9ª Edição do Walk&Talk – Festival de Artes começa esta sexta-feira

A nona edição do Walk&Talk - Festival de Artes decorre de 5 a 20 de julho em São Miguel, nos Açores, e reúne cerca de 80 artistas, curadores, arquitetos, designers, performers e músicos, convidados a apresentar os seus trabalhos, muitos dos quais projetos inéditos criados em residência no arquipélago.

O festival intervém em mais de vinte locais em redor da ilha e o seu espaço âncora é um pavilhão temporário, projetado pelos estúdios de arquitectura Artworks & GA estudio para a Praça de São João, em Ponta Delgada, e inspirado, na sua forma e função, pelo tradicional capote açoriano.

Artworks & GA estudio Artworks & GA estudio

O programa organiza-se em torno de cinco circuitos artísticos: Circuito Ilha, Circuito de Exposições, Circuito Performativo, Circuito Residências e Circuito Conhecimento.

Em 2019, o Circuito Ilha, anterior “Circuito de Arte Pública”, intitula-se Expedição Empatia e é liderado pelo coletivo The Decorators, com a participação dos artistas Clementine Keith-Roach, Inês Neto Santos, Practice Architecture, Pedro Lino, Prem Sahib eRain Wu, que criaram projetos inéditos e site-specific para várias localidades de São Miguel, que vão desde o centro de Ponta Delgada aos Fenais da Luz na costa norte.

Circuito de Exposições propõe uma Deambulação Identitáriacom curadoria de Sérgio Fazenda Rodrigues por sete exposições individuais, articuladas por quatro locais diferentes de Ponta Delgada, e desenvolvidas em residência nas ilhas de São Miguel, Terceira, Faial, Flores e Pico, pelos artistas Andreia Santana, Diana Vidrascu, Gonçalo Preto, Maria Trabulo, Miguel C. Tavares & José Alberto Gomes, Mónica de Miranda e Rita GT.

Circuito Performativo reúne o programa de artes performativas do festival, com música, performance, dança contemporânea e projetos híbridos que motivam noites de festa no Pavilhão W&T e apresentações de espetáculos no Teatro Micaelense, Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, Estúdio 13 e Sentado em Pé Bar & Lounge.

Circuito de Residências apresenta os 14 artistas com residências em curso no festival, nas áreas da arte, cinema, arquitetura e música, entre os quais os onze novos residentes 2019 - os artistas vencedores das chamadas anuais para o Walk&Talk, os artistas convidados pela direção artística e curadores, e os designers que colaboram com artesãos açorianos na criação de novos objetos RARA.

O Programa de Conhecimento que é desenvolvido em contínuo no Walk&Talk, no festival descreve um circuito autónomo – o Circuito de Conhecimento, com atividades temáticas que cruzam os diferentes circuitos, envolvem múltiplas comunidades e grupos em torno da produção artística: crianças, famílias, jovens e todas as pessoas interessadas, seja qual for a sua idade ou origem.

No fim-de-semana que assinala a abertura do Walk&Talk será possível acompanhar a inauguração do Circuito de Exposições e apresentações paralelas, assistir a concertos e performances no novo Pavilhão W&T e a muitas outras iniciativas dos vários circuitos do festival.

4 JUL | PRÉ-ABERTURA

21h00  INAUGURAÇÃO Emotional Rescue de Olivier Nottellet / Galeria Fonseca Macedo

INAUGURAÇÃO MONTRA pela Oficina / ¾ Café

DJ SET DJ Fellini / ¾ Café

 

5 JUL | ABERTURA

10h00  PERCURSO TEMÁTICO O que chegará à ilha, daqui não sairá / Vários locais, pré-inscrição obrigatória 

18h00  INAUGURAÇÃO Loading de Madalena Correia, Vencedora Jovens Criadores W&T 2018 / Instituto Cultural de Ponta Delgada

21h30  ESPETÁCULO At the Still Point of the Turning World de Joana Gama, Luis Fernandes e Conservatório Regional de Ponta Delgada /Teatro Micaelense

22h30  INAUGURAÇÃO Pavilhão e Festa de Abertura com Chima Hiro e NinOo / Pavilhão W&T

 

6 JUL | INAUGURAÇÃO CIRCUITO EXPOSIÇÕES

12h00  BRUNCH&TALK Circuito Ilha com os curadores e artistas / Pavilhão W&T

16h00  INAUGURAÇÃO Circuito de Exposições com visita guiada pelo curador e artistas / Início da visita 4ºAndar SolMar Avenida Center

20h00  CANTINA ABERTA para jantar com artistas, curadores, equipa e convidados do festival / Pavilhão W&T

22h30  PERFORMANCES de MondkopfColin Self e Line of Two / Pavilhão W&T

 

7 JUL | PASSEIO E COZIDO NAS FURNAS E FILME-CONCERTO NO ARQUIPÉLAGO

10h00  TOUR Visita à ilha de São Miguel com os artistas, equipa e convidados.

Paragens no Miradouro do Pico do Ferro, Parque Terra Nostra e outros locais.

13h30 ALMOÇO-PIQUENIQUE na Lagoa das Furnas para saborear o tradicional cozido.

19h00  FILME-CONCERTO East Atlantic de Miguel C. Tavares e José Alberto Gomes Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas

20h00  CANTINA ABERTA para jantar com artistas, curadores, equipa e convidados do festival / Pavilhão W&T

22h30  DJ SET DJ DELÍCIA / Pavilhão W&T

O festival Walk&Talk continua até dia 20 de julho e o programa dia-a-dia pode ser consultado AQUI

Sobre o Walk&Talk: O Walk&Talk é Festival de Artes dos Açores, que se realiza desde 2011 durante duas semanas no mês de julho, e o Programa de Residências Artísticas que decorre ao longo do ano. Experimental e participativo, o projeto incentiva a criação de novos objetos em diálogo com o território e as especificidades socioculturais do arquipélago açoriano. Foca-se no envolvimento de comunidades locais e visitantes, através do conhecimento que é gerado pela pesquisa e práticas artísticas atuais, e interseta arte, dança, performance, teatro, arquitetura, design, cinema e música.

O Walk&Talk é um projeto Anda&Fala, associação cultural sediada em São Miguel e declarada, desde 2016, de Utilidade Pública pelo Governo dos Açores. No biénio 2018/19 a atividade da associação é apoiada pelo Ministério da Cultura / DGARTES, é um dos nove parceiros do programa Centriphery - Creative Europe 2019-2021 da Comissão Europeia, e o festival Walk&Talk é membro da EFFE – Europe for Festivals Festivals for Europe.

walktalkazores.org Facebook / Instagram

Para mais informações, imagens e confirmações de presença, por favor contacte:

 Sílvia Escórcio silvia.escorcio@thisiscuco.com   T +351 91 368 36 45

Tânia Moniz taniamoniz@walktalkazores.org T+ 351 91 355 01 09

 

02.07.2019 | por martalanca | Açores, Walk&Talk

NANSEN Magazine

Issue 02 Kalaf Epalanga is best known as one of founding MCs of Buraka Som Sistema, a rambunctious music project that burst out of a Lisbon nightclub and onto the global stage in 2006. The group fused contemporary European electronic dance music with kuduro, a frantic Angolan dance beat developed when Kalaf was growing up there in the 1980s.

