Ícaro Lira, lições da pedra

Ícaro Lira, lições da pedra Numa abordagem que não pretende de todo fechar-se, mas oferecer-se, como escuta, à pluralidade de histórias e vozes, à sua vulnerabilidade, Ícaro Lira dá conta de uma profunda empatia pelas experiências vividas. A exposição na galeria Salle Principale aparece como um nó. Um nó temporário de vozes, encontros e histórias, de territórios atravessados, habitados e carregados em cada um, de temporalidades distintas constantemente reconduzidas por colagens renovadas.

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24.12.2019 | por Elena Lespes Muñoz

Exposição Meta-Arquivo: 1964-1985: Espaço de Escuta e Leitura de Histórias da Ditadura

Exposição Meta-Arquivo: 1964-1985: Espaço de Escuta e Leitura de Histórias da Ditadura Reflexão acerca da documentação pública arquivada pelo Estado Brasileiro: como ler esses arquivos? Como construir memória a partir deles? Como aprender coletivamente sobre a história do país e de seu povo, a partir de sua análise? Como preservar esses acervos e, como consequência, a memória dos processos civilizatórios que alicerçam a sociedade atual?

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03.11.2019 | por vários

Uma conversa entre a “arte engajada" e a "arte arquivista": ocupando as categorias para abrir os seus sentidos

Uma conversa entre a “arte engajada" e a "arte arquivista": ocupando as categorias para abrir os seus sentidos Ao ocupar qualquer espaço como modo de liberação de um território, é imediatamente tão fundamental quanto, ocupar os arquivos e memórias nele presentes para liberá-las também do discurso único – será esse o papel do artista arquivista? Nesse sentido, assim como, ao ocupar um espaço, o “espaço que é o mesmo já é outro”, ao ocupar um arquivo, o “arquivo que é o mesmo torna-se outro”. Ocupar é também inventar, produzir uma camada que se soma ao dispositivo, seja ele arquivístico ou espacial, criando uma heterotopia a partir dele e então nenhum espaço ou arquivo jamais serão os mesmos.

Cara a cara

22.06.2018 | por Ana Pato e Joana Zatz Mussi

A poética dos desvios na montagem visual de Ícaro Lira, entrevista

A poética dos desvios na montagem visual de Ícaro Lira, entrevista Em meio a recortes de jornais, imagens, pedras, documentos, reproduções de obras de arte e lascas de árvores, a obra do artista visual Ícaro Lira vira do avesso os materiais para mostrar o que escondem as sombras dos acontecimentos históricos. Como opera Walter Benjamin em sua montagem literária no livro Passagens (1940), Ícaro cita sem usar aspas: enfrenta o arquivo na sua materialidade para submetê-lo à reflexão.

Cara a cara

13.03.2018 | por Eduarda Kuhnert

O avesso dos arquivos dos outros

O avesso dos arquivos dos outros Onde se encontram o comum e o estranho? Como combinar a perspectiva sócio-histórica da memória com a experiência singular e individual? É possível retomar fatos da história e, ao mesmo tempo, recusar a monumentalização do passado? Em Museu do estrangeiro, o artista Ícaro Lira interpela a narrativa histórica brasileira, em específico o debate sobre os fluxos migratórios no país, envolvendo uma multiplicidade de sujeitos, espaços e tempos em sua montagem poética de materiais coletados.

A ler

13.03.2018 | por Eduarda Kuhnert

Um Museu no Bom Retiro

Um Museu no Bom Retiro “Museu do Estrangeiro” de Ícaro Lira, projeto que, à semelhança de grande parte dos seus trabalhos, combina formas de conhecimento temporalmente distintas e politicamente contraditórias, tem a potência remissiva da enciclopédia e a deriva da montagem surrealista, um work in progress que articula ao longo do tempo vários tipos de agenciamentos de pessoas, objetos, e afetos.

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24.04.2015 | por Marta Mestre