Intimacy gone public, popular, political: Questioning rupture and continuity in West Africa's genderscape

Convenors

Ricardo Falcão (ISCTE-IUL) email
Inês Galvão (ICS-UL) email
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Short Abstract
Whereas intimacy is broadly defined by kin, religion, ethics or moralities, personal relationships seem less determined by the legal categories of juridical instruments and human rights activisms, we question how popular culture, public policy and politics concur for contesting social expectations.

Long Abstract
The politicization of intimacy is a rather controversial, even ambiguous, idea. Drawing lines between what’s to remain private and what’s of public nature is as much a cultural issue as it is a political one, thus making it part of socio-historical constructs where such boundaries become meaningful.
How does intimacy become a public matter? According to human rights definitions, when fundamental rights of individuals are in peril, the state has to take the private realm into its legislative apparatus, thus trying to redefine a field where religions, moral codes and subjectivities also claim their space.
In west-african contexts, social relationships are strongly defined by traditions, kinship, public morality, socio-religious conduct, gender and generational roles, and less by these legal instruments that sometimes are actively avoided, thus creating a field of (sometimes) tense negotiation between the demand for new rights and rooted cultural identities.
Concepts of intimacy and sexual and reproductive rights are examples of such negotiation between traditions, social values and human rights. Do individuals seeking alternative life paths find available scripts? Are new narratives allowed where people make their lives meaningful away from the constraints of established social values?
In this panel we want to reflect on these intersections and question how continuity and rupture are enacted in both urban and rural settings. We welcome perspectives on intimacy empirically grounded in the study of public, political and popular cultures that focus the reception of gender idioms in domains such as those of sexuality, close relationships and daily life practices.

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Papers

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22.11.2016 | par marianapinho | C33: Intimacy gone public, call for papers, political: Questioning rupture and continuity in West Africa's genderscape, popular

Geografia do Tempo: Narrativas e Temporalidades do Sul Global / Revista Contracampo

 

Revista Contracampo Vol. 36 n. 2 (ago-nov 2017), editores convidados: Fernando Resende (UFF) e Sebastian Thies (Universität Tübingen) 

Os regimes de temporalidade no chamado “Sul Global” são marcados por encontros conflituosos entre o tempo da globalização econômica e as práticas culturais locais, onde o tempo vivido é incorporado. A atual dinâmica que envolve os processos globalizatórios e seu acelerado fluxo de pessoas, mercadorias, finanças e conteúdo midiático têm profundo impacto no modo como o tempo estrutura a vida no Sul Global, como ele é experimentado e como operam suas construções de sentido. Como a teoria cultural aponta, as temporalidades no Sul Global não podem ser entendidas simplesmente como a implementação do tempo homogêneo do capitalismo nem como uma “alocronia”, o que seria a ideia de um atraso temporal do Sul em relação ao pulso da modernização tecnológica. Em vez disso, podemos descrever esse processo como complexo e independente, de “heterogeneidade multitemporal” (Néstor García Canclini), um “tempo desniveladamente denso” do pós-colonialismo (Partha Chatterjee) ou em termos de uma emaranhada “geografia do tempo” (Achile Mbembe).

William Kentridge, still from Felix in Exile, 1994, Film, 35 mm, shown as video, projection, black and white, and sound (stereo), duration 8 min 43 secWilliam Kentridge, still from Felix in Exile, 1994, Film, 35 mm, shown as video, projection, black and white, and sound (stereo), duration 8 min 43 secAssim, regimes de tempo no Sul oscilam entre o tradicionalismo e a era digital, entre o longue durée da colonialidade (Quijano) e o tempo da modernidade líquida (Bauman), entre a precariedade da economia informal e o trabalho (pós-)industrualizado. Neste dossiê, a Contracampo concentra a atenção na imagem, na mídia, nos processos comunicacionais e na literatura, refletindo criticamente sobre esses complexos regimes de tempo e seus impactos na sociedade. Como eles revelam estruturas de poder de temporalidade no Sul e indicam localizações culturais e políticas de onde surgem as resistências aos regimes do tempo globalizado? Como os sujeitos lidam com as mudanças temporais e transições de heterogeneidade multitemporal na vida diária? Como a memória e a historicidade se articulam nesse contexto e como conceitos autóctones de tempo oferecem resiliência contra essas dinâmicas? Não obstante a centralidade da discussão em torno da ideia de temporalidades, trabalhos  que abordem questões outras relacionadas ao Sul Global, a partir de uma perspectiva comunicacional, também poderão ser submetidos ao dossiê.  E permanecerá aberto o fluxo contínuo para seções de temáticas livres. 

Os textos, a serem submetidos via sistema online da revista, devem seguir as diretrizes para autores/as:

http://www.contracampo.uff.br/index.php/revista/about/submissions#authorGuidelines.

O prazo final para submissão será até 01/05/2017. E a previsão de publicação do dossiê é até 31/08/2017.

Cordialmente, Marco Roxo, Beatriz Polivanov e Thaiane Oliveira

Editores-chefes da revista Contracampo / PPGCOM UFF

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SPECIAL ISSUE

Geography of Time:

Narratives and Temporalities of the Global South 

Invited editors: Fernando Resende (UFF) and Sebastian Thies (Universität Tübingen) 

Today’s unchained dynamics of globalization and its accelerated flow of people, goods, finances and media have left a deep impact on how time structures life in the Global South, how it is experienced and made sense of. The regimes of temporality in the Global South are marked by conflictive encounters between the time of economic globalization and local cultural practices, wherein lived time is embedded. As cultural theory has pointed out, temporalities in the Global South can neither simply be understood as the implementation of the homogeneous time of capitalism nor as an “allochrony”, which is the ideia of a Southern time lagging behind the pulse of technological modernization. Instead, it can be described as a complex and interdependent process of “multitemporal heterogeneity” (Néstor García Canclini), an “unevenly dense time” of postcolonialism (Partha Chatterjee) or in terms of an entangled “geography of time“ (Achile Mbembe). Thus, time regimes in the South oscillate between traditionalism and digital age, between the longue durée of coloniality (Quijano) and the time of liquid modernity (Bauman), between precarity of informal economy and (post)industrialized labor. This special issue of Contracampo focuses on images, media, communication processes and literature, and how they allow us to critically reflect upon these complex time regimes and their impact on society. How do they unveil power structures of temporality in the South and indicate cultural and political locations from where resistance against globalized time regimes arise? How do subjects deal with temporal shifts and transitions of multitemporal heterogeneity in everyday life? How is memory and historicity articulated in this context and how do autochthonous concepts of time offer resilience against these dynamics? Notwithstanding the centrality of the discussion on the idea of temporalities, papers that involve other questions related to the Global South from a communicative approach may also be submitted to this special issue. The section for papers on any subject related to communication processes will remain open throughout the year. 