From his music career, which put kuduro on the global music map, Kalaf has transitioned into writing, becoming a prominent essayist and cultural critic in the Portuguese speaking world. This double-whammy has allowed him to cultivate the broad influence he enjoys in Portugal today, stretching from young club-goers to middle-aged newspaper readers. And this widespread appeal is fortuitous, as Kalaf is on a mission to unify the Portuguese-speaking world, crossing borders drawn up during colonisation to bring the people of his homeland and his chosen home (Portugal) together.

In this issue we:

introduce our readers to the Afro-Portuguese community debunk some myths around Portuguese colonialism
get to know the Angolan kuduro beat and its vast impact on global club music
experience Angola from the perspective of locals
judge a Worst Coloniser Contest
discuss parenting as a migrant, and learn how newcomers in Lisbon can help fight increasing gentrification in the city

Issue 02 features contributions from members of the Afro-Portuguese community (eg. Joacine Katar Moreira), as well as photographers from Angola, all recommended by Kalaf for their ability to represent their community.

More about NANSEN Magazine

NANSEN Magazine aims to connect and celebrate migrants of all kinds.

We do this by getting to know one migrant per issue, honing in on the minutiae of lives lived away from home – moments all migrants can relate to, and many non-migrants will, too.

For us all, the word “migrant” conjures up a particular image. We want to expand the way each of us see migrants and the way we, as migrants, see ourselves.

With 258 million migrants roaming the planet right now, we don’t think we’re ever going to run out of stories.

NANSEN is published in Berlin by Vanessa Ellingham, a journalist and editor from Aotearoa New Zealand who brings experience from her homeland’s magazine industry, as well as from her communications work at the migrant-focused volunteer organisation Give Something Back to Berlin.

Design and art direction is by Eva Gonçalves, a Portuguese editorial designer who has worked on art books, NGO journals and magazines, including mono.kultur.

Media contact Vanessa Ellingham Publisher & Editor NANSEN Magazine vanessa@nansenmagazine.com

 

01.07.2019 | por martalanca | NANSEN Magazine

Conferência Bianual da Rede Afroeuropeans

Conferência Bianual da Rede Afroeuropeans “In/Visibilidades Negras Contestadas” LISBOA, 4 a 6 de Julho 2019 no ISCTE - I​nstituto Universitário de Lisboa.


​Além da extensa discussão académica, a conferência estende-se a todo um programa cultural em diversos locais de Lisboa como o TodoMundo - comida, diversão e arte, o ​Hangar - Centro de Investigação Artística, o Ferroviário, a Casa Mocambo e o bairro da Quinta do Mocho. Estão previstos mais de duzentos participantes de várias partes do mundo, focados na produção de conhecimento, cultura e diversidade dos afrodescendentes na Europa, de forma a discutir temas como o racismo, representatividade, descolonização, e negritude na Europa.

A Rede Afroeuropeans reúne-se bianualmente para debater diversos temas em torno do ​racismo estrutural e das culturas e identidades negras na Europa​, tendo acontecido anteriormente em León, Cádiz, Tampere, Münster e Londres. Em 2019 a organização está nas mãos de um grupo de investigadores, artistas e activistas de universidades e colectivos de Portugal, Brasil, Suiça e Cabo Verde, que trazem esta discussão a uma ​cidade europeia composta por uma das maiores diásporas africanas, que influenciou a literatura, a música, a língua e a sociedade portuguesa em geral nos últimos cinco séculos.

Serão três dias compostos por diversas sessões temáticas, keynote speakers, mesas-redondas, lançamentos de livros, performances, sessões de cinema, spokenword, exposição fotográfica, feira de livros, street art tour e música. Estarão presentes intelectuais como Fátima El-Tayeb e Stephen Small da Universidade de Califórnia, Norman Ajari, Jaime Amparo Alves, Mamadou Ba, Inocência Mata​, entre muitos outros conferencistas. Serão cerca de cinquenta sessões de apresentações e debates com vista a fortalecer redes de trabalho e a dar visibilidade a questões que se prendem com o que significa ser afro-europeu.

Contacto:​ 927 606 201​ (Raquel Lima / Comissão Organizadora) afroeuropeans2019@gmail.com​| ​https://afroeuropeans2019.wixsite.com/afroeuropeans2019

24.06.2019 | por martalanca | Afroeuropeans

Práticas curatoriais e feminismos anticoloniais | Beatriz Lemos

MASP Palestras Pensar em curadoria, feminismo e anticolonialidade nos remetem a alguns questionamentos: é possível ser feminista hoje e corroborar com mecanismos racistas, classistas ou LGBTfóbicos? Como os feminismos se articulam enquanto ativismo no cerne do sistema de arte? Partindo de reflexões elaboradas por teóricas do feminismo negro interseccional e da noção comunitária praticada e construída por pensadoras indígenas, a palestra abordará os desafios de práticas feministas em contextos privilegiados de raça e classe, apresentando produções políticas, em diferentes linguagens, que proponham diálogos em favor de atuações artísticas e curatoriais antirracistas e anticoloniais.

PALESTRANTE Beatriz Lemos atua como curadora e pesquisadora. É idealizadora da plataforma de pesquisa Lastro – intercâmbios livres em arte. Entre 2015/2016, integrou o programa Curador Visitante da EAV – Parque Lage (RJ), que se desenvolveu na criação da Biblioteca e Centro de Documentação e Pesquisa. Em 2017, integrou o júri curatorial do 20º Festival de Arte Contemporânea – Sesc/Videobrasil e coordenou a residência autônoma Travessias Ocultas – Lastro Bolívia, qual teve sua versão em exposição no Sesc Bom Retiro (SP). Tem realizado cursos e oficinas sobre processos anticoloniais no Brasil e América Latina e, atualmente, coordena o Grupo de estudos Lastro na Casa 1 em São Paulo.Link: https://masp.org.br/palestras/pratica…

23.06.2019 | por martalanca | anticoloniais, Beatriz Lemos, feminismos, Práticas curatoriais

