Poeta Arménio Vieira lança dois livros em Lisboa

No âmbito das comemorações do 38.º aniversário da Independência de Cabo Verde e dos encontros UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa) com escritores de língua portuguesa, terá lugar no dia 28 de junho, o lançamento dos livros “O Brumário” e “Derivações do Brumário” da autoria do poeta Cabo-verdiano Arménio Vieira (Prémio Camões 2009), sob a chancela da Biblioteca Nacional de Cabo Verde e da Publicom. O evento decorrerá às 18 horas, na Sala do Arquivo dos Paços do Concelho de Lisboa (sita na Praça do Município), em Portugal.

A apresentação pública estará a cargo do Professor Doutor Alberto Carvalho, da Dr.ª Anabela Almeida, do poeta Luís Carlos Patraquim e do Mestre Rui Guilherme Gabriel e será moderada pelo poeta José Luís Hopffer Almada.

A sessão será abrilhantada, ainda, com um momento musical e um recital de poesia, assim como uma exposição fotográfica do autor.

 

Arménio Adroaldo Vieira e Silva nasceu a 24 de janeiro de 1941, na cidade da Praia (Cabo Verde), cidade presente em boa parte da sua poesia. Dono de uma obra inconfundível, cabo-verdiana e ao mesmo tempo universal, publicou diversos poemas e colaborou em várias publicações. Em 2009 foi-lhe atribuído o Prémio Camões, a mais importante distinção literária na língua portuguesa. Helena Buescu, que presidiu ao júri, afirmou que Arménio Vieira “produziu uma obra que merece entrar para um certo cânone das literaturas em língua portuguesa” e o seu conterrâneo Germano Almeida definiu-o como “um dos maiores poetas do arquipélago”.

25.06.2013 | por martalanca | Arménio Vieira, literatura caboverdiana

Actas | Exposer l'esclavage : méthodologies et pratiques. Sous la direction de Françoise Vergès

Pays de l’auteur : Belgique, Bénin, Brésil, Cameroun, Canada, Colombie, États-Unis, France, Guadeloupe, Guyane Française, Réunion (La), Royaume-Uni, Sénégal, Togo

Edition : Harmattan (L’)

Pays d’édition : France

ISBN : 978-2-336-00035-0

Genre : revue

Prix : 22.00 EUR

Nombre de pages : 224

Parution : mars 2013

L’accès aux articles des dossiers d’Africultures est soumis à l’adhésion annuelle à l’association Africultures en tant que membre bienfaiteur pour une somme de votre choix : [ici] Vous pouvez également commander la revue imprimée par le lien Amazon en haut de page, en librairies ou sur le site des Editions L’Harmattan.  

 

Dossier

 
Exposer l’esclavage par Françoise Vergès

Exposer la résistance culturelle de l’esclave par Doudou Diene

Exposer les voix d’esclaves : une mémoire confisquée par Ibrahima Thioub

Consolider et développer l’exposition de l’esclavage par Carlos A. Célius

L’esclave, figure de l’anti-musée ? par Achille Mbembe

Penser, représenter, exposer l’esclavage colonial Réflexions à partir des expériences réunionnaises par Carpanin Marimoutou

Esquisse d’une généalogie de la mémoire servile par Roger Toumson

Les questions posées par le discours muséographique confronté à l’expérience esclavagiste par Christine Chivallon

International Slavery Museum: Museums and Sensitive Histories par Richard Benjamin

Histoire et mémoire de la traite et de l’esclavage à Nantes par Krystel Gualde

Bordeaux, le commerce atlantique et l’esclavage Les nouvelles salles permanentes du musée d’Aquitaine par François Hubert

Des Hommes sans Histoire ? Exposition au Musée des arts derniers par Olivier Sultan

Le reflux de la Diaspora Les communautés agoudas et tabons de l’Afrique occidentale par Milton Guran

