Voltar a Swakopmund é estranho, fora da estação há sempre uma neblina na cidade e, dado que tudo fecha às cinco da tarde, a cidade fica deserta, quase abandonada, uma velhinha que passeia por ali, uns namorados acolá, mas fora isso é Twin Peaks

Ruy Duarte de Carvalho

17.01.2011 | por Luhuna de Carvalho

Pequena viagem através de África

Pequena viagem através de África Há mais de quarenta anos que ando pelos trópicos e há mais de vinte e cinco anos que me fixei na Guiné. Percorri toda a África desde a Argélia à África do Sul, desde o Egipto a Marrocos, utilizando aviões, comboios, vapores, carros e canoas. Dormi nesses maravilhosos hotéis que o engenho humano criou e dormi também nas mais modestas palhotas das mais modestas tabancas africanas. Bebi aquela água barrenta, de aspecto leitoso, que se colhe nos poços das povoações perdidos no mato; atravessei rios e pântanos sob um calor escaldante; torneei florestas densas e subi montanhas abruptas; percorri as areias imensas dos desertos africanos; tiritei de frio e abrasei-me e longamente conversei com Tcherno Bokar, a quem Teodoro Monod, com aquele sentido de penetração das coisas africanas que só ele possui, chamou «um homem de Deus».

Mukanda

03.01.2011 | por Artur Augusto Silva

Viagens (entre)cruzadas

Viagens (entre)cruzadas Interpretar o viajante, na actualidade, decorre de um pensamento multilateral ampliado pela situação geográfica e cultural que existe entre o ponto de partida e o ponto de chegada. A latitude humana que se encontra nas distâncias percorridas entre princípio e fim de um percurso é, para muitos, um agente provocador que resulta num campo de experimentação artística e intelectual, onde a força de espaços inócuos nos leva a partilhas e à construção de conceitos.

Cara a cara

02.01.2011 | por Jorge Rocha

600 quilómetros

600 quilómetros Depois de algumas idas e voltas Lisboa-Madrid-Lisboa, e de outras idas e voltas Maputo-Joanesburgo-Maputo comecei a encontrar pontos de encontro entre a viagem no Sudoeste europeu e a viagem no Sudeste africano. Os dois percursos têm cerca de seiscentos quilómetros, de país para país, de capital para capital; sintonizar noutro idioma ao passar a fronteira, cambiar as notas por outras - actualmente já se salta este passo na Península Ibérica. São viagens em longitude, para Oriente: Madrid e Maputo; para Ocidente: Lisboa e Joanesburgo.

Vou lá visitar

17.12.2010 | por Nuno Milagre

Safari de Táxi

Safari de Táxi Uma palavra suaíli viria a viajar para se integrar em inúmeras outras línguas. Safari, que significa viagem. Turcos, chilenos, indonésios, suecos, australianos, lituanos e muitos outros habitantes dos cinco continentes, todos entendem esta palavra, porque faz parte do seu vocabulário, embora no sentido mais restrito de viagem para observação de animais selvagens.

Vou lá visitar

14.11.2010 | por Nuno Milagre

Tem viagens e tem fugas, pela África do Sul com Ruy Duarte de Carvalho

Tem viagens e tem fugas, pela África do Sul com Ruy Duarte de Carvalho Ruy Duarte de Carvalho foi o grande impulsionador da viagem e o guia deste relato. A comitiva era a seguinte: o Luhuna, que ia recolhendo numa câmara materiais de observação direta; o Miguel, certeiro nas impressões e navegações espaciais; e as Martas – avivando a conversa, gerindo a logística da viagem. Ninguém, à exceção do Ruy, sabia grande coisa sobre a África do Sul para lá das suas tensões recentes.

Ruy Duarte de Carvalho

08.11.2010 | por Marta Lança

Etnografia(s) e territorialidade

Etnografia(s) e territorialidade  O papel de mediação do etnógrafo, o sujeito “ocidental”, o viajante, colocado entre os mundos de partida e as culturas de contacto, apresenta uma flagrante afinidade com o perfil itinerante dos autores de ficções africanas, em diferentes momentos da História recente. De formas distintas, muitos destes autores preocuparam-se em transmitir imagens e conteúdos representativos das culturas a que estavam expostos, tanto a partir de universos de localização regional como de contextos marcados pela experiência urbana, em boa medida cosmopolita.

Ruy Duarte de Carvalho

08.10.2010 | por Ana Maria Mão-de-Ferro Martinho

"Queremos um tsunami!", a voracidade de Miguel Gullander

"Queremos um tsunami!", a voracidade de Miguel Gullander São pois o cepticismo e ironia que prefazem a linguagem de "Perdido de Volta" de Miguel Gullander, onde não há heróis e todos são traídos, acusados pelas suas máscaras e papéis sociais: drogados, ambientalistas, bancários, salvadores hipócritas do Terceiro Mundo. O tom de denúncia dirige-se também à indústria do desenvolvimento, disfarçada de razões humanitárias mas sempre de olho no negócio em África, que continua a exportar fileiras de jovens ocidentais à procura de experiências exóticas e que, além dos objectivos carreiristas, vivem África como um “campo de férias” sem alcançar nada da sua profundidade e complexidade.

A ler

31.08.2010 | por Marta Lança

O Conselheiro generoso

O Conselheiro generoso Era um prazer viajar com ele. Acordávamos muito cedo, “matabichávamos” juntos e depois... pé na estrada. Eu guiava no asfalto, ele na terra. Trocávamos impressões e memórias. Tínhamos todo o tempo do mundo, entre um ponto e outro do trajeto diário. Na Chapada Gaúcha, lugarejo mais próximo do Parque do Grande Sertão Veredas, subitamente o Ruy se apaixonou por uma menina que vendia flores de papel. E assim vivemos aqueles momentos.

Ruy Duarte de Carvalho

22.08.2010 | por Daniela Moreau

Dar a ver o que tem andado a dar a ler, Ruy Duarte de Carvalho

Dar a ver o que tem andado a dar a ler, Ruy Duarte de Carvalho O ciclo dedicado a Ruy Duarte de Carvalho, em Fevereiro de 2008, tornou mais visível o caso raro de “um grande escritor de língua portuguesa, cuja obra se distribui por diversos campos de actividade – permitindo uma abordagem multidisciplinar ao seu universo.”, como referiu Mega Ferreira, seu impulsionador.

Ruy Duarte de Carvalho

18.05.2010 | por Marta Lança