“A identidade multicultural da Índia”

“A identidade multicultural da Índia”   A que Índia nós devemos referir quando tentamos apresentá-la? Um poder global do século XXI ou um país pobre em vias de desenvolvimento? Uma economia baseada na tecnologia de ponta ou numa agricultura de subsistência? Um estado liberal secular ou uma sociedade profundamente religiosa? Uma civilização antiga e tradicional ou uma cultura que está a tornar-se cada vez mais moderna? As possibilidades são muitas e é nelas que residem os desafios a uma investigação no domínio das humanidades e das ciências sociais.

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14.08.2012 | por Shiv Kumar Singh

A dádiva no contexto de filme documental

A dádiva no contexto de filme documental “o actor da dádiva não postula o controlo ou a redução das incertezas a seu favor, ele cria-as permanentemente e implica-se nelas, sujeitando-se aos seus custos e riscos. É que a principal aspiração do doador não é que o retorno – relativo à sua dádiva – seja o mais mecânico e garantido, mas que seja, sobretudo, um retorno livre, logo incerto e inseguro. É na base deste tipo de troca livre e incerta, permanentemente renovada, que emerge, se reproduz, e se consolida, horizontal e verticalmente, a coesão social primária e derivadas, a macro coesão estatal e a micro coesão mercantil.”

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13.08.2012 | por Rita Brás

A Rainha Nzinga Mbandi. Historia, Memoria e Mito

A Rainha Nzinga Mbandi. Historia, Memoria e Mito Dona Ana de Sousa ou Ngola Ana Nzinga Mbande ou Rainha Ginga (c. 1583 — Matamba, 17 de dezembro de 1663) foi uma rainha ("Ngola") dos reinos do Ndongo e de Matamba, no Sudoeste de África, no século XVII. O seu título real na língua quimbundo - "Ngola" -, foi o nome utilizado pelos portugueses para denominar aquela região (Angola).Warrior Queen, uma das Soberanas que marcou, indelevelmente, a evolução de África mercantilizada, tornando-se uma personagem de referência nas letras e artes assim que nas ciências humanas e sociais da Europa ocidental, logo no século XVIII; uma tradição mítica nas comunidades afro-americanas e afro-caribenhas.

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08.08.2012 | por colectivo

O Crioulo como Estratégia de Desenvolvimento

 O Crioulo como Estratégia de Desenvolvimento Será essencial para o desenvolvimento dos países africanos, a afirmação do crioulo enquanto língua oficial? Sim! Mas para isso, é necessário dar ao conceito de desenvolvimento um novo entendimento (dentro de uma perspectiva da ciência económica ocidental, e que já esta incorporado noutras ciências sociais), encarando-o simplesmente como o processo em que as pessoas ganham controlo sobre as suas próprias vidas.

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02.08.2012 | por Catarina Laranjeiro e Jorge Filipe

A Estética do Terreiro

A Estética do Terreiro Com a proposta de se vislumbrar a materialidade dos “encantados” nos Pajés de Negro, religião praticada na Baixada Ocidental, borda oeste do Maranhão, nordeste do Brasil, este projeto retratou parte da vida material de entidades espirituais conhecidas sobretudo pelas práticas de cura. Tais práticas, ao contrário de outras manifestações religiosas, como o Candomblé, possuem um panteão de divindades (encantados), de origem “cabocla” (da mata, das águas doce ou salgada).

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28.07.2012 | por Ana Stela Cunha e Márcio Vasconcelos

Yuri da Cunha. O choro do semba que virou alegria

Yuri da Cunha. O choro do semba que virou alegria Yuri da Cunha vai conquistar o mundo à moda angolana – com música cheia de balanço, com cores e “griffes” da moda, com histórias do povo, com passadas arriscadas mas severas, com um pouco de “banga” (estilo) e uma pausa muito própria. Yuri da Cunha – que em criança chorava ao ouvir semba - é isto tudo. Angola também.

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24.07.2012 | por Miguel Gomes

Artistas acusam Governo islamista de jogar "o jogo de Ben Ali, o jogo do medo"

Artistas acusam Governo islamista de jogar "o jogo de Ben Ali, o jogo do medo" Salafistas ofendidos destruíram obras nas ruas de Tunes e um imã apelou à morte dos "descrentes". Houve tumultos e centenas de feridos. A arte serve para "ser bonita", diz o ministro da Cultura.

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22.07.2012 | por Sofia Lorena e Cláudia Sobral

Entrevista a Tahar Ben Jelloun, "Um livro sobre o amor pode ser político"

Entrevista a Tahar Ben Jelloun, "Um livro sobre o amor pode ser político" É ao mesmo tempo marroquino e francês. Escreve em língua francesa e olha hoje para as transformações sociais e culturais nos países na Primavera Árabe. E espera da nova França uma postura diferente em relação às ditaduras. Com os seus dois passaportes e a crença no papel de escritor "que critica, denuncia, intervém", Tahar Ben Jelloun esteve no fim de Junho na Fundação Calouste Gulbenkian para dar uma conferência onde se propôs "explicar a Primavera Árabe". Convidado para participar no programa Próximo Futuro, que este ano se centra no Norte de África em revolução, Ben Jelloun veio também apresentar o livro “O Primeiro Amor É Sempre o Último”, de 1995 (lançado agora pela Quidnovi). Falou-nos dos islamistas que "se aproveitaram das revoltas", das mulheres do seu país de nascimento, Marrocos, que aproveitam novas leis para "recuperarem as suas liberdades" e das suas expectativas face à "nova França", país que fez seu.

Cara a cara

20.07.2012 | por Sofia Lorena

Transpor as fronteiras da música: I hate world music

Transpor as fronteiras da música: I hate world music Detesto a world music. Essa é provavelmente uma das perversas razões por que me pediram para escrever sobre o tema. Trata‐se de um chavão amplo que se refere à música não ocidental de todo e qualquer género, desde a música popular à música tradicional e até à música clássica. É uma categoria pseudomusical e de marketing e um nome que designa uma prateleira na loja de discos onde se encaixa tudo o que não cabe em qualquer outro ponto da loja.

Mukanda

20.07.2012 | por David Byrne

A música do mundo é maior que a world music

A música do mundo é maior que a world music A world music é, portanto, um paradoxo contemporâneo: um mundo heideggeriano, onde todos somos vítimas e algozes, controlados e controladores. Sem nos darmos conta disso, trabalhamos para a unidade do planeta e, vice-versa, para o crescimento e a proliferação da diversidade local, que se afirmam em múltiplas minirrealidades espalhadas como poeira em todo o globo.

Mukanda

20.07.2012 | por Gilberto Gil

Entrevista a Daoud Aoulad Syad sobre o filme 'A Mesquita' (A Jamaâ)

Entrevista a Daoud Aoulad Syad sobre o filme 'A Mesquita' (A Jamaâ) Como cenário construiu-se, em Marrocos, uma mesquita que deve ser destruída no final da rodagem. No entanto, os vizinhos da zona começam a utilizá-la e querem que perdure, apesar de não cumprir com as normas básicas da arquitectura islâmica. Com esta anedota real, o director decide rodar uma história de ficção utilizando imagens documentais para tratar, com humor, questões importantes para toda a comunidade.

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19.07.2012 | por Olivier Barlet

"A música africana, ou lá o que isso é, vai ter mais protagonismo internacional", entrevista a Benjamin Lebrave

"A música africana, ou lá o que isso é, vai ter mais protagonismo internacional", entrevista a Benjamin Lebrave Visitou estúdios nos musseques, conversou com produtores para alimentar a sua Akwaaba Music, uma plataforma digital que se dedica à música africana e cultura pop, dando visibilidade aos fenómenos de música que carecem de estrutura para chegar mais longe. Nos últimos 3 anos, Lebrave editou mais de 70 artistas de 15 países africanos e tem vindo a desenvolver uma rede global que abrange a produção de conteúdos, distribuição digital, marketing e licenciamento.

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11.07.2012 | por Marta Lança

Fronteira de amor e ódio

Fronteira de amor e ódio Em 2008 eclodiu inesperadamente na África do Sul, país que acolhe um grande número de emigrantes dos países vizinhos, uma onda de Xenofobia contra estes. Cerca de 50 pessoas foram mortas e milhares ficaram feridas entre as quais moçambicanos. Milhares de estrangeiros viram os seus familiares agredidos e mortos, as suas casas e bens queimados e foram obrigados a fugir sem nada. Este documentário relata a história dramática de três destas pessoas que regressaram à sua terra natal fugindo da violência.

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10.07.2012 | por Camilo de Sousa

O que significa ser documentarista africana num meio cinematográfico amplamente dominado por homens?

O que significa ser documentarista africana num meio cinematográfico amplamente dominado por homens? As mulheres documentaristas, na maioria, têm-se revelado engajadas. Existem inúmeros obstáculos para os documentaristas africanos, que se prendem com o desenvolvimento dos países africanos, entre outros, a fraca industrialização, a má governação, a alta taxa de desemprego, a falta de infra-estruturas, a persistente pobreza. A crise financeira mundial dos últimos anos apenas agudizou a situação destes cineastas que vivem, actualmente, muitos problemas para trabalhar.

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10.07.2012 | por Soxna Amar

BAB SEBTA, mudar a percepção das migrações, entrevista a Pedro Pinho

BAB SEBTA, mudar a percepção das migrações, entrevista a Pedro Pinho "O filme é sobre a espera, sobre os tempos de espera. Se pode haver diferenças entres as acções das pessoas de cá e as pessoas de lá, a espera permite-nos reconhecer uma unidade e uma semelhança. Por definição, quando esperamos estamos dependentes de alguma coisa exterior que não controlamos e de que estamos dependentes e esse estado de vulnerabilidade é universal. O quotidiano da espera é comum a todas as pessoas do mundo e facilmente reconhecível e identificável." Pedro Pinho

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10.07.2012 | por Marta Lança

Sentir a Dança

Sentir a Dança Nos próximos dias 23 e 24 de Junho vai apresentar-se o espetáculo Matriz – espaço onde os sentimentos persistem, no Auditório Eunice Muñoz. Um espetáculo resultante de um projeto novo que coloca em diálogo culturas e interpretações estéticas da vida. A não perder.

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23.06.2012 | por Cátia Miriam Costa

Sinais de fogo ardem na nova literatura cubana

Sinais de fogo ardem na nova literatura cubana Há mais para além da tríade “sexo, palmeiras e regime” quando se fala de literatura em Cuba. E os escritores só querem fugir desses clichés.

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22.06.2012 | por Raquel Ribeiro

“A voz underground”, por Reem Kassem (Egipto)

“A voz underground”, por Reem Kassem (Egipto) Reem Kassem é uma jovem mulher muito determinada. Aproximadamente um mês após a revolução do ano passado no Egipto, quando as principais preocupações das autoridades eram paz e ordem nas ruas, Reem convenceu os militares em Alexandria a autorizar um festival de música ao ar livre, que juntou dezenas e dezenas de voluntários, desde as pessoas que pintaram o palco num dos parques abandonados da cidade aos músicas que actuaram. Poderia ouvi-la contar a história das suas negociações com os militares vezes sem conta. Desde então não tem parado e tenho a certeza que o seu papel será determinante para o futuro do sector cultural no Egipto.

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20.06.2012 | por Maria Vlachou

Lisboa Mestiça, de José Manuel de S. Lopes, João Vilhena e Vitor Belanciano

Lisboa Mestiça, de José Manuel de S. Lopes, João Vilhena e Vitor Belanciano Um dia na cidade de Lisboa. Do nascer do dia à noite e os lugares mágicos da cidade, cheios de história e prontos a receber novas memórias. O nascimento, o casamento, a refeição, a morte, actos principais e comuns à humanidade, aqui observados nas várias comunidades imigrantes de Lisboa, fragmentos da história diária.

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20.06.2012 | por José Manuel de S. Lopes

Sérgio Afonso, o rapaz da câmara fotográfica

Sérgio Afonso, o rapaz da câmara fotográfica A produtora de que faz parte, a enérgica Geração 80, nasce numa ótima altura: “o mundo está em crise, o dinheiro cada dia mais difícil para alguns, e a tecnologia cada dia mais acessível a todos.” Não depender de investimentos milionários para poder trabalhar na área, ser possível filmar com uma máquina fotográfica são vantagens dos nossos dias que descomplicam. Sérgio Afonso empenha-se em trazer novas imagens do seu país, nascido na vontade de criar uma nova Angola.

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15.06.2012 | por Marta Lança