O francês, a francofonia e nós

O francês, a francofonia e nós Este texto restitui e põe em causa uma certa relação que o locutor africano francófono tem face à língua francesa. Procura «humanizar» o francês, fazê-lo descer do pedestal em que tem sido colocado para o trazer às suas justas proporções. Sobrevalorizado sob certos céus africanos, o francês possui, efetivamente, todas as características de um mito poderoso: constitui um sinal exterior de saber, confere prestígio e abre as portas do poder. Por essa razão, é necessário desmistificá-lo para pôr a nu o «veneno mortal» que encerra.

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15.12.2014 | por Khadim Ndiaye

A nova literatura africana - uma geração de 
escritores livres 
que almeja ser
 universal

A nova literatura africana - uma geração de 
escritores livres 
que almeja ser
 universal A nova geração de romancistas francófonos, cujos nomes de maior destaque são Abdourahman Waberi, Kossi Effoui, Alain Mabanckou e Jean-Luc Raharimanana, vai ainda mais longe negando-se a limitar-se aos assuntos afro-africanos. Eles reivindicam a liberdade de escrever como autor e de inscrever suas obras em filiações eletivas que desprezem a origem. Buscam ser universais e afirmam que “a literatura africana não existe”!

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20.12.2011 | por Tirthankar Chanda

O cinema na África francófona subsariana: da “mostra” à narrativa contemporânea

O cinema na África francófona subsariana: da “mostra” à narrativa contemporânea O cinema documental em África segue provavelmente o mesmo percurso que o da literatura. As formas e os meios de expressão são naturalmente diferentes, mas o discurso sobre África é o mesmo, evoluindo com a sua história: nos anos vinte, a reportagem colonial e os filmes etnográficos já eram um sucesso. A África e os africanos são os assuntos filmados. Quando, a partir de 1955, estes se tornaram actores das suas próprias imagens, o desejo de fazer filmes é inicialmente e acima de tudo justificado pelo desejo de reabilitar a imagem dos africanos. Tal como para o movimento da Negritude em literatura em meados do século passado, a passagem dos cineastas africanos para trás das câmaras provinha essencialmente de um desejo de reconhecer os valores e a identidade africana.

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26.03.2011 | por Rufin Mbou Mikima

Da colonização à convivência

Da colonização à convivência Não existe verdadeiramente “consciência lusófona”, excepto talvez nalguns intelectuais ou políticos. O angolano ou o moçambicano médio, mesmo artista ou universitário, nunca utilizará esta palavra para se definir, enquanto para um africano francófono, o termo “francofonia” tem significado, e até uma dimensão política supranacional.

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23.08.2010 | por Ariel de Bigault