Vasco Araújo: LIEBESTOD - Amor e Morte / LIEBSTOD - Love and Death | 17 DE ABRIL DE 2021 ÀS 15:00

“LIEBESTOD - Amor e Morte”
Uma exposição de Vasco AraújoCuradoria de Bruno MarquesSismógrafo (Porto)Abertura: Sábado, 17 de Abril, 15:00-19:00
Patente até 15 de Maio, 2021
*Limite de quatro pessoas à vez e uso obrigatório de máscara protectora no interior do espaço.

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“LIEBESTOD - Love and Death”
An exhibition by Vasco Araújo
Curated by Bruno MarquesSismógrafo (OPorto, Portugal)
Opening: Saturday, April 17, 3:00-7:00pm
Until May 15, 2021
*Limited to four people at a time and mandatory use of a protective mask inside the space.

Por que razão somos ainda vítimas das ilusões e desilusões do amor romântico? Esta é uma das questões que Liebestod de Vasco Araújo nos suscita. Apresentada pela primeira vez em 2019, em Baku, no Azerbaijão, trata-se de uma instalação vídeo meta-operática. Duas lendas primordiais de amor trágico, perpectuadas na tradição oral e fixadas por poetas e trovadores há muitos séculos atrás, acabaram por dar o título a duas óperas emblemáticas. Tristão e Isolda e Leyli e Madjnun surgem lado a lado no seu filme, mostrando que, não obstante o “choque civilizacional” entre Ocidente e Médio Oriente - ou entre Cristianismo e Islão -, ambas constituem avatares de um mesmo arquétipo, senão de um mesmo modelo da psique humana.

Liebestod - Amor e Morte explora o amor romântico, a paixão e a impossibilidade de os dois amantes estarem juntos. Esses assuntos são revelados através do prisma de entrevistas a psicanalistas do Azerbaijão e da Alemanha que examinam e comparam os enredos das duas óperas e respondem a uma série de questões colocadas pelo artista sobre a definição do amor, a projecção das dificuldades dos protagonistas na actualidade ou o aconselhamento profissional sobre como se deve agir quando a ilusão choca com a realidade. Combinado com letras profundas, música comovente e sinistras paisagens nocturnas de antigos cemitérios, castelo abandonado e florestas virgens, estas conversas mergulham o espectador na reflexão sobre se a morte é a única salvação para o amor eterno.
No dia de abertura será lançado o livro da exposição: edição numerada e assinada pelo artista, com design da autoria de Maria João Macedo e Dário Cannatà e um ensaio de Bruno Marques. Ao tomar a forma (e função) de um libreto, esta publicação propicia, do ponto de vista conceptual e da recepção estética, uma estrita relação com a instalação vídeo, constituindo uma extensão da mesma.

-Vasco Araújo, nasceu em Lisboa, em 1975. Concluiu a licenciatura em Escultura pela FBAUL., frequentou o Curso Avançado de Artes Plásticas da Maumaus em Lisboa. Integrou ainda programas de residências, como Récollets (2005), Paris; Core Program (2003/04), Houston. Em 2003 recebeu o Prémio EDP Novos Artistas, Portugal.
Desde então tem participado em diversas exposições individuais e colectivas tanto nacional como internacionalmente: “Momento à parte”, MAAT – Fundação EDP, Lisboa, Portugal (2019); Vasco Araújo”, M-Museum, Leuven, Belgica, (2018); “Decolonial desires”, Autograph ABP, Londres, U.K. (2016); “Potestad”, MALBA - Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina.(2015) “Under the Influence of Psyche”, The Power Plant, Toronto (2014); “Debret”, Pinacoteca do Estado de S. Paulo, S. Paulo (2013); “Eco” Jeu de Paume, Paris (2008); “Em Vivo Contacto”, 28º Bienal de S. Paulo, São Paulo (2008); “Experience of Art”; La Biennale di Venezia. 51th International Exhibition of Art, Veneza (2005); “The World Maybe Fantastic” Biennale of Sydney (2002), Sydney.
O seu trabalho está publicado em vários livros e catálogos e representado em várias colecções, públicas e privadas.

www.vascoaraujo.org

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Why are we still the victims of the illusions and disillusions of romantic love? This is one of the questions raised by Vasco Araújo’s video and installation Liebestod. Shown for the first time in 2019 in Baku, Azerbaijan, this piece is a meta-operatic work. Two primordial legends of tragic love, preserved in the oral tradition and fixed by poets and troubadours many centuries ago, provided the title of two emblematic operas. Tristan and Isolde and Leyli and Majnun appear side by side in his film to demonstrate that despite the “civilizational clash” between the West and the Middle-East (viz. between Christianity and Islam), both constitute not only the avatars of the same archetype but perhaps of the same model of the human psyche.

Liebestod - Love and Death explores romantic love, passion, and the impossibility of the two lovers being together. These issues presented through the identification prism of psychoanalysts from Azerbaijan and Germany who examine and compare the plots of the two operas and go through a series of questions raised by the artist about the definition of love, projection of the difficulties of the protagonists today, or the professional advice on how to act when the illusion collides with reality. Combined with deep lyrics, moving music, and sinister night landscapes of old cemeteries, an abandoned castle, and virgin forests, these conversations immerse the viewer in the thoughts on whether death is the only salvation for eternal love.On the opening, will be released an exhibition book: a numbered edition signed by the artist, with design by Maria João Macedo and Dário Cannatà and an essay by Bruno Marques. By taking the form (and function) of a libretto, this publication provides, from a conceptual point of view and aesthetic reception, a strict relationship with the video installation, constituting an extension of it.

-Vasco Araújo was born in 1975 in Lisbon. Completed his first degree in Sculpture in 1999 at FBAUL, and attended the Advanced Course in Visual Arts at Maumaus in Lisbon. Also took part in residency programmes, such as The University of Arts, Philadelphia (2007); Récollets, Paris (2005); and the Core Program (2003/04), Houston. In 2003, he was awarded the EDP Prize for New Artists, Portugal.
Since then, he has participated in various solo and group exhibitions both in Portugal and abroad: “Momento à parte”, MAAT – Fundação EDP, Lisboa, Portugal (2019); Vasco Araújo”, M-Museum, Leuven, Belgica, (2018); “Decolonial desires”, Autograph ABP, Londres, U.K. (2016); “Potestad”, MALBA - Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina.(2015) “Under the Influence of Psyche”, The Power Plant, Toronto (2014); “Debret”, Pinacoteca do Estado de S. Paulo, S. Paulo (2013);“Em Vivo Contacto”, 28º Bienal de S. Paulo, São Paulo (2008); “Experience of Art”, La Biennale di Venezia. 51st International Exhibition of Art, Venice; “The World Maybe Fantastic” Sydney Biennial (2002), Sydney.
His work has been published in various books and catalogues and is represented in several public and private collections.

www.vascoaraujo.org
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Apoio à programação do Sismógrafo / Support to Sismógrafo programme:
Direção Geral das Artes (DGArtes); Apoio Criatório (CMP), Casa das Artes/DRCultura do Norte; Artworks

18.03.2021 | by Alícia Gaspar | arte, exposição, liebestod, porto, vasco Araújo

Contemporânea lança “Comunidade enquanto Imunidade” para apoiar a produção artística

A Contemporânea abre no dia 24 de março o programa de Comunidade enquanto Imunidade, um projeto que envolve 20 autoras e autores na criação e edição de conteúdos inéditos que vão refletir sobre a produção artística em contexto de crise.

