Namibe vasto

Namibe vasto Namibe vasto é um belo livro de fotografias de Jorge Ferreira “sobre paisagens, gentes, animais e plantas da província do Namibe”, com texto e legendas de Cristina U. Rodrigues e design gráfico do João Ribeiro Soares.

Ruy Duarte de Carvalho

17.11.2010 | por Cristina Salvador

Funeral de Jazz em Nova Orleães

Funeral de Jazz em Nova Orleães Em Nova Orleães, depois de abolida a escravatura, formaram-se "Social Aid and Pleasure Clubs" - clubes de beneficência que organizavam actividades sociais e os funerais dos seus membros, ajudando assim a manter viva a tradição. Quando muitos duvidaram de que Nova Orleães pudesse renascer do furacão Katrina, foi essa e muitas tradições enraizadas na psique do povo que motivou muitos a regressar e a reconstruir as suas vidas na cidade que amam.

Cidade

16.11.2010 | por José Fernandes

Desta nossa-de-todos Lisboa, sobre os espectáculos de Outras Lisboas

Desta nossa-de-todos Lisboa, sobre os espectáculos de Outras Lisboas "Lisboa está diferente, cheia de outros e novos lisboetas, de novos cheiros e novos sons” e é construída por “muitas Lisboas, outras gentes, outros públicos”. Em 2008 foi encomendada a construção de três espectáculos-reflexão sobre as comunidades de imigrantes existentes na cidade de Lisboa: ao Teatro Meridional foi atribuída a africana, ao Teatro Praga a de leste e a’O Bando a brasileira.

Palcos

16.11.2010 | por Marta Lança e Ana Bigotte Vieira

Bety e os “pikinoti” dançam por um mundo melhor

Bety e os “pikinoti” dançam por um mundo melhor “52 histórias” é um livro ilustrado evocando uma agenda perpétua onde, ao longo de 52 semanas, sucedem-se 52 histórias, rostos, direitos, geografias de coragem, dignidade, mas também de privação e de injustiça. “52 histórias” integra a colecção “Arquipélago” da ACEP, que procura novas abordagens de comunicação com a sociedade portuguesa para combater estereótipos e desocultar pessoas e iniciativas que geram mudanças no mundo de que somos parte.

Palcos

16.11.2010 | por Rita Vaz da Silva

"Sei que esteve em África. Quer contar?"

"Sei que esteve em África. Quer contar?" Para as acompanhantes dos militares portugueses a guerra colonial (1961-75) foi uma aprendizagem. Muitos depoimentos dão conta do momento emancipatório na vida destas mulheres, pela saída de um país conservador para lugares modernizados e multiculturais, com costumes mais brandos, vida social descontraída e maior liberdade, onde entravam com segurança no mercado de trabalho. Ou seja, apesar da guerra, «África era uma libertação», ou uma expansão, física e mental, uma experiência formativa e humana: «Vim de Angola uma mulher mais forte».

A ler

15.11.2010 | por Marta Lança

Safari de Táxi

Safari de Táxi Uma palavra suaíli viria a viajar para se integrar em inúmeras outras línguas. Safari, que significa viagem. Turcos, chilenos, indonésios, suecos, australianos, lituanos e muitos outros habitantes dos cinco continentes, todos entendem esta palavra, porque faz parte do seu vocabulário, embora no sentido mais restrito de viagem para observação de animais selvagens.

Vou lá visitar

14.11.2010 | por Nuno Milagre

Falemos de House in Luanda

Falemos de House in Luanda A propósito do concurso A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILION, falemos de casas e falemos de Luanda. Pretendendo com esta fala juntar algumas reflexões ao debate lançado pela Trienal de Arquitectura de Lisboa, em parceria com a Trienal de Luanda, sobre a forma como os arquitectos podem intervir na solução do problema urbanístico e habitacional desta cidade, que tem crescimento explosivo, ao ritmo do crescimento das desigualdades sócio-territoriais.

Cidade

14.11.2010 | por Cristina Salvador

O uso da morte na política é a morte da política, entrevista a Homi Babha

O uso da morte na política é a morte da política, entrevista a Homi Babha A civilização africana opunha-se à civilização cristã ocidental? Não. Não havia choque até haver uma política de colonização. E o mesmo se pode dizer de outras situações. 
O que cria antagonismos culturais é uma rede muito complexa de circunstâncias e escolhas, e para compreender isso é necessário ver as relações políticas, históricas, sociais e morais. Tem muito mais a ver com a forma como evoluíram as relações entre essa culturas - o que é uma discussão histórica - do que com a natureza da cultura ou da civilização, em si.

Cara a cara

14.11.2010 | por Alexandra Lucas Coelho

Festival Cultural Cacheu, Caminho de Escravos

Festival Cultural Cacheu, Caminho de Escravos Há pouco mais de 100 anos, em 1850, foi abolido oficialmente o tráfico negreiro a nível mundial e, hoje, 500 anos depois, os descendentes dos resistentes dos Quilombos, os quilombolas, regressam à sua terra de origem, ao seu ponto de partida, para testemunharem as suas raízes culturais e conviverem com aqueles que, tendo também feito o seu próprio percurso, são agora, desde há 37 anos, donos do seu destino, pensam pelas suas próprias cabeças e vivem a sua própria vida.

Vou lá visitar

13.11.2010 | por AD - Acção para o Desenvolvimento

A viagem desmedida

A viagem desmedida Esta é a história de um rio que desce pelos sertões. De uma viagem que foram três e deu um livro. De uma amizade entre uma brasileira e um angolano. Em 2006, Daniela Moreau acolheu e acompanhou Ruy Duarte de Carvalho ao longo da bacia do São Francisco. E esteve na homenagem in memoriam ao escritor, no festival de cinema do Estoril.

Ruy Duarte de Carvalho

12.11.2010 | por Alexandra Lucas Coelho

De como se constrói um Europeu

De como se constrói um Europeu Leio com atenção as notícias da chegada de mais e mais emigrantes às “costas da Europa” (qual será a Europa deles? Em que janela a terão desenhado a contraluz?); apercebo-me da sua presença nesta Europa em que vivo, sinto o reforço das leis e a construção dos campos de detenção para os acolher, a sociedade a mudar com a sua presença, a minha presença a mudar com a presença deles, Lisboa a ficar capital Europeia, eu a ficar Europa que não quero ser.

Jogos Sem Fronteiras

11.11.2010 | por Ana Bigotte Vieira

De como se constrói um imigrante

De como se constrói um imigrante Quando um “sem-papéis” consegue chegar a Ceuta tem de se apresentar na esquadra. Aí é registado como não tendo papéis, cabendo às autoridades locais decidir o que fazer com ele, o que pode variar entre a deportação e o receber um documento provisório, que permite ao indivíduo deslocar-se em território europeu (sem, no entanto, ter documentos que lhe permitam assinar um contrato de trabalho). Muitas vezes, à porta das esquadras, elementos da Guardia Civil impedem-nos de se apresentar às autoridades, entregando-os aos militares marroquinos.

Jogos Sem Fronteiras

10.11.2010 | por Ana Bigotte Vieira e Hugo Maia

Tem viagens e tem fugas, pela África do Sul com Ruy Duarte de Carvalho

Tem viagens e tem fugas, pela África do Sul com Ruy Duarte de Carvalho Ruy Duarte de Carvalho foi o grande impulsionador da viagem e o guia deste relato. A comitiva era a seguinte: o Luhuna, que ia recolhendo numa câmara materiais de observação direta; o Miguel, certeiro nas impressões e navegações espaciais; e as Martas – avivando a conversa, gerindo a logística da viagem. Ninguém, à exceção do Ruy, sabia grande coisa sobre a África do Sul para lá das suas tensões recentes.