Long Table Partituras para ir - (Quase) TBA no CAB

Conversa com Gianfranco Ferraro, Joana Braga, Paula Caspão, Susana Nascimento Duarte
24 junho - segunda 18h30 CAB Centro Coreográfico Lisboa – Fundação Maria Magdalena de Mello, Rua Tenente Raúl Cascais, 1B-
Conversa com investigadoras e artistas sobre a caminhada como forma de pesquisa da cidade, dos seus lugares, e da nossa relação com eles; e enquanto prática artística que se desenvolve a partir das conexões que os corpos dos caminhantes estabelecem com os espaços à medida que neles abrem passagens e criam lugares de permanência. Esta experiência de imersão na teia da cidade pode abrir um novo olhar sobre as atuais metamorfoses de Lisboa?
O debate acontecerá usando o formato performativo da Long Table criado pela artista Lois Weaver, que será aberto a todas as pessoas presentes como se de um encontro à volta da mesa se tratasse, sendo a conversa o único prato.Transmissão em live streaming disponível no Facebook do TBA I Entrada livre (sujeita à lotação de 50 pessoas) I Duração 90 minutos 

conversa que tem como mote a experiência concreta do percurso performativo Partituras para ir, para a qual convidei Gianfranco Ferraro (filósofo, investigador e caminhante), Paula Caspão (investigadora, artista e dramaturgista), e Susana Nascimento Duarte (investigadora em cinema e filosofia). Problematizando a caminhada concreta levada a cabo entre as Amoreiras e o Poço dos Negros, a conversa vai abordar a caminhada tanto como gesto quotidiano como enquanto prática experimental que tem sido continuadamente  convocada para repensar e criticar a experiência urbana da modernidade; e debruçar-se sobre as actuais metamorfoses de Lisboa — pressionada pelo turismo e o investimento imobiliário, objecto-mercadoria nos circuitos de consumo cultural que exploram economicamente a nostalgia — e os efeitos que estas têm sobre a vida quotidiana dos seus habitantes.

A conversa tomará a forma da Long Table, uma instalação-performance criada pela artista Lois Weaver, que experimenta o uso de um formato privado de encontro, como um jantar de amigos, enquanto estrutura para um debate público. Assim, espero que a conversa se alargue a todos os que estiverem presentes.” Joana Braga

 

 

23.06.2019 | por martalanca | Partituras para ir

Atelier BUALA à Kinshasa

19 juin - 10h - 15 espace culturel Aw’Art

Presentation du BUALA 

“Memorialisation: moyens de produire de la mémoire dans l’art et la ville” / Rencontre avec Marta Lança 

Nous examinerons les moyens de produire et de remettre en question la mémoire collective et la transmission de l’histoire, par le biais de monuments commémoratifs, de musées, de pratiques artistiques et documentaires. Notre mémoire culturelle et collective résulte de l’ensemble des politiques commémoratives et de leur rhétorique de légitimation, de culture visuelle, de pédagogies dominantes, d’artefacts et de symboles. Pour connaître les éléments qui interviennent dans la construction et la transmission de certaines mémoires collectives, nous devons comprendre les forces en jeu ici, ce qu’il est choisi de mémoriser, comment et par qui. À titre d’exemples de commémoration, nous tiendrons compte de l’histoire de sa controverse, puisque la mémoire s’articule avec la politique actuelle et accorde une valeur au côté plus subjectif, lié à l’expérience. Montrons des exemples d’artistes apportant de nouveaux visuels et contribuant à déconstruire certaines mémoires collectives, tels que des projets de conservation, des musées, des mémoriaux et des registres aux villes de pays lusophones.

“Vive ensemble : l´exposition d´art contemporain en tant qu expérience collective”/Rencontre avec Marta Mestre 
On discutera les enjeux de la mise en place d´une exposition d´art contemporain par le biais de son écologie sociale. 
Exercice collective, expérimentation, pratique sociale, art et vie, une exposition tien un rapport direct avec une pluralité de savoir-faire et avec des réseaux artistiques locales et internationaux qui peuvent se développer hors institution (musée, marché, et). 
A partir de quelques exemples de projets artistiques au Brésil et au Portugal, on présentera des démarches artistiques collaboratives.

Discussion sur e champ artistique/ critique d´art et la memoire. 

18.06.2019 | por martalanca | Art, Kinshsa, memoire

Residência Artística Afroeuropeans Coimbra 2019

Esta Residência Artística é organizada no âmbito do projeto de investigação “À margem do cinema português: estudo sobre o cinema afrodescendente produzido em Portugal” financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e conta com a participação dos artistas afro-europeus: Benjamin Abras, Silas Tiny, Sofia Rodrigues e Vanessa Fernandes.  É coordenada pela investigadora e professora Michelle Sales (UFRJ/CEIS20) com assistência de Jorge Cabrera (Colégio das Artes/ UC), e conta com a participação de Sérgio Dias Branco (UC/CEIS20/LIPA), Pedro Pousada (Colégio das Artes/ UC), Fernando Matos Oliveira (UC/CEIS20/TAGV) e do artista André Feitosa (Colégio das Artes/ UC). 

O programa visa proporcionar espaço criativo e de diálogo para artistas afro-europeus a fim de catalisar novos trabalhos, projetos em comum e formação de novas redes de trabalho e colaboração. Esta residência interessa-se pelo aprofundamento de questões políticas e identitárias que dizem respeito aos modos de pensar, sentir e existir afro-europeus em contextos urbanos violentos, pós-industriais e pós-coloniais em crise.

Esta iniciativa conta com o apoio do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20) da Universidade de Coimbra, do Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas (LIPA) da Universidade de Coimbra, do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) e do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. 

Serviços: 28 de junho, Auditório do TAGV  18:30 – 21:00 / 21:30 – 24H 01 de julho, Colégio das Artes 19 horas

11.06.2019 | por martalanca | Afroeuropeans

OUT OFF NATURE

This screening is a side programme to my solo exhibition “Paradox of Plenty” at Künstlerhaus Bethanien (24.05 to 16.06.2019) as part of the International Studio Programme, Grantee of Calouste Gulbenkian Foundation and supported by Camões Berlin.

According to the philosopher Jean-Luc Nancy, the technological dominion over the organic life has become the operational motif of Mankind in a process of “supplantation” and “supplementation”: a system where technology is built from raw material found in nature, while at the same time it changes severely the natural world. The screening sessions OUT OFF NATURE tackle this reality by asking two questions that – facing movements of endogenous or exogenous order – have become relevant in understanding our natural and technological contemporary condition: how does Earth’s geological materiality define the technical culture of media by the integration of mineral matter in some of its main devices?; And, how these same devices have been shaping our contemporary ways of seeing by raising new visualities and modes of representation brought about by the anthropocene? By focusing on some contemporary emergencies arising from the massive use of technology and its impact on the metabolic cycles of planet, this film selection addresses the environmental impact of the new media and its use of natural resources; the links between land resources, value systems created with European colonization and sociological, economic and political models of hypercapitalism; the historical and perceptive construction of gaze in a visual landscape dominated by the screen; the mass extinction of animal species in relation to image-capturing practices and scientific systems of visual depicting natural habitats; or, the relations between preservation, heritage, time, ecology and labour.

 Design:ATLAS Projectos

Institutional Partners:

Camões Berlin

Calouste Gulbenkian Foundation

Künstlerhaus Bethanien

Acknowledges:The artists, Galerie Imane Farès, Ana Patrícia Severino, Valeria Schulte-Fischdick, Christina Sickert, Künstlerhaus Bethanien, Margarida Abecassis, Fundação Calouste Gulbenkian, Curtas Metragens CRL (Portugal), Cláudia Pinto, Gonçalo Sena.

