Pensando a relação do humano com as plantas, esta exposição explora diferentes narrativas de mediação tecnológica do reino vegetal. O estudo das plantas como infraestrutura tem suscitado interesse entre a comunidade científica ao longo dos últimos séculos, inspirando gerações de investigadores, bem como o desenvolvimento de tecnocosmologias e sistemas cibernéticos.
Mukanda
14.10.2019 | por Margarida Mendes
Segundo Carlos Correia afirmava, por um lado existem as obras que partem de imagens preexistentes, por outro, aquelas que não têm modelo. O mediatismo das pinturas exteriores difere radicalmente da depuração das pinturas interiores, assentes na perspetiva, a par de uma vigorosa pesquisa cromática, são geométricas, abstratas, em camadas, espaços fechados que abrem para outros espaços fechados e vazios que abrem para outros vazios.
Vou lá visitar
13.10.2019 | por Marta Rema
A história portuguesa tem sido reimaginada e reenquadrada por escritores, artistas, críticos, e curadores do final do século XX e XXI que trabalham em contextos lusófonos, desconstruindo discursos recalcitrantes, enfrentando ondas de “nostalgismo”, confrontando tradições e discursos cada vez mais traiçoeiros, ultrapassando os limites de consciência. Eu imagino-os como os “novos navegadores”.
Jogos Sem Fronteiras
13.10.2019 | por Sharon Lubkemann Allen
Assim, resta-me acrescentar que me gamaram nas andanças em que me meteu a minha empresa. O meu cartão do cidadão e, mais tarde, em sequência o meu laptop e docs oficiais que comprovam que por maluqueira sou do género masculino e tenho assim o direito de me chamar o que bem entender. Tal como a Pepper. Foi-se tudo e agora depois de ter da minha empresa respostas cada vez mais estranhas que implicam ficar nas mãos de sabe-se lá quem e onde.
Jogos Sem Fronteiras
10.10.2019 | por Adin Manuel
Gostaria de propor que o recurso a duplos parece sugerir que perceber a si envolve fazer-se outro. Ou seja, se ao falar do outro digo de mim, apenas tomo contato com minha própria existência na relação de alteridade e configurando “outros”. Estas seriam, em minha opinião, algumas das proposições que surgem da trilogia: 1) ao dizer do outro, digo de mim; 2) para me conhecer, necessito me dizer ao outro; 3) para me perceber no mundo, preciso tornar-me, também, uma alteridade.
Ruy Duarte de Carvalho
08.10.2019 | por Anita Martins de Moraes
Neste contexto, a branquitude como sistema de poder instituído determina, em países com um historial de escravatura e/ou colonização, a hegemonia dos brancos em todas as esferas da sociedade e impõe, do outro lado, lugares sociais marginalizados e subalternizados para os corpos racializados dos negros, dos latinos, dos não-brancos e das minorias em geral. Um dos lugares reservados a corpos subalternizados é a prisão.
Jogos Sem Fronteiras
07.10.2019 | por vários
O projeto do TBA é novo, com um foco específico na experimentação e no emergente, mas não quer dissociar-se desse lastro, seja pela relação com o espaço em que a Cornucópia trabalhou durante décadas, seja porque cerca de metade da equipa é proveniente do Maria Matos.
Palcos
04.10.2019 | por Frederico Bernardino
Uma ponte em Paris... Umas pessoas dançam, outras observam, sorrindo. Uns filmam nos telefones, outros dão um tímido passo e deixam uma moeda no estojo da viola. Wallace e Youmi continuam a cantar no melhor escritório do mundo...
Cara a cara
02.10.2019 | por Sinem Taş
(...) Governo de Sua Majestade neste momento está a tentar expandir a silly season eternamente. A decisão do Supremo Tribunal, anunciada na manhã de terça-feira, 24 de Setembro, de que o conselho dado à Rainha pelo Primeiro Ministro, para encerrar o Parlamento, foi ilegal e, portanto, a suspensão do Parlamento foi nula e sem efeito, não podia ser nem mais clara nem mais incisiva e representa um ato de resistência ao ataque direto contra o princípio de democracia na Europa. Eis a imagem final do veredicto, sóbria e majestosa ao mesmo tempo: “Isto significa que quando os Comissários Reais entraram na Câmara dos Lordes, foi como se entrassem com uma folha de papel em branco.
A ler
01.10.2019 | por Paulo de Medeiros
Próximo Futuro termina abrindo para o futuro: piscando o olho à Europa e ao seu eurocentrismo que pouco tem considerado a banda desenhada, o género policial, a ficção científica ou o cinema de animação africanos e latino-americanos; lançando o desafio dos museus e as exposições virtuais de que o projeto-exposição Unplace, Arte em Rede: Lugares-entre-Lugares é exemplo e experiência; lançando a ideia das zonas de contato como espaços de ideias, conhecimentos, pessoas e artefactos em mobilidade...
