PORTA 33 | Exposições

PEIXE-PATO

Exposição de [exhibition by] Laetitia Morais e Mattia Denisse.

Inauguração [opening] Sexta-feira 11 de JUNHO às 19h


Tomando como ponto de partida uma viagem relâmpago em tempo de pandemia, a exposição PEIXE-PATO parte de indícios recolhidos em incursões furtivas dos cumes às margens da ilha. Transições e oposições da mais variada índole, tais como os meros que nascem fêmeas e transitam para machos; bananeiras na neve; árvores sexuais e órgãos milenários; montanhas trespassadas; túneis ao inverso; vacas caídas no mar; arestas arquitectónicas a penetrarem o oceano, e outras leituras aquáticas e insulares que subiram à superfície da memória, são algumas das imagens retinianas, que servem de jargão à exposição. “Que peixe será aquele? Em verdade, só por nadar debaixo da água ele parecia um peixe. Se andasse ao cimo da água, ao lume dela, seria pela espécie de penas (eram penas, sem dúvida) que o cobriam, pelas barbatanas que pareciam dois pés, pelos toquinhos de barbatana que pareciam asas, pelo jeito cambaleante e vacilante de mover-se, um pato. Era, portanto, um peixe-pato.”

“Daí em diante, raro era o dia em que ele não ia à pesca e o peixe-pato lhe não aparecia trazendo no bico um dos peixes de que ele mais gostava, para oferecer-lhe, e em que depois o peixe-pato se não deixava apanhar para, sentado o homem à beira de água, ficar no seu colo a receber as festas de que vibrava novamente, ronronando de satisfação.”

excertos do conto História do Peixe-Pato, de Jorge de Sena (in Antigas e Novas Andanças do Demónio, Edições 70)

JULHO NA PORTA33!

Estão de regresso as Oficinas para crianças no âmbito das Artes Plásticas, Expressão Dramática e Movimento. Juntos vamos conhecer e experimentar diferentes técnicas de expressão artística, num processo criativo e lúdico, pensado em estreita relação com a exposição Peixe Pato, de Laetitia Morais e Mattia Denisse.

Estas oficinas decorrerão em espaços interiores e exteriores, seguindo todas as recomendações da DGS no que respeita à COVID-19.
Duração | Segunda a sexta-feira; manhãs e/ou tardes
Destinatários | crianças dos 6 aos 11 anos 
Lotação máxima | 12 participantes

ESCOLA DO PORTO SANTO

Semana de abertura: 21—26 JUNHO

Em breve mais informação

Escola Primária do Porto Santo. Autor desconhecido. Cedência Secretaria do Turismo e Cultura | Direção Regional  do Arquivo e Biblioteca da Madeira. Escola Primária do Porto Santo. Autor desconhecido. Cedência Secretaria do Turismo e Cultura | Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira.

Mais do que uma travessia, um mergulho. Uma imersão de coração inteiro na ilha do Porto Santo, a partir de um lugar de princípio(s): a Antiga Escola da Vila. Não nos esquecemos que foi ali que ateámos o primeiro sopro e fizemos do desejo um projeto de “redesenho”, de encontro com um território tantas vezes remetido para margens invisíveis, da ação e do pensamento. Entendemos que o arquipélago se cirze com a mesma linha e se desenha do afiar do mesmo lápis. Abrimos a Porta para dentro e esticámos as mãos e os braços até ao invisível, até ao outro lado do mesmo corpo. Um só corpo. Este.  
A arte, a escuta, o pensamento e os afetos serão sempre a nossa porta de entrada, e prometemos entrar como quem mergulha, porque a ilha, como nós, será sempre mais fundo do que superfície, mais entrada do que saída.  
É urgente o “Mergulho”. E quem vier por aqui, virá connosco.

*Mais informações em Porta 33 

11.06.2021 | par Alícia Gaspar | arte, exposições, peixe-pato, Porta 33

Convite | Inauguração LELU KIZUA: Lino Damião + Nelo Teixeira

Abertura : Quarta-feira, 9 de Junho  |  17:00 - 20:00
Duração : 09.06 – 11.07.2021


A exposição Lelu Kizua decorrerá em Lisboa, no Espaço Espelho D’Água, com inauguração oficial dia 9 de junho e encerramento dia 11 de julho de 2021.
Lelu Kizua com co-curadoria de João Silvério Inês Valle, é a segunda exposição conjunta dos artistas angolanos Lino Damião e Nelo Teixeira em Portugal e tem como mote um diálogo de criações artísticas entre os dois autores que se encontravam ambos em Portugal no início da pandemia em 2020.