04.06.2019 | por martalanca | OUT OFF NATURE

Agora: dialogues autour des pratiques culturelles d’aujourd’hui

5 juin 2019 > 10h30 – 17h30 Fondation Calouste Gulbenkian – Délégation en France, 39 Boulevard de la Tour-Maubourg, 75007 Paris

Agora* est un espace de rencontre et de débat : une série de dialogues informels, avec des artistes et acteurs de champs divers (arts visuels, gestion culturelle, programmation, cinéma, édition, recherche) autour des pratiques culturelles les plus pointues entre le Portugal, la France et ailleurs.

Ben Russell Guillaume Mazeau Austerity Measures, 2007Ben Russell Guillaume Mazeau Austerity Measures, 2007

Agora est un moment de réflexion et de partage sur des processus de travail, des méthodologies d’enquête et expérimentales. Une invitation qui cherche à dessiner une nouvelle cartographie culturelle et à stimuler de nouvelles rencontres, une opportunité pour explorer des affinités et des influences réciproques et examiner possibles parallélismes thématiques, formels, méthodiques. 

* Agora c’est à la fois « maintenant » en portugais et le lieu de rassemblement social et politique de la cité grecque. 

Programme 

10h30 – 11h / Ouverture

11h – 12h

Françoise Parfait pour le collectif Suspended Spaces (collectif d’artistes et chercheurs) 

Tiago Hespanha pour le collectif Terratreme (collectif de cinéastes et producteurs)

« Problématiques de la production artistique collective »

> Discussion modérée par Alice Leroy.

12h – 13h

Wagner Morales (commissaire et artiste, La Maudite) 

Nataša Petrešin-Bachelez (commissaire, Contour Biennale) 

« Être commissaire indépendant aujourd’hui - défis et tendances »

> Discussion modérée par Lúcia Ramos Monteiro.

13h – 14h30 / Pause déjeuner

14h30 – 15h30

Federico Rossin (programmateur indépendant, critique) 

Raphaël Nieuwjaer (critique, revue Débordements)

« Engagements politiques par la programmation et la critique de cinéma »

> Discussion modérée par Mickaël-Robert Gonçalves.

15h30 – 16h / Pause café

16h Tables de travail collectives / Documentation disponible pour consultation, en présence des intervenants. Moment de discussion informelle avec le public.

17h30 / Clôture 

Biographies des participants

Françoise Parfait

Françoise Parfait est membre fondateur du collectif Suspended Spaces (2007), plateforme de recherche en arts qui s’intéresse à des espaces géopolitiques hérités de la modernité dont l’histoire et le devenir sont « incertains ». Critique, artiste, commissaire d’exposition et auteur de Vidéo : un art contemporain (Editions du Regard, 2001), elle est aussi Professeur à l’université de Paris 1 Panthéon Sorbonne, Centre Saint Charles, et responsable du Master Recherche Arts et Médias numériques.

Tiago Hespanha

Co-fondateur du collectif et société de production Terratreme filmes, créé en 2008 à Lisbonne par un groupe de jeunes cinéastes. Aujourd’hui, les films produits par Terratreme sont montrés dans les festivals de cinéma plus importants à l’international. Ils ont notamment réalisé et produit de manière collective le film L’Usine de Rien, en 2017. 

Réalisateur et producteur, Tiago Hespanha vit et travaille à Lisbonne. Diplômé en architecture de l’Université de Coimbra, il a obtenu un Master en Documentaire de Création, à Barcelone et suivi le cours de réalisation de films documentaires des Ateliers Varan. Il est professeur de réalisation du Master international en documentaire Docnomads et membre des Ateliers Varan.

Wagner Morales

Wagner Morales est artiste visuel, documentariste, chercheur et commissaire indépendant. Il est docteur en Études Cinématographiques et Audiovisuelles de l’Université Sorbonne Nouvelle, Paris. Il a été artiste résident au Fresnoy (Tourcoing), au Pavillon du Palais de Tokyo (Paris) et au Helsinki International Artist Programme (Finlande). Il a été l’un des commissaires de la 28ème Bienal de São Paulo, ainsi que co-fondateur de l’espace d’art indépendant La Maudite, à Paris. 

Raphaël Nieuwjaer

Raphaël Nieuwjaer est critique de cinéma. Il s’occupe depuis sa création en 2012 de la revue Débordements. Il a traduit Screening sex de Linda Williams (Capricci, 2014) et contribué à des ouvrages collectifs (Breaking Bad, Série Blanche ; Notre caméra analytique). Il est également chargé de cours à Paris et à Lille.

Nataša Petrešin-Bachelez

Nataša Petrešin-Bachelez est commissaire de la Contour Biennale 9 (Mechelen, Belgique, 2019) et prépare, avec Giovanna Zapperi, une exposition consacrée aux vidéos de l’actrice et militante féministe Delphine Seyrig. Son travail et ses écrits s’intéressent à des thématiques telles que les pratiques curatoriales situées, le féminisme transnational, l’écologie et la décroissance. Co-fondatrice et responsable du séminaire Something You Should Know à l’EHESS, avec Élisabeth Lebovici et Patricia Falguières, depuis 2006. Ces dernières années, elle a également été responsable de l’édition de L’Internationale Online (2014-2017) et du Manifesta Journal (2012-2014), co-directrice des Laboratoires d’Aubervilliers (2010-2012) et co-fondatrice de Cluster, un réseau européen d’institutions artistiques. 

Federico Rossin 

Federico Rossin est historien du cinéma, conférencier, formateur et passeur d’images. Il mène ses recherches dans le domaine du cinéma expérimental, documentaire et d’animation. Depuis 2007 il travaille comme programmateur indépendant pour de nombreux festivals et cinémathèques en Europe. Il intervient aussi dans des réseaux d’éducation populaire et dans des cadres universitaires.

Organisation

Catarina Boieiro – catarina.boieiro@gmail.com

Raquel Schefer – raquelschefer@gmail.com

Partenaires institutionnels

CEC/Universidade de Lisboa – CITCOM: Citizenship, 

Critical Cosmopolitanism, Modernity/ies, (Post)Colonialism

Hangar, Lisboa

  

 

03.06.2019 | por martalanca | agora, cinema, paris

NARRATIVAS AFRO-EUROPEIAS - Encontro Final

O projeto NARRATIVAS AFRO-EUROPEIAS convida para o seu Encontro Final, no dia 3 de Junho, com início às 14h30 e Palestra de Encerramento pelo Professor Boaventura Sousa Santos, pelas 17h30.    

Palestra de encerramento

Boaventura de Sousa Santos

Boaventura de Sousa Santos é  Doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale (1973) e Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Universidade de Wisconsin-Madison. Foi também Global Legal Scholar da Universidade de Warwick e Professor Visitante do Birkbeck College da Universidade de Londres. É Director do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa. De 2011 a 2016, dirigiu o projecto de investigação ALICE - Espelhos estranhos, lições imprevistas (ERC): definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do mundo.

