Conhecimento e Criatividade: biografias de mulheres na história global (sécs.18-20) por Filipa Lowndes Vicente

Programação Ter 30 jan - 19h às 20h30

Conferências Eutopos Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

Há 50 anos, na década de 1970, as abordagens feministas à história e à história da arte começaram a revelar muitos nomes de mulheres do passado que, através da escrita, publicação, pintura, escultura e investigação deixaram vestígios documentais do seu conhecimento e criatividade. Desde então, em diversos lugares do mundo, estes nomes passaram a ser incorporados em programas universitários, coleções editoriais e ciclos de conferências. Fizeram-se livros, artigos, teses de doutoramento, exposições, documentários e peças de teatro sobre elas, mas os seus lugares na história continuam desconhecidos a muitos olhares do presente. Interessa conhecê-las, mas também questionar os diversos processos que contribuíram para a sua invisibilidade. Nesta conferência, são abordados casos específicos de mulheres dos séculos 18 ao 20 em diferentes lugares mundo. A francesa Olympe de Gouges (1748-1793), dramaturga, escritora, feminista e abolicionista; a britânica Mary Wollstonecraft (1759-1797), escritora e feminista; a afro-americana Sarah Parker Remond (1826-1894), abolicionista, ativista e médica que viveu no Reino Unido e em Itália; a britânica Bessie Rayner Parkes (1829–1925), escritora, editora e defensora dos direitos das mulheres; a sua filha Marie Belloc Lowndes (1868-1947), escritora de ficção e jornalista; a indiana, goesa de Bombaim, Emmeline da Cunha (1873-1972), médica e investigadora em epidemiologia; e as portuguesas Aurélia de Souza (1866-1922), pintora, que viveu no Porto e em Paris, e Maria Lamas, feminista, escritora, jornalista e fotógrafa.

Filipa Lowndes Vicente

Historiadora e investigadora no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, doutorou-se na Universidade de Londres, em 2000. Em 2015 foi professora visitante no King’s College, Universidade de Londres e, em 2016, na Universidade da Brown, Providence, EUA. É autora de vários artigos e livros entre os quais Arte Sem História: Mulheres e Cultura Artística, Séculos XVI-XX (2012) e, como editora, Aurélia de Sousa, Mulher Artista (1866-1922) catálogo da exposição que também comissariou.Conferências Eutopos A busca por um bom lugar, ou por um eutopos, serviu de motivação à Brotéria para toda a sua atividade ao longo do último ano. Acreditamos que essa inquietação não está esgotada. Pelo contrário, há ainda muito bem escondido para mostrar, muitas vidas desconhecidas para revelar, muitos projetos transformadores para partilhar. Vivemos num mundo acidentado, onde o progresso é lento, mas onde o bem se constrói e onde a esperança se torna visivelmente concreta. No primeiro trimestre do ano apresentamos três conferências sobre três topoi nos quais o bem e o que é bom se podem revelar: biografias de personalidades femininas que passaram praticamente despercebidas no seu tempo, a busca pela relevância dos livros numa realidade altamente tecnológica e a procura da beleza através da música. Local: BrotériaDuração: 1h30Gratuito

29.01.2024 | por martalanca | biografias, FILIPA LOWNDES VICENTE, mulheres

Filipa Lowndes Vicente apresenta um novo olhar do Império português na Índia

«Entre Dois Impérios - Viajantes Britânicos em Goa (1800-1940)», de Filipa Lowndes Vicente e editado pela Tinta da China, apresenta uma nova visão do Império português na Índia.

«De um lado, a Índia britânica, no auge do seu projecto imperial; do outro, a Índia portuguesa, em declínio acentuado. Para os viajantes britânicos dos séculos XIX e XX, ir à «Índia do lado» significava transpor fronteiras espaciais e, sobretudo, temporais.

Nesta época, a Índia portuguesa — e Goa em particular — sugeria aos ingleses duas perspectivas: tanto servia de lição histórica sobre os erros a evitar para manter a dominação colonial, como era a ruína-relíquia que nas mãos dos britânicos poderia tornar-se um centro de prosperidade.

Em qualquer destas visões, Goa surgia como um lugar diferente, híbrido, com fronteiras fluidas entre o português e o indiano, e com abundantes sinais visíveis dessa mistura — na arquitectura, na música, na roupa, nas práticas religiosas, na língua, na cultura intelectual, no corpo.

Duas viajantes‑escritoras, o príncipe de Gales, a mulher de um cônsul, vários governadores, reverendos anglicanos, diplomatas, militares, funcionários administrativos e cientistas — foram vários os britânicos que fizeram da sua viagem a Goa uma comparação entre dois impérios.»