Num momento em que a história do Planeta colocou em questão tantos aspetos que considerávamos como garantidos, os artistas encontram nesta encruzilhada, a inspiração para refletir sobre essas mudanças, sobre os desafios e a coragem para encontrar formas de enfrentar as alterações e ultrapassar os obstáculos.

O título da exposição Lelu Kizua pode ser interpretado, numa tradução livre da língua Kimbundu, como uma referência à actualidade, aos dias de hoje, mas sem esquecer as histórias e as estórias recentes que ambos os artistas viveram. Esta relação com o presente não é estribada numa nostalgia do passado, mas numa certa melancolia que se presente por entre as diversas formas, figuras e personagens que as composições pictóricas e tridimensionais convocam. Como uma espécie de folha de diário que guarda as memórias de cada um. No limite, de cada um de nós.

Esta exposição faz parte de uma programação mais alargada, denominada VENTO SUL, que é uma programação cultural desenvolvida pela associação the CERA PROJECT com o Espaço Espelho D’Água e tem o apoio da DGArtes.

08.06.2021 | par Alícia Gaspar | convite, exposição, inauguração, lelu kizua, Lino Damião, Nelo Teixeira

Curso de Curadoria de exposições

Curso online para profissionais dos PALOP da área curatorial

Nuno Crespo e Paula Nascimento coordenam este curso, composto por dez módulos sobre temas fundamentais da formação de um curador contemporâneo, mesas-redondas online com convidados e um encontro semanal para a discussão de leituras e projetos.

O curso vai decorrer entre setembro e dezembro de 2021.

Prazos de Candidatura e Elegibilidade 

Dirigido a 20 profissionais dos PALOP, com o mínimo de 3 anos de experiência profissional ou de aprendizagem em áreas como artes visuais, história de arte, estudos culturais, filosofia ou teorias das artes, museologia, produção e gestão cultural, literatura ou novos media, que demonstrem apetência pelo estudo e prática curatorial no campo das artes visuais contemporâneas. 

Os candidatos devem ter entre 25 e 40 anos e o domínio da língua inglesa será condição preferencial.

O curso tem inscrições abertas de 7 de junho a 22 de julho. As candidaturas devem ser submetidas online. (Não é possível guardar a informação no formulário, aconselhamos que preencha num documento à parte. Quando tiver a informação completa, submeta).

Na avaliação e seleção dos formandos será tido em conta o interesse do curso para a formação do candidato, o curriculum vitae e a motivação do candidato, incluindo preocupações concretas em relação à sua atividade profissional. Os candidatos selecionados deverão comprometer-se a frequentar a totalidade do curso e a apresentar uma proposta de projeto curatorial. A apreciação das candidaturas será feita por um júri independente, podendo incluir uma entrevista final online.

Módulos 

Temas de museologia e História das exposições 
Laura Castro, coordenação

Genealogia das exposições africanas no ocidente 
Paula Nascimento, coordenação

Temas de curadoria 
Nuno Crespo, coordenação

Colecionismo 
Sylvie Chivaratanond, coordenação

Galerias, leilões e economia da arte 
Maura Marvão e Alberto Castro, coordenação

Conservação preventiva e Documentação 
Carla Felizardo e Joana Teixeira, coordenação

Circulação, Armazenamento e Instalação de Obras de Arte 
Filipe Duarte, coordenação

Comunicação de arte numa era digital 
João Pedro Amorim, coordenação

Planeamento, financiamento e gestão de projectos 
Miguel Magalhães, coordenação

Montagem de exposições 
Sylvie Chivaratanond, coordenação

Mesas-Redondas

Estão previstas 3 mesas-redondas sobre temas-chave na agenda da pesquisa curatorial que serão uma oportunidade para os alunos conhecerem artistas e curadores, do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, do meio artístico internacional, português e africano, e participarem nalguns dos debates que marcam os discursos contemporâneos da arte.

Seminário Permanente de discussão dos projetos dos alunos

Encontros semanais de discussão sobre os projetos dos participantes.

Biografias

Nuno Crespo (Lisboa, 1975) diretor da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto, curador, crítico de arte e investigador, que se tem dedicado ao estudo dos cruzamentos entre arte, filosofia e arquitetura. Licenciado e doutorado em filosofia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é professor e colaborador habitual, enquanto crítico de arte, do suplemento cultural Ipsilon (Jornal Público) tendo sido membro do seu conselho editorial.

Paula Nascimento (Luanda, 1981) é arquiteta e curadora formada pela Architectural Association School of Architecture e pela London South Bank University em Londres. Colaborou com ateliers de arquitetura no Porto e em Londres antes de fundar com Stefano Pansera Beyond Entropy um coletivo de investigação que opera nos campos da arquitetura – urbanismo – artes visuais e geopolítica. É consultora em vários projetos, incluindo o Pavilhão de Angola para a Expo Milano 2015 e colabora com diferentes instituições artísticas e coletivos. É curadora da Arco Lisboa edição de 2019, 2020 e 2021.

Contactos

Todos as questões e pedidos de informação deverão ser enviados para o email pgpd@gulbenkian.pt

Uma organização da Fundação Calouste Gulbenkian e da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto.

07.06.2021 | par Alícia Gaspar | Calouste Glubenkian, curso, curso de curadoria, curso online

Séminaire « Que peut le récit ? »

Vendredi 11 juin – Rencontre avec Romain Bertrand

Le detail du mondeLe detail du monde

10h-12h – Le Détail du monde : (d)écrire, entre histoire et littérature.

Les mots nous manquent pour dire le plus banal des paysages. Vite à court de phrases, nous sommes incapables de faire le portrait d’une orée. Un pré, déjà, nous met à la peine, que grêlent l’aigremoine, le cirse et l’ancolie. Il n’en a pourtant pas toujours été ainsi. Au temps de Goethe et de Humboldt, le rêve d’une « histoire naturelle » attentive à tous les êtres, sans restriction ni distinction aucune, s’autorisait des forces combinées de la science et de la littérature pour élever la « peinture de paysage » au rang d’un savoir crucial. La galaxie et le lichen, l’enfant et le papillon voisinaient alors en paix dans un même récit. Ce n’est pas que l’homme comptait peu : c’est que tout comptait infiniment.

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Qui a fait le tour de quoiQui a fait le tour de quoi14h-16h – Qui a fait le tour de quoi ? : lecture et discussion de l’Affaire Magellan.

L’histoire de l’expédition de Fernand de Magellan nous a toujours été racontée tambour battant et sabre au clair, comme celle de l’entrée de l’entrée triomphale de l’Europe, et de l’Europe seule, dans la modernité. Et si l’on poussait à son extrême limite, jusqu’à le faire craquer, le genre du récit d’aventures ? Et si l’on se tenant sur la plage de Cebu et dans les mangroves de Bornéo, et non plus seulement sur la Victoria ? Et si l’on faisait peser plus lourd, dans la balance du récit, ces mondes que les Espagnols n’ont fait qu’effleurer ? Et si l’on accordait à l’ensemble des êtres et des choses en présence une égale dignité narrative ? Et si les Indiens avaient un nom et endossaient parfois le premier rôle ? Et si l’Asie tenait aussi la plume ? Que resterait-il, alors, du conte dont nous nous sommes si longtemps bercés ?

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Directeur de recherche au Centre de recherches internationales (CERI, Sciences Po-CNRS), Romain Bertrand est notamment l’auteur de L’Histoire à parts égales. Récits d’une rencontre Orient-Occident (XVIe-XVIIesiècle), (Seuil, 2011, Grand Prix des Rendez-vous de l’Histoire de Blois 2012). Récemment, il a dirigé L’Exploration du monde. Une Autre histoire des grandes découvertes (Seuil, 2019) et publié Qui a fait le tour de quoi ? L’Affaire Magellan (Verdier, 2020).

07.06.2021 | par Alícia Gaspar | histoire, litterature, romain Bertrand, séminaire

Le Monde diplomatique - junho

Na edição de Junho destacamos um dossiê sobre a exploração de trabalhadores migrantes e o agrocapitalismo no Alentejo, numa abordagem que reflecte sobre os limites da mobilização do conceito de «tráfico de pessoas», que pouco tem beneficiado as vítimas (Mara Clemente), e que retrata as várias vulnerabilidades do quotidiano de trabalho e da vida destes migrantes, inseridos nas cadeias globais de valor (Ana Estevens, Jorge Malheiros, Katielle S.N. Silva). Fazemos também um balanço do que está previsto no Plano de Recuperação e Resiliência para os sectores da Saúde (Cipriano Justo) e da Habitação (Rede H) em Portugal. Na secção Outras Palavras deste mês propomos poesia, prosa e ilustrações feitas no âmbito da Leitura Furiosa 2021 no Porto.

No internacional revisitamos, à luz das mais recentes agressões, as guerras sem fim de Israel contra os palestinianos (Alain Gresh). Fazemos o relato da brutal repressão que se abate sobre os manifestantes na Colômbia, tratados como «inimigos internos» (Lola Allen e Guillaume Long). Analisamos os movimentos tendentes a transformar o Brasil numa «democracia militarizada» (Anne Vigna) e as causas do desastre pandémico indiano (Christophe Jaffelot). As tensões geopolíticas que levam a Aliança Atlântica a explorar o terreno asiático (Martine Bulard) e as divisões na esquerda francesa quanto à proposta de anulação da dívida (Renaud Lambert) são outros temas em destaque. Bem como um dossiê sobre «a cidade desfigurada» pelas escolhas ligadas, designadamente, ao consumo e à mobilidade. E muito mais.

Com o jornal está nas bancas o livro Os Três D dos Media – Desigualdade, Desprofissionalição e Desinformação, organizado por José Nuno Matos, Filipa Subtil e Carla Baptista.

ÍNDICE DE ARTIGOS aqui.TAMBÉM DISPONÍVEIS:
«Um povo de pé», SERGE HALIMI «O jornalismo no novo negócio dos media», SANDRA MONTEIROASSINATURA: Assinar é reforçar a independência e a estabilidade financeira do jornal.Veja como assinar por 1 ou 2 anos aqui.Nós cuidamos de lhe levar o jornal.CONHECE OS NOSSOS LIVROS?Veja aqui.

04.06.2021 | par martalanca | jornalismo, Le Monde diplomatique

"Les récits impliqués de l'art" une rencontre avec Sophie Orlando & Olga Rozenblum

Vendredi 4 juin à 14h aura lieu la sixième et avant-dernière séance en ligne du séminaire “Que peut le récit ? Pratiques historiennes, artistiques et curatoriales” proposé par Vanessa Brito dans le cadre d’un partenariat entre les Beaux-Arts de Marseille, le Collège International de Philosophie, le Frac Provence-Alpes-Côte d’Azur, le Mucem, le cinéma La Baleine et la librairie L’Hydre aux mille têtes.

À noter que la dernière séance du séminaire aura lieu le vendredi 11 juin, toujours en ligne, en compagnie de l’historien Romain Bertrand.

Pour cette table ronde intitulée Les récits impliqués de l’art, les Beaux-Arts de Marseille invitent Sophie Orlando (historienne de l’art) et Olga Rozenblum (commissaire d’exposition, productrice et programmatrice).

Comment participer à un récit de l’art qui ne parle pas à la place des artistes, des militant·e·s, des communautés mais leur laisse leur place à table ? Comment les remettre au centre de la situation et de l’énonciation de l’art ? Olga Rozenblum et Sophie Orlando discuteront de leurs manières de faire, de leurs différentes relations à la fois aux personnes et aux archives. Elles échangeront sur leurs manières de faire émerger les tissages entre différentes générations afin de proposer des généalogies d’affinités politiques. Olga Rozenblum discutera notamment de ses projets autour de Guillaume Dustan, Maïa Izzo-Foulquier et Griselidis Réal, tandis que Sophie Orlando parlera des écritures des récits féministes de l’art, de son travail avec les pensées et les œuvres du Black art britannique, mais surtout de l’écriture des récits produits par et autour des écoles d’art.

Pour vous connecter à cette séance, suivez le lien Teams suivant :

Cliquez ici pour rejoindre la réunion

Les informations complètes sur la séance du 4 juin se trouvent sur le site de l’école et sur Facebook.  

Olga Rozenblum est co-fondatrice de l’espace indépendant Treize à Paris et des structures red shoes et les Volcans, à travers lesquelles elle accompagne des artistes dans leurs projets de films ou d’exposition, cherchant avec elles/eux des systèmes alternatifs de production et de diffusion. Elle a organisé ces dernières années le festival UNdocumenta (festival de films disparus), la rétrospective des films de Guillaume Dustan, l’activation du fonds du Centre de documentation international sur la prostitution créé par Grisélidis Réal.

Basée à Paris, Sophie Orlando enseigne les théories de l’art à la Villa Arson, à Nice. Elle écrit, édite, diffuse à propos de pratiques artistiques situées dans la sphère du conceptualisme, des arts noirs européens et elle partage des formes culturelles et pratiques antiracistes et antisexistes. Elle développe actuellement des textes, entretiens et programmes sur les pédagogies critiques appliquées au champ de l’art.

Vanessa Brito est professeure aux Beaux-Arts de Marseille et directrice de programme au Collège International de Philosophie.

À noter que la dernière séance du séminaire aura lieu le vendredi 11 juin, toujours en ligne, en compagnie de l’historien Romain Bertrand.

01.06.2021 | par Alícia Gaspar | Art, Beaux-Arts de Marseille, Conference, historien