Comunidade enquanto Imunidade é um projeto transdisciplinar dedicado à reflexão e produção artística sobre as várias dimensões críticas do presente na sua, inevitável, relação com a pandemia COVID-19. Foi criado pela Contemporânea, a publicação portuguesa especializada em arte contemporânea, e entre março e dezembro promove um programa com atividades públicas e gratuitas, que conta com contributos de 20 artistas, curadores, académicos, jornalistas, músicos e outras autoras e autores:

Alejandro Alonso Díaz, Ana Margarida Abrantes, Andreia Santana, António Poppe, Carolina Ellis, Cátia Sá, Diana Policarpo, Djaimilia Pereira de Almeida, Gisela Casimiro, Hugo Canoilas, Jack Mugler, Miguel Mesquita, Odete, Pedro Barateiro, Peter Hanenberg, Rita Natálio, Rodrigo Ribeiro Saturnino, Sofia Lemos, Tita Maravilha e Vítor Belanciano.

 

Ana Cristina Cachola, curadora e diretora artística de Comunidade enquanto Imunidade, destaca que o projeto surge “neste momento crítico”, “de crise e de necessidade (da) crítica”, com o principal objetivo de “construir comunidade enquanto forma de imunidade social e cultural perante os diversos desafios, as incertezas e as diferentes precariedades que são instaladas pela(s) crise(s)”.

O programa integra um ciclo de workshops temáticos, a edição de um número especial da Contemporânea – associado a um programa online com publicações, conversas e performances –, e de um jornal de distribuição gratuita. Todas as atividades serão de acesso livre e gratuito e vão acontecer maioritariamente online.

No dia 24 de março, às 10h, realiza-se o primeiro dos cinco workshops do ciclo, que será dedicado à mediação e reflexão sobre o tema “Proximidade à distância: Modelos (pré)existentes”. Os workshops pretendem promover o diálogo e a cooperação entre as autoras e autores convidados, apoiar o processo de criação autoral e abrir ao público a discussão sobre os vários temas que o projeto propõe explorar. Serão transmitidos no canal do MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia no YouTube e abertos à participação de todas as pessoas que desejem acompanhar o desenvolvimento desta comunidade.

O projeto Comunidade enquanto Imunidade é desenvolvido com o apoio da Direção-Geral das Artes / Ministério da Cultura e em parceria com uma rede de organizações culturais portuguesas e estrangeiras.

PROGRAMA:

MAR – ABR | Workshops

Quartas-feiras das 10h – 11h

Sessões em Português

Acesso livre através do canal do MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia no YouTube. 

24 MAR WKS 1 Proximidade à distância: Modelos (pré)existentes 

31 MAR WKS 2 Participação em e para além da Presença 

07 ABR WKS 3 Comunidade e Imunidade – a partir de Paul B. Preciado 

14 ABR WKS 4 Curadoria e Cura: Virulência e contágio no pensamento contemporâneo 

21 ABR WKS 5 O Poder e a Ação da Programação Cultural: Manifestos e manifestações 

28.ABR – 11.JUL | Edição e programa online 

24.SET | Lançamento do Jornal 


FICHA TÉCNICA:

Coordenação Editorial: Celina Brás 

Direção Artística: Ana Cristina Cachola 

Curadoria de Comunicação: Sílvia Escórcio

Design Gráfico: Vera Velez 

Programação Web: Tiago Balas

 

PARCERIAS:

Alkantara

CECC - Centro de Estudos de Comunicação e Cultura | Universidade Católica Portuguesa

DuplaCena

Fluent  

Galeria Zé dos Bois

Guimarães

Hangar – Centro de Investigação Artística

MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia

Solar - Galeria de Arte Cinemática

O Armário

 

APOIO:

Direção-Geral das Artes / Ministério da Cultura

 

Sobre a Contemporânea: 

A plataforma editorial Contemporânea foi fundada por Celina Brás em abril de 2015. É dedicada à divulgação da arte contemporânea e um espaço aberto ao pensamento, à reflexão crítica e ao entendimento da criação contemporânea e da inscrição das suas práticas num contexto global. Promove e divulga a arte contemporânea que é produzida em Portugal, não descurando outras perspetivas no âmbito das várias práticas artísticas contemporâneas que privilegiem o debate e a reflexão crítica. Publica formatos como crítica, ensaio, entrevista e reflexões várias sobre arte, integra projetos de artistas e acompanha a agenda nacional de exposições. 

A versão impressa da Contemporânea surge em 2018, numa vertente temática, com o objetivo de criar edições de cariz curatorial. Para tal, são endereçados convites a curadores e curadoras, com o objetivo de criar conteúdos diferenciados, privilegiando formatos e visões singulares, em função da especificidade de cada tema.

18.03.2021 | by Alícia Gaspar | académicos, Alejandro Alonso Díaz, Ana Margarida Abrantes, Andreia Santana, António Poppe, arte, artistas, autoras, Carolina Ellis, Cátia Sá, comunidade, contemporânea, curadores, Diana Policarpo, Djaimilia Pereira de Almeida, Gisela Casimiro, Hugo Canoilas, Jack Mugler, jornalistas, maat, Miguel Mesquita, músicos, Odete, Pedro Barateiro, Peter Hanenberg, projeto, Ritá Natálio, Rodrigo Ribeiro Saturnino, Sofia Lemos, Tita Maravilha, Vítor Belanciano, workshops

Arquitecturas Film Festival regressa a Lisboa em Junho com foco em Angola

Tendo como tema Bodies Out Of Space, o festival vai realizar-se no Cinema São Jorge de 1 a 6 de Junho.