Noirs et esclaves en Colombie par Mauricio Tovar

Le Festival des divinités noires au Togo par Têtê Wilson-Bahun

Carnaval de Baranquilla et Palenque, Colombie par Diana Acosta Miranda

Une mémoire afro-américaine de l’esclavage en devenir par John Franklin

Faire la critique de l’exposition dans le musée par Jacky Dahomay

Pratiques muséales au regard de l’esclavage et de la traite au Bénin par Anna Seiderer 

Le musée Victor Schoelcher de Pointe-à-Pitre par Matthieu Dussauge

L’esclavage au Musée des cultures guyanaises par Marie-Paule Jean-Louis

Le projet Zomayi : Une création théâtrale au service d’un travail de mémoire par Bernard Müller

Terra incognita : la traversée vers la terre inconnue par Claudia Navas-Courbon

“Je ne suis qu’un artiste” par Romuald Hazoumé 

Raconter une histoire des migrations par Barthélémy Toguo

“Mon œuvre refuse l’enfermement dans une pensée victimaire” par Shuk One

Restaurer une mémoire douloureuse par Jack Beng-Thi

L’Océan noir Une histoire de l’esclavage par William Adjété Wilson

Faire du musée un lieu de présentation des arts de résistance par Jacques Schwarz-Bart

Exposer l’esclavage : synthèse générale par Bogumil Jewsiewicki

“Exposer l’esclavage” par Stéphane Martin

“Les chemins de la connaissance doivent mener à la tolérance” par Maryse Condé

Exposer l’esclavage : En guise de conclusion par Françoise Vergès

 

24.06.2013 | por raul f. curvelo | Africultures, Belgique, Bénin, Brésil, Cameroun, Canada, Colombie, États-Unis, france, Françoise Vergès (dir.), Guadeloupe, Guyane Française, Réunion (La), Royaume-Uni, senegal, Togo

Pós Graduação Islão Contemporâneo, Culturas e Sociedades

1ª fase de candidaturas até 19 de Julho.

Objectivos: A pós-graduação envolve o Departamento de Antropologia da FCSH/NOVA, o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), através do Núcleo de Estudos em Contextos Islâmicos (NECI), e o Instituto de Línguas da Universidade NOVA de Lisboa (ILNOVA), e visa criar competências gerais: para a referenciação dos princípios básicos do Islão contemporâneo, suas diferentes tendências e reinterpretações, bem como dos quadros sociais e políticos específicos que os definem para a compreensão dos processos identitários e políticos em curso em contextos maioritária e minoritariamente islâmicos para análise dos debates em torno das questões de género e feminismos que atravessam esses contextos para a compreensão da constituição sustentada de situações concretas em contextos islâmicos e/ou situações de encontro culturalizado entre muçulmanos e não muçulmanos para uma abordagem introdutória a alguns domínios artísticos médio-orientais, nomeadamente o do cinema para o conhecimento dos princípios rudimentares das línguas maioritárias dos contextos islâmicosDestinatários: Investigadores em ciências sociais e humanas e estudos comparativistas, membros de organizações governamentais em contextos maioritária ou minoritariamente islâmicos, organizações governamentais e outros agentes nas áreas das relações interculturais nacionais e internacionais, agentes do património e de gestão e animações cultural, professores, jornalistas.

+ Informações aqui

24.06.2013 | por franciscabagulho | islão

Isto Não é São Tomé - diários de viagem (Fotografia de Joana Areosa Feio)

“Isto Não é São Tomé – diários de viagem”, é o nome dado por Joana Areosa Feio,n.1977, natural de Lisboa e antropóloga de profissão, à série de fotografias por si seleccionadas -  entre tantas outras não escolhidas, entre tantas outras não tiradas - resultantes da sua última visita à ilha de São Tomé, em 2012.

