Entrevista a André Amálio, do Hotel Europa, sobre Amores de Leste

Entrevista a André Amálio, do Hotel Europa, sobre Amores de Leste Eu questionava muitas vezes isso, no nosso caso a crítica ao fascismo português era também pela defesa da liberdade de expressão, a liberdade de falar, de tomarmos ações políticas, e fazia-me confusão que a liberdade que estas pessoas falavam era a de comprar, de adquirir, e depois todos estes circuitos que aconteciam, até destes bolseiros que podiam ir ao ocidente comprar roupa ou aparelhagens ou walkmans, e depois faziam fortunas quando iam para o Bloco de Leste e vendiam estas coisas. Por outro lado, também vejo que a liberdade está nas mais pequenas coisas.

Palcos

12.02.2022 | por Josina Almeida e Marta Lança

TIMÓTEO SABA M'BUNDE: uma análise de dentro da política externa

TIMÓTEO SABA M'BUNDE: uma análise de dentro da política externa Como se configuram as políticas externas brasileira e chinesa para a Guiné-Bissau? Quais as motivações e suas variantes? Porque que razão a China optou por uma política externa bilateral, em contraposição ao multilateralismo brasileiro? Qual a percepção da elite governamental e da sociedade civil sobre as políticas externas brasileira e chinesa?

A ler

20.08.2020 | por Ricardino Jacinto Dumas Teixeira

O voluntariado do eu

O voluntariado do eu Acabe-se com esta realidade que desajuda, que incapacita, que incha, desincha e passa. Que deixa a sua pegada ecológica – viagens de avião, contentores carregados, megabytes de internet despendidos – e um EU muito cheio, muito transformado, uma lágrima na despedida aos sorrisos rasgados dos pobres meninos africanos. E ainda assim, o avião parte, a vida das pessoas continua, com mais uma camisola do Benfica, mas sem nada desenvolvido, sem nenhuma aprendizagem feita, sem nenhuma nova competência adquirida.

A ler

21.06.2016 | por Alice Gomes

Moçambique: Infectados e afectados: as crianças que a SIDA deixou

Moçambique: Infectados e afectados: as crianças que a SIDA deixou A epidemia que mais mata no mundo roubou-lhes os pais, deixando-as entregues a si próprias ou ao cuidado de terceiros. Lutam contra o estigma, discriminação, desapropriação de bens, maus tratos físicos e psicológicos, abusos sexuais, trabalho forçado, abandono escolar e gravidez precoce. Enfrentam a doença e a morte. São apenas crianças – mas há as que se erguem dos escombros para quebrar o ciclo da desesperança. Para essas, SIDA rima com Vida.

A ler

19.04.2011 | por Cristiana Pereira

Encruzilhadas históricas: entrevista à escritora Aida Gomes

Encruzilhadas históricas: entrevista à escritora Aida Gomes Tenho sempre consciente o enorme esforço do que é construir-se um país de novo; nas casas novos tijolos e nas janelas vidros. Pergunto-me sobre as pessoas: basta-lhes também pintar de novo as paredes das casas? Na Holanda quem viveu a guerra ainda traz as marcas consigo; não consegue deitar comida fora porque passou fome, não consegue apagar de si a vulnerabilidade de ter sobrevivido (mesmo o ódio ao inimigo de então subsiste). Não sei até que ponto o facto de ter crescido fora de Angola, país onde questões políticas trouxeram uma guerra longa, terá afectado as minhas escolhas profissionais. Guerra, conflito e política foram os assuntos dominantes do meu trabalho.

Cara a cara

24.03.2011 | por Marta Lança