O Cine-Estúdio do Namibe é um edifício projectado pelo arquitecto José Botelho Pereira para Moçâmedes, mas que nunca recebeu filmes. Walter Fernandes (Livro | Angola Cinemas) O Cine-Estúdio do Namibe é um edifício projectado pelo arquitecto José Botelho Pereira para Moçâmedes, mas que nunca recebeu filmes. Walter Fernandes (Livro | Angola Cinemas)

Arquitecturas Film Festival regressa ao Cinema São Jorge, em Lisboa, de 1 a 6 de Junho deste ano, numa oitava edição que se debruça sobre Angola e um total de 36 filmes, anunciou a organização esta terça-feira.

Sem se realizar em 2020, devido à pandemia de covid-19, o regresso do festival dedicado à arquitectura faz-se nos primeiros dias de Junho, com o tema Bodies Out Of Space. “É uma excursão sobre a construção social do espaço conectado a um fio que circula dentro das suas próprias narrativas de dominação. Narrativas também sobre identidade que, muitas vezes, é retirada ou forçada a representar o nosso corpo”, pode ler-se na apresentação. A partir desta reflexão, acrescenta a nota, nasce “uma vontade de pensar activamente sobre a responsabilidade como espectadores” por um “labirinto de desigualdades como descendentes directos da exploração do espaço e dos corpos”.

Além da selecção oficial e da competitiva, o evento debruça-se sobre Angola, país onde “a confluência de tempos e regimes é visível na sua arquitectura e na sua memória colectiva”, com a curadoria da jornalista, escritora e produtora Marta Lança.

O certame arranca com a exibição de Para Lá dos Meus Passos, de Kamy Lara e Paula Agostinho, seguindo cinco bailarinos de diferentes regiões do território angolano. A programação inclui a estreia em sala de “Body-Buildings”, do português Henrique Pina, que cruza dança, arquitectura e cinema no olhar para “seis retratos coreográficos em seis locais portugueses distintos”. Tânia Carvalho, Vera Mantero, Olga Roriz, Paulo Ribeiro, Victor Hugo Pontes e Jonas & Lander cruzam a dança com a arquitectura de Álvaro Siza, Eduardo Souto de Moura, Aires Mateus, João Luís Carrilho da Graça e João Mendes Ribeiro.

Ao todo, são 36 filmes de mais de uma dezena de países diferentes, com a programação completa a ser anunciada em breve. Documentários, filmes de ficção, animação e obras experimentais estarão incluídas na selecção, sempre com a marca da arquitectura contemporânea, com prémios atribuídos para Novos Talentos, Melhor Ficção, Melhor Filme Experimental e o Prémio do Público.

Ao lado da programação cinematográfica, o café do Cinema São Jorge recebe um ciclo de debates intitulado África Habitat, organizado em parceria com a Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, e a exposição de instalações dos angolanos Lino Damião e Nelo Teixeira. Afonso Quintã organiza ainda uma mostra sobre os cineteatros de Angola, partindo de material do Cine-Estúdio do Namibe, um projecto do arquitecto José Botelho Pereira para Moçâmedes, concluído em 1974, mas que nunca entrou em funcionamento.

Concebido pela Do You Mean Architecture e pelo Instituto, o Arquitecturas é uma co-produção com a EGEAC e o Cinema São Jorge, com vários outros parceiros e o apoio da Embaixada de Angola.

16.03.2021 | by Alícia Gaspar | Aires Mateus, Álvaro Siza, angola, arquitectura, arquitecturas film festival, arquitetura, bodies out of space, body buildings, cinema, cinema de são jorge, dança, do you mean architecture, Eduardo Souto de Moura, embaixada de angola, Henrique Pina, instituto, João Luís Carrilho da Graça e marta lança, João Mendes Ribeiro, lisboa, Olga Roriz, Paulo Ribeiro, Tânia Carvalho, Vera Mantero, Victor Hugo Pontes e Jonas & Lander

Cinema: Beast International Film Festival começa no dia 24 de março

A quarta edição do festival decorre este ano exclusivamente online, na plataforma Filmin. Entre 24 de março e 4 de abril vão ser disponibilizadas 60 produções cinematográficas de países do leste europeu, com destaque para a Roménia. O programa estende-se depois até junho, com sessões presenciais no Porto.

No ano passado deveria ter ocorrido mais uma edição do Beast International Film Festival mas a pandemia levou ao adiamento. A solução encontrada pela organização para o evento passa por um cenário misto: entre 24 de março e 4 de abril serão disponibilizados cerca de 60 filmes, através da plataforma Filmin. À medida que o confinamento abrandar, haverá sessões presenciais, no Porto. 

O programa divide-se entre o lado competitivo e secções focadas no documentário, em filmes experimentais e em criações de estudantes de cinema, com um momento de festival, de 24 a 28 de março, e os filmes disponíveis na plataforma até 4 de abril, explica a organização em declarações à agência Lusa. 

“Acho que a parte competitiva tem a ideia do ‘wild, wild east’. O ‘Leste selvagem’, um dos nossos motes. Tem pequenas janelas do Leste, com pequenas histórias, sobre relações, sobre famílias, a comunidade LGBT+. Queremos ter uma parte de diversidade da Europa de Leste e não tanto estereótipos” sobre essa região, defende o diretor do festival Radu Sticlea.

A abertura do Beast International Film Festival é assegurada pelo filme “Ivana The Terrible”, uma obra entre o documentário e a ficção, a partir da vida da própria realizadora, Ivana Mladenovic.  

“Acasa, My Home”, realizado por Radu Ciorniciuc, recebeu o prémio de cinematografia no festival de Sundance, em 2020 e é também um destaque do Beast; este documentário acompanha uma família de onze pessoas que tem de abandonar vinte anos de comunhão com a natureza, para se adaptar à vida em Bucareste. 

Também em destaque está “The Distance Between Me and Me”, de Dana Bunescu e Mona Nicoara, que explora a imagética e o trabalho de Nina Cassian. e “Invisible Paradise”, estreado no festival suíço “Visions du Réel” de 2020. Este trabalho da bielorrussa Daria Yurkevich segue três irmãs daquele país que cresceram numa comunidade piscatória, vista como um paraíso, mas muito próxima da zona de exclusão de Chernobyl. 

O Beast International Filme Festival começou a ser organizado em 2017, no Porto, pela OKNA Associação Cultural, descrevendo-se como “um evento iluminando a paisagem do cinema do Leste Europeu. Pelos Balcãs, Bálticos, pelo pós-comunismo, o BEAST abriu a janela para 21 países, representando-os de forma única com foco nos novos trabalhos, novos talentos e apresentando as novas cara do Novo Leste.”