São olhares pessoais, são impressões, momentos expostos e entrecruzados com excertos de diários de campo escritos algures nessa viagem, escolhas que obedecem à lógica da afinidade estética, não obedecendo a uma lógica de sistematização de cariz etnográfico. Estas são fotografias que gosta de recordar. A grafia é a dos afectos das suas memórias dos lugares, das roças aos mercados, dos quotidianos às poses para a câmara, dos retratos inventados às paisagens (ora floresta ora mar), da marginal, da praia e baías, dos domingos, dos outros dias da semana, dos lençóis brancos, das cores, das ruínas que são poemas, dos mortos e mortes, dos sofrimentos e muito mais, das vitórias, do dia-a-dia, dos risos e silêncios, das estórias sem fim, das nuances, das texturas, dos campos de futebol perto das nuvens, das resistências, dos afogamentos e pescarias, dos salvamentos, dos encontros, dos alguidares e das pedras, das memórias e mais memórias. Dos esquecimentos e das ausências.  Isto Não é São Tomé– diários de viagem são impressões que poderiam resultar de olhar outro lugar qualquer, mas isto é tão verdade como mentira.

21 Junho em Noite Temática de São Tomé e Principe

Programa18h 30m - Abertura da Exposição “Isto Não é São Tomé – diários de viagem”, de Joana Areosa Feio
20h 30m - Jantar tradicional de São Tomé e PrincipeEntrada: banana pão fritaPrato: Calulu de Galinha com arroz brancoSobremesa: Arroz doce de cocoSujeito a inscrição prévia. Contribuição solidária de 13 interculturas (jantar + concerto - não inclui bebidas)
22h -  Música ao vivo: Filipe SantoContribuição solidária de 3 interculturas (só concerto)
Marcações para os jantares por telefone ou e-mail, com a antecedência mínima de 24h. Lotação limitada.––––––––––––––––––––––Centro Interculturacidade

Travessa do Convento de Jesus, 16 A, 1200-126 Lisboa(próximo da Assembleia da República, na rua da Escola Passos Manuel)Tel.: 21 820 76 57info.interculturacidade@gmail.com

20.06.2013 | por martalanca | S. Tomé

LesFl@mmes D’Ouvertures, LucFosther Diop

du 17 mai au 31 juillet 2013 lucfostherdiop.blogspot.ca

En art, tout vient simultanément ou rien ne vient; pas de lumières sans flammes.

Albert Camus

LA CHAMBRE BLANCHE est fière d’accueillir l’artiste camerounais LucFosther Diop pour une résidence de recherche et création dans le cadre du programme de bourses Unesco-Aschberg pour l’Afrique franco- phone. L’artiste occupera nos ateliers dans le contexte d’une résidence Lab Web du 17 mai au 31 juillet 2013. En privilégiant un point de vue poétique, LucFosther Diop démarre un projet de recherche sur le néocolonialisme et l’impérialisme, et leurs influences et répercussions sociales, politiques, culturelles, historiques, géographiques et urbaines. Intitulé LesFl@mmes D’Ouvertures, ce projet marque une période de recherche favorisant l’expérimentation numérique et médiatique – par le biais de la photographie, la vidéo, et des documents web recyclés — dans le but de créer une plateforme web indépendante. L’œuvre finale, hébergée sur le site web de LA CHAMBRE BLANCHE pendant six mois, contiendra les archives de toutes les étapes de cette création – des interventions éphémères, des performances vidéo, la récupéra- tion d’images web et le détournement de sens de leur contenu.

LucFosther Diop est un artiste conceptuel camerounais, né à Douala en 1980. Il est diplômé en arts plastiques de l’Université de Yaoundé 1 en 2003. Après avoir obtenu une bourse du Ministère hollandais des Affaires étrangères en 2009, il a effectué deux ans d’études dans la Rijksakademie van beeldende kunsten à Amsterdam. Il est le premier artiste à avoir bénéficié d’une bourse de résidence à ArtBakery (Bonendale, Cameroun) en 2003, et d’une bourse de recherche et production en arts numéri- ques Unesco-Aschberg pour l’Afrique francophone en 2013. LucFosther Diop a pu présenter son travail au OK Video Interna- tional Festival à Jakarta (2007), au World One Minute Video à Beijing (2008), au 3e Biennale de Thessaloniki (2009), au Sympo- sium international en arts électroniques (2010), au PhotoEspaña (2011) et à la Biennale de La Havane (2012), entre autres. 

