Zapatistas, narco e terror: Chiapas a ferro e fogo

Zapatistas, narco e terror: Chiapas a ferro e fogo Nos 30 anos da insurgência, o Exército Zapatista de Libertação Nacional aconselhou os companheiros de luta a não viajarem a Chiapas. Às décadas de militarização da região, de megaprojetos extractivistas, de despojo de terras e de violência paramilitar alentada pelo Estado, soma-se agora uma guerra sangrenta entre carteis de droga que arrasa a região. O governo mexicano diz que as denúncias e pedidos de ajuda são mera propaganda opositora. Os milhares de deslocados, as dezenas de mortos e o terror diário contam uma história muito diferente.

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29.01.2024 | por Pedro Cardoso

José Saramago, as cinzas e sangue de Chiapas

José Saramago, as cinzas e sangue de Chiapas Nos finais dos anos 90, José Saramago deu o corpo e pena ao manifesto pela causa zapatista. A denúncia das atrocidades contra os indígenas de Chiapas fez do escritor uma figura incómoda para o então governo do México. A 100 anos do nascimento do Nobel da Literatura português, escolas, universidades e movimentos sociais mexicanos comemoram com carinho o escritor que um dia atirou: ‘Se não me encontrarem no meu país, procurem-me no México’”.

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01.12.2022 | por Pedro Cardoso

Um fantasma que vive no coração da selva

Um fantasma que vive no coração da selva Mais de 5 mil activistas do planeta acorreram à selva para discutir com os zapatistas um conjunto de acções internacionais. Sindicalistas, anarquistas, terceiro-mundistas, ecologistas e alguns astronautas viveram durante uma semana nas aldeias de Oventic, La Garrutcha e La Realidad. Foi nesta última que se deu a conferência de imprensa final. Os jornalistas aproveitaram a ocasião para perguntar a Marcos qual era a sua reacção às declarações do então líder do Partido dos Trabalhadores, Lula da Silva, que se manifestava contra os movimentos de guerrilha e achava que a conferência intergaláctica tinha querido concorrer com o Fórum de São Paulo, encontro de partidos de esquerda de todo o mundo que organizava o PT. Marcos olhou com cara de espanto para os jornalistas, "Fórum de São Paulo? Não conheço, julgava que a gente concorria com os Jogos Olímpicos de Atlanta". Nesta altura, como agora, as revoltas não se decretam, fazem-se, e às vezes acontecem. A força dos zapatistas não estava nas suas armas, mas nas suas ideias e nas populações indígenas que são o próprio movimento.

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07.01.2014 | por Nuno Ramos de Almeida