Kabuverdi e so un (sima Sonsent e so bo)

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Tenho acompanhado daqui do meu exílio voluntário a extraordinária resposta dos cabo-verdianos de todas as ilhas e diásporas à catástrofe (previsível?) que se abateu sobre a ilha de S. Vicente e, em menor medida, sobre as ilhas de Santo Antão e S. Nicolau, o que demonstra cabalmente (se necessária fosse) que Kabuverdi e so un, embora algumas mentes pérfidas alimentem o odioso bairrismo supremacista para os seus próprios fins propagandísticos político-partidários ou apenas ratoneira e egoistamente individualistas. 

Não que não exista um natural despique, que não fundo antagonismo, entre algumas ilhas, mormente entre Santiago e S. Vicente, hoje com sentido reverso, dado o empoderamento pós-independência de Santiago e a real perda de centralidade da ilha de S. Vicente, centralidade essa mantida, nalguns aspetos, de forma artificial, por imposição político-administrativa, como o célebre plafond de importação imposto durante a primeira República aos comerciantes de Santiago que tinham de comprar a S. Vicente porque lhes estava vedado, a partir de um certo patamar, a importação direta a partir do estrangeiro. 

Esta é uma verdade inconveniente que deve ser lembrado mesmo no meio da tragédia, porquanto vozes, pouquíssimas, é certo, elegeram o fantasmagórico centralismo, ainda que nalguns aspetos verdadeiro, como a sua causa, alijando as graves responsabilidades daqueles que têm governado continuamente a ilha, descurando o eficaz planeamento urbano, ocupando as ribeiras, encostas e linhas de água, desde que tal lhes renda algum provento, não pensando nas graves consequências que daí pudessem advir, como, infelizmente, advieram.

fotografia de Bob Limafotografia de Bob Lima

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Vendo o que aconteceu em S. Vicente, extrapolando, fico a pensar que o mesmo poderá suceder um dia no meu Tarrafal de Santiago, na Vila do Mangui (não me peçam para lhe chamar cidade, em razão da afetuosa memória toponímica), ali na zona da Shell, onde existia uma ponte (caduto) que dava vazão às águas que vinham da ribeira que atravessa Ponta- Lagoa e a separa da zona de Kodje-Bitxu. Até sair de Cabo Verde, em finais dos anos oitenta, aquele era um caminho natural de escoamento das águas pluviais, havendo inclusivamente, a poente da ponte, um grande talude artificial, erguido para evitar a inundação do campo de futebol situado ali perto, conduzindo as águas pela achada baixo até aos mares de ponta de atum.

O mesmo desaparecimento duma ponte verifica-se ali nas imediações do antigo Campo de Concentração de Chão Bom (conhecido nos meus tempos de menino por Trás de Colónia, onde os recrutas, mancebos de todas as ilhas, tantos de S. Vicente, plantavam sempre uma árvore a recordar a sua passagem pelo CIPM Zeca Santos), que dava vazão às cheias que correm pela ribeira conhecida por Kobon di Santu Amaru (a ribeira ainda lá está, como é óbvio, e as águas podem surgir qualquer dia) e que vêm sobretudo das encostas do Monte Covado (Munti-Kobada) e das achadas adjacentes. Tal infraestrutura hidráulica conduzia as águas até um leito escavado artificialmente nas cabeceiras do Colonato de Chão Bom, leito esse protegido a poente também por um talude que vem desde a zona da mítica e assombrada Pedreira, evitando assim as inundações desse perímetro agrícola (então único em Cabo Verde, por ter sido criado de raiz e se situar numa extensa planície fora de um vale e distante de qualquer fonte de irrigação), conduzindo as águas pelas estremas a nascente do perímetro e a poente das estremas do Campo de Concentração, até desembocar na grande ribeira de Chão Bom, que recolhe parte da água do maciço da Serra da Malagueta e de todos os moirões (Portal, Ponta de Achada, Achada Moirão, Achadinha, Mato Mendes, Piornal, etc), ali na zona do tanque número um, de saudosa memória pelos grandes banhos no tempo das-águas.