LA CHAMBRE BLANCHE is proud to welcome Cameroonian artist LucFosther Diop for a research and creation residency within the framework of the grant program Unesco-Aschberg for French Africa. The artist will work in our studios within the context of a Lab Web residency from May 17th to July 31st 2013. Favoring a poetic point of view, LucFosther Diop launches a research project on neocolonialism and impe- rialism, and their social, political, cultural, historical, geographic, and urban influences and repercussions. Titled LesFl@mmes D’Ouvertures, this project marks a research period advocating digital and media experimentation – through photography, video, recycled web documents – aiming to build an indepen- dant web platform. The final work, hosted on LA CHAMBRE BLANCHE’s web site for six months, will include archives from all the stages of creation – ephemeral interventions, video performances, recycling files found on the web and diversion of their content’s meaning.

LucFosther Diop is a Cameroonian conceptual artist, born in Douala in 1980. He graduated in fine arts from University of Yaoundé 1 in 2003. After obtaining a grant from the Dutch Ministry of Foreign Affairs in 2009, he studied for two years at the Rijksakademie van beeldende kunsten in Amsterdam. He is the first artist to benefit by a residency grant at ArtBakery (Bonendale, Cameroon) in 2003, and a digital arts research and production grant Unesco-Aschberg for French Africa. LucFos- ther Diop exhibited his work during OK Video International Festival in Jakarta (2007), World One Minute Video in Beijing (2008), the 3rd Thessaloniki Biennal (2009), International Symposium on Electronic Arts (2010), PhotoEspaña (2011) and La Havana Biennal (2012), among others. 

20.06.2013 | por martalanca | Lucfosther Diop

Cinco minutos, duas ideias: Estudos de Performance

CONVITE À PARTICIPAÇÃO

primeiro encontro baldio

14 de Julho 2013, 21h30 I Espaço Alkantara, Lisboa


Convida-se à participação no encontro cinco minutos, duas ideias: Estudos de Performance- primeiro encontro baldio, investigadores e artistas cujos temas, abordagens e métodos se relacionem com os Estudos de Performance.  

O lema deste primeiro encontro será “cinco minutos, duas ideias”. Partindo de uma vontade de nos conhecermos e de auscultarmos o que andamos a fazer, artistas e/ou investigadores de diferentes áreas (artes visuais, artes performativas, estudos artísticos, ciências sociais, ciências da comunicação, estudos culturais, estudos pós-coloniais, arquitectura) poderão apresentar sucintamente os seus trabalhos e processos no dia 14 de Julho de 2013, às 21h30 no  Espaço Alkantara, em Lisboa, durante cerca de uma hora e meia. A sessão está aberta a uma pluralidade de objectos (performances artísticas, culturais, do quotidiano) e abordagens (filosófica, antropológica, histórica, artística) desde que seja clara a vontade de um pensamento e um posicionamento críticos. 

Esta sessão tem como objectivo promover o encontro entre artistas e teóricos que partilham urgências e inquietações sobre as condições políticas, económicas e culturais do mundo actual e se revêm num pensamento crítico sobre fazer e pensar tanto as formas artísticas como as formas de vida e as suas condições de possibilidade. 

A duração de cada apresentação será ferozmente controlada posto que, no final, gostaríamos de ter tempo para um copo convivial e trocar galhardetes ao som da música da Stress.fm. 

 

RECURSOS DISPONÍVEIS:

- amplificação de som

- projector DATA SHOW - cada participante será responsável por trazer o seu computador e um adaptador para VGA compatível  com a logística da sala, gentilmente disponibilizada pelo Espaço Alkantara. 

 

PROPOSTAS

A selecção dos participantes será feita por ordem de inscrição até o número de candidatos corresponder ao total da duração prevista para o evento. Será tida em conta a relevância directa dos tópicos e trabalhos apresentados numa descrição breve (máximo 450 palavras) para o campo dos Estudos de Performance. Os interessados deverão ainda anexar à proposta um CV  (máx. 250 palavras), incluindo contactos pessoais. 

 

Prazo para entrega de propostas: 30 Junho de 2013

Notificação de aceitação dos participantes: 5 Julho de 2013

Prazo de confirmação por parte do participante: 8 Julho 2013

 

Todas as candidaturas deverão ser enviadas para generative.indirections@gmail.com

 

19.06.2013 | por martalanca | Baldio

LucFosther Diop, LesFl@mmes D’Ouvertures, QUEBEC

LA CHAMBRE BLANCHE is proud to welcome Cameroonian artist LucFosther Diop for a research and creation residency within the framework of the grant program Unesco-Aschberg for French Africa. Favoring a poetic point of view, LucFosther Diop launches a research project on neocolonialism and imperialism, and their social, political, cultural, historical, geographic, and urban influences and repercussions. Titled LesFl@mmes D’Ouvertures, this project marks a research period advocating digital and media experimentation – through photography, video, recycled web documents – aiming to build an indepen- dant web platform. The final work, hosted on LA CHAMBRE BLANCHE’s web site for six months, will include archives from all the stages of creation – ephemeral interventions, video performances, recycling files found on the web and diversion of their content’s meaning.

LucFosther Diop is a Cameroonian conceptual artist, born in Douala in 1980. He graduated in fine arts from University of Yaoundé 1 in 2003. 

+ info:  lucfostherdiop.blogspot.ca

19.06.2013 | por franciscabagulho | arte contemporânea

Ann Laura Stoler: «lutter contre les évidences, qu’elles soient conceptuelles ou politiques»

Jadis engagée contre la guerre du Vietnam, elle est aujourd’hui l’un des grands noms des études coloniales. Mêlant histoire et anthropologie, l’Américaine s’attache, comme dans «La Chair de l’empire», à démonter les dynamiques de pouvoir.

 ANN LAURA STOLER | SANDRO BABLER POUR «LE MONDE»ANN LAURA STOLER | SANDRO BABLER POUR «LE MONDE»

Raphaëll Branche

Pour Ann Laura Stoler, la prise de conscience fut d’abord politique: «La guerre du Vietnam a été un déclencheur.» Jeune lycéenne de la bourgeoisie juive new-yorkaise, elle découvre l’impérialisme américain puis la contestation qui l’accompagne alors qu’elle fait ses premiers pas à l’université. Après avoir étudié le japonais et s’être initiée au marxisme, elle s’oriente vers des études d’ethnologie et choisit comme terrain d’enquête Java, «parce que c’était près du Vietnam». Elle en revient avec le désir de travailler sur les multinationales américaines: ce sera sa thèse de doctorat, qui la convainc qu’il faut plonger dans le passé pour éclairer les structures économiques et sociales observées sur place.

Son expérience indonésienne la marque considérablement: elle a 22 ans quand elle interroge des paysannes sans terre pour étudier les effets de la révolution verte, quand elle les suit dans leurs déplacements des montagnes aux marchés où elles vendent le contenu de leurs lourds ballots. «En Indonésie, j’ai découvert un autre visage du féminisme, avec les femmes qui se touchent, qui se font toujours des accolades. Elles sont si fortes entre elles, si chaleureuses; elles se moquent des hommes». Et elle ajoute: «Elles avaient une puissance qui m’a frappée, surtout les femmes qui n’avaient rien.» Résolument marxiste, elle refuse d’appréhender la situation des femmes javanaises uniquement en fonction de leur place en tant que femmes. Si elle pointe les inégalités et les discriminations qu’elles subissent, elle insiste sur la nécessité de faire primer l’analyse en termes de classes sociales.

Son objet d’étude n’est d’ailleurs pas précisément les femmes mais «le pouvoir, toujours le pouvoir». La découverte des écrits de Michel Foucault renforcera définitivement cette orientation. Elle opère, avec lui, une relecture des sociétés impériales en affirmant que la race et la sexualité sont au cœur des dynamiques de pouvoir. Ainsi, les catégories utilisées par les autorités coloniales pour désigner les populations se révèlent des catégories éminemment politiques par l’intermédiaire des quelles les corps sont contrôlés et l’autorité s’impose aux individus. Son ouvrage Race and the Education of Desire. Foucault’s “History of Sexuality” and the Colonial Order of Things («Race et education du désir. L’“Histoire de la sexualité” de Foucault et l’ordre des choses colonial», non traduit) est son best-seller à ce jour. Elle y transgresse de nombreuses frontières: l’intime, placé au cœur de l’analyse, bouscule la répartition du privé et du public, faisant de la sexualité et des affections des lieux de production essentiels du politique, de sen droits où observer les mécanismes par lesquels se construit le consentement à la domination, comme lorsque les législateurs s’intéressent aux enfant sis sus d’unions mixtes ou que la manière dont les nourrices indonésiennes portent les bébés néerlandais se révèle être l’objet de règles implicites.

Les colonies n’y sont plus vues comme des espaces à part, loin des métropoles: au contraire, Ann Laura Stoler plaide pour un regard qui embrasse les deux dans un même champ d’analyse. Elle théorisera plus précisément cette nécessité en 1997 dans un ouvrage dirigé avec l’historien Frederick Cooper dont l’introduction vient d’être publiée en français sous le titre Repenser le colonialisme (Payot, 176 p., 17,50€). Autre transgression, disciplinaire celle-là: avec Cooper, elle fonde, à la fin des années 1980, le premier doctorat d’histoire et d’anthropologie, afin de bousculer les manières traditionnelles de travailler sur les sociétés non occidentales.

A cette époque, les études sur le passé colonial de ces sociétés étaient marquées par l’influence du théoricien de la littérature Edward Said et celle des subaltern studies, qui proclamaient renverser les perspectives dominantes en donnant à entendre la voix des colonisés. Pour Ann Laura Stoler, cependant, il ne s’agissait jamais que d’une inversion des polarités; elle proposait plutôt de changer de paradigme. Ici comme ailleurs, elle privilégiait la nuance et le doute. Elle identifiait ainsi des degrés dans la souveraineté de l’Etat et insistait sur leur évolution et leur articulation plutôt que de dénoncer un pouvoir qui aurait été dominateur de manière homogène.

Elle affiche aujourd’hui la même volonté à propos des concepts politiques et du vocabulaire philosophique qui lui servent à penser le réel: elle les veut labiles, et non rigides, ouverts au doute et non pas rassurant sou définitifs. De cette attention aux mots, elle a fait un combat et un livre, à paraître en français chez Armand Colin en 2014 (Along the Archival Grain, «En suivant la veine de l’archive»). Nul doute qu’elle veillera de près à sa traduction, comme elle l’a fait pour son nouvel ouvrage, La Chair de l’empire. Depuis son enfance, elle sait en effet l’importance du mot juste. C’était ce qui la frappait déjà dans les poèmes que sa grande sœur Barbara lui récitait pour l’endormir. Plus tard, cette dernière fut l’une des traductrices de la Bhagavad-Gîtâ, poème épique indien, la précédant à Columbia University où elle enseignait le sanskrit.

Dans La Chair de l’empire, scrutant les documents produits par l’Etat colonial néerlandais, Ann Laura Stoler montre les doutes qui habitèrent l’entreprise de domination et comment ils étaient très précisément incarnés dans la matérialité de l’archive. Les ratures, les hésitations, la chercheuse les prend au pied de la lettre: l’Etat colonial tâtonnait et l’ordre qu’il cherchait à imposer aux mots et aux choses était soumis à de multiples influences. L’archive n’est pas seulement un objet ou un et race, elle est un processus qu’il convient de décrypter. Le philosophe Gaston Bachelard est ici son maître à penser; comme lui, elle prône une attention au «détail épistémologique», qu’elle revendique comme ligne de conduite intellectuelle. Rendre compte des mots de l’archive, c’est aussi s’imposer une rigueur dans l’écriture et préférer une «éthique de l’inconfort» à la tranquillité des vérités d’autorité.