Temas de pesquisa: Epistemologia, sociologia do direito, teoria pós-colonial, democracia, interculturalidade, globalização, movimentos sociais, direitos humanos. O seu trabalho tem sido publicado em português, inglês, italiano, espanhol, alemão, francês, chinês e romeno

Livros (Inglês)

- The End of the Cognitive Empire: The Coming of Age of Epistemologies of the South. Durham and London: Duke University Press, 2018.

- Decolonising the University. The Challenge of Deep Cognitive Justice. Newcastle upon Tyne: Cambridge Scholars Publishing, 2017.

- If God Were a Human Rights Activist. Stanford: Stanford University Press, 2015.

- Epistemologies of the South. Justice against Epistemicide. Boulder/Londres: Paradigm Publishers, 2014.

- The Rise of the Global Left. The World Social Forum and Beyond. Londres: Zed Books, 2006. Também publicado em chinês por Shanghai Bookstore Publishing House, 2013. (…)

Livros (português)

Na oficina do sociólogo artesão. Aulas 2011-2016. São Paulo: Editora Cortez, 2018.
Construindo as Epistemologias do Sul. Antologia. Vol I. Buenos Aires: CLACSO, 2018.
Construindo as Epistemologias do Sul. Antologia. Vol II. Buenos Aires: CLACSO, 2018.
O fim do império cognitivo. Coimbra: Almedina, 2018.
Pneumatóforo. Escritos Políticos, 1981-2018. Coimbra: Almedina, 2018.
- Esquerdas do mundo, uni-vos! São Paulo: Boitempo, 2018.
As bifurcações da ordem. Revolução, cidade, campo e indignação. Coimbra: Almedina, 2017.
A difícil democracia. Reinventar as esquerdas. São Paulo: Boitempo, 2016.
As bifurcações da ordem. Revolução, cidade, campo e indignação. São Paulo: Cortez, 2016.
-  A justiça popular em Cabo Verde. Coimbra: Almedina, 2015.
A justiça popular em Cabo Verde. São Paulo: Editora Cortez, 2015. 
O direito dos oprimidos. São Paulo: Editora Cortez, 2014.
O direito dos oprimidos. Coimbra: Editora Almedina, 2014.
A cor do tempo quando foge. Uma história do presente – crônicas 1986-2013. São Paulo: Editora Cortez, 2014.
- Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos. Coimbra: Editora Almedina, 2013.
- Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos. 
São Paulo: Cortez Editora, 2013.

- Pela mão de Alice. O social e o político na pós-modernidade - 9ª edição, revista e aumentada. Coimbra: Almedina, 2013. Também publicado no Brasil, pela Editora Cortez (14ª edição, revista e aumentada).  

Lançamento do livro 

Afropean. Notes From Black Europe (Penguin, UK)

Um livro de viagem e fotografia que revela o continente europeu a partir de um conjunto de comunidades de origem africana, de Lisboa a Moscovo, passando Paris, Estocolmo, etc…O livro será publicado pela Editora Penguin, no Reino Unido, a 6 de junho.

Johny Pitts  é editor da AFROPEAN. Adventures in Black Europe. uma das mais influentes plataformas da cultura afrodescente na Europa.É atualmente colaborador da BBC, tendo trabalhado durante dez anos em televisão como escritor e apresentador, na MTV, Sky One, ITV, Channel 4 e Discovery Channel. É também um autor publicado e premiado (Decibel Penguin Prize para jovens escritores).

30.05.2019 | por martalanca | Boaventura Sousa Santos, NARRATIVAS AFRO-EUROPEIAS

Cinema elemental: da imagem alquímica ao ecofeminismo

Barbara Hammer 'Women I Love', 1976. Cortesia EAIBarbara Hammer 'Women I Love', 1976. Cortesia EAI

Com início dia 8 de Junho, às sextas-feiras e sábados, sempre às 18h00, este programa de filmes aborda a relação do humano com a dimensão sensual e íntima do domínio material. 

Apresentando uma diversidade de experiências com imagem em movimento, os trabalhos em vista revelam preocupações ecológicas – aplicando técnicas alternativas de processamento de celulóide, que envolvem agentes como fungos ou vegetais –, além de incluírem o ponto de vista do não-humano, testando os limites do olhar da câmara e desafiando o nosso posicionamento em relação ao mundo.

Com foco em cineastas femininas, as obras selecionadas fazem uma ponte entre o conhecimento sensorial e pragmático do mundo, contando com reflexões sobre a geopoética, o ecofeminismo e a ficção especulativa, colocando ênfase no debate corrente sobre as nossas ideações materiais.

Com Alexandra Navratil, Ana Vaz, Arjuna Neuman, Denise Ferreira da Silva, Barbara Hammer, Beatriz Santiago Muñoz, Cem Raios T’Abram, Cherry Kino, Deborah Stratman, Gunvor Nelson, Jennifer Reeves, Mariana Caló, Francisco Queimadela, Mónica Baptista, Schmelzdahin, Stan Brakhage, Von Calhau!

Muitas das sessões têm a presença dos cineastas, segue o programa completo em anexo e também neste link.

Teremos também disponíveis passes acessíveis para todo o ciclo (7 sessões) a 15euros (para aquisição até dia 5 de Junho).

29.05.2019 | por martalanca | Ecofeminismo

Refugees for refugees band

(Síria/Tibete/Paquistão/Iraque/Afeganistão/Bélgica)

Reúne músicos reconhecidos da Síria, do Tibete, do Paquistão, do Iraque, do Afeganistão e da Bélgica, unidos pelo desejo de tecer ligações entre a sua música. O grupo desenvolveu um repertório original na encruzilhada das suas diferentes tradições. Após dois anos de colaboração, este segundo álbum inicia um novo capítulo na história dos Refugees for Refugees. Representa a reconstrução, a energia nova necessária para mapear uma nova trajetória depois de ter sido desenraizada. Derrubando barreiras musicais, o grupo oferece um rico cardápio de sons, de canções populares afegãs ao refinamento da tradição clássica de Aleppo e Bagdad, através da força pura dos cânticos nómadas tibetanos, da leveza dos sons do Sarod paquistanês, das subtilezas do oud turco e da percussão oriental.

27.05.2019 | por martalanca | refugiados

Encontro com o escritor Amosse Mucavele - Feira do Livro

Conversa sobre o processo de criação literária em residência. A cultura e literatura moçambicanas. A lusofonia e a importância da leitura. A mobilidade da língua portuguesa. Moderado por Marta Lança (editora da revista Buala) I 89a Feira do Livro de Lisboa Stand BLX – Bibliotecas de Lisboa I 30 maio | 19h

Amosse Mucavele é o escritor vencedor da primeira edição da Residência Literária em Lisboa, criada ao abrigo do protocolo de cooperação celebrado entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Camões – Centro Cultural Português em Maputo.

