"Mulheres do meu país" - Um filme de Raquel Freire

08 mar 2024 SEXTA, 16:30

Local Auditório 2 Fundação Calouste Gulbenkian

Entrada livre Sujeita à lotação do espaço

Exibição do filme seguida de conversa com a realizadora Raquel Freire e Rita M. Pestana, responsável pela montagem do filme

Vamos celebrar os múltiplos retratos de mulheres que fazem este país avançar todos os dias. Através da voz de cada uma destas mulheres conhecemos a riqueza das experiências vividas, que, juntas, nos dão um legado de confiança, justiça, perseverança, respeito e liberdade. 

São 14 histórias cruzadas, sobrepostas, contrastadas e colocadas em diálogo, são 14 testemunhos de vida, de resistência, de dignidade, que nos emocionam, interpelam, que ora nos provocam gargalhadas ora nos fazem engolir em seco. 

Em cada mulher, uma história onde se cruzam múltiplas opressões, em cada sujeito uma singularidade que é também a síntese de múltiplas determinações sociais. No seu conjunto, um retrato do país, das estruturas, das desigualdades, mas também da inteligência, da coragem, da emancipação, da luta pela felicidade.


28.02.2024 | par mariana | exibição de filme, Fundação Calouste Gulbenkian, mulheres, Raquel Freire, Rita M Pestana

“Um nome para o que sou”

21 fev 2024 QUARTA- 18:00, 10 mar 2024 DOMINGO- 18:00, 10 abr 2024 QUARTA- 18:00

Local: Auditório 3 Fundação Calouste Gulbenkian

Entrada gratuita: Mediante levantamento de bilhete duas horas antes do início do evento

Exibição do filme sobre o livro “As mulheres do meu país” de Maria Lamas, que reflete sobre a matéria e forma do livro e as leituras e significados que pode trazer na atualidade.

Entre 1947 e 1949, a escritora Maria Lamas percorreu o país para dar a conhecer a realidade em que viviam as mulheres portuguesas. O resultado deste périplo foi o livro “As mulheres do meu país”. Passados mais de 70 anos, a realizadora Marta Pessoa e a escritora Susana Moreira Marques procuram compreender que livro é este e o que nos pode dizer hoje.

Um nome para o que sou é um filme sobre um livro e sobre o movimento que ele opera em nós quando o lemos.

Na sessão de dia 21 de fevereiro o filme será seguido de uma conversa sobre Maria Lamas e o livro “As mulheres do meu país” com Jorge Calado – curador, Marta Pessoa – realizadora e Susana Moreira Marques – argumentista.

Um nome para o que sou é um filme sobre o livro “As mulheres do meu país”. Mas o que se filma quando se filma um livro?

Setenta anos passados sobre a sua publicação, Marta Pessoa pede a Susana Moreira Marques, jornalista e escritora no Portugal dos anos 20 do século XXI, que se junte a ela na reflexão sobre a própria matéria e forma do livro e as leituras e significados que pode trazer na atualidade.

Em 1947-1949, Maria Lamas foi alguém que se implicou na história das mulheres com que se cruzou, que reportou a sua realidade, que opinou, que interpelou, que confrontou, que quis ir mais fundo. Alguém que, por vezes, se entristeceu e quase sempre se revoltou.

Em 2021, diante da câmara, Susana Moreira Marques procura colocar-se no lugar de Maria Lamas e olhar para o lugar que as mulheres ocupavam antes e ocupam hoje. Uma escritora olha para outra escritora. Uma mulher e outra mulher. Mais de setenta anos as separam. O livro é o mesmo, na sua desmesura.

O que este documentário propõe então, enquanto gesto fílmico, é um diálogo, um jogo de olhares. Há o olhar de Maria Lamas sobre as mulheres, o olhar da escritora sobre Maria Lamas e o livro, e o olhar da realizadora (do filme) que se envolve e simultaneamente observa todo este processo. Há as imagens e as palavras, de antes e de hoje.

https://gulbenkian.pt/agenda/um-nome-para-o-que-sou/

16.02.2024 | par mariana | exibição de filme, Fundação Calouste Gulbenkian, Maria Lamas

Seeing Being Seen: Territories, Frontiers, Circulations 2022 – IV — María Rojas Arias

Hangar - Centro de Investigação Artística (Rua Damasceno Monteiro 12, 1170-108 Lisboa), sexta-feira, 24.06.22, 19h

Entrada livre

Projecção do filme “Abrir Monte” (Colômbia-Portugal, 2021, 25’, 16 mm. Transfer 4K) seguida de uma conversa entre María Rojas Arias e Raquel Schefer.

Uma programação de Raquel Schefer.

Still do filme 'Abrir Monte'Still do filme 'Abrir Monte'

Iniciado em 2020, o programa “Seeing Being Seen: Territories, Frontiers, Circulations”, uma proposta de Raquel Schefer, procura indagar as questões que atravessam a produção cinematográfica e artística latino-americana contemporânea. Através de formas cinematográficas experimentais, os filmes do programa figuram situações sensoriais de exposição do observador ao olhar do outro, um “ver sendo visto”, experiências de co- presença próximas de um modelo de co-representação que excede o binarismo sujeito/objecto. Os processos de activação, agenciamento e circulação de pontos de vista (humanos e não-humanos: maquínicos, animais, vegetais, minerais) atravessam as obras do programa. Todas elas superam as representações coloniais da paisagem, da natureza e da figura humana, num quadro de reciprocidade e de desantropocentrização, aspecto fundamental num período de catástrofe ecológica iminente — e de ameaça aos povos ameríndios.

Sinopse

A 19 de Julho de 1929, numa aldeia da Colômbia, um grupo de sapateiros planeou uma revolução para transformar as relações de classe e propriedade no país – auto- intitulavam-se “Os Bolcheviques do Líbano Tolima”. Não há registo dessa tentativa revolucionária que durou um só dia. As mulheres da vereda encontram-se com Aura, uma anciã anarquista, com a convicção de que a rebelião se encontra ainda em curso.

Biografias

María Rojas Arias (Bogotá) é uma artista visual e cineasta, formada na Escola de Artes KASK de Gante. O seu trabalho artístico foca-se na imagem em movimento em contextos audiovisuais e instalativos. Trabalha com material de arquivo oficial e não-oficial, procurando articular de maneira expandida as relações com acontecimentos específicos do passado que constituíram, entre outros aspectos, discursos nacionais, políticas de guerra, fundação e colonização de espaços. É co-fundadora de La Vulcanizadora, Laboratorio de Creación en Cine, Artