O discurso colonial hegemónico da ditadura do Estado Novo não desassociou a língua da representação e da narrativa do processo de construção imperial. Partindo da análise de um dos órgãos mais importantes da propaganda colonial Salazarista, inquirimos sobre as formas de representação apoteótica da língua como expressão do “sentido colonizador” português e a consequente sacralização da ideia de atrelar as então colónias à esfera de uma “tradição” expressa pela cultura da língua.
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05.12.2011 | por Victor Barros
Rostos fechados, tensos, encerrados no poço da sua feroz melancolia, presos nas malhas de uma profunda e reservada gravidade. Sob o véu da tristeza não há sorrisos cúmplices, olhares trocados, sinais de subterrânea alegria - cada um deles traz às costas o seu infortúnio pessoal, carrega a sua memória a arder, é o centro de uma dor intransmissível.
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04.12.2011 | por Paulo Ramalho
«Vivemos num paraíso e não temos noção. Os espinhos desse paraíso somos nós. Isso entristece-me. De facto temos uma grande riqueza nas nossas mãos, mas não a sabemos aproveitar. A grande diferença entre nós e outros ilhéus é que nós não precisamos de fazer muito para sobreviver. Isso, por vezes, leva ao laxismo», lamenta Isaura Carvalho.
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30.11.2011 | por José Fialho Gouveia
Glossário de palavras e expressões comummente utilizadas em Angola.
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28.11.2011 | por vários
Deveria ser elaborada uma política linguística abrangente e articulada, de modo a fazer da diversidade nesse domínio uma mais-valia efectiva, o que pressupõe superar conceitos subjectivos, emocionais e equivocados, assim como eliminar os factores que apenas dificultam a desejada e necessária cooperação entre as línguas africanas e a língua portuguesa, como a dupla grafia.
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25.11.2011 | por João Melo
Os festivais de cinema africanos nasceram nos anos sessenta, num ambiente de revolução cultural e independências políticas, e foram em parte fruto de iniciativas privadas, que foram mais tarde institucionalizadas pelo estado. Ao longo dos anos, o cinema africano foi ganhando cada vez mais visibilidade internacional.
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22.11.2011 | por Inês Thomas Almeida
“A minha vida se resume a uma larga e sinuosa curva para o amor”, assim começa a viagem do livro O Planalto e a Estepe de Pepetela. Na infância prodigiosa na Huíla, onde um protagonista angolano de nome Júlio, branco e de olhos azuis, descendente de colonos madeirenses, começa a aperceber-se das estranhas categorias que sustentavam as mentalidades do tempo colonial.
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22.11.2011 | por Marta Lança
Filmado no Brasil, Guiné-Bissau e Cabo Verde, o documentário “Kilombos”, realizado por Paulo Nuno Vicente, transporta-nos pela memória oral das raízes africanas das comunidades quilombolas, cruzando-as com o território das suas manifestações culturais contemporâneas. A estreia do filme está agendada para 7 de Março, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
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21.11.2011 | por Paulo Nuno Vicente
A 6ª Bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe, com o tema “Património-Patrimónios”, decorre durante o mês de novembro em S.Tomé e procura cada vez mais contribuir para que São Tomé e Príncipe seja um entreposto cultural e um gerador de novos encontros e partilhas.
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14.11.2011 | por Maria Flor Pedroso
Em vez de produzir uma bienal em grande parte pré-fabricada no exterior, como era muito mais a edição anterior, a opção deste ano teve o cuidado de conjugar estas reflexões no próprio terreno. Artistas de países africanos como Angola, Moçambique, Cabo verde, Guiné, Zimbabwe ou de Portugal, França, Brasil e Timor puderam usufruir de residências artísticas de várias semanas e de contaminar as suas propostas artísticas com experiências locais.
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14.11.2011 | por Celso Martins
A recente crise mundial e os seus efeitos na Europa têm vindo a silenciar questões relativas ao modo como os portugueses se auto-representam, atolados que se vêem em sucessivos anúncios de medidas de excepção, sobrepondo-se a premência económica à não menos complexa tarefa de se repensar a forma como nos definimos em tempos pós-coloniais.
