Protestos Sociais em Marrocos e a dita “primavera” dita “árabe”

Protestos Sociais em Marrocos e a dita “primavera” dita “árabe” No caso de Marrocos, o que não falta são ações de protesto, tais como “greves e manifestações do movimento sindical, protestos contra o encarecimento da vida, movimentos de mulheres pelo acesso à terra e direitos específicos, protestos contra os concessionários de transportes públicos” (Hibou 2012), dos serviços de saneamento — que em várias cidades foram privatizados resultando no aumento do preço da água e eletricidade —, sem esquecer os constantes protestos organizados pelos licenciados desempregados e que já haviam começado no início dos anos 90, ou ainda os protestos na pequena cidade oriental Bouarfa exigindo a gratuitidade da água (que será concedida, apesar de só durante alguns meses). JOGOS SEM FRONTEIRAS #2

Jogos Sem Fronteiras

24.03.2016 | por Hugo Maia

Entrevista a Tahar Ben Jelloun, "Um livro sobre o amor pode ser político"

Entrevista a Tahar Ben Jelloun, "Um livro sobre o amor pode ser político" É ao mesmo tempo marroquino e francês. Escreve em língua francesa e olha hoje para as transformações sociais e culturais nos países na Primavera Árabe. E espera da nova França uma postura diferente em relação às ditaduras. Com os seus dois passaportes e a crença no papel de escritor "que critica, denuncia, intervém", Tahar Ben Jelloun esteve no fim de Junho na Fundação Calouste Gulbenkian para dar uma conferência onde se propôs "explicar a Primavera Árabe". Convidado para participar no programa Próximo Futuro, que este ano se centra no Norte de África em revolução, Ben Jelloun veio também apresentar o livro “O Primeiro Amor É Sempre o Último”, de 1995 (lançado agora pela Quidnovi). Falou-nos dos islamistas que "se aproveitaram das revoltas", das mulheres do seu país de nascimento, Marrocos, que aproveitam novas leis para "recuperarem as suas liberdades" e das suas expectativas face à "nova França", país que fez seu.

Cara a cara

20.07.2012 | por Sofia Lorena

Um êxodo fictício a saborear no rescaldo das revoluções árabes

Um êxodo fictício a saborear no rescaldo das revoluções árabes Parece-me que estamos cada vez mais longe da compreensão do alcance revolucionário das reivindicações que o povo tunisino, egípcio, sírio e outros nos têm demonstrado a cada dia que passa. Afinal a revolução também é isso… uma transgressão à norma, o pisar de uma fronteira. Tal e qual como um taxista em Tunes me explicou quando não parou num sinal vermelho.

A ler

10.03.2012 | por Inês Espírito Santo

Samir Amin sobre a Primavera Árabe: "Este é um movimento duradouro"

Samir Amin sobre a Primavera Árabe: "Este é um movimento duradouro" Não é apenas a derrocada de ditadores reinantes, mas também é um movimento de protesto duradouro desafiando, ao mesmo tempo, várias dimensões da ordem social interna, especialmente evidenciando as desigualdades na distribuição de renda, e a ordem internacional, o lugar dos países árabes na ordem econômica global.

Cara a cara

10.10.2011 | por Samir Amin

Boubacar Boris Diop: «Existem sérias suspeitas de saneamento étnico na Líbia»

Boubacar Boris Diop: «Existem sérias suspeitas de saneamento étnico na Líbia» Eu noto sobretudo que a Liga árabe abandonou Kadafi muito depressa ao passo que a União Africana, de pois de ter trabalhado sem sucesso para uma solução política, procurar impor a si mesma um prazo decente agora que tudo parece perdido. Isso significa que a guerra civil líbia poderia marcar uma reviravolta nas relações entre a África subsariana e o mundo árabe. Estas relações nunca foram simples, todos o sabem, ainda que por pudor se tenha evitado sempre olhá-las de demasiado perto.

Vou lá visitar

03.10.2011 | por Boubacar Boris Diop