The contributions must be submitted via our online system and guidelines: http://www.contracampo.uff.br/index.php/revista/about/submissions#authorGuidelines.

The deadline for submission is until May 1st, 2017. And the issue shall be released until August 31st, 2017. 

Best regards,

Marco Roxo, Beatriz Polivanov and Thaiane Oliveira

Chief editors of Contracampo journal 

Fluminense Federal University 

21.11.2016 | par martalanca | globalização, Narrativas, Sul Global, Tempo

Concerto | Toty Sa’Med

23 de Novembro -  Sons Em Trânsito (Aveiro)
25 de Novembro - Vodafone Mexefest (Lisboa) 

Toty Sa’Med Cantor, compositor e multi-instrumentista nascido em Luanda em 1989. É um dos artistas de culto da Nova Música Angolana. 
As suas influências vão do Rock Psicadélico ao Jazz, mas tudo se iniciou com a música africana, presença constante desde a sua infância. Aos oito anos de idade, o seu interesse crescente pelos vinis e cassetes VHS de concertos que seus pais colecionavam, levou-os a oferecerem-lhe a primeira guitarra e o primeiro teclado. Não passou muito tempo até que começasse a compor e a produzir instrumentais de rap, kuduro e Kizomba para os amigos, no seu pequeno estúdio caseiro, mas a paixão arrebatadora pelos Sembas da geração Ngola Ritmos e pela Música Popular Brasilera levou-o a abandonar as experimentações musicais e dedicar-se exclusivamente à guitarra. 
Celebrado pela nova geração de músicos angolanos como Aline Frazão, Gari Sinedima e Selda, com quem colabora frequentemente, é também aplaudido pelos kotas, como Paulo Flores ou Filipe Mukenga, que o chamou para integrar a sua banda no seu regresso aos palcos. A família Mingas, cujo percurso se confunde com a própria evolução da música angolana, reconheceu-lhe o talento, convidando-o a celebrar no palco a vida e obra de André Mingas, e a fazer uma serenata ao patriarca Ruy Mingas nas suas bodas de ouro, interpretando canções que são matéria essencial da identidade musical deste jovem cantautor. 
Em 2015, e a convite da cantora brasileira Natasha Llerena integrou o concerto a 3 vozes no festival Back2Black no Rio de Janeiro ao lado desta e de Aline Frazão, com quem já actuara em concertos em Lisboa e na África Oriental. Na capital portuguesa, conheceu o músico e escritor Kalaf Epalanga que o convidou a fazer parte da banda que levou ao palco do grande auditório do Centro Cultural de Belém, no espectáculo “Carta Branca”, canções inspiradas nos clássicos do cancioneiro angolano. Da sua passagem por Lisboa nasceram parcerias musicais com Sara Tavares e José Eduardo Agualusa, no tema que dá título ao álbum “Moura” da fadista Ana Moura, que o convidou a abrir o seu concerto no Olímpia de Paris. 
Em 2016, volta a pegar nos Sembas com a missão de torná-los universais, tornando-os ainda mais locais, mais Luanda. Grava e edita “Ingombota” um EP que volta a juntá-lo a Kalaf Epalanga, com quem partilha a produção. Do alinhamento fazem parte cinco clássicos do cancioneiro angolano e um original. Um registo intimista onde transparecem influências que vão desde Bonga do “Angola 72”  ao Caetano de “Araçá Azul”.

Spotify Toty Sa’Med 

21.11.2016 | par marianapinho | Ingombota, jazz, Nova Música Angolana, Rock Psicadélico, Toty Sa’Med

Teatro Griot | Luminoso Afogado

Teatro GRIOT vem por este meio dar a conhecer e solicitar a divulgação da sua próxima produção, LUMINOSO AFOGADO, monólogo a partir de Al Berto, encenação e interpretação de Zia SoaresEstreia no Teatro da Trindade a 7 de Dezembro de 2016.
LUMINOSO AFOGADO é uma espécie de linha da sombra, onde num confronto com o espelho, com a morte e com a passagem do tempo, uma mulher/um homem não se reconhece, está entre ser o que é e outro irrecuperável e ausente. Um espectáculo onde o “silêncio é definitivo”, onde se oscila entre a vida e a morte, entre a memória e o esquecimento mais absoluto. Um mergulho onde se suspende a respiração noutro tempo, noutro lugar onde Zia Soares revisita, 20 anos depois, Al Berto com quem trabalhava na adaptação e encenação de “O Lunário” na altura da sua morte.


Ficha Artística
Texto: Al Berto
Adaptação e Encenação: Zia Soares
Actriz: Zia Soares
Dramaturgia de voz: Filipe Raposo
Elocução: Chullage
Design de luz: Eduardo Abdala
Cenário e Figurino: Inês Morgado
Fotografia: Pauliana Valente Pimentel
Design Gráfico: Sílvio Rosado
Produção: Teatro GRIOT
Apoio à Produção: Underground Railroad
Em cen​a
Local: Sala Estúdio do Teatro da Trindade
Morada: ​R. Nova da Trindade 9, 1200-301 Lisboa
Data 7 a 30 Dez (interrupção entre 19 a 25 Dez)
Hora qua a sáb 21h45; dom 17h00
Preço 8€ (normal)​ ​5​€ (quinta-feira)​
M/16​
Informações| Reservas 213 420 000 (ter a sáb 14h às 18h); bilheteira.trindade@inatel.pt
* Conversa com o público ​15 Dez (após espectáculos
 Apoios: Polo Cultural GaCâmara Municipal de Lisboa, INATEL, UR, CEC_FLUL, Hostel Graça 28, El Corte Inglês. 

21.11.2016 | par marianapinho | Al Berto, Luminoso Afogado, teatro griot, Zia Soares

Museu do Cinema em Moçambique

Os últimos dias da exposição Capítulo 2.o História(s) e Narrativas do projecto Museu do Cinema em Moçambique serão marcados pela exibição de 6 filmes moçambicdnos - 3 curtas/médias e 3 longas - cujo cenário e a cidade, comemorando mais um aniversário de Maputo.