16.03.2021 | by Alícia Gaspar | acasa my home, beast international film festival, cinema, documentário, filme festival, filmin, invisible paradise, Ivana the terrible, leste europeu, porto, Roménia, the distance between me and me

Jornal Mapa - Edição 30

O Jornal MAPA chega ao #30 com um olhar especial sobre as fronteiras e o neofascismo enquanto mecanismos de produção de deslocados e excluídos, seja os que arriscam a vida a tentar entrar na Europa, seja os que, cá dentro, são usados como mão de obra e/ou bode expiatório.

Olhámos também para a luta do SoREA (Solar Residência dos Estudantes Açoreanos) e a situação das Repúblicas numa Coimbra aberta à voracidade imobiliária. E porque a liberdade de expressão passa pela liberdade de emissão, espreitamos ainda a luta pelas ondas de rádio enquanto bem comum, com direito a uma caixa de ferramentas livres para tu mesmo transmitires.

As páginas centrais trazem-nos uma hortografia, conjunto de fotografias de hortas que são «pedaços intemporais e marginais de agricultura», onde se cultiva à margem, «mostrando-nos as agroecologias e as campesinidades que (ainda) temos dentro de nós».

Espreitamos ainda o Fórum Social Mundial que, no seu 20º aniversário, decorreu online, revisitamos o caso da esquadra de Alfragide, damos um pulo ao aeroporto do Montijo, passamos pelo Sahara Ocidental e ainda por Angola e pelos Estados Unidos.

Não esquecemos a comunidade LGBTQI+, principalmente em tempo de pandemia, e, enquanto esperamos que os e as zapatistas cheguem na sua tour pela Europa, podemos tentar ouvir um ou outro canto do Coro da Achada.

Tudo isto e mais na edição #30 do Jornal MAPA.

Este número sai em pleno confinamento, pelo que é especialmente importante que faças/renoves a tua assinatura em https://www.jornalmapa.pt/assinatura-do-jornal/ (ou assinaturas@jornalmapa.pt), apoiando e garantindo a continuidade destas 48 páginas de informação critica. Ao fazê-lo poderás ainda reservar um exemplar da edição limitada do CD Viver / Festa, reedição do rap subversivo dos C.O.M.A.

11.03.2021 | by Alícia Gaspar | Agricultura, agroecologias, angola, Estados Unidos, jornal Mapa, jornalismo, LGBTQI, migração, neofascismo, Portugal, SoREA

"De Onde Venho, Para Onde Vou" — Doclisboa

Just a Movement, de Vincent Meessen, é um filme que parte da reinterpretação livre de “La Chinoise”, de Godard, para se centrar na figura e memória de Omar Blondin Diop, o actor que representava o jovem revolucionário maoísta no filme original e que era também um filósofo e artista anticolonial da África Ocidental.

Através de uma narrativa construída pelos amigos e familiares de Diop, e revisitando o método então ensaiado por Godard, o filme reflecte sobre as ideias do jovem senegalês em confronto com a realidade de Dakar nos dias de hoje. 


Picnic FreeInventory e Mockingbird, de Kevin Jerome Everson.

The Annotated Field Guide of Ulysses S. Grant, de Jim Finn. 

O experimentalismo visual de Kevin Jerome Everson e de Jim Finn dão as cartas nesta sessão que aborda e reflecte sobre as feridas sociais norte-americanas. Kevin Jerome Everson é um reconhecido artista visual que tem focado uma boa parte do seu trabalho na migração da comunidade afro-americana do sul para o norte do país, em busca de trabalho.

Em “The Annotated Field Guide of Ulysses S. Grant”, Jim Finn constrói um ensaio visual montado a partir de imagens a 16mm que reconstroem o percurso do general Grant, da fronteira entre o Texas e o Luisiana à costa de Nova Inglaterra, pelos antigos campos de batalha em que derrotou os exércitos Confederados. 


Para além das sessões, hoje vamos estar à conversa com o realizador Vincent Meessen, às 21h, e no dia 14, à mesma hora, com Kevin Jerome Everson e Jim Finn. 

11.03.2021 | by Alícia Gaspar | divulgação, DocLisboa, inventory, just a movement, mockingbird, picnic free, sessão de filmes, the annotated field guide of ulysses s. grant

KUBAKA — Pré-lançamento

A partir de Kubaka, estúdio de música caseiro localizado no Alto de Bomba por onde a maioria dos rappers da zona geralmente passa, juntamo-nos, no último trimestre de 2020, e lançamos o projecto KUBAKA.

Com curadoria do sociólogo Redy Wilson Lima, que esteve connosco por três períodos diferentes o projeto também teve a colaboração de Revan Almeida, fundador de KASA PRETA; Lenine Melo, vulgo DJ Letra; e Carlos Hernâni, vulgo GG – Hiphop Arte.
Vimos, assim, convidar todos a estarem presentes no pré lançamento do disco KUBAKA criado numa colaboração entre os rappers de Alto de Bomba, a editora KUBAKA Records e  Iniciativa OUTROS BAIRROS, na praça “Praça Nho Jon”, Alto de Bomba.

Pré Lançamento KUBAKA
Data: 12 de Março 
Local: Praça Nho Jon, Alto de Bomba Hora: 18:00

11.03.2021 | by Alícia Gaspar | alto de bomba, iniciativa OUTROS BAIRROS, KASA PRETA, KUBAKA, praça nho jon

Jornal O Negro: Órgão dos Estudantes Negros

Na celebração dos 110 anos da publicação do jornal O Negro, haverá reedição no dia de aniversário, em formato digital e em papel, com comentários e enquadramento de Cristina Roldão, José Pereira e Pedro Varela. A publicação será das FALAS AFRIKANAS. Todos os dias, a partir de hoje, haverá informações adicionais.  Acompanhem a página!

A 9 de março de 1911 era lançado em Lisboa o jornal O Negro: Órgão dos Estudantes Negros. 110 anos depois decidimos fazer uma reedição comemorativa dos três números desta publicação. Este foi o primeiro periódico de uma geração de ativistas que, durante 22 anos, se organizou em torno do pan-africanismo, da luta contra o racismo e da reivindicação de direitos para os territórios colonizados. Este jornal, que era dirigido por estudantes negros em Portugal, pretendia combater as «iniquidades, opressões e tiranias», apelava à construção de um partido africano e exigia da República o fim da desigualdade racial.