A ler
24.09.2019 | por Margarida Calafate Ribeiro
Estados patológicos como «doença da terra», «doença da cabeça cansada» ou ainda «doença feita com-a-mão» aludem aos estados de ansiedade, precariedade e vulnerabilidade destas comunidades, mas também de perda de localização em relação ao espaço cultural e geográfico que os sujeitos ocupam. Traduzem igualmente o estado de negociação intensa entre as «forças sobrenaturais negativas» e as estruturas sociais e políticas desiguais, num lugar a meio caminho entre a terra de origem e a terra de chegada.
Vou lá visitar
23.09.2019 | por Rita Fabiana
Estas neuroses tornaram-se um pouco a imagem de marca das mães recentemente: mães que são mães mas que, mais ou menos abertamente, sentem ou podem sentir, como a Júlia, que não querem ser mães o tempo todo. Ao tornarem-se marcas, as mães, ou uma ideia de mães, também se torna mercadoria, e há uma certa ideia de quotidiano – e de mãe - que é vendida.
Corpo
20.09.2019 | por Patrícia Azevedo da Silva
…a estória, então, ou a viagem que tenho para contar começaria assim: tem um lugar, dizia eu, tem um ponto no mapa do Brasil, tem um vértice que é onde os Estados de Goiás, de Minas Gerais e da Bahia se encontram, e o Distrito Federal é mesmo ao lado. Aí, sim, gostaria de ir…
Ruy Duarte de Carvalho
18.09.2019 | por Sonia Miceli
O que se busca é uma consciência crítica das representações calcificadas ou ausentes dos arquivos, fomentando o debate sobre modos de reimaginação e abordagens éticas não só às imagens que se fazem imagem-arquivo mas também aos arquivos de imagens na sua materialidade.
Afroscreen
18.09.2019 | por Maria do Carmo Piçarra
Estes movimentos visíveis e invisíveis, transparentes ou subterrâneos, levaram a uma nova visão sobre a presença da cultura negra no mundo, em muitos locais para além de África, e do próprio olhar sobre África. A partir de Portugal, que de facto tinha, historicamente, aberto as portas de primeiras globalizações, e olhando o futuro, como realidade e desejo, o programa Próximo Futuro abria com uma interrogação. Nas suas palavras do seu programador-geral:
Podemos intervir no futuro, no próximo futuro? Podemos, certamente.
A ler
14.09.2019 | por Margarida Calafate Ribeiro
O projeto levantou uma discussão crítica sobre o papel de artistas, instituições culturais e seus operadores (trabalhadores do conhecimento) sobre a transformação urbana. O fenômeno da gentrificação está associado à difusão de economias em transformação, motores de capitalismo cognitivo, parte de um sistema econômico unificado de que nós mesmos, como trabalhadores do conhecimento, somos parte.
Cidade
12.09.2019 | por Laura Burocco
Fruto da primavera secundarista, 16 corpos insurgentes deslocam para a cena a experiência que tiveram dentro das escolas ocupadas durante meses, criando uma narrativa coletiva e comum a partir da perspectiva de quem viveu o dia a dia dentro deste movimento que foi um dos grandes acontecimentos políticos dos últimos anos. A peça, que está na fronteira entre performance e teatro, é uma “dança-luta” coletiva construída a partir da experiência de luta e afeto de cada performer.
Palcos
12.09.2019 | por vários
Sob linha recta catapultou o peixe no escuro da queimada. Sob linha recta o barco deixou o marinheiro. Uma pedra atirada. O homem que caminha além mar (em coma) foi levado pela poligamia da areia. Está em coma profundo. É morte profunda também, tão funda como o céu enegrecido da noite.
A ler
12.09.2019 | por Indira Grandê
Se o Once Upon a Time... é mesmo o Make America Great Again do Tarantino, com os seus dois super-heróis ‘trumpistas’ avant la lettre, brancos, machistas e racistas quanto baste – ou que sobretudo apostam no regresso a ‘'tempos mais simples'’, então eles (o Rick e o Cliff) bem podiam ser o duplicado (ou o duplo) desse par de hillbillies sinistros que aparecem no final do Easy Rider a salvarem-nos dos hippies, dos motards e da contracultura como de outros tantos drogados, criminosos e psicopatas.
Afroscreen
10.09.2019 | por Nuno Leão
O projeto EXCHANGE (2015-2020) assume como missão académica refletir criticamente sobre a perpetuação do “sonho europeu” de comunidade solidária, em que as diferenças nacionais, linguísticas e culturais se unem para produzir um espaço no qual os cidadãos se movimentam livremente e com segurança. As tecnologias de vigilância, que o projeto Exchange estuda, revestem-se de uma particularidade: são tecnologias genéticas que servem o propósito de identificação individual com intenções de persecução criminal, mais concretamente bases de dados informatizadas que contêm milhares de perfis genéticos. Estas bases de dados genéticos são usadas pelas autoridades policiais para obter informações de correspondência.
Jogos Sem Fronteiras
07.09.2019 | por Sheila Khan e Helena Machado