17.11.2016 | par martalanca | Moçambique, Museu do Cinema

Apresentação do Projeto Memoirs // Pos/Doc Porto

16.11.2016 | par marianapinho | Pos/Doc Porto, Projeto Memoirs

Apresentação do Projeto Memoirs // Lançamento do livro Geometrias da Memória: configurações pós-coloniais

 

 

Memoirs é um projeto de investigação do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra financiados pelo European Research Council (ERC) e é desenvolvido por uma equipa internacional e interdisciplinar de investigadores.Trata-se de um projeto de investigação sobre a diversidade da Europa contemporânea, que, a partir dos casos de Portugal, França e Bélgica, analisa o impacto das memórias coloniais e dos processos de descolonização e independências africanas das ex-colónias destes países nas gerações seguintes. A originalidade do projeto reside na perspetiva comparada adotada e na abordagem interdisciplinar. O seu objetivo é “reinterrogar a geometria e a geopolítica das memórias coloniais europeias exigindo-nos uma Europa e uma democracia com memória”, afirma a investigadora coordenadora do Memoirs Margarida Calafate Ribeiro.

Para além da apresentação do projeto no Teatro Maria Matos decorrerátambém o lançamento do livro Geometrias da Memória: Configurações Pós-Coloniais, coordenado por António Sousa Ribeiro e Margarida Calafate Ribeiro, o primeiro de uma coleção sobre as temáticas da memória daeditora Afrontamento. A sessão terminará com um debate com os artistas André Amálio (encenador da peça “Portugal não é um país pequeno”) e Filipe Melo (autor da banda desenhada Vampiros), moderado por Júlia Garraio, investigadora do Memoirs.

Memoirs estará também presente nos dias 26 e 27 de novembro naterceira edição do Festival Porto/Post/Doc/ no Teatro Rivoli. No dia 26serão exibidos três filmes: Contre-pouvoirs, de Malek Bensmail (Argélia –França); Garden Conversations, de Bouchra Khalili, (Marrocos – França), eDe Armas e Bagagens, de Ana Delgado Martins (Portugal). No dia 27 terá lugar o filme Los Rubios, de Albertina Carri (Argentina), ao qual se seguiráa apresentação do projeto, o lançamento do livro e um debate entre JorgeAndrade (autor da peça de teatro “Moçambique”) e Ana Delgado Martins, moderado por António Pinto Ribeiro.

O Porto/Post/Doc decorre de 26 denovembro a 4 de dezembro e durante estes nove dias contará com umaseleção de mais de 50 filmes acompanhados por diversos debates,masterclasses, sessões de Q&A, festas, concertos e muitos outros eventos.

16.11.2016 | par marianapinho | António Sousa Ribeiro, Geometrias da Memória: configurações pós-coloniais, Margarida Calafate Ribeiro, Projeto Memoirs

Cacique'97 - Apresentação do novo álbum ∣ B.Leza

Os Cacique´97 têm um novo disco. Chama-se “We used to be Africans” e sai dia 11 de Novembro. A festa de lançamento está marcada para o dia 17 de Novembro no B.Leza em Lisboa. 

Sobre o novo disco: “Cacique’97 are back with a new album! “We Used To Be Africans” is the debut single that gives its name to the album; the second album of Cacique 97 claims the afrobeat as his intervention vehicle. We used to be Africans is the manifesto of the search for a cultural identity without borders, with a view of the present, It aims to be a testimony for future generations. In the second studio work, the band uses energy income African funk and african-Lusophone grooves, accompanied by intervention letters that are World pictures in the XXI century and Contemporary Africa. Released on CD and VINYL, “We used to be africans” has special guests: Nneka, Jorge Du Peixe, Azagaia and Nástio Mosquito”.

Bilhetes:
Entrada 8€
Entrada com CD 15€
Entrada com VINIL 20€

15.11.2016 | par marianapinho | B.Leza, Cacique'97, We Used to Be Africans

Concerto de Angélique Kidjo | Eve

“A sua abordagem da escrita musical segue a tradição africana: ela canta com a consciência de uma comunidade. E fá-lo seguindo os conselhos de família. Uma das primeiras músicas que escreveu denunciava o apartheid na África do Sul e o seu pai insistiu que ela rescrevesse a música sem ódio nem raiva, afirmando que o papel do artista não é provocar a violência, mas sim promover a paz”. New York Times

“Em 2015, Angélique Kidjo já tinha ganho [um Grammy na categoria de Melhor Álbum de World Music] pelo álbum Eve, uma homenagem às mulheres de África. Este ano [2016], foi ao som de “I feel good” de James Brown que a artista recebeu de novo o galardão pelo álbum Sings. “A África está em marcha, está positiva. Vamos juntar-nos e recusar o ódio e a violência graças à música. A música é para mim, antes de mais, a única forma de arte que liga o mundo inteiro”, afirmou Kidjo pensando nos jovens artistas africanos que não cessam de emergir.” Le Monde


Angélique Kidjo Voz
Dominic James Guitarra elétrica
Ben Zwerin Baixo elétrico
Magatte Sow Percussões africanas
Yayo Serka Mimica Bateri

“Eve é dedicado às mulheres de África, à sua resistência e à sua beleza…Estas mulheres têm tão poucos bens materiais e, no entanto, o seu sorriso faz desaparecer qualquer tipo de pena. Enquanto formos fortes, avançaremos com dignidade.”
A cantora, compositora e Embaixadora da Boa Vontade da UNICEF Angélique Kidjo é uma das artistas mais arrebatadoras no mundo da world music de hoje.
Nomeada quatro vezes para os Grammys, recebeu o prémio Melhor Disco do Ano da World Music pelos álbuns Djin Djin em 2008, Eve em 2015 e Sings em 2016, distinções que salientam a excecionalidade da sua música, que explora as relações entre culturas musicais diversas, dos ritmos tribais e pop que herdou do oeste africano a todas as contaminações com outros géneros como o funk, a salsa, o jazz, a rumba e muitos outros. “A música é para mim, antes de mais, a única forma de arte que liga o mundo inteiro”, afirma Kidjo.
A “primeira diva de África”, segundo a Time Magazine, ou ainda a “rainha incontestada da música africana”, como a descreve o Daily Telegraph, apresenta em Lisboa, a 1 de dezembro, o álbum Eve, uma homenagem à sua mãe, Yvonne, e a todas as mulheres africanas. Neste álbum, a música “Bomba” explora a questão do orgulho que as mulheres africanas têm nas suas roupas tradicionais, “Kulumbu” sugere que a opinião das mulheres deve ser tida em conta nas negociações de paz, já que são elas que mais sofrem durante a guerra; “Cauri” denuncia o casamento forçado, com uma jovem que lamenta o facto dos pais terem determinado o seu par, e em contraste, “Hello” aborda a felicidade de um casal apaixonado.
O álbum Eve foi lançado em 2014 pela editora 429 Records e subiu para o topo das tabelas de world music nos E.U.A., Reino Unido, França e Alemanha.