As duas pontes sobrantes entre Chão Bom e a Vila di Mangui são a de Chão Bom e a da zona da Pedreira, tendo desaparecido também a conduta de escoamento que se situava depois da ponte de Chão Bom, entre a estrada de desvio para Lén Mendi e o jardim infantil chamado de «Cruz Vermelha». Portanto, das cinco pontes/passagens de água só restam duas. Já se pensou nas consequências para as populações ali da zona da Shell e nos moradores da Casa para Todos na zona de Trás di Kulónia (que era zona de alagamento mesmo com a existência da ponte, imaginem agora sem ela, e com uma barreira de retenção) neste tempo de alterações climáticas e de eventos meteorológicos extremos, num dia em que os céus forem mais pródigos em largar a sua gota de água?

Em tempo: por que mistério topográfico/cadastral o território de Txonbon termina exatamente onde começa o Campo de Concentração? Assim sendo, o Campo de Concentração seria de Mangui e não de Txonbon, e o Colonato também seria de Mangui e não de Txonbon, que o é verdadeiramente, porquanto os únicos colonos eram desta localidade. Na perceção popular (que, concedo, poderia não coincidir com os limites topográficos) a divisória natural entre Txonbon e Mangui seria a mítica zona da Pedreira, sendo que a Vila de Mangui está situada topograficamente na «Achada de Chambom», como se pode constatar no documento que determina a criação de tal vila, sendo que o mangui era exclusivamente a zona da Palhota e, possivelmente, o Fonton.

Estando com a pena na mão (o manduco está a descansar ao lado), permito-me abordar uma outra situação, que me indigna desde setembro do ano passado, quando me deparei com ela pela primeira vez, sendo que neste intervalo o desmando duplicou: já não bastava o esqueleto desnudado da esplanada baía/verde, como que implorando o socorro dos céus, dado que os homens parecem tê-la abandonado, ergueu-se ali na zona do miradouro, por cima da casa do pescador, perto da rampa que dá acesso à praia do Tarrafal, duas estruturas, creio que comerciais, dois mini-monstrengos a tapar o horizonte num dos locais mais nobres da Vila. O horizonte conecta-nos com a substância do infinito, incute-nos sonhos de liberdade, concede-nos alturas de pacificação, enquanto aquelas duas estruturas emparedam o nativo e o visitante dentro das estruturas da reprodução da miséria quotidiana. Não há nada de essencial ou necessário na instalação daquelas estruturas naquele privilegiadíssimo local onde a nossa alma pode arejar dos maus ares do mundo ou apenas mergulhar na contemplação na procura do mais autêntico de si. Por isso, não aceitamos que nos roubem o horizonte; ponham essas estruturas em cima do monte graciosa, se necessário for, pois a distância pode diminuir o seu pavoroso impacto. Senhor presidente da Câmara, você que tem feito um bom trabalho, criando uma dinâmica positiva no município, escute-me enquanto estou em modo conselheiro. Ou escute o historiador local Carlos Ferreira, que conhece como ninguém a história e a alma da nossa Vila. Sempre que precise decidir sobre questões dessa natureza, chame-o e peça-lhe opinião: para além de conhecedor, ele não vai dizer-lhe aquilo que quer ouvir, pois ele não pertence à sua entourage, por isso ele pode falar-lhe com verdade, com a sensibilidade e o conhecimento que ele tem como ninguém dessa Vila do Mangui.

Derivei para as minhas memórias (topográficas) tarrafalenses, tomado pela preocupação com o que pode acontecer ali um dia como aconteceu em S. Vicente, mas não foi nenhuma desvio escusado: é que isto anda tudo ligado.