Ruy Duarte de Carvalho

08.11.2010 | por Marta Lança

Catembe, de Faria de Almeida, em Coimbra

Catembe, de Faria de Almeida, em Coimbra Catembe (1965) documenta os sete dias da semana no quotidiano de Lourenço Marques. Além de Cinema Directo – usado sobretudo nas entrevistas de abertura em que Manuel Faria de Almeida pergunta a transeuntes na Baixa lisboeta o que sabem sobre Lourenço Marques –, integrou sequências de ficção protagonizadas pela mulata Catembe.

Afroscreen

08.11.2010 | por Maria do Carmo Piçarra

“A oralidade é meu culto”, entrevista a Ana Paula Tavares

“A oralidade é meu culto”, entrevista a Ana Paula Tavares Nasci na Huíla, no meio de uma sociedade colonial injusta. Os pastores estavam ali. À sociedade Nyaneka eu devo a poesia, a música, o sentido do cheiro, a orientação a sul. O contacto era-nos (a quem estava em processo de assimilação) interdito. E, também por isso, o desejo era mais forte. Conhecer, saber quem eram e quem éramos deu um sentido à vida. A escrita, em português, ficou para sempre ligada ao paradigma da oralidade, da chama do lugar, do acompanhamento dos ciclos, do respeito pela diferença, do horror à injustiça.

Cara a cara

07.11.2010 | por Pedro Cardoso

Mauro Pinto

Mauro Pinto Mauro Pinto é um fotógrafo comprometido com um olhar de alerta do seu tempo. Representa a resistência de um contexto periférico e a coragem da inevitável afirmação de um olhar original em circuitos regionais e inter-continentais, afirmando-se como um fotógrafo de contrastes e de forte dinamismo social tem no seu trabalho uma boa base para o entendimento de diferenças e semelhanças entre várias culturas.

Cara a cara

04.11.2010 | por António Vergílio

Zumbipenetrações

Zumbipenetrações Tenho para mim que Jorge Dias é uma dessas crianças perdidas de Hamelin que voltou para nos atazanar o espírito e a mente. Não lhe regateemos o zumbido, a sua leve coloração demoníaca. Coisas que deve ter aprendido com o Mestre Hamelin.

Cara a cara

04.11.2010 | por António Cabrita

Mário Bastos, temos novo realizador em Angola!

Mário Bastos, temos novo realizador em Angola! Para o jovem realizador as prioridades para estimular a produção audiovisual nacional são a lei do cinema e a prática do mecenato cultural. Considera a formação uma peça-chave para consolidar referências cinematográficas: “fala-se muito nas novas tendências no audiovisual angolano, deve-se apoiar, claro, mas não lhes podemos chamar cinema”.

Cara a cara

03.11.2010 | por Marta Lança

Jorge Dias: olhar o passado de soslaio, abraçar avidamente o presente

Jorge Dias: olhar o passado de soslaio, abraçar avidamente o presente Para além da contestação dos que continuam a pensar e a olhar a arte com ‘outros olhos’, fazem-se, às vezes, sobre o trabalho de Jorge Dias, e de outros artistas do nosso tempo, comentários do tipo: “Isto é arte europeia, arte ocidental, não tem nada de africano ou de asiático ou de latino-americano”. No caso de Jorge Dias, este tipo de comentários, feitos por africanos e não-africanos, têm por base uma noção de ‘africanidade’ essencial(ista) que deixa de lado a coexistência e o confronto de realidades diferentes e a criação permanente de novas formas de relações culturais.

Cara a cara

03.11.2010 | por Alda Costa

O may be man

O may be man O May be man descobriu uma área mais rentável que a especulação financeira: a área do não deixar fazer. Ou numa parábola mais recen­te: o não deixar. Há investimento à vista? Ele complica até deixar de haver. Há projecto no fundo do túnel? Ele escurece o final do túnel. Um pedido de uso de terra, ele argumenta que se perdeu a papelada.

Mukanda

03.11.2010 | por Mia Couto