Centenário de António Jacinto para 50 anos de Independência de Angola

Na sequência do «Colóquio Internacional António Jacinto, Poeta e Guerrilheiro», integrado na apresentação pública da sua Obra Reunida, que teve lugar na Biblioteca Nacional de Portugal, a 4 de Abril de 2025, entendeu por bem o seu director, Dr. Diogo Ramada Curto, solicitar-me a organização de um volume, a publicar por aquela instituição, que conglomerasse as comunicações apresentadas ao referido congresso, acrescidas de outros documentos e testemunhos relevantes para um melhor conhecimento da obra e da personalidade daquele que foi o primeiro Ministro da Educação e Cultura da República Popular de Angola, celebrando igualmente os 50 anos de independência do país pelo qual o autor de «Carta dum contratado» tanto lutou, pagando por isso o altíssimo preço da prisão política e da deportação para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde.

António Jacinto em Lisboa depois da libertação do Tarrafal, 1972António Jacinto em Lisboa depois da libertação do Tarrafal, 1972António Jacinto, Aurora Furtado Martins e o filho Manuel-Lisboa, Castelo de Sao Jorge, 1972António Jacinto, Aurora Furtado Martins e o filho Manuel-Lisboa, Castelo de Sao Jorge, 1972

Dividido em vários capítulos, o presente livro abre com as «Comunicações ao Congresso Internacional António Jacinto, Poeta e Guerrilheiro», começando com o «Discurso de Abertura Proferido pela Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária da República de Angola na República Portuguesa, Dra. Maria de Jesus dos Reis Ferreira», a que se seguem as comunicações académicas, por ordem alfabética do primeiro nome dos autores (incluindo aqueles que, por mais que lamentáveis razões estritamente financeiras, não puderam estar presentes no Colóquio): Ana Paula Tavares, Carmen Lucia Tindó Secco, David Capelenguela, Fabio Mario da Silva, Francisco Soares, Francisco Topa, Inocência Mata, Luís Kandjimbo e Pires Laranjeira, fechando este capítulo a republicação da introdução que escrevi para a edição da Obra Reunida de António Jacinto.

António Jacinto e Fidel Castro, Havana, Cuba, 1986António Jacinto e Fidel Castro, Havana, Cuba, 1986

“Ensaiar” sobre as comunicações académicas aqui dadas à estampa, escalpelizá-las, é pura e atrevida redundância, inutilidade fatal. O mosaico de visões sobre a Obra e o Homem que ali se dão a ler, onde o empenhamento político-cultural de António Jacinto é sublinhado a lápis bem carregado por todas e todos os intervenientes, permite uma abrangência e uma formulação questionadora nada despiciendas, e é justamente isso o que mais importa.

A segunda parte, «Poemas Inéditos e Dispersos», acolhe três poemas (dois deles absolutamente inéditos) que me chegaram ao conhecimento já a Obra Reunida estava impressa, razão por lá não figurarem, muito embora, em futuras reedições, venham nela a ser acrescentados. 

Agradeço a Luís Kandjimbo a chamada de atenção para as crónicas que enformam o terceiro capítulo, ««Nótulas» de António Jacinto no Jornal Cultura (II)». O facto de não estarem assinadas, levou-me — erradamente, dou-me conta, agora — a não as ler com maior rigor e considerá-las para publicação no corpus da Obra Reunida, da qual futuramente passarão a fazer parte, ou, quiçá, em volume autónomo.

Sob o título genérico «Nótulas», publicou Jacinto uma série de pequenos apontamentos críticos, quer nos domínios da poesia, arte e literatura então produzidas em Angola, quer num domínio e num tom de cariz inequivocamente interventivo e mais declaradamente político. São breves textos carregados de humor e cáustica ironia, onde o empenho por uma poesia, arte e literatura verdadeiramente angolanas, e um combate por uma dignidade humana a conquistar pelos mais desfavorecidos, através da educação desde a infância, melhores e mais humanas condições de vida, através de aumentos de salários, habitação e condições sanitárias condignas para todos, conquistas que se poderiam almejar, ao «eliminar toda a discriminação em matéria de emprego baseada na raça, na cor, no sexo, na religião, na opinião política, na ascendência nacional ou origem social», segundo recomendação da 42.ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho, que decorrera em Genebra, e onde, recorda Jacinto, esteve «presente (se não nos falece a memória) elemento preponderante dos organismos directivos da Associação Industrial de Angola».

Carta de Ermelinda Xavier para António Jacinto (1952)Carta de Ermelinda Xavier para António Jacinto (1952)Cartão de António Jacinto para Regina Cardoso CoradoCartão de António Jacinto para Regina Cardoso Corado

Em «Tributos e Testemunhos Íntimos», dão-se a ler poemas de Ermelinda Xavier e João-Maria Vilanova dedicados a António Jacinto, a que se segue um estudo genealógico da família de António Jacinto do Amaral Martins, em Alfândega da Fé, por Francisco José Lopes, historiador e amigo da família, onde aventa a hipótese de o pseudónimo Orlando Távora, usado por António Jacinto, ter origem na popularmente chamada «casa dos Távora», outrora propriedade da família paterna de Jacinto.

Segue-se uma carta inédita de Ermelinda Xavier, uma amizade profunda, se não mesmo um caso de «amorizade» recíproca, na belíssima expressão de José Luandino Vieira, que se manteve até à morte de Jacinto, em 1991. Esta amizade cimentou-se a partir do final dos anos de 1940, tendo Ermelinda Xavier, pela mão do autor de Vôvô Bartolomeu, colaborado em Mensagem e Cultura (II), e participado na Antologia dos Novos Poetas Angolanos (Luanda, 1950?) e Poetas Angolanos (C.E.I., Lisboa, 1959). 

Infelizmente, segundo testemunho do seu sobrinho Pedro Xavier Cid (a quem devo a gentileza da cedência desta carta sobrevivente e dos três poemas que a acompanhavam e se destinavam a publicação em Mensagem, aqui transcritos, e de mais um poema manuscrito, sem título e rigorosamente inédito, que aqui se publica como documento “arqueológico” da autora, em nota de pé-de-página), a imensa massa epistolográfica trocada com Jacinto, tal como muitos outros documentos, foi pela autora de Barro e Luz queimada, já no fim da vida, quando decidiu sair de sua casa e ir para um lar da terceira idade.  

Trata-se, na verdade, de um precioso documento, testemunho de uma profunda amizade, respeito e admiração, que facilmente se intui serem recíprocos.

Segue-se uma carta de Aurora Furtado Martins (ao tempo esposa de Jacinto e mãe do seu filho Manuel) para Aníbal de São José Lopes, então director-geral provincial da PIDE em Angola, intercedendo pela libertação do marido, preso, juntamente com o poeta António Cardoso e o escritor José Luandino Vieira, acusados no mesmo processo, de quererem «separar Angola da Mãe Pátria». Infelizmente, todos estes, e outros bons ofícios no mesmo sentido, não colheram da parte dos inquisidores a mínima atenção, acabando todos por serem condenados e deportados para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Agosto de 1964.

Pela relevância que tem, e sendo documento único e público de Manuel Furtado do Amaral Martins, o único filho de António Jacinto, republica-se aqui o texto (au)biográfico por si estabelecido sobre o pai.