Num momento como o actual, em que a sociedade portuguesa e outras entram numa intensa disputa sobre os legados coloniais e racismo, e em que os jovens negros são protagonistas de importantes movimentos sociais, a reedição d’O Jornal “O Negro: Orgão dos Estudantes Africanos”, dificilmente poderia ser mais oportuna. Trazer para o presente este jornal e revelar a importância do movimento de que ele fez parte é ferramenta imprescindível para questionar o silenciamento constante a que a história dos afrodescendentes e africanos é votada na sociedade portuguesa. É também homenagear e dar continuidade ao trabalho de Mário Pinto de Andrade que deixou pistas preciosas para que as gerações seguintes pudessem conhecer a sua presença multissecular em solo português e a resistência histórica de que são herdeiros. Assim sendo, reeditar O Negro 110 anos depois não se resume à comemoração de uma efeméride, mas é o exercício do direito à memória, que é, acima de tudo, um instrumento de combate antirracista na atualidade.A versão em papel poderá ser adquirida a partir de dia 9 de março nas seguintes livrarias: Letra Livre, Bazofo & Dentu Zona (Cova da Moura) e Tchatuvelah.A versão PDF é gratuita e estará disponível a partir do dia 9 de Março nesta página e noutras plataformas.

02.03.2021 | by martalanca | estudantes, jornal, Mário Pinto de Andrade, O Negro

"O desconfinamento que a tua voz precisava"

Campeonato do Mundo de Poesia SlamWORLD POETWITCH SLAM chamada a todxs guineenses, interessadxs escrevam para dphr@diaphra.pt 

www.instagram.com/irancego

www.facebook.com/irancego

#guinébissau #poetwitchslam #poesiaslam #worldpoetwitchslam 


28.02.2021 | by martalanca | Birú, Guiné Bissau, poesiaslam

Aqui em carne e osso com Mamadou Ba

SOMOS DE CARNE E OSSO, pessoas de proveniências variadas e diferentes gerações que não suportam o racismo nem as suas formas de violência, declaradas ou subtis. Entendemos que o colonialismo foi responsável pela exploração e genocídio de povos e culturas, assente em conceções de superioridade racial inadmissíveis, hoje como no passado.

Somos pessoas que não podem ficar caladas face às iniciativas que tentam transformar o antirracismo e ativistas antirracistas em inimigos da democracia. Condição para democracia plena são sociedades plurais e assentes na diversidade, capazes de olhar para o seu passado sem trauma ou glorificação, garantindo o respeito pelos direitos humanos de todos os refugiados, imigrantes, minorias étnicas que aqui têm a sua vida ou esperam poder tê-la.

Não criámos perfis automáticos. Cada um/a de nós é uma pessoa de carne e osso que não pode ficar calada neste tempo em que o racismo se normaliza no espaço público e a discriminação e violência encontram adeptos e ganham força no silêncio das pessoas decentes.

AQUI EM CARNE E OSSO COM MAMADOU BA 

24.02.2021 | by Alícia Gaspar | anti-racismo, antifascismo, ativismo, democracia, Mamadou Ba, Portugal, somos de carne e osso, SOS Racismo

Nasce um novo hub no Porto que explora a herança colonial da cidade

Através de uma parceria entre o INSTITUTO, o colectivo InterStruct e a Rampa, nasce na cidade do Porto um hub ao abrigo da iniciativa VAHA, uma rede de diálogo composta por organizações culturais da Turquia e de outros países europeus que visa sensibilizar e emancipar a sociedade civil face aos mais diversos desafios sociais e políticos. 

O primeiro resultado dessa sinergia traduz-se num ciclo de conversas virtuais sobre os vestígios da herança colonial da cidade do Porto, com o título de “Pós-Amnésia: Desmontando Manifestações Coloniais”. Dedicado a desvendar, pensar e questionar os vestígios - materiais e imateriais - do passado colonial da cidade, este ciclo é constituído por três debates com especialistas de várias áreas que partilham as suas experiências a partir de diferentes geografias. 

O primeiro debate, “Monumentos e Memoriais” acontece a 25 de fevereiro (19h00) e conta com a participação de Beatriz Gomes Dias / DJASS, Bárbara Neves Alves e Felipe Moreira. Será moderado por Mamadou Ba

O segundo debate, “Rotas e Toponímia”, será marcado pela participação de Cartografia Negra (São Paulo), African Lisbon Tour (Lisboa) e Rota dos Escravos (Luanda), com a moderação de Isabeli Santiago. Acontece no dia 4 de Março, também às 19h00.

Por último, a terceira conversa, que decorre no dia 11 de março (19h00), irá incidir sobre “História e Cultura”, e contará com a participação de Ângelo Delgado, Onésio Intumbo e Manuel de Sousa, assim como com a moderação de Navváb Aly Danso

 

Os debates terão lugar virtualmente, pelo que podem ser acedidos através das redes sociais do INSTITUTO, do InterStruct ou da Rampa

Ligação para o evento: https://fb.me/e/24pmwoNZj?ti=wa 

Mais detalhes sobre estes debates e o ponto de partida:

Monumentos e Memoriais — 25/fev

Refletir sobre estruturas comemorativas a partir do seu potencial simbólico, assim como o interesse público sobre a sua edificação e preservação. O debate será fomentado pela análise de monumentos existentes no espaço público que perpetuam narrativas coloniais, assim como de monumentos que oferecem uma contranarrativa à dominante, a partir de casos específicos nas cidades de Lisboa, Porto e São Paulo.

  • Memorial à Escravatura - Beatriz Gomes Dias, Djass 

  • Monumento ao Esforço Colonizador Português - Bárbara Neves Alves 

  • Imagens de Controle e Monumentos - Felipe Moreira

  • Moderação: Mamadou Ba


Rotas e Toponímia — 04/mar

Abordar a “amnésia” que parece existir no espaço urbano e na toponímia de ruas, praças, placas de lojas, etc., questionando as representações que celebram pessoas ou eventos relacionados com o comércio de escravos, colonialismo e guerra colonial, assim como a ausência de representações contra-hegemónicas e decoloniais. Neste debate participarão grupos e iniciativas que têm promovido esta discussão nas cidades de Lisboa, Luanda e São Paulo.

 

  • Volta Negra - Cartografia Negra
  • African Lisbon Tour - Naky Gaglo
  • Rota dos Escravos - Associação KALU
  • Moderação: Isabeli Santiago 

 


História e Cultura (11/mar) - 19h

Refletir sobre o legado colonial em Portugal a partir da sua dimensão histórica e cultural. Assim, narrativas e linguagens hegemónicas são questionadas, enquanto perspectivas anticoloniais fazem emergir a multiplicidade de relações de poder e de experiências subjetivas que foram historicamente marginalizadas. 