                                                               

Retornando à soberba resposta dada pelas populações de todas as ilhas sem distinção (com algum oportunismo mediático, é certo, sobretudo de certos «artistas», que em Cabo Verde tanto pode ser um berrador ao microfone ou um maltratador da guitarra, da tela ou da palavra, daí o poeta Kaká Barbosa negar-se a ser tratado por artista), tal é uma violenta bofetada ao monstro bairrista denominado «pandialeto», uma excrescência anticientífica, socialmente divisiva, afrontosa dos legítimos e naturais direitos linguísticos de todas as parcelas e populações das nossas ilhas, violadora de todos os dispositivos e comandos legais relacionados com a língua cabo-verdiana (determinada por lei da Assembleia Nacional «fundamento de soberania»), engendrado por supremacistas bairristas e estrangeiras, cujos nomes passaram a ser conhecidos de todos, para sua execração eterna, e por isso me desobrigo de os citar aqui de novo, e que apesar de rotundamente derrotadas (arranjaram há pouco uma suposta metalizada «ronalda», mas é apenas uma pobre pedra da cascalheira) persistem nessa insana desfaçatez divisionista, sustentada politicamente por um ministro de educação (a quem vou dar, dentro de dias a devida resposta à sua cómica intervenção televisiva de domingo à noite) que no tempo certo prestará contas à «justiça» soberana do povo das ilhas. 

Porque me refiro a isso no meio deste texto de homenagem ao caloroso povo de S. Vicente e à sempre acolhedora e inclusiva ilha do Monte-cara, tendo sido assim no passado, sendo assim no seu presente, e assim há de continuar a ser no futuro, para gáudio de todos nós, os filhos da caboverdianidade completa? 

A razão dessa referência é o facto de o meu amigo e grande pintor Tchalê Figueira me ter confidenciado, confidência cuja autorização pedi-lhe para tornar público aqui, dada a situação de guerra civilizacional a que essa trupe maliciosa, composta por nacionais comandadas por estrangeiras, conduziu o nosso país. 

Disse o pintor que estando ele a limpar o lamaçal ali na rua da Praia, perto do seu ateliê, passou a madre engendradora do monstruoso «pandialeto» (estrangeira aportada a S. Vicente, e que adotou certo bairrismo indígena, indigno, insano e venenoso como marca da sua real integração, inclusive, confidenciaram-me professores da Uni-cv, cognominando os santiaguenses de selvagens) e alheia a toda a desgraça circundante, numa demonstração de ausência de qualquer sentimento de empatia, pensando apenas na sua ilusória glória, atirou: «Tchalê, não te preocupes, o manual está bem». (O manual é a banana virtual onde se esconde a real bomba atómica linguística com que querem instalar o divisionismo e assassinar a verdadeira alma destas ilhas). 

A razão dessa conversa com o Tchalê deriva do facto de o manual digital ostentar como capa uma pintura da sua autoria, cedida graciosamente, que peço ao Tchalê que, face às circunstâncias, exija a sua retirada, para evitar qualquer ligação sua com esse execrável veneno. Obviamente que o Tchalê não tem nada a ver com a lama mortal que o manual contém. Mas cautelas recomendam-se, porquanto essa tentativa de golpe civilizacional vai ter ainda algumas reviravoltas surpreendentes e até desagradáveis, mesmo que sempre justas.

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Ligam-me a S. Vicente indeléveis e intransitivas memórias, ainda que a vol d’oiseau: a primeira saída da minha ilha de Santiago foi para ir à ilha do Porto Grande, acabando, por um acaso, por ficar alojado na zona de Ribeira Bote, tendo feito amizade com o célebre Tamps, os dois Calús (o grande, da enorme cabeleira à Valderrama, e o piknin que jogava no Batuco quando esta era ainda uma equipa de fralda), ambos da zona da ilha de madeira, e ainda o Toi da Casa Feijó. 