Insistentemente solicitado a José Luandino Vieira um depoimento sobre o seu Amigo, mentor literário e político desde a juventude, e companheiro de cárcere durante quase doze anos, entre promessas de «escrever umas linhas» e adiamentos para o fazer, justificou-se, com o seu proverbial humor, em correio electrónico de 9 de Julho de 2025: «Lamento não ter mais a saúde necessária para te Acompanhar nesse labor em defesa das letras pátrias mas… também os jogadores de futebol se podem retirar a certa altura do campeonato…»

O mais absoluto respeito que Luandino me merece e a Amizade que nos temos, não me permite não o ter aqui presente. Trabalho danado, fui, primeiro à longa entrevista que deu a Michel Laban, em 1977, e de lá respiguei o que a Jacinto diz respeito; depois, entrei pelos seus Papéis da Prisão adentro, catando uma a uma todas as entradas e referências ao autor de «Castigo pró Comboio Malandro», e procedi, por ordem cronológica, a uma montagem de texto. Trata-se, obviamente, de um testemunho único, «humano, demasiado humano», mas, também, penhor inconteste de teimosia e de certeza nos ideais por que tão alto preço pagaram para verem finalmente o seu país libertado e independente — e tantos foram os que não tiveram essa felicidade. 

Solicitado a escrever novo depoimento memorialístico, Jacinto Rodrigues (primo de António Jacinto e filho do seu patrão antes de ser preso, para além de ser, também, um dos responsáveis pela sua fuga clandestina de Portugal, em 1973), por motivos de saúde não pôde, infelizmente, cumprir atempadamente a escrita desse testemunho. Razão por que também aqui se reproduz o seu texto publicado em Obra Reunida, importante, não só pelas memórias de infância e adolescência, mas sobretudo pela descrição da fuga clandestina de Jacinto, a que acima se faz referência, quando aqui se encontrava, desde Junho de 1972, em regime de residência fixa, sem sequer poder regressar a Angola, tal como Luandino. 

Rui Costa, neto de uma das testemunhas de defesa de António Jacinto no processo movido pela PIDE em 1961, recupera certas memórias narradas em família por seus avós, Francelina Azevedo Costa e Adriano d’Almeida e Costa, sobre António Jacinto e as tenebrosas circunstâncias em que tudo decorreu, a que se juntam uma carta e um bilhete de Jacinto, já membro do Governo da República Popular de Angola (aqui reproduzidos em fac-símile), que bem atestam, quer o sentimento de amizade, quer as suas naturais afinidades políticas.

Cartão de António Jacinto para Regina Cardoso CoradoCartão de António Jacinto para Regina Cardoso Corado

Regina Cardoso Corado é sobrinha do poeta e nacionalista angolano António Cardoso, que, recorde-se, enformou o grupo de presos políticos relacionados com o chamado «Processo dos 50», com Jacinto e Luandino, em 1961, que culminaria na condenação e deportação dos três para o Tarrafal, em Agosto de 1964. Saliente-se ter sido Cardoso o preso que pior passou e mais castigos físicos e disciplinares sofreu no Campo de Concentração do Tarrafal — como aqui testemunha a sua sobrinha, que descreve a visita da irmã do autor de 21 Poemas da Cadeia, encontrando-o a definhar, depois de um ano de absoluto isolamento e solidão na “cela disciplinar”, sem apanhar uma hora de sol diária sequer, mal alimentado, sem assistência médica —, sendo libertado apenas quando o povo de Cabo Verde, no 1.º de Maio de 1974, se manifestou em peso para exigir a libertação dos presos políticos e o encerramento definitivo do Campo da Morte Lenta, como chegou a ser chamado. 

Relembra ainda Regina Cardoso Corado a relação de amizade entre os seus avós, José Cardoso e D. Celeste, e os pais de António Jacinto, que veio do seu Golungo Alto, jovem adolescente, para estudar em Luanda, no então Liceu Normal Salvador Correia de Sá e Benevides, tendo ficado hospedado precisamente na casa da família Cardoso, em cujo Bairro do Café, onde todos viviam, conheceu e fez amizade com António Cardoso e Luandino Vieira, tendo sido não só o mentor literário de ambos (e de outros ainda), como o seu mentor político. Uma amizade que se manteve, com todas as vicissitudes, até à morte de ambos.   