BILHETEIRA
Fundação Calouste Gulbenkian

Av. Berna 45-A. 1067-001 Lisboa | Tel. 21 782 3700
De 2ª a 6ª feira e feriados: das 10:00 às 19:00h (Exceto nos dias 25 dezembro, 1 janeiro e 1 maio)
Sábado: das 10:00 às 17:30h e das 10:00 às 19:00h nos dias dos concertos.
Domingo: das 13:00 às 19:00h nos dias dos concertos.
Preço do bilhete: € 30 Bilheteira Online

ASSESSORIA DE IMPRENSA
Nadia Sales Grade
Tml 96 640 4444 | ngrade@gulbenkian.pt

11.11.2016 | par marianapinho | Angélique Kidjo, Eve, mulheres de África, world music

Sou eu mais livre, então |Diário de um preso político angolano

O Diário de Luaty Beirão, ícone da liberdade em Angola
Seguido de «Luaty Beirão, Inimigo do Medo», Entrevista de Carlos Vaz Marques

Em Junho de 2015, Luaty Beirão e outros 16 activistas foram detidos em Luanda por estarem a ler uma adaptação do livro «Da Ditadura à Democracia», de Gene Sharp, e por questionarem publicamente a liderança de José Eduardo dos Santos. A história correu mundo, e provocou revolta contra a atitude despótica do regime angolano.
Na prisão de Calomboloca, Luaty Beirão iniciou uma greve de fome que durou 36 dias e o deixou em perigo de vida. Antes, manteve um diário, escrevendo para preservar a sanidade mental. Estes escritos, que chegam a público pela primeira vez, são um testemunho único da resistência em pleno século XXI.

Sou eu mais livre, então
na solidão do meu degredo,
do que tu que vives preso
à escravidão do medo.



10.11.2016 | par marianapinho | Diário de Luaty Beirão, ícone da liberdade em Angola

Residência Artística – Programa de Arte Contemporânea em Lisboa - Candidaturas

Decorrem até 30 de novembro e destinam-se a artistas visuais ou fotógrafos, de nacionalidade moçambicana ou residentes em Moçambique há mais de dez anos, que já tenham realizado pelo menos uma exposição individual.
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Decorrem até 30 de novembro as candidaturas para a 3.ª edição da Residência Artística – Programa de Arte Contemporânea (Artes Visuais e/ ou Fotografia) em Lisboa. Uma iniciativa do Camões – Centro Cultural Português em Maputo e a Câmara Municipal de Lisboa.
A Residência Artística realiza-se entre 16 de maio e 16 de junho, em Lisboa, e destina-se a artistas visuais ou fotógrafos, de nacionalidade moçambicana ou residentes em Moçambique há mais de dez anos, que já tenham realizado pelo menos uma exposição individual quando da candidatura ao programa.
Após Félix Mula (vencedor da 1.ª edição) e Euridice Kala (vencedora da 2.ª edição), convidam-se os artistas moçambicanos a consultarem o regulamento desta Residência Artística na página de Internet do Camões e da Embaixada de Portugal em Maputo. O regulamento pode ainda ser solicitado no Centro Cultural Português em Maputo e no Pólo da Beira.
As candidaturas terão de ser submetidas até dia 30 de novembro e devem ser entregues, em suporte de papel, na biblioteca do Centro Cultural Português em Maputo, Av. Julius Nyerere, 720, Maputo. 
Mais informações: ic-ccpmaputo@tvcabo.co.mz
Condições de Admissão das Propostas e Seleção dos Agentes Culturais

Euridice Kala (vencedora da 2.ª edição)Euridice Kala (vencedora da 2.ª edição)

Félix Mula (vencedor da I edição)Félix Mula (vencedor da I edição)

 

10.11.2016 | par marianapinho | artes visuais, fotografia, Residência Artística – Programa de Arte Contemporânea em Lisboa

Grada kilomba • Performance: ilusões

10 NOV 2016, 20:00 - 22:00
Pavilhão da Bienal (São Paulo, SP)
Auditório 1 (1º subsolo)

Na performance Ilusões Grada Kilomba usa a tradição oral africana num contexto contemporâneo, utilizando textos, narração, imagens e projeção de vídeo, para recuperar memórias e realidades de um mundo pós-colonial: “Não há nada de novo para contar, pois todos nós sabemos que ainda habitamos as geografias do passado”. Para explorar esta coexistência de tempos, na qual o passado parece coincidir com o presente e o presente parece sufocado por um passado colonial que insiste em permanecer, Grada Kilomba deixa transparecer uma sociedade narcisista, que dificilmente oferece símbolos, imagens e vocabulários para lidar com o presente. Uma ilusão de tempos e espaços, que a artista reconta através dos mitos de Narciso e Eco. Narciso está encantado com a sua própria imagem refletida no lago, ignorando todos os outros, enquanto Eco está limitada a repetir apenas aquilo que ela escuta. Como ultrapassar este cenário colonial?


Inscrições via formulário
Sujeito à lotação do espaço (300 lugares)
Direção artística, texto, vídeo e coreografia:Grada Kilomba 
Performance (em vídeo e/ou palco): Martha Fessehatzion, Moses Leo, Grada Kilomba, Zé de Paiva 
Câmera: Zé de Paiva 
Assistência de câmera e de som: Laura Alonso, Tito Casal 
Música: Moses Leo 
Figurino: Moses Leo

Foto: Moses Leo

08.11.2016 | par marianapinho | 32ª Bienal, colonialismo, Grada kilomba, Ilusões, performance, tradição oral africana

"O Massacre Português de Wiriamu - Moçambique, 1972" de Mustafah Dhada

O primeiro grande livro de investigação sobre um dos episódios mais sangrentos da história colonial portuguesa.

Neste estudo aprofundado e destemido, o investigador moçambicano Mustafah Dhada expõe as motivações por detrás do massacre, a forma como os eventos se desenrolaram, os riscos que membros da igreja correram para denunciar a chacina e para a trazer a público, e o enorme impacto, sobretudo para o império português, desta tragédia deliberadamente obliterada – e até hoje nunca abertamente reconhecida – pela narrativa oficial.