Tempos da gelataria La Terrasse e das discotecas pimps e je t’aime; depois, já em Lisboa, dos bailes na D. Guidinha (onde «o badio» não entrava, salvos dois ou três), no bairro da Pedreira dos Húngaros onde vivi dez anos e produzi os meus dois primeiros livros, possivelmente os mais impactantes do meu percurso poético (Paraíso Apagado por um Trovão e Agreste Matéria Mundo), dos amigos «das-ilhas» (como lhes chamavam os santiaguenses do interior, habitantes maioritários do bairro): Calú, Limanda, Emídio, Jorge, Nhelas, Djidjá, Alcinda, Fernanda, Madalena, a mãe da minha única filha, e ainda os santantonenses como Nais, Raimundo ou Pipi;

dos amigos nortenhos da faculdade e das longas noites de estúrdia, da publicação do meu primeiro livro, Paraíso Apagado por um Trovão, e seu estrondoso êxito, coroado pelo prémio Mário António da Gulbenkian, que recordo aqui hoje por causa do incidente gerado na preparação da cerimónia da entrega do mesmo, dado não quererem convidar o meu embaixador, Onésimo Silveira, tido por bairrista, por amar a sua ilha do Porto Grande e defendê-la desabridamente como um leão, como faço hoje em defesa da pluralidade dialetal da língua cabo-verdiana, mas que me tratou como um príncipe, e que enquanto embaixador em Portugal defendeu ferreamente os cabo-verdianos dos abusos já naturalizados, fossem eles de que ilha fossem; 

do meu primeiro regresso a Cabo Verde, em setembro de 2004, como escritor galardoado para a feira do livro português no Mindelo; do meu conhecimento e longuíssima conversa com o João Vário, a minha maior referência cabo-verdiana, na casa de Txan de críquete; do soberbo aforismo seu (o grande aforista vienense Karl Krauss dizia que um bom aforismo é uma verdade e meia) «não se pode ser culto e manhento ao mesmo tempo», que sabemos aplicar-se na perfeição a quem; da verdadeira lápide que falta na sua campa, com o epitáfio que ele queria «dizem que era um gajo fodido»;

do ataque de riso do Tchalê Figueira quando à porta da discoteca Sírius me propuseram uma «mamada» por duzentos paus (dei quinhentos à coitada, sem «mamada» nenhuma); do reencontro com o poeta Valentino Velhinho à porta do Café Lisboa, onde nos engalfinhamos num abraço tão efusivo que alguém pensou que estávamos a lutar; das noites animadas pelo Malaquias, Malacas, o meu professional, ali no Fundo de Mar ou na Furnalha do Carlos Araújo, e das madrugadas altas na «viúva», com Malaquias soltando fogo das cordas do seu violino, ou passando à guitarra, de que ele se dizia dez vezes mestre; 

das imensas saudades do verde de setembro na minha ilha de Santiago, amainadas por uma viagem ao Monte Verde com o Carlos Araújo, e, aí então, a minha alma de camponês sentiu que efetivamente estava no chão de Cabo Verde; da violenta chuvada que se abatera sobre o Mindelo no dia da inauguração da feira, transformando a rua de Lisboa num rio tumultuado, que quase impediu a minha saída do aparthotel Avenida para o hotel Porto Grande (onde vi Biús pela última vez) para me preparar para a abertura da feira, que foi adiada para o dia seguinte em razão da inundação do Centro Cultural do Mindelo; do mais belo dito que alguma vez escutei sobre a chuva, vindo de um pedinte postado à porta do hotel Porto Grande, declarando «es txuva e inkonstitusional», coisa que tentei explicar ao escritor português Francisco José Viegas, inventando muito e com ar sério para não parecer demasiado surreal; 

de kme deus no seu mundo de melancólica alienação; da permissão, uma única vez sem exemplo, de entrada de cerveja no Arco do Vasco, dado que o poeta apenas consome esta bebida alcoólica, e ali a norma é o vinho, e só a aludida inconstitucional txuva impediu que se concretizasse; do encontro de escritores no Porão, com uma chusma de gente vestida de branco: Corsino Fortes, Germano Almeida, Mário Lúcio, Tchalê Figueira e Vasco Martins. (Eu só não fui também vestido de branco porque me lembrei desse pormenor); da mais bela amizade nascida com o Arménio Vieira, que logo ali se perdeu de amores por uma mindelense, e que ele quis levar para a Praia no instante seguinte, naquela pureza de que apenas o Arménio é capaz; 