 

  • Sem Ofensa - Ângelo Delgado 
  • Onésio e a Azagaia - Onésio Intumbo
  • Porto Desaparecido - Manuel de Sousa
  • Moderação: Navváb Aly Danso

 

22.02.2021 | by Alícia Gaspar | conversa, debate, evento online, herança colonial, legado colonial em Portugal, palestras online, porto, Portugal

Pós-Amnésia: Desmontando Manifestações Coloniais

02/2021  #04

Fonte - Porto DesaparecidoFonte - Porto Desaparecido

O INSTITUTO, o InterStruct Collective e a Rampa uniram esforços para formar um novo hub com o objetivo de promover o debate sobre a herança colonial na cidade do Porto. 
“Pós-Amnésia: Desmantelando Manifestações Coloniais” dedica-se a desvendar, pensar e questionar os vestígios - materiais e imateriais - do passado colonial da cidade do Porto. Como primeira atividade pública, apresenta um ciclo de debates online com especialistas de várias áreas, que irão partilhar as suas experiências a partir de diferentes geografias. 
Os debates serão transmitidos em direto nos canais de youtube do INSTITUTO e Rampa, e na página de facebook do InterStruct Collective. As sessões decorrem em Português, e será publicada mais tarde uma versão com legendas em Inglês.
O projeto integra o programa VAHA, uma iniciativa de Anadolu Kültür e MitOst e.V., financiada por Stiftung Mercator e a European Cultural Foundation. O consórcio VAHA está em colaboração com a iac Berlin para implementar uma série de ‘workshops temáticos e reuniões de rede’. A organização agradece também o apoio da Chrest Foundation.

EVENTO ONLINE


25 Fev 2021
04 Mar 2021
11 Mar 2021
Quinta-feiras
19h


→ RSVP NO EVENTO DO FACEBOOK
→ SEGUIR O CANAL DE YOUTUBE

*** English***

© Cartografia Negra© Cartografia Negra

INSTITUTO, InterStruct Collective and Rampa come together to form a new hub aiming to promote debate on the colonial heritage of Porto. 
“Post-Amnesia: Dismantling Colonial Manifestations” focuses on unveiling, thinking and questioning the traces - material and immaterial - of Porto’s colonial past. It begins with a talk series with specialists from different fields, who will share their experiences from different geographies. 
The debates will be streamed on Interstruct Collective’s Facebook page and INSTITUTO’s and Rampa’s youtube channels. The sessions will be held in Portuguese, and a version with English subtitles will be made available to the public later on.
The project is part of VAHA, an initiative of Anadolu Kültür and MitOst e.V., funded by Stiftung Mercator and the European Cultural Foundation. VAHA partner consortium is in a collaboration with the iac Berlin to implement a series of ‘thematic workshops and network meetings’. The organisation also thanks the support from Chrest Foundation.

ONLINE EVENT
FACEBOOK & YOUTUBE


25 Feb 2021
04 Mar 2021
11 Mar 2021
Thursdays
7pm


→ RSVP FACEBOOK EVENT
→ FOLLOW YOUTUBE CHANNEL

PROGRAMA / PROGRAMME

Debate #1
Monumentos e Memoriais / Monuments and Memorials
25/02/2021 · 19h GMT
• Memorial à Escravatura – Beatriz Gomes Dias, Djass 
• Monumento ao Esforço Colonizador Português – Bárbara Neves Alves 
• Imagens de Controle e Monumentos – Felipe Moreira
Moderação: Mamadou Ba

Debate #2
Rotas e Toponímia / Tours and Toponymy
04/03/2021 · 19h GMT
• Volta Negra – Cartografia Negra
• African Lisbon Tour – Naky Gaglo
• Rota dos Escravos – Associação KALU
Moderação: Isabeli Santiago

Debate #3
História e Cultura / History and Culture
11/03/2021 · 19h GMT
• Sem Ofensa – Ângelo Delgado 
• Onésio e a Azagaia – Onésio Intumbo
• Porto Desaparecido – Manuel de Sousa
Moderação: Navváb Aly Danso

22.02.2021 | by Alícia Gaspar | a rampa, colonialismo, desmontando manifestações coloniais, divulgação, evento online, Facebook, interstruct collective, Isabeli Santiago, Mamadou Ba, navváb ali danso, o instituto, YouTube

Olhares sobre o Racismo - Documentário

A associação SOS Racismo marca a sua presença em Portugal há 30 anos. Para assinalar a data produziu um documentário em parceria com Bantumen e realização de Bruno Moraes Cabral, Eddie Pipocas e Dércio Tomás Ferreira. 

Edição, grafismo e sonoplastia por Dércio Tomás Ferreira.  Pós-produção de Som por Billyboom.  Correção de Cor por Carlos Isaac.  Estúdios - Black on Black One e Billyboom. Música: Rahiz – A minha carta para a sociedade. Epidemic Sound. Youtube Audio Library

Entrevistados

Alexandra Santos - Clube Safo

Angella Graça - Inmune - Instituto da Mulher Negra em Portugal

António Tonga - Consciência Negra

Bruno Gonçalves - Letras Nómadas Aidc

Evalina Gomes Dias - Djass- Associação de Afrodescendentes

Guiomar Sousa - Ribaltambição

Jéssica Bruno - Núcleo Anti-Racista de Coimbra

José Semedo Fernandes - Advogado

Kitty Furtado - Académica e Activista Anti-Racista

Lúcia Furtado - Femafro

Mamadou Ba - SOS Racismo

Maria Gil - Activista cigana

Neusa Pedro - Levantados do Chão

Sinho Baessa - Cavaleiros de São-Brás

Xullaji / Prétu - Músico e Sound Designer

Zia Soares - actriz, encenadora, directora artística do Teatro GRIOT

22.02.2021 | by Alícia Gaspar | divulgação, documentário, Olhares sobre o Racismo, Portugal, racismo, SOS Racismo

BUALA Podcast

O BUALA está disponível a partir de hoje também em formato aúdio! 

Condivamo-lo a ouvir interessantes entrevistas com uma base autobiográfica - disponíveis no Spotify, Anchor e Pocket Casts

A primeira entrevista contou com a presença do Dj Di Cândido - migrante brasileiro, criador do projeto “House of Didi”, membro da comunidade negra LGBTQI, ativista e mobilizador de encontros.

Nesta conversa foram abordados temas como:

- a sua adaptação à Europa

- a representatividade negra na comunidade LGBTQI

- o projeto “House of Didi”

- relações de poder e de colonialidade

20.02.2021 | by Alícia Gaspar | anchor, buala, di cândido, entrevistas, novo projeto, pocket casts, podcast, soundcloud, Spotify

Call for Stories: Afro-Futures in European Cities

CAll:  “Afro-Futures in European Enclaves: Stories of Care Labor and its Space Making Powers”.

Recently selected for the Future Architecture Platform 2021. There must be a future where African European communities get the right to share, shape, and shake the cities and neighbourhoods where we live.
Bristol statue plinth recently changed after #BlackLivesMatter protest.Bristol statue plinth recently changed after #BlackLivesMatter protest.
In her recent book, Olivette Otelle (2020) proposed the term ‘African European’ as “a provocation for those who deny that one can have multiple identities and even citizenships, as well as those who claim that they do not ‘see colour’.” Renowned historian and professor, she adds that this term is also an “invitation to rethink the way we use and read European and African histories and define terms, such as citizenship, social cohesion and fraternity, that have been the basis of contemporary European societal values.”  (Otelle, 2020, p.8)

With this in mind, we invite African Europeans to share their experiences in the context of the Future Architecture Programme in 2021, and be represented in a forthcoming exhibition and/or publication (digital/physical). Please email us a picture (from your phone) of a meaningful object or a place in the city you live(d), together with a short summary (50-200 words) of a story you would like to share, to the following email address: < africaneuropean2021@gmail.com >.  

Statue of black protester in Bristol plinth, later removed Statue of black protester in Bristol plinth, later removed

15.02.2021 | by Alícia Gaspar | afro-futures, black lives matter, call for stories, europe, society

Projeto Afrolink

“Porque é que quando ligo a televisão ou abro uma revista ou um jornal vejo sempre as mesmas caras, os mesmos nomes? Porque é que não existe esta diversidade que nós temos no país espelhada nos media?”

Paula Cardoso apercebeu-se deste problema e criou o Afrolink - um projeto online composto por artigos, galerias e serviços dedicado a promover a diversidade étnico racial na esfera social e laboral.

 

 

Na categoria Serviços, oferecem consultoria para a diversidade étnico-racial, produzem conteúdos afrocentrados, promovem educação intercultural, e auxiliam na organização de conferências e palestras.

“Nós temos uma série de investigadores na academia que se debruçou sobre as mais variadas áreas e eu não os vejo a serem chamados para produzir opinião.”

Deparando-se com a ausência de dados sobre quem são os afro descendentes que residem em Portugal, o Afrolink criou ainda uma base de dados de profissionais, da qual fazem parte:

Vítor Sanches - Criador da Bazofo & Dentu Zona

Georgina Angélica - Consultora e Formadora Educacional 

Gualter Vera Cruz - Fundador da PLP Serviços 

Helena Vicente - Investigadora 

Filipe Anjos - Criador da Afric-Us

Alice Marcelino - Fotógrafa 

Carlos Vieira - Designer Gráfico/Editorial 

Mariama Injai - Criadora do AfroMary 

Jelson Tavares - Estudante 

Neusa Sousa - Promotora Cultural e Repórter 

Fernanda Gameira  - Criadora da NandDolls 

Ivana Semedo - Terapeuta Espiritual 

Bárabara Wahnon - Marketing e Música 

Janaína Behling - Linguagem e Empoderamento 

Paula Cardoso - Afrolink e Força Africana 

Carla Santos - Fundadora da Capacitare 

Nelsson Rossano - Supervisor Concierge 

Elisabete Borges - Cozinheira e Líder comunitária 

”(…) falo em alianças que surjam fora da comunidade também, com pessoas que reconheçam que na cultura empresarial em que vivem é necessário diversificar os quadros. Não sabem como o fazer, mas sentem que existe essa necessidade e precisam de um interlocutor? O Afrolink facilita essas ligações.”

Paula Cardoso afirma que esta “embaixada” da força de trabalho afro em território português pretende promover uma maior representatividade negra no mercado laboral, e favorecer um maior conhecimento sobre a diversidade étnico-racial que o compõe.

“Acho que é importante e fundamental que se recolham os dados para que se perceba que Portugal não é branco. Que as pessoas comecem a retirar esse tipo de mindset que ainda hoje prevalece no país.”

Leia mais sobre a entrevista de Paula Cardoso para o Gerador aqui.

10.02.2021 | by Alícia Gaspar | Afrolink, cultura, divulgação, gerador, novo projeto, paula Cardoso, representatividade negra

Petição pelo Pagamento dos Subsídios de Natal, de Férias, de Almoço e o Trabalho Suplementar pago conforme a contratação coletiva e o Código do Trabalho

“Caros companheiros,

Segue o link, com o texto e os primeiros 112 subscritores da Petição Pública pelo Pagamento dos Subsídios de Natal, de Férias, de Almoço e o Trabalho Suplementar pago conforme a contratação coletiva e o Código do Trabalho!

A opção pela via online, em exclusivo nesta fase, deve-se à evolução das condições sanitárias impostas pela Covid19, que condicionam uma divulgação direta e alargada no terreno com quem a podia subscrever. Assim, solicitamos que todos a subscrevam, inclusive os primeiros 112 subscritores, porque assim requer a opção online. No mesmo sentido apelamos a que cada um dos 112 subscritores a possa divulgar pelo número mais alargado de contatos que entenda fazer. 

O resultado prático, final e efectivo, vai ser determinado pela capacidade de recolher as 15 mil subscrições que permitam que a mesma suba ao Plenário da Assembleia da República e a sua temática seja aí debatida.
Saudações associativas. Contamos com o vosso empenho, nesta causa por maior e justo reconhecimento do trabalho realizado!

P´los Órgãos Sociais da AOPIC:

Aldonça Ramos - Vice Presidente da Mesa da AG

Olávio Silva, Vice Presidente da Direção

Carlos Serrano, Secretário da Direção.

Nota final: o nosso email é o seguinte - aopic.contacto@gmail.com ”

09.02.2021 | by Alícia Gaspar | AOPIC, assembleia da república, cultura, direitos, petição pública, Portugal

Dossiê “O contemporâneo visto pelo ecrã: Políticas, culturas, memórias e identidades”

Organizadores: Carlos Alberto Máximo Pimenta-Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI- Brasil); Edson Capoano, Pedro Rodrigues Costa e Vítor de Sousa-CECS-Universidade do Minho (Portugal)

Prazo de submissão: 30 de março de 2021

Data prevista de publicação: a partir de abril de 2021

Critérios: - Os textos devem ser escritos dentro das exigências da RCH, conforme diretrizes indicados no endereço: https://www.rchunitau.com.br/index.php/rch/about/submissions

Idiomas: Português (Brasil)/English

Envio de propostas: https://www.rchunitau.com.br/index.php/rch/announcement/view/10?fbclid=IwAR04PpLLC_EGrm9DrwpvLBAgtS78JJT5m7PPvf_yO79xsv3UWY0fE4RDIdc

 

 

Call for papers

 Trata-se de chamada pública de textos para compor o dossiê “O contemporâneo visto pelo ecrã: políticas, culturas, memórias e identidades”, a ser publicado na RCH–Revista Ciências Humanas (e-ISSN 2179-1120) dos Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Humano e em Educação da Universidade de Taubaté. Portanto, este dossiê se propõem reunir reflexões que discutam as inseguranças de nossos tempos que “colocam em xeque” a ordem política, econômica, social, cultural, moral, ética, intelectual, simbólica e subjetiva estabelecida a partir de um consenso cêntrico “ditado” pela cultura ocidental que desfila nos ecrãs (entendido como “tela” de cinema, televisão, computador, celular, tablet, etc.), mas traz, consigo, o fortalecimento do debate sobre a condição humana.