Nota Biográfica: Amosse Mucavele nasceu em 1987 em Maputo, Moçambique, onde vive. Poeta e jornalista cultural, coordenador do projeto de divulgação literária “Esculpindo a Palavra com a Língua”, foi chefe de redação de “Literatas – Revista de Literatura Moçambicana e Lusófona”, diretor editorial do Jornal O Telégrafo, Editor Chefe do Jornal Cultural Debate, Editor de Cultura no Jornal ExpressoMoz, Colaborador do Jornal Cultura de Angola e Palavra Comum da Galiza – Espanha. É membro do Conselho Editorial da Revista Mallarmargens (Brasil), da Academia de Letras de Teófilo Otoni (Brasil) e da Internacional Writers Association (Ohio – USA). Representou Moçambique na Bienal de Poesia da Língua Portuguesa em Luanda (2012), nas Raias Poéticas, Vila Nova de Famalicão (2013), no Festival Internacional de Poesia de Córdoba (2016) e em 2017 participou numa série de atividades em Portugal, nomeadamente: IV Festival Literário da Gardunha, no Fundão; VI Encontro de Escritores Lusófonos no âmbito da Bienal de Culturas Lusófonas, Odivelas; Conversa sobre a poesia moçambicana, no Centro Intercultura Cidade, Lisboa; Palestra na Universidade de Lisboa, entre outras. Com textos publicados em diversos jornais do mundo lusófono, publicou os livros: “A Arqueologia da Palavra e a Anatomia da Língua – Antologia Poética”, Revista Literatas, 2013 (coordenação) e “Geografia do Olhar: Ensaio Fotográfico Sobre a Cidade” (editora Vento de Fondo, Córdoba, Argentina, 2016), livro premiado como Livro do Ano do Festival Internacional de Poesia de Córdoba; no Brasil (Dulcineia Catadora Edições, Rio do Janeiro, 2016); em Moçambique (Cavalo do Mar, Maputo, 2017).

24.05.2019 | por martalanca | Amosse Mucavele, literatura, Moçambique

Antropologia em Moçambique

19 de Junho, 17h Auditório Sedas Nunes (ICS-ULisboa)Entrada LivreMetro: ENTRECAMPOS

A projecção do documentário Junod, realizado por Camilo de Sousa, é o mote para discutir a história da antropologia em Moçambique. O documentário retrata a vida e obra do suíço Henri-Alexandre Junod (1863-1934), missionário protestante que desenvolveu múltipla actividade: foi antropólogo, linguista, fotógrafo, entomologista e escritor de ficção. Filmado em Moçambique e na África do Sul, países onde Junod viveu, acedemos ao seu retrato através de intelectuais, seguidores e descendentes deste pensador e pioneiro da botânica e entomologia, que situam a diversidade e especificidades do seu trabalho.
A projecção é seguida por uma conversa entre Camilo de Sousa, realizador, Matheus Serva Pereira, investigador especializado em História social da África e Paulo Granjo, antropólogo.
Junod foi produzido em 2006, Moçambique/África do Sul, 46 min. Ganhou o prémio FUNAC no DocKanema. Mais detalhes sobre o filme aqui.

Ciências Sociais e Audiovisual explora o valor analítico e metodológico das imagens em movimento para o trabalho desenvolvido por cientistas sociais. Mais informações sobre o ciclo aqui. Organização: Francesco Vacchiano, Inês Ponte, Mariana Liz, Pedro Figueiredo Neto, Paulo Granjo ICS-ULisboa: R. Prof. Anibal Bettencourt, 9

 

22.05.2019 | por martalanca | antropologia, Moçambique

Mauritania: Bloggers languish in detention two months after their arrest for condemning corruption

Authorities in Mauritania must immediately and unconditionally release two famous bloggers who have been in detention for two months solely for posting on Facebook about alleged corruption in the country, Amnesty International said today.

Abderrahmane Weddady Abderrahmane Weddady Cheikh Ould Jiddou and Abderrahmane Weddady were arrested on 22 March by the Economic Crimes Unit in Mauritania’s capital Nouakchott, charged with ‘malicious accusation’, and detained at the central prison. Their national ID cards and passports were also confiscated by the authorities.

“Weddady and Ould Jiddou are known for their blog posts denouncing human rights violations and have inspired other young people across the country to exercise their right to freedom of expression including online,” said Kiné Fatim Diop, Amnesty International’s West Africa Campaigner.

“Their unlawful detention shows that the Mauritanian government is determined to crush dissent and use charges of ‘’malicious news’’ against perceived critical voices in the country. Two months after their arrest, Weddady and Ould Jiddou are still languishing in detention, and we are calling for their immediate and unconditional release.”

Weddady and Ould Jiddou criticized government alleged corruption in Facebook posts. Their allegations were based on media articles stating that the United Arab Emirates (UAE) had frozen around 2 billion US dollars in bank accounts belonging to individuals close to Mauritanian officials. They were first questioned as witnesses by the Economic Crimes Unit on 7 March, following a call for a judicial inquiry into corruption allegations. They were then arrested on 22 March. Three days later police searched their houses without presenting a warrant and seized Weddady’s computer.

“The Mauritanian authorities should be opened to debates, and criticism from human rights defenders, activists and journalists. Respect for and protection of the right to freedom of expression should be a priority for the authorities, ahead of a Presidential election next month,” said Kiné Fatim Diop.

“We are urging the authorities to release Weddady and Ould Jiddou and respect their rights to peacefully express their opinions.”

Background According to one of Weddady and Ould Jiddou’s lawyers, the Mauritanian Supreme Court refused the lawyers’ request to annul the opening of the procedure and rejected the bail request submission.  A new bail application was reintroduced on 13 May. In a statement published on 22 March the Prosecutor denied media reports of corruption.

 

 