do primeiro encontro com o José Maria Neves, então primeiro ministro, e Jorge Tolentino, ministro da cultura, que tinham ido a S. Vicente para a inauguração da feira do livro; do manto amarelo que quase me vestiram quando cheguei à Praia, dado que nesse tempo, soube-o depois, não havia discurso que o primeiro-ministro fizesse onde não elogiava o grande feito de um patrício, e não era para menos: o Prémio Mário António atribuído pela Gulbenkian era só o prémio literário mais importante que um cabo-verdiano havia ganhado alguma vez; da rodada oferecida por Cesária Évora, de partida para uma digressão, e da minha opção por água lisa , dado estar com uma monumental ressaca, e ela respondendo «adê, musin, bo ta bibê ága?», e dos comentários malandros feitos pelas companhias da hora, depois da saída da grande diva dos pés descalços, coisa sem maldade de gente buzode de sonsent;

do meu amigo médico-fisiatra, Vina, que me introduziu na fisio-gaspar pela porta do cavalo, em Lisboa, quando fiz uma dupla fratura na tibiotársica, acidente cuja estória mirabolante circulou fartamente na altura, tendo chegado aos ouvidos do embaixador Onésimo Silveira que na primeira ocasião que me viu, estando eu ainda de muletas, saudou-me com fartas gargalhadas como um bom malandro cabo-verdiano que era, sem ser, porém, eu merecedor de tão distinta glória;

da lembrança da passagem, anos antes, perto dos Salesianos com dois putos impertinentes gritando «un kavala pa dos bediu», sumindo-se depois por umas travessas quando tentei alcança-los e dar-lhes o respetivo troco, não da cavala, da cavala não, mas do bediu; da bela de olhos verdes da avenida de holanda, perto do centro espírita, que era sempre um sol a emoldurar a tarde; da E., sabida rapariga da vida, que me desafiava dizendo não saber como era o «pau» de um bediu; dos meio mortos de fome e de sede, iguais aos meio-mortos de todas as fraldas deste mundo, que me passavam pomada dizendo-me o mais inteligente dos badios, por ser o pagante da hora; e eu retribuindo com o meu chiste venenoso e sempre cagativo gozo dizendo-lhes que até ali só tinham conhecido vendedores de boi e de bananas, e que agora estavam na presença de um verdadeiro intelectual, e ainda por cima do povo; 

do corvo visto nas alturas de baía norte, num dia em que circulávamos por aquelas bandas eu e a minha companheira. Vejo-os sempre por todo o Cabo Verde, mesmo agora que estão praticamente em extinção, dado ser dos bichos com que mais lidei na infância nos inolvidáveis tempos de «tadja korbu»; da mina de extração de jorra que se abateu à nossa passagem pelo Calhau, felizmente sem consequências; da moreia frita no Frank polícia (Fernando Pau ou Craquinha?) com o meu amigo Tatoxe, homem de duas moradas, ribeira bote e txan d’likrin; de tanto tanto, que não cabe aqui agora, mas contarei noutra ocasião, porque Mindelo está no meu coração.

Que se reerga a grande ilha do Porto Grande e Monte Cara pelo alento das suas valorosas gentes, com a solidariedade fraterna e firme dos cabo-verdianos de todas as ilhas e diásporas, contra projetos supremacistas malsãos engendrados por mãos estrangeiras, ainda acolitadas por serventuárias nacionais.

Hoje mais do que nunca faz sentido o verso de «súplica« de Djoya «sonsent nxina-me oiá lus di sol». Que o sol do novo dia te seja de novo radioso, Sonsent.

 

Sintra, 25 de agosto de 2025

por José Luiz Tavares
A ler | 26 Agosto 2025 | Cabo Verde, catástrofe, inundação. unidade, São Vicente