Dessa premissa, impõe leituras distintas da realidade, em que se abrem perspectivas para outros e novos conhecimentos “abafados”, “calados”, “omitidos”, “desprivilegiados”, “subalternizados”, “colonizados” ou para “novas” e “outras” interpretações de distintas formatações de linguagem e comunicação social, diante de um modelo hegemônico de desenvolvimento, crescimento, ordem e progresso aplicados, com maior ou menor grau, a todos, em escala mundial. Abrem-se, por isso mesmo, face às “imposições” dos tempos informacionais e tecnológicos que experimentamos, amplos campos de disputa “dos”, “nos” e “pelos” sistemas de linguagens e de comunicações sociais que “afetam”, para o bem e para o mau, questões de políticas, culturas, memórias e identidades.

Do quadro enunciado, esperamos que este dossiê aglutine um conjunto de textos, pesquisas e pesquisadores que trabalhem temáticas contemporâneas, de caráter interdisciplinar, teórico e empírico, tendo questões e interfaces entre “políticas”, “culturas”, “memórias” e “identidades” vividas e experienciadas que aglutinem preocupações que percebam as disputas no campo das comunicações e linguagens sociais no sentido de constituir outras plataformas de desenvolvimento social, ambiental e econômico, tais como:
(1) problemáticas, desafios e consequências da era digital (participação, formação, educação, ética, violências, subjetividades);

(2) políticas e (bio)diversidades culturais;

(3) inovações, manifestações e processos populares de geração de renda;

(4) Trajetos e trajetórias descolonizadoras do sul ao norte, do “centro” à “periferia”; 

(5) Relações migratórias–travessias, dinâmicas interculturais, identidades transculturais e “artivismo curatorial”.

09.02.2021 | by Alícia Gaspar | Brasil, call for papers, culturas, divulgação, identidades, memórias, política, Portugal, RCH, Revista ciências humanas

Welcome to “Portugal, Race, and Memory: A Conversation, A Reckoning”

24 de março de 2021 das 13:00 às 23:30 EST / 18:00-19:30 Lisboa / 19:00-20:30 Luanda via Zoom

Este evento interdisciplinar e transhistórico, co-patrocinado pela Global Arts + Humanities Discovery Theme e pelo Comitê de Diversidade e Inclusão do Departamento de Inglês, reúne pesquisadores e profissionais de espanhol e português, inglês e história para discutir o uso de narrativas pessoais no acerto de contas com a relação entre o passado e o presente.

O objetivo desta conversa é preencher a lacuna entre os legados portugueses de escravidão e a autoteoria, ou escrita de vida, que posiciona a memória e a personificação dos falantes como ferramentas centrais que nos ajudam a entender as vidas e a vida após a morte da violência racial.

Este evento será moderado pela Professora Lisa Voigt (Espanhol e Português, Universidade Estadual de Ohio).

Os apresentadores incluem Pedro Schacht Pereira (Espanhol e Português, Universidade Estadual de Ohio), Patrícia Martins Marcos (Estudos de História e Ciência, Universidade da Califórnia em San Diego), Kathryn Vomero Santos (Inglês, Universidade Trinity) e Mira Assaf Kafantaris (Inglês, Universidade Estadual de Ohio).

Inscreva-se aqui para este evento virtual.

07.02.2021 | by Alícia Gaspar | colonialismo, conferência, divulgação, história, Kathryn vomero santos, lisa Voigt, memória, mira Assaf kafantaris, palestra, patrícia martins marcos, pedro schacht pereira, Portugal, racismo

Chamada para dossiê "América Latina-Moçambique / Moçambique-América Latina"

Está aberto o call for papers para o dossiê “América Latina – Moçambique / Moçambique – América Latina”, organizado por Matheus Serva Pereira (ICS-ULisboa) and Priscila Dorella (Universidade Federal de Viçosa), na Revista Eletrônica da ANPHLAC (Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História das Américas).


A data limite para submissão de proposta é 31/07/2021.

Para mais informações, podem consultar o website da associação.

Moçambique conquistou sua independência em 1975, após anos de luta armada contra o controle colonial português, por meio de um processo influenciado, entre outras experiências, pelas revoluções latino-americanas da segunda metade do século XX. A posição geográfica de Moçambique, assim como suas diversas correntes intelectuais, suas práticas artísticas e desafios econômicos, obriga aos pesquisadores do passado moçambicano estabelecerem uma constante troca de escalas entre o local, o nacional e o global. O caminhar pelas ruas atuais da capital do país, Maputo, nos leva facilmente a encarar essa questão. Suas ruas foram ganhando novos nomes após a independência, com o objetivo de homenagear importantes figuras das lutas das esquerdas e, consequentemente, latino-americana, como Che Guevara, Salvador Allende, Augusto Cesar Sandino, etc. Na América Latina, infelizmente continua difusa a visão sobre Moçambique. No Brasil, em específico, alguns setores econômicos associados a práticas predatórias de extração de riquezas do solo moçambicano perpetuam na contemporaneidade visões estereotipadas sobre os africanos que se assemelha ao olhar colonial português de meados do século XIX e XX. Talvez seja no campo dos trabalhos literários, sobretudo pela divulgação de autores como Mia Couto, Paulina Chiziane e, mais recentemente, Ungulani Ba Ka Khosa, que um novo saber sobre a história e cultura moçambicana esteja ganhando novos significados na América Latina. 

Uma pauta importante das lutas anticoloniais contemporâneas está no esforço de desracializar a História da África, rechaçar sua exotização e compreender o continente como parte integrante de uma história global. Nessa direção, os estudos desenvolvidos na América Latina sobre a África cresceram exponencialmente nas últimas décadas, ampliando os interesses para além das experiências de escravização. O objetivo do dossiê é o de reunir novos trabalhos historiográficos que reflitam as conexões entre a América Latina e Moçambique, que estabeleçam comparações e/ou aproximações entre ambos os espaços geográficos e suas experiências sociais, abrindo horizontes de mútuo conhecimento em uma perspectiva cronológica abrangente e instigante para que esse passado conectado viva nas nossas histórias.

05.02.2021 | by Alícia Gaspar | america latina, call for papers, dossiê, história de áfrica, Moçambique