21.05.2019 | por martalanca | Abderrahmane Weddady, mauritania

As Linhas da Terra: Percursos geofilosóficos e geopoéticos no Antropoceno

A língua filosófica e a língua poética podem falar a partir da Terra sem estabelecerem aí morada fixa. Formuladas a partir dela, formaram variantes e entrelaçamentos da linguagem em movimento, uma língua que percorre a terra e aí vai deixando rastos e alguns sulcos. Mas se formos verificar o modo como foi integrado e cultivado esse verbo planetário, a sua transmissão, a sua retórica, o modelo arquitectónico do seu desenvolvimento e o seu arquivo, encontraremos, frequentemente no caso da filosofia, mas a que a literatura não é estranha, categorias e formas que confundem o discurso sobre o mundo e as vozes que podem ser escutadas por intermédio do mundo. Tudo isto fixa a nossa ideia deste e vem pesar à Terra. A língua que passa pelo mundo, traçando nela linhas, é uma língua aberta à polifonia que aí ecoa. É atravessada pela polifonia dos elementos que se movem incessantemente. A polifonia das expressões de milhares de culturas humanas. E a polifonia dos inúmeros seres que vivem connosco. Todas essas vozes – que chegaram a participar da língua aqui evocada – entraram hoje em tumulto enquanto outras foram silenciadas definitivamente. É aquilo a que os humanos chamam o Antropoceno, a Era em que o homem põe fim à diversidade das expressões do mundo teorizando ao mesmo tempo a sua própria supremacia. Cada linha traçada na terra é a marca de uma vida comum e passante. Todos estamos na Terra, mas a consciência dessa situação pode aí ser escutada pelo nomadismo assumido por um corpo ou pela palavra que prolonga esse movimento. 2 A todos os participantes é pedido um certo percurso, partindo de alguma posição na Terra e, daí, traçando linhas que atravessarão as demarcações estabelecidas por esquemas de pensamento. Este encontro é também uma homenagem ao poeta, escritor e pensador Kenneth White, criador da Geopoética, propondo um exercício de escuta e expressão em comum com uma variante possível desta língua, a Geofilosofia. Nem o filósofo está liberto do que de poético lhe trazem as vozes intratáveis da Terra, nem o poeta se encontra dispensado dos saberes inteligíveis ou da reflexão epistémica que o seu ofício contém. «Espaço», «energia» e «luz» são, segundo o próprio, três palavras-chave deste autor. Sabendo de que modo a civilização recorreu a elas, a pergunta pertinente não será tanto a de saber o que fizemos delas e das forças que lhes estão associadas, uma história dos equívocos que nos dispensaram do planeta, mas antes aquela que se questiona sobre o que nelas permanece ignorado, votado à inutilidade e, ainda assim, indispensável a uma vida que se redescobre inteira nesta Terra.

Data: 21 e 22 de Maio Local: Anfiteatro III da FLUL

21-22 May 2019 | Amphitheatre III (School of Arts and Humanities – University of Lisbon)

KEYNOTE SPEAKER Kenneth White

ORGANIZING COMMITTEE

Paulo Borges

Paula Morais

Eduardo Jordão

Marco Martins

SCIENTIFIC COMMITTEE

Viriato Soromenho-Marques

Paulo Borges

Jorge Leandro Rosa

 

 

 

 

20.05.2019 | por martalanca | antropoceno, conferência, terra

Werkleitz Festival Model an Ruin

2019 Werkleitz Festival Model an Ruin as apart of the Bauhaus Centenary Celebration. Ângela Ferreira will participate with the project Zip Zap Circus School and a new sculpture inspired by the Kiosk of Ludwig Mies Van Rohe.on 25 May, Dessau 


20.05.2019 | por martalanca | ângela ferreira

Comemorações do dia de África: A Mulher nas lutas de libertação em África

24 de Maio Sala B1, Biblioteca da Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa 15:00 - 19:00

Mesa-redonda sobre A Mulher nas lutas de libertação em África No âmbito das actividades que assinalam as comemorações do 20º Aniversário do CEC (1999-2019) e das comemorações do Dia de África (25 de Maio) na FLUL, esta actividade visa debater a participação das mulheres nas lutas de libertação nos cinco países africanos de língua oficial portuguesa.

Participantes: Maria Paula Meneses (CES/FEUC- UCoimbra),Rosa Cruz e Silva (Universidade Agostinho Neto, Angola), Margarida Paredes (ISCTE/CRIA), Odete Costa Semedo (Universidade Amílcar Cabral, Guiné-Bissau), Vera Duarte (Academia Cabo-verdiana de Letras), Maria Maomé Smith (ONG Men Non, São Tomé e Príncipe) Discussant: Inocência Mata (CEC/CHUL) Moderação: José da Silva Horta (CHUL) OrganizaçãoCEC – Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

  •  
  • [Projectos Discursos Memorialistas e a Construção da História (CITCOM) e GENORE – Género, Normatividade, Representações (MORPHE)],CHUL – Centro de História da Universidade de Lisboa, Curso de Estudos Africanos-FLUL.
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25 de Maio Anf. III, Biblioteca da Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, 11:00 – 12.30

Palestra sobre O lugar da língua portuguesa na Guiné-Bissau Profa. Doutora Odete Costa Semedo (Universidade Amílcar Cabral, Guiné-Bissau)

 

20.05.2019 | por martalanca | independência, mulheres, mulheres na luta armada em Angola

Mostrar ou não mostrar, eis a questão - Censura e Sexualidade no Cinema. Curso de Verão

Mostrar ou não mostrar, eis a questão - Censura e Sexualidade no Cinema Início: 8 de julho

Datas: 8 a 12 de julho | dias úteis das 18h00 às 21h00

Docente Responsável: Bruno Marques

Docentes: Ana Bela Morais, Bruno Marques e Érica Faleiro Rodrigues

Áreas: História da Arte e Estudos Artísticos

 

As recentes polémicas em torno da censura – em museus, na imprensa, etc. – têm-se estendido também ao cinema. Pela sua reverberação histórica, estas têm gerado acesos debates na praça pública. Posições dividem-se entre a defesa da liberdade de expressão e os chamados “valores de decência”. O nexo Sexualidade e Censura surge assim como oportuno ponto de partida para repensar, retrospetiva e prospetivamente, muitas das tensões e dos paradoxos que caracterizam esta temática. Ao longo deste curso, pretendemos mostrar como a censura ao erotismo e à sexualidade influenciou a criação, circulação, exibição e interpretação de obras cinematográficas desde o seu nascimento até à década de setenta, influência esta que deixou marcas até à atualidade.

Programa Apresentando uma visão que passa por unidades abertas a uma panorâmica alargada do plano internacional, e unidades com um foco mais particular e específico no contexto Português, este curso propõe uma análise da censura ao cinema desde o cinema mudo até aos anos setenta:

(1) do início da história do cinema ao Código Hayes, na sua estrita relação com as profundas mudanças ao nível da revolução dos costumes na cultura popular;

(2) sobre o papel que o cinema experimental assume enquanto força transgressiva e de contracultura;

(3) sobre a forma como no Portugal marcelista estas mudanças foram sentidas, filtradas e cerceadas, nomeadamente através da existência de uma Comissão de Censura, que revia todos os filmes, nacionais e estrangeiros, antes de serem exibidos em território nacional;

(4) sobre a revolução de 1974 e o fim da censura estatal ao cinema em Portugal.

Neste contexto, procurar-se-á compreender de que forma, e por que razões, excertos, e até filmes inteiros, terão sido, em diferentes contextos e momentos, objecto de interdições. Para tal, abordar-se-ão os seguintes temas: as persistências vindas das antigas ortodoxias dominantes (a moral religiosa, o primado da procriação, o modelo social patriarcal, o controlo da comunidade); as conceções em torno da plasticidade ou maleabilidade das identidades sexuais; as contestações dos padrões de normalidade; os incentivos sociais a um experimentalismo sexual mais igualitário e liberto de preconceitos; a “revolução sexual”, a emancipação da mulher e os movimentos queer no cinema; as representações de práticas sexuais interditas, previamente marginalizadas e de carácter panfletário anti-homofóbico, como posição política em defesa da identidade queer; a objetificação da mulher dentro das estruturas capitalistas.
As aulas serão constituídas por apresentações expositivas, pela projecção de imagens e filmes e pelo debate com os alunos.