La comparaison est l’autre moyen qu’elle privilégie pour lutter contre les évidences, qu’elles soient conceptuelles ou politiques. Elle la manie en permanence, à la recherche d’une intelligence précise des «formations impériales» qu’elle veut saisir dans leurs dynamiques, quels que soient les espaces et les moments. C’est ainsi qu’elle enseigne depuis cinq ans à l’université de Birzeit, en Cisjordanie, «l’histoire coloniale comparée» avec un sens très aigu que, là-bas, l’«histoire colonial est vivante». Depuis qu’elle a découvert la Palestine, en 2008, elle s’y rend chaque année pour enseigner à Ramallah, s’est engagée dans l’organisation du premier programme de formation doctorale de l’université de Birzeit et dans un ambitieux projet de collecte d’archives privées.

Si le mur de séparation construit par Israël, les implantations des colonies au-delà des frontières reconnues par les Nations unies et, plus largement, les discriminations qu’elle a découvertes en 2008 lui ont parlé avec force de la situation coloniale qu’elle avait pu étudier dans les archives, elle a aussi retrouvé dans cette région du monde des ressemblances frappantes avec ce qu’elle avait observé en Indonésie quarante ans plus tôt: l’impérialisme américain.

Ici, là-bas, l’histoire est comme un tissu qui se plie sur lui-même, et les engagements de la chercheuse, telle une boucle, se rejoignent de nouveau, à l’université et au-delà. Dans son prochain livre, elle se penchera sur les concepts politiques qui empêchent durablement de penser et interdisent, en particulier, l’usage de certains mots pour désigner certaines situations. L’année prochaine, elle ira à Gaza.

 

Fonte: Le Monde, 14.6.2013, p. 10. Scruter l’archive era o título original. Scruter l’archive - LeMonde.fr

19.06.2013 | por raul f. curvelo | ann laura stoler, le monde, Raphaëll Branche, SANDRO BABLER

Present Tense, no Próximo Futuro I LISBOA

Inauguração: 21 de Junho, às 22h00

22 Jun 2013 – 1 Set 2013

Edifício Sede - galeria de exposições temporárias, Piso 01

Entrada 2 €

Kiluanji Kia Henda, 'The Great Italian Nude', 2010.Kiluanji Kia Henda, 'The Great Italian Nude', 2010.

Uma exposição com fotógrafos do sul da África. Olhando o passado, as fotografias não derivam de uma “constelação de etnias ou de tribos”, para referir a tese de Elikia M’Bokolo, e este é um pressuposto essencial na curadoria desta exposição “Present Tense”. Estamos bastante longe das fotografias feitas aos negros que “eram oficialmente e frequentemente descritos na mesma linguagem visual da fauna e da flora”, citando Santu Mofokeng in “The Black Album Photo”. Interessa-nos mostrar e confrontar o trabalho de fotógrafos que residem ou viajam por um conjunto de cidades maioritariamente situadas na larga região do sul de África sem que nada possa indicar qualquer identidade visual ou cultural da região. Independentemente dos géneros – retrato, paisagem documento, fotojornalismo – são as fotografias sobre o “Present Tense” que queremos mostrar e, este conceito de “Present Tense”, engloba também a tensão entre as linguagens, a opção pela cor ou pelo preto e branco e o detalhe divergindo do panorâmico. Com fotografias dos fotógrafos Délio Jasse, Dillon Marsh, Filipe Branquinho, Guy Tillim, Jo Ractliffe, Kiluanji Kia Henda, Mack Magagane, Malala Andrialavidrazana, Mauro Pinto, Paul Samuels, Pieter Hugo, Sabelo Mlangeni, Sammy Baloji e Tsvangirayi Mukwazhi.

António Pinto Ribeiro (curador)

“Present Tense” é uma coprodução do Programa Gulbenkian Próximo Futuro e da Fundação Calouste Gulbenkian – Delegação em França.

17.06.2013 | por martalanca | fotografia