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14.11.2011 | por Manuela Ribeiro Sanches
Muitas velhas motorizadas, carros muito antigos, alguns dos quais provisoriamente remendados, e bicicletas povoam a rua. Casas planas e rectangulares, de um piso, por vezes de betão, outras de argila, marcam a paisagem.
Cidade
11.11.2011 | por Sebastian Prothmann
É tão antiga como a Humanidade.
Envergonha e diminui.
É uma violação dos direitos humanos e liberdades fundamentais.
É um crime público.
É uma barreira à igualdade de género.
Uma em cada quatro mulheres é alvo de violência.
O espaço doméstico tem sido o maior palco de violência contra as mulheres.
Quem bate nas mulheres fere toda a família.
É preciso combater a violência sexista.
É urgente mudar as mentalidades e eliminar a violência contra as mulheres.
Somos contra a impunidade da violência contra as mulheres.
Mukanda
11.11.2011 | por UMAR-União de Mulheres Alternativa e Resposta, Movimento SlutWalk Lisboa e Associação ComuniDária
Durante os anos em que Nelson Mandela esteve preso, a sua imagem estava interdita ou tinha sido diabolizada. Da prisão, surge um homem alto, de expressão digna, andar lento e sorriso sereno. Um gigante mas não no sentido que o apartheid lhe tinha querido dar.
Cara a cara
11.11.2011 | por Ana Dias Cordeiro
O Roça Língua - residência de escrita criativa em S.Tomé - foi uma semana com muitas actividades. Aqui mostramos alguns momentos.
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09.11.2011 | por Buala
Muitos lhe admiram o profissionalismo e a consistência com uma idade tão jovem. Uma voz doce e firmeza na guitarra, alma de poeta e convicção no sonho de uma Angola com maior horizonte e igualdade, Aline Frazão já conquistou o coração de muitos ouvintes. Fala de uma particular forma de sentir e criar, da qual resulta o seu primeiro disco "Clave Bantu", cujo lançamento está em curso nas suas várias geografias afectivas.
Cara a cara
09.11.2011 | por Marta Lança
Se a lusofonia é uma tão polémica utopia, a 1ª edição do Roça Língua, residência de escrita criativa, parece dar-lhe alguma consistência nas áreas que pode ser mais interessante: a cultura e a História. Encontrado o lugar certo para implantar uma residência de escrita e partilha, a ilha de S.Tomé, através da Roça Mundo, recebeu estas gentes ligadas à palavra que viveram numa espécie de música de fundo permanente de estórias e risos.
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07.11.2011 | por Marta Lança
A praça Yon Gato, na cidade de S.Tomé, situada em frente ao gabinete do primeiro-ministro, transformou-se, nestes dias da 6.ª Bienal Internacional de Arte e Cultura, ao acolher a exposição URB.STP, num palco para as artes plásticas. O evento está na rua, próximo dos cidadãos comuns, e procura interagir com as centenas de pessoas que cruzam diariamente o local nos seus afazeres.
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07.11.2011 | por Juvenal Rodrigues
Contaminação de géneros, cruzamento e sobreposição de registos discursivos heretogéneos são habitualmente apontados como umas constantes na obra de Ruy Duarte de Carvalho, que vai do cinema à antropologia, da poesia à narrativa, do ensaio à crónica de viagem, num discurso que, como várias vezes tem sido justamente observado, não se pode encaixar nas convenções e nos limites de um determinado género ou espaço discursivo.
Ruy Duarte de Carvalho
27.10.2011 | por Sonia Miceli
"Incorporações" exposição comissariada por Roberto Conduru para o Festival Internacional de Artes da Europa -Europalia. Brasil 2011- , em Bruxelas, apresenta obras que, em diferentes meios, articulam-se a dimensões africanas da cultura brasileira. Descontinuidade e impureza caracterizam este variado conjunto, elaborado por artistas, afrodescendentes ou não, de variados contextos do país, a partir de diferentes princípios artísticos e visões de mundo.
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26.10.2011 | por Roberto Conduru