Aula 1: Cinema, Censura e Revolução dos Costumes
• O que é censurar?
• Censura institucional, censura social e auto-censura
• Liberdade de expressão: o direito de ofender e seus limites
• Cinema e arte, erotismo e pornografia, quais as fronteiras?
• “O pessoal é o político”

Objetivos: Enquadrar histórica e conceptualmente o tema em estudo
Duração: 3 horas

Aula 2: Da Censura no Cinema Primitivo ao Hayes Code
• O cinetoscópio e os primeiros beijos
• Transgressão e censura no cinema mudo
• Sexualidade e violência nas décadas que precedem o código Hayes
• O que foi e o porquê do código Hayes? Qual o seu impacto?

Objetivos: Compreender etapas importantes da história da censura ao cinema, num contexto internacional.
Duração: 3 horas

Aula 3: Art (core): A Vanguarda e o Corpo Fílmico.
• A cena nova-iorquina da década de 1960
• Os clássicos do Underground
• Os cineastas do Cinema of Transgression
• A Cultura Alternativa Queer.

Objetivos: Compreender a forma como, através do corpo explícito no género do filme experimental, alguns cineastas quebraram tabus e a censura da cultura popular nos Estados Unidos
Duração: 3 horas

Aula 4: Censura ao Erotismo no Cinema Durante o Período Marcelista
• “Primavera marcelista”: abertura dos critérios da Comissão de Censura aos filmes? A censura ao corpo nu e as cenas eróticas.
• Qual o tema mais censurado: o erotismo ou a violência?
• Censurados e proibidos: alguns exemplos concretos de filmes nacionais e estrangeiros
• Análise da evolução do sistema censório aos filmes no período do governo de Marcello Caetano (1968-1974)

Objetivos: Compreender o modo como os filmes eram censurados pela Comissão de Censura na época de Marcello Caetano (1968-1974), incidindo nos cortes respeitantes ao erotismo
Duração: 3 horas

Aula 5: Portugal Revolucionário, da Censura à Legislação
• Como acabou a censura em Portugal
• 74-76: anos de transgressão e cinema pornográfico?
• Produção e Exibição: comparação entre a transição democrática Portuguesa e a Espanhola.
• Os principais debates à volta da lei do cinema: censurar e legislar, que diferenças?
• O cinema dos anos 70 que reflecte sobre a censura

Objetivos: Mapear e analisar o período desde o fim da censura, com a revolução de 1974, até ao aparecimento da legislação para a exibição de cinema em Portugal em 1976.
Duração: 3 horas

 

 

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Bibliografia

DURAND, Pascal. La censure invisible. Paris : Actes Sud, 2016. // LEWIS, Jon, Hollywood V. Hard Core: How the Struggle Over Censorship Created the Modern Film Industry, NYU Press, 2000

BUSTARRET, Claire ; VIOLLET, Catherine. Génèse, censure, autocensure. Paris : CNRS, 2005

BILTEREYEST, Daniel and WINKEL, Roel Vande (eds.), Silencing Cinema_ Film Censorship around the World, Palgrave Macmillan US, 2013

CABRERA, Ana (Coordenação), Censura Nunca Mais - A Censura ao Teatro e ao Cinema no Estado Novo, Aletheia, 2013

MORAIS, Ana Bela, Censura ao Erotismo e Violência - Cinema no Portugal Marcelista (1968-1974), Húmus, 2017

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Ana Bela Morais é investigadora contratada de pós-doutoramento, com o projeto Cinema e Censura: amor e violência em Portugal e Espanha (1968-1974), no cluster DIIA (Diálogos Ibéricos e Ibero-americanos), do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Tem o doutoramento em Teoria da Cultura subordinado ao tema: Processos de cicatrização: qual a profundidade das feridas? Uma leitura de sete filmes contemporâneos. Entre outras publicações, nacionais e internacionais, publicou um livro pelos Livros Horizonte (2008) que resultou da sua dissertação de Mestrado: Virgílio Ferreira. Amor e Violência e outro, pelas Edições Húmus (2017), que corresponde à sua investigação de Pós-doutoramento: Censura ao Erotismo e Violência. Cinema no Portugal Marcelista (1968-1974). Leciona a disciplina Cinema e Literatura na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Bruno Marques é investigador contratado de pós-doutoramento no Instituto de História da Arte da NOVA FCSH, onde coordena o cluster Photography and Film Studies. Foi Professor Auxiliar Convidado na FSCH (2016-2017), no ISCE (2010-2015) e na ESAD.CR (2014). Autor do livro Mulheres do Século XVIII. Os Retratos. Coordenou os livros Sobre Julião Sarmento e Arte & Erotismo. Entre outros projetos editoriais, co-editor do número especabial SEX AND CENSORSHIP IN ART da Revista de História da Arte. Co-coordenou as conferências internacionais Arte e Erotismo (NOVA FCSH, 2012), Tempos e Movimentos da Imagem (FCSH e ESAD.CR, 2018) e Whats love got to do with it? Performance, Affectivity, Intimacy (Culturgest, 2019). Autor de vários capítulos de livros e artigos científicos em revistas académicas nacionais (Revista de História de Arte, Aniki, Cultura, Convocarte) e internacionais (Photographies, Philosophy of Photography, RIHA Journal, Quintana e MODOS).

Érica Faleiro Rodrigues é licenciada em Realização para Cinema pela University of the Arts, London. Mestre na área das Ciências da Comunicação por Goldsmiths College e doutoranda em Cinema Português por Birkbeck College, com o projeto de tese Women in Portuguese Cinema Before and After the Revolution: Representation and Reality. É investigadora associada do Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa. O impacto social do seu trabalho como realizadora granjeou-lhe uma Skillset Millennium Fellowship do governo britânico pela realização de documentários sobre o papel da arte na vida de refugiados. Lecionou, como Associate Tutor da University of London, na cadeira de Desenvolvimento de Pensamento Crítico Académico e como professora convidada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na cadeira de Práticas Cinematográficas. É co-editora do futuro número temático da Revista de História da Arte do IHA da FCSH, número este dedicado ao tema Censura e Arte.

 

19.05.2019 | por martalanca | cinema, sexualidade

Coleção Cinemas Pós-coloniais e Periféricos

O primeiro volume da Coleção Cinemas Pós-coloniais e Periféricos, organizado por Michelle Salles, Paulo Cunha, Liliane Leroux, acabou de ser lançado no evento anual da AIM, Associação de Investigadores da Imagem em Movimento. Reúne aqui um grupo de pesquisadores que, no último encontro da Socine em 2018, pensou, de forma bem geral, novos agenciamentos da imagem e a potência de um cinema feito nas margens, a partir de deslocamentos, diásporas e novas disputas em torno do protagonismo daquele que narra/fala “com o outro”, “a partir do outro” e “ao lado do outro”. link para download gratuito 

 

17.05.2019 | por martalanca | cinema, pós-coloniais