«Na manhã de 16 de Dezembro de 1972, tropas coloniais portuguesas reuniram os habitantes de Wiriamu, incluindo mulheres e crianças, no largo principal da povoação e ordenaram-lhes que batessem palmas e que cantassem para se despedirem da vida. Em seguida, os soldados abriram fogo. Os que escaparam às balas foram mortos por granadas. Incitados pelo brado “Matem-nos a todos”, os militares levaram o morticínio a quatro povoações vizinhas ao longo do Rio Zambeze, onde o território de Moçambique se estende para o Zimbabué (Rodésia, à data dos acontecimentos), a Zâmbia e o Malawi — uma região designada pelos missionários católicos como ‘a terra esquecida por Deus’. No final do dia, perto de 400 aldeãos tinham sido mortos, e os seus corpos eram lentamente consumidos pelas chamas em piras funerárias ateadas pelos soldados com o capim que cobria as palhotas.» — Peter Pringle, Prefácio - info

06.11.2016 | par martalanca | Moçambique, Mustafah Dhada

Passa-Porte / Hotel Europa | Teatro Maria Matos

Depois do espetáculo Portugal Não é um País Pequeno, André Amálio e a companhia Hotel Europa continuam o seu trabalho sobre o fim do colonialismo português com Passa-Porte. Este espetáculo de teatro documental centra-se nas independências das antigas colónias portuguesas de Angola e Moçambique, e em todas as alterações de nacionalidade que afetaram as pessoas que viviam nesses países africanos. Passa-Porte retrata através de testemunhos reais estes eventos históricos e os relatos daqueles que fugiram da violência decorrente do fim do colonialismo ou do início da guerra civil em Angola. Revela também histórias dos que escolheram ficar nos países independentes e que acreditavam na construção de novos países depois de quase 500 anos de colonialismo. Este espetáculo reflete também a forma como o Estado e a sociedade portuguesa olharam para estas pessoas e as consequentes mudanças feitas na lei da nacionalidade em 1975 para escolher quem poderia ser considerado português.

criação: André Amálio
cocriação e interpretação: André Amálio, Selma Uamusse, Tereza Havlickova
movimento: Tereza Havlickova
interpretação musical: Selma Uamusse
espaço cénico: André Amálio e Tereza Havlickovacolaboração: Pedro Silvadesenho de 
luz: Carlos Arroja
produção: Hotel Europa 
coprodução: Maria Matos Teatro Municipal 
apoio: Fundação GDA 
apoio à residência: Alkantara e O Espaço do Tempo
agradecimentos: Anastácia Carvalho, Teatro Mosca e a todas pessoas que gentilmente partilharam connosco as suas histórias de vidafoto: António Gomes

Mais informações, aqui.

04.11.2016 | par marianapinho | colonialismo, colónias portuguesas, guerra cívil, Hotel Europa, Passa-Porte, Teatro Maria Matos

Festival ImigrArte 2016 // 10ª Edição

O Festival ImigrArte vai celebrar a sua 10ª edição nos dias 12 e 13 de Novembro com a participação de organizações e artistas de 24 países. O resultado é uma ampla programação que consta de dois dias de espectáculos e eventos nas áreas da música, dança, teatro, literatura, cinema, artes, workshops, debates, gastronomia e muito mais. 

Organizado pela Solidariedade Imigrante - Associação para a Defesa dos Direitos dos Imigrantes, o ImigrArte envolve os imigrantes na organização deste evento, oferecendo-lhes a possibilidade de divulgarem as suas culturas, de debaterem as questões que mais os preocupam e de desenvolverem o sentimento de pertença ao nosso país.
A intenção do Festival não é a de ser uma mera mostra de culturas: o ImigrArte é fruto da partilha e solidariedade entre os povos e da interacção entre associações de imigrantes e portuguesas e pretende promover a cidadania activa e consciente. 
O Festival é uma ocasião para juntar países e culturas, mas sobretudo para dar espaço a debates e temas de importância central na vida dos imigrantes no nosso pais.
A 10ª edição do ImigrArte vai incluir uma manifestação que luta pela igualdade de direitos entre portugueses e imigrantes. A concentração terá lugar na Praça Martim Moniz no dia 13 de Novembro a partir das 14.00 horas, seguindo em marcha até ao Ateneu Comercial de Lisboa.
O Festival conta com a participação de cerca de 30 organizações que estarão presentes com bancas onde, além de informações sobre as suas actividades, se poderá encontrar artesanato e gastronomia dos quatro cantos do mundo. Entre as actividades oferecidas encontrarão workshops, exposições, debates e concertos, e também não faltará o divertimento para os mais pequenos que poderão desfrutar dum espaço lúdico com animadores e convidados especiais. 
Ao dispor do público estará também um serviço gratuito de rastreios de saúde. A entrada para o Festival e para todas as suas actividades é gratuita. 

10ª Edição do Festival ImigrArte
Onde: Ateneu Comercial de Lisboa (junto ao Coliseu dos Recreios), Rua das Portas de Santo Antão n.º 110, Lisboa.
Quando: 12 e 13 de Novembro 2016   Sábado das 14,30 às 2.00 ; Domingo das 17 às 00.00
Países participantes:  Angola, Bangladeche, Brasil, Bielo - Rússia, Cabo Verde, Costa do Marfim, 
Espanha, Guiné Bissau, Índia, Itália, México, Moçambique, Moldávia, Nepal, Paquistão, Perú, Portugal, Reino Unido, República Dominicana, Roménia, Rússia, São Tomé e Príncipe, Ucrânia e Venezuela.

Toda a programação do evento disponível em www.festival-imigrarte.com ou www.facebook.com/festivalimigrarte.

Direção do Festival ImigrArte : Solidariedade Imigrante – Associação para a Defesa dos Direitos dos
Imigrantes,  Rua da Madalena nº8 – 2º , 1100-321 Lisboa
Telm: (00351) 96 89 89 720
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03.11.2016 | par marianapinho | artes, cinema, dança, debates, Festival ImigrArte 2016, gastronomia, literatura, música, Solidariedade Imigrante, teatro, workshops

The Bells Break Down Their Tower

Ana Rita Canhão 5-26.11.2016

commented by: Eduardo Marques da Costa
opening: Saturday, 5th November 2016, 7 p.m.