28.02.2016 | por martalanca | FILIPA LOWNDES VICENTE, Goa, império

CICLO DE CINEMA - CINEMA E IMPÉRIO: CENSURA A FILMES DE AUTOR DURANTE O ESTADO NOVO - 12/13 DEZEMBRO - 17,30h - ENTRADA LIVRE

10.12.2013 | por raul f. curvelo | cinema, colonialismo português, Estado Novo, FILIPA LOWNDES VICENTE, instituto de ciências sociais, maria do carmo piçarra

Colóquio "O Império da Visão: fotografia no contexto colonial português (1860-1960)", 26-28 de Setembro de 2013, ICS

26.9.2013

10H: Sessão de abertura. Filipa Lowndes Vicente

MISSÕES/ANTROPOLOGIA – moderadora: Nélia Dias

10H30: O arquivo colonial e as fotografias do capitão Fonseca Cardoso. Ricardo Roque

10H50: O registo da diferença: fotografia e classificação jurídica das populações coloniais. Cristina Nogueira da Silva

11H10: Missão Antropológica de Moçambique (1936-1956). Fotografia como instrumento de trabalho e propaganda. Ana Cristina Roque

Pausa para Café

12H: As fotografias da Missão Antropológica e Etnológica da Guiné (1946-47): entre a forma e o conteúdo. Ana Cristina Martins 

12H20: A fotografia como instrumento auxiliar da antropologia na primeira metade do século XX: o caso da obra de Mendes Correia. Patrícia Ferraz de Matos

Debate

CONHECIMENTO/CIRCULAÇÃO – moderadora: Cristiana Bastos

15H: Do nome à imagem: a fotografia e a descrição das plantas tropicais nos finais do século XIX. António Carmo Gouveia

15H20: A Missão de Mariano de Carvalho à província de Moçambique em 1890. Paulo Jorge Fernandes 

15H40: A preto e branco: folheando a documentação fotográfica dos relatórios médicos da Diamang. Teresa Mendes Flores

Pausa para café

16H30: Olhar a nudez na fotografia colonial: representação, género e colonialismo no Arquivo Etnográfico da Guiné-Bissau. Clara Carvalho 

16H50: Imagens de muçulmanos em tempo de sedução colonial. Mário Machaqueiro

Debate

27.9.2013

EXPOSIÇÕES/REPRODUÇÕES – moderadora: Isabel Castro Henriques

10H: Da fotografia à gravura: a recriação de imagens fotográficas e a construção do imaginário colonial oitocentista. Leonor Pires Martins

10H20: O esplendor dos atlas: fotografia e cartografia visual do Império no limiar do século XX. Teresa de Castro

10H40: O indivíduo e o grupo: fotografia vs ilustração colonial no período do Estado Novo. Rita Carvalho 

Pausa para café

11H30: Imagens de Angola e Moçambique na Metrópole. Exposições de Fotografia no Palácio Foz (1938-1951). Inês Vieira Gomes

11H50: Cinema Império: contributos para uma genealogia da imagem colonial. Maria do Carmo Piçarra

Debate

RESISTÊNCIA/REVOLTA – moderadora: Ruth Rosengarten

14H30: Angola, 1961: O horror das imagens. Para uma história da fotografia na Guerra Colonial. Afonso Ramos

14H50: Etnografia Visual da Guerra Colonial/ Luta de Libertação na Guiné. Catarina Laranjeiro

15H10: Descolonizando enunciados: a quem serve objectivamente a fotografia? Carlos Barradas 

15H30: A fotografia contemporânea e as identidades pós-coloniais. Susana Martins

Debate

Pausa para café

ARQUIVAR/REVELAR – moderador: Joaquim Pais de Brito

16H30: Foto-Síntese: uma proposta de um sítio online de fotografia vernacular portuguesa. Ana Gandum e Inês Abreu e Silva

16H50: As coleções de fotografia do IICT - da conservação e restauro à acessibilidade. Catarina Mateus 

17H10: Dar a conhecer: as possibilidades e os limites da divulgação. Filipa Lowndes Vicente e Inês Vieira Gomes

28.9.2013

11-13H

Visita guiada à exposição Entre Memória e Arquivo com a curadora Ruth Rosengarten. Museu Coleção Berardo, CCB.

20.09.2013 | por raul f. curvelo | CENTRO CULTURAL DE BELÉM, colecção berardo, colonialismo, CRISTIANA BASTOS, FILIPA LOWNDES VICENTE, fotografia, ics, ISABEL CASTRO HENRIQUES, JOAQUIM PAIS DE BRITO, NÉLIA DIAS, Ruth Rosengarten