Reproduz-se em fac-símile um cartão de António Jacinto para Regina, e o texto que escrevera aquando da morte do autor de Fábulas de Sanji. Nesse texto, rememora a última noite de Jacinto em Lisboa, com ida a Linda-a-Velha jantar em casa de Luandino (também com residência fixa), havia Jacinto acabado de receber o telegrama-senha para a partida clandestina em direcção a Paris — que aconteceu nessa madrugada —, e depois para a Argélia, de onde seguiu para a base do Centro de Instrução Revolucionária — Kalunga, em Dolisie, que dirigiu até aos acordos de cessar-fogo entre o MPLA e o Exército português, a 22 de Outubro de 1974, o que significou um ponto final na guerra de libertação nacional por parte do Movimento liderado por Agostinho Neto. 

Kudijimbe, nome literário de Nicolau Sebastião da Conceição, hoje tenente-general das Forças Armadas Angolanas, é a mais viva e persistente memória desses tempos terríveis da luta de libertação nacional, no seu caso concreto, justamente no CIR — Kalunga dirigido por António Jacinto. Dessa experiência, escreveu e publicou um dos poucos, pouquíssimos documentos testemunhais existentes em Angola sobre a guerrilha: António Jacinto e os Guerrilheiros, dado à estampa em 2003, com nova edição aumentada, em 2009. É desta obra — testemunho histórico de capital importância, mas, também, uma justa e comovida homenagem ao poeta de Sobreviver em Tarrafal de Santiago e às suas e seus companheiros de armas na dura vida nas matas angolenses —, que aqui se publicam os excertos mais directamente relacionados com Jacinto, dando dele um importantíssimo e menos conhecido retrato da sua grandeza humana, cívica e política, do seu dom agregador de pedagogo e de implacável justeza, como dirigente de guerrilheiros e de quadros políticos em permanente formação.

É ainda Kudijimbe quem nos dá a conhecer uma carta de Jacinto, datada provavelmente de finais de Setembro de 1970, recusando (naturalmente precavendo uma remotíssima hipótese de libertação) a inclusão do poema «Monangamba» numa antologia de autores africanos feita por M. Per Wastberg e a ser editada na Suécia, justificando a escusa e devolvendo o cheque de US$ 60,00, relativo aos respectivos direitos autorais, que, entretanto, recebera, e que nada o obrigaria a devolver. E remata Kudijimbe, num comentário de Facebook:

Jacinto era mesmo assim. Sempre foi assim. Como guerrilheiro portava-se da mesma forma. Inclusive, o cartão de abastecimento que tinha, da loja dos dirigentes, andava de mão em mão dos funcionários do seu gabinete.

Quando lhe perguntaram por que razão o seu cartão estava com a senhora de limpeza do seu gabinete, ele respondeu o seguinte: 

— Ela tem mais necessidades que eu. Tem filhos pequeninos que os precisa alimentar.

Como vêm, Jacinto era mesmo assim!…  

 

Outra faceta de António Jacinto — uma espécie de “conselheiro sentimental”, passe a expressão — é-nos dada pela sobrinha Maria Cecília, ao contar o caso da sua irmã Nica, apaixonadíssima por um colega de escola, «que não lhe deu bola nenhuma.» Desesperada, procura junto do tio amado, não só consolo, mas também a sugestão de um modo capaz de aliviar a dor do seu “mal de amor”. 

Conselho do sábio Jacinto: «— Nica, nunca se namora com ninguém da mesma escola, nem da mesma rua. Nunca se esqueçam disso.»