“Ana Rita Canhão’s The Bells Break Down Their Tower is a complex artistic reality where art serves as bridge between past and present, and where history and collective memory are the starting point for a reflection on present day collective dilemmas.
As the title suggests the whole concept of the exhibition is based on a tension between the tower, or the institutions, and those that are caught by the power structure of the institutions. The artist ponders on how propaganda is used to indoctrinate individuals and on how these individuals relate with such propaganda in an active or passive way. The role of the individuals is seen not only as that of a receiver of information and conditioning but also as that of transmitter and carrier of the message, either in a voluntary or involuntary way.”

Ler sobre Terra Prometida no BUALA.


31.10.2016 | par martalanca | Ana Rita Canhão, institutions, power, tower

Happy Together | 2016 | Mala Voadora Porto

Happy Together é um programa concebido pela mala voadora que reúne a especulação teórica e a artística, em torno da ideia de “felicidade em comum”. Todos os anos convidamos um ou dois artistas para as conferências do Fórum do Futuro, organizado pela Câmara Municipal do Porto, e lançamos uma convocatória para a produção de obras, feitas por artistas portugueses, que se relacionem com (1) as obras dos artistas convidados, (2) o tema anual do Fórum do Futuro ou (3) o próprio programa Happy Together.
Este ano o tema do Fórum do Futuro é “ligações”. Menos por isso e mais porque andamos concentrados em África (estreamos recentemente Moçambique, uma saga política a partir da biografia de Jorge Andrade), convidámos Samuel Fosso e Teddy Goitom, dois artistas que contribuem para a reinvenção biográfica e cultural de África e a veiculação de uma imagem cosmopolita daquele continente.
A​ ​programação​ ​da​ ​malavoadora.porto​ ​e​ ​os​ ​espetáculos​ ​de​ ​teatro​ ​da​ ​mala​ ​voadora​ ​são duas​ ​vertentes​ ​do​ ​nosso​ ​trabalho​ ​que​ ​queremos,​ ​por​ ​vezes,​ ​coincidentes​ ​– porque​ ​a​ ​nossa relação​ ​com​ ​o​ ​mundo​ ​quer-se​ ​instável​ ​mas​ ​não​ ​tem​ ​um​ ​interruptor​ ​binário,​ ​e​ ​porque​ ​tudo alimenta​ ​tudo. O programa HAPPY TOGETHER é também importante para a malavoadora.porto na medida em que é um momento em que o edifício da Rua do Almada 277 é ocupado por várias artes, e não exclusivamente pelas performativas. O sítio de onde viemos não é necessariamente o sítio aonde queremos chegar.
A expressão “Happy Together” (retirada do filme de Wong Kar Wai) que dá título ao programa é quase uma definição de “política” no seu sentido original. Definir modelos de convivência com vista à felicidade comum é a tarefa na qual radica o objetivo do tipo de pensamento e de prática a que chamamos “política”.
(design Marta Ramos)(design Marta Ramos)

Como referimos, Happy Together tem duas vertentes: uma centrada nas conferências ou entrevistas aos artistas convidados, outra na exposição ou apresentação das obras selecionadas na convocatória. Este ano, a exposição e apresentação de performances inaugura na malavoadora.porto, na Rua do Almada 277, no dia 2 de Novembro às 18.00 (e estará aberta ao público, com entrada livre, até ao final do dia 5). As duas conferências realizam-se, respectivamente, a 3 e 4 de Novembro, no Rivoli.
As 4 obras selecionadas pelo júri da convocatória são: Letter Landscape de Andreia Santana e Henrique Loja; One Way to Pandora de Diogo Bessa e Xana Novais; Turning Backs de Rita Vilhena, Lígia Soares e Diogo Alvim; e (Un)Balanced de João Dias-Oliveira, Nuno Mota, Patrick Hubbman e Rossana Ribeiro.

Letter Landscape Letter Landscape
Letter Lanscape
 é uma instalação de duas projeções simultâneas que, através de exercícios que convocam a oralidade e de tutoriais de manipulação e mapeamento 3D, constrói um diálogo entre linguagem e território como construtores de espaços de proximidade. Em LETTER LANDSCAPE, paisagem e território permeiam-se à rasura de fronteiras e fragmentam distâncias, construindo apenas contiguidades onde a palavra é habitada pelo palimpsesto da partilha.”

One Way to PandoraOne Way to Pandora
“A instalação-performance One Way To Pandora parte de uma onda fotográfica e de uma savana artificial para recriar dois momentos que comemoram a partida da cidade, a frescura de uma zona de conforto e a partilha entre corpos humanos numa dimensão inspirada nas raízes africanas, sul-americanas e em todas as selvas meta-amazónicas, meta-cyborg, meta-verdadeiras.”

Turning BacksTurning Backs
Turning Backs
é um projeto que visa a materialização do paradoxo: todos estamos incluídos na exclusão. A instalação proposta é de participação obrigatória mas apenas num dos lados. São duas linhas de assentos que não têm costas e obrigam cada espetador a utilizar as costas do outro como encosto. Afinal, estar costas com costas é encostar a alguém, sendo que esse alguém é exatamente a pessoa a quem virámos costas.”

(Un)Balanced(Un)Balanced
(Un)Balanced
é um artefacto mecânico motivador de reflexão sobre equilíbrio, força, peso, pressupondo um par ação-reação. É uma instalação interativa de carácter lúdico que proporciona um momento de diversão. É uma analogia sobre as relações humanas, sociais e políticas, uma demonstração de que o equilíbrio depende da relação harmoniosa entre partes.”

Depois da inauguração, no dia 2, a exposição abrirá também no dia 4, às 16.00 e no dia 5, às 14.00. Finaliza, nesse dia com uma conversa com todos os artistas participantes, às 18.00.
No dia 3, convidámos Catarina Simão, artista e investigadora que vive entre Lisboa e Moçambique, para entrevistar Samuel Fosso. Fosso é um fotógrafo camaronês que se tornou conhecido pelos autorretratos, nos quais produz transformações performativas do seu corpo, inventando uma multiplicidade de identidades politicamente subversivas, “pós-coloniais”.
Teddy Goitom (Stocktown)Teddy Goitom (Stocktown)
No dia seguinte, Teddy Goitom, cineasta e produtor, apresenta-nos a plataforma Afripedia (www.afripedia.com) que desafia os modos como a arte africana é percepcionada pelo mundo e liga efetivamente talentos e artistas africanos à escala global, veiculando para o mundo a vibração de um continente cosmopolita.
Happy Together liga fotografia, cinema, performance, instalação, pensamento, música e vídeo. Liga o percurso de artistas “reconhecidos” com percursos mais recentes. Liga – são apenas 500 metros de percurso! – o Rivoli e a Rua do Almada. A malavoadora.porto a confiar tudo nos artistas e nas artes todas.

[Texto escrito por Mala Voadora]

31.10.2016 | par marianapinho | Andreia Santana, arte, Catarina Simão, Diogo Alvim, Diogo Bessa, felicidade em comum, Happy Together, Henrique Loja, João Dias-Oliveira, ligações, Lígia Soares, Mala Voadora, Nuno Mota, Patrick Hubbman, política, pós-colonialismo, Rita Vilhena, Rossana Ribeiro, Samuel Fosso, Teddy Goitom, Xana Novais

Hotel Globo # 2 de Mónica de Miranda

Inauguração: 11 de Novembro, 19h30
Exposição: 12 de Novembro a 11 de Dezembro | Espaço Espelho d’água, Av. Brasília, s/n - Belém

Hotel globo # 2 é o segundo capítulo da exposição do mesmo nome apresentada no Museu Chiado em 2015 e pela qual Mónica de Miranda foi nomeada para o Novo banco photo, apresentada no Museu Berardo em 2016.

Esta exposição resulta na produção de uma série de fotografias novas que são expostas com o vídeo da mesma serie e o painel de plantas arquitetónicas do hotel. 

o Hotel Globo construído em 1950 pelo emigrante Português médico Francisco Martins de Almeida. Conceitualmente, o hotel abandonado permanece como um enclave simbólico da história angolana recente, como o próprio tecido contém impressões coloniais da arquitetura modernista do ultramar.
Aparentemente, continua a ser um hotel, mas a maior parte dos quartos encontram-se e vazios à espera do que ainda esta para devir.
O Hotel sobreviveu até hoje, num dos bairros cosmopolitas da cidade e mais sujeitos à recente vaga de especulação imobiliária, fato que serve à artista para elaborar uma narrativa, simultaneamente ficcional, que decorre no interior do hotel, e disruptiva, com as imagens de exteriores, do porto de Luanda e da expansão urbanística da cidade com todas as suas contradições.  O Hotel Globo reúne histórias de resistência, de adaptação e de procura.

Conjuntamente com a serie das fotos novas a artista mostra o vídeo Hotel globo 2015 onde a narrativa fragmentária do filme é exibida em formato de assinatura díptico do artista, onde um casal silencioso habita quartos que também serviram como lugares de passagem para os comerciantes da zona rural, ou para encontros românticos, mas também como refúgio de milícias durante a guerra civil. A narrativa da história do filme do hotel parece acordar fantasmas como ele ensaia um drama pessoal por tempo indeterminado na atmosfera modernista do edifício cansado, que tem necessidade permanente de restauração. Neste trabalho, como em filmes anteriores de Mónica de Miranda, há uma estase, uma sensação de imobilidade que se refere tanto a fotografia ainda a uma posição filosófica em relação ao assunto: as relações são tão impenetráveis quanto a natureza dos locais em que eles habitam. Uma metáfora para o naufrágio social e econômico trazido pelo impulso neoliberal furiosa de especulação imobiliária de Angola que está deformando Luanda, o edifício, de acordo com o seu atual proprietário, está em uma zona intemporal, preso entre um passado promissor e uma demolição inevitável.

A tentativa falhada, na década de 90, da sua recuperação arquitetónica, por motivos políticos, desinteresse económico   é, para Mónica de Miranda, a razão para constituir, neste contexto social e cultural angolano, uma ficção de possibilidades, patente na montagem das plantas arquitetónicas que servem como metáfora para um projeto ideal sem execução real. Plantas que constituem hoje não mais do que vestígios, traços de uma promessa de resgate simbólico do tempo, intenções de entendimento do espaço construído enquanto gerador de diferenciação e não de homogeneização dos modos de viver e da sua memória.

Hotel Globo reitera a necessidade de preservar os lugares enquanto símbolos de construção da memória coletiva, desafetados de discursos ideológicos de formulação da mesma, mas enquanto micro‐histórias de uma geografia emotiva, que desempenha um papel essencial para singularizar cada cidade e a sua história. E reforça também a urgência de repensar modelos de desenvolvimento, e de os mesmos serem corajosos na sua relação com o passado.
Os espaços aqui retratados mostram fragmentos de vivências e memorias da história de um lugar.  A teia de relações sociais, culturais e políticas que então se constroem, incorporam os símbolos e imagens pré-existentes, num processo de resgate e simultaneamente de reconstrução de valores territoriais, de pertença, e de identidade.

Mais informações:
info@espacoespelhodeagua.com
+351 213 010 510

28.10.2016 | par marianapinho | colonialismo, Hotel Globo # 2, Monica de Miranda

11º Prêmio Internacional Arte Laguna

Inscrições abertas para o 11º prêmio Arte Laguna


Prêmio Internacional de Arte | tema livre | aberto a todos

O Prêmio Arte Laguna é um concurso de arte internacional, de temática livre, cujo objetivo é promover a Arte Contemporânea. O concurso destaca-se no cenário global de arte pela crescente variedade de parcerias e oportunidades oferecidas aos artistas, e é reconhecido mundialmente como um trampolim real para a carreira dos artistas. 

Um júri internacional irá selecionar 125 artistas finalistas para:
- 6 Prêmios em dinheiro de € 42.000
- Importante Exposição coletiva no Arsenal de Veneza
- 5 Exposições em Galerias internacionais de arte
- 5 Colaborações em Empresas 
- 9 Residências Artísticas
- 3 Festivais Internacionais
- Publicação de um catálogo 

www.artelagunaprize.com/pt/

Prêmios em dinheiro
Euro 7,000.00 Pintura
Euro 7,000.00 Escultura e Instalação
Euro 7,000.00 Arte Fotográfica
Euro 7,000.00 Vídeo Arte e Performance
Euro 7,000.00 Arte Virtual e Gráfica Digital
Euro 7,000.00 Arte da Paisagem – realizada com o apoio da Pentagram Stiftung.
5 Prêmios Exposições em Galerias de Arte
Realização de 5 exposições em Galerias de Arte internacionais, incluindo a montagem, inauguração e catálogo.
Galeria Salamatina, Atlanta USA
Galeria Isabelle Lesmeister, Ratisbona Alemanha.
Galeria Fernando Santos, Porto Portugal.
Galeria ART RE.FLEX, São Petersburgo Rússia.
Chelouche Galeria de Arte Contemporânea, Tel Aviv Israel

9 Prêmios Residência Artística
Programa de Residência Artística na Itália e no exterior, cujo objetivo, é proporcionar um ambiente e
período de tempo para a vivência e experiência em uma nova cultura, para criar novos trabalhos e
participar de novas atividades em um contexto multicultural.