António Jacinto, depois de ter sido o primeiro Ministro da Educação e Cultura de Angola independente, como já se disse, foi nomeado Secretário Geral do Conselho Nacional de Cultura, quando esta foi a designação dada àquele organismo, separando Educação e Cultura. Posteriormente, Jacinto é substituído e afastado de todos os cargos relacionados com a Educação e a Cultura (suas paixões maiores desde sempre), e é colocado com exclusividade no aparelho do partido, com funções mais burocráticas. Há, então, como que um desapontamento, uma mágoa, que o levam a fechar-se cada vez mais em si mesmo, inclusivamente em relação à família. Dedica-se afincadamente, teimosamente, como lei das compensações, ao estudo, na Escola do Partido. E é esse mal-estar, essa distanciação de tudo e de todos, que revelam o dolorido bilhete que Maria Cecília lhe escreve, convidando-o para o seu aniversário, ao qual Jacinto responde e justifica a sua ausência escudando-se nos estudos, ao mesmo tempo que lhe envia o seu boletim de notas e a obra Prometeu com dedicatória, como prenda de aniversário. Estes dois documentos são aqui reproduzidos em fac-símile

Clara Guerra-Marques, coreógrafa e prima em segundo grau de António Jacinto, traça-lhe um perfil familiar, afectivo, sublinhando-lhe a simplicidade e a modéstia, a indiferença pelo luxo e pela ostentação, recusando todo e qualquer privilégio que lhe pudesse advir do seu cargo de ministro, jamais abdicando da sua coerência e nunca transigindo com a sua consciência humana e cívica: «embora sentisse o grande orgulho de o ter como familiar, não era essa ligação de sangue que tornava mais forte a minha admiração por ele, mas sim o facto de ele ser uma referência e um exemplo inspirador de honestidade intelectual.», sublinha Clara Guerra-Marques. E conta como, aos 15 anos de idade, porque a Escola de Dança tinha ficado sem professora, Jacinto, pedagogo e visionário, a nomeou responsável pela Escola de Dança, sem espaço a escusas, «num gesto de confiança que nunca esqueci e que determinou e moldou o meu caminho.»

Seguem-se o epicédio que António Cardoso escreveu, «António Jacinto, Contabilista», e duas belíssimas crónicas do escritor e jornalista português Baptista-Bastos, «As Estrelas de Luanda» — sobre uma visita a Angola de alguns escritores portugueses como Manuel da Fonseca e José Saramago, entre outros, em finais de 1970, princípios de 1980 —, e «Pequenas Histórias da Cidade Amada», dedicada à memória de António Jacinto. 

Os escritores portugueses Manuel da Fonseca e Baptista-Bastos com A. Jacinto, Luanda, finais de 1970Os escritores portugueses Manuel da Fonseca e Baptista-Bastos com A. Jacinto, Luanda, finais de 1970

A fechar este livro, «Uma Fotobiografia» de António Jacinto. Agradeço ao seu filho Manuel Furtado Martins do Amaral e à sua sobrinha Maria Cecília Martins do Amaral toda a documentação que tiveram a gentileza de me facultar, e, no caso de Maria Cecília, a confiança que em mim depositou ao facultar as fotografias de família originais que aqui se reproduzem, desde a infância de Jacinto no seu Golungo Alto, a que se acrescenta, no final, o desenho de José Luandino Vieira (datável de Junho de 1963), publicado na p. 327 de Papéis da Prisão, com a seguinte «N[ota do] A[utor] — O desenho foi feito para a capa dos apontamentos que António Jacinto escrevia na cela. O poeta referia-se a si próprio como «um cavalo sentado».»

Resta acrescentar que se respeitaram em absoluto as escritas de cada um, tenham elas as peculiaridades que tiverem, e sejam elas elaboradas com, ou sem essa entidade estapafúrdia chamada Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa 1990.

António Jacinto, «O Cavalo Sentado», caricatura de Luandino VieiraAntónio Jacinto, «O Cavalo Sentado», caricatura de Luandino Vieira

Dedicatória de António Jacinto para Cecília do Amaral MartinsDedicatória de António Jacinto para Cecília do Amaral MartinsRecado para Cecília do Amaral Martins e Boletim de Notas de António JacintoRecado para Cecília do Amaral Martins e Boletim de Notas de António Jacinto

 

por Zetho Cunha Gonçalves
A ler | 26 Agosto 2025 | António Jacinto, poesia angolana