GLO’ART, Lanaken Bélgica
Fundação Basu para as Artes, Calcutá Índia
Taipei Artist Village, Taipei Taiwan
Fundação Berengo, Murano Itália
Espronceda, Barcelona Espanha
Fundição Artística Salvadori Arte, Pistoia Itália
Serigrafia Artística Fallani, Veneza Itália
São Francisco Art Residency, São Francisco USA
The Art Department - Casa Internacional de Arte e Residência Artística, Bodrum Turquia

5 Prêmios Colaborações em empresas
Seleção de 5 projetos criativos para a colaboração em 5 empresas.

Deglupta: € 5,000 e apresentação de um portfólio com propostas ilustrativas para a criação de uma nova coleção de bolsas e acessórios.

Rima Sofá e Camas: € 5,000 e apresentação de vídeos promocionais, imagens para campanhas publicitárias e design para decoração de estofados.

Coleção de Arte Papillover: € 1,000 e apresentação de propostas ilustrativas e gráficas que contribuam para uma nova interpretação do produto papillon ou a criação de um produto semelhante.

Eurosystem: € 5,000 e apresentação de um vídeo que valorize a relação entre arte e tecnologia através de uma linguagem original e criativa.

Biafarin: 10 Gold Membership Packages + Prêmio de US$ 4.000 para 4 artistas selecionados (US$ 1.000 para cada um).

3 Prêmios Festivais e Exposições
Seleção de 12 artistas que irão participar em eventos coletivos, cujo objetivo é criar uma rede de
contatos, dar visibilidade e possibilitar novos projetos.

Art Nova 100, Pequim China
Open Exposição Internacional de Esculturas e Instalações, Veneza Itália
Festival Art Stays, Ptuj Eslovênia
EXPOSIÇÃO DOS FINALISTAS
A importante exposição coletiva será realizada em um lugar histórico, o Arsenal de Veneza, em
março de 2017
.
Os prestigiosos locais da Lagoa de Veneza irão sediar exposições com 30 obras de pintura, 30 esculturas
e instalações, 30 trabalhos de arte fotográfica, 10 vídeos, 10 projetos de Arte da paisagem/Land art, performances que serão apresentadas ao vivo durante a cerimônia de abertura da exposição.

SEDE DEDICADA PARA AS CATEGORIAS DE ARTE VIRTUAL E GRÁFICA DIGITAL 
Os finalistas das categorias de arte virtual e digital poderão ser vistos no Centro do Futuro, sede
veneziana da TIM, uma incubadora que visa o desenvolvimento de novas tecnologias e oportunidades de
negócios na área de telecomunicações.

QUEM SELECIONA
A seleção das obras apresentadas será realizada por um júri internacional composto por:
Diretores de museus
Curadores
Críticos de arte

CURADOR E PRESIDENTE DO JÚRI
Igor Zanti (Itália, curador e crítico de arte)

O JÚRI
Flavio Arensi (Itália, Crítico de arte).
Manuel Borja-Villel (Espanha, Diretor do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia de Madri).
Tamara Chalabi (Iraque, Presidente e co-fundadora da Ruya Foundation).
Paolo Colombo (Itália, Consultor de arte do Museu de Arte Moderna de Istambul.
Suad Garayeva (Azerbaijão, Curador-chefe de exposições e da coleção permanente de YARAT- Centro
de arte contemporânea).
Ilaria Gianni (Itália, Curadora e crítica de arte).
Nav Haq (Bélgica, Curador sênior do MuHKA – Museu de Arte Contemporânea de Antuérpia).
Emanuele Montibeller (Itália, Diretor Artístico da Arte Sella no Trentino).
Fatos Ustek (Reino Unido, Curadora independente e escritora).
Alma Zevi (Itália, curadora e escritora).

tel. +39 041 5937242 info@artelagunaprize.com www.artelagunaprize.com

26.10.2016 | par marianapinho | Prêmio Internacional Arte Laguna

No Trilho dos Naturalistas | DocLisboa 2016

Durante o Doclisboa, terá lugar a apresentação do SCI DOC, Festival Europeu de Documentário Científico de Lisboa, organizado pela Ciência Viva e a EuroPAWS e produzido pela Apordoc. Neste contexto, serão apresentados os quatro filmes da série No Trilho dos Naturalistas, da autoria de cinco realizadores portugueses cujos filmes têm marcado presença no Doclisboa.

Moçambique
João Nicolau 
2016 • Portugal • 60’ 
O filme aborda quatro dos ecossistemas mais relevantes do território moçambicano – o mangal, os prados de ervas marinhas, os inselbergs e a floresta de miombo – e retraça o movimento da Missão Botânica de Angola e Moçambique de 1963/64. 
23 out / 11.00, São Jorge – Sala 3

Angola
André Godinho
2016 • Portugal • 58’
Em 1927, Luís Wittnich Carrisso, botânico e professor da Universidade de Coimbra, parte para Angola, para estudar a flora e recolher plantas para o Herbário de Coimbra. Em 1937, morre no deserto do Namibe. Cerca de 80 anos depois, retraçamos a sua viagem.
28 out / 11.00, São Jorge – Sala

São Tomé e Príncipe
Luísa homem, Tiago Hespanha 
2016 • Portugal • 59’ 
Há 15 milhões de anos, uma erupção vulcânica deu origem a uma nova ilha no Oceano Atlântico. Uma viagem a São Tomé, à descoberta do presente, retraçando a exploração botânica da ilha feita pelo naturalista Adolpho Frederico Möller, em 1885.
29 out / 11.00, São Jorge – Sala 3

Viagens Philosophicas
Susana Nobre 
2016 • Portugal • 50’
O filme enquadra o desenvolvimento da ciência moderna em Portugal, impulsionado pelo Marquês de Pombal e traduzido nas expedições filosóficas portuguesas, no final do séc. XVIII. Viajamos pelos arquivos, herbários e metodologias de estudo da botânica.
30 out / 19.00, São Jorge – Sala M. Oliveira 

24.10.2016 | par marianapinho | angola, DocLisboa, Moçambique, No Trilho dos Naturalistas, São Tomé e Príncipe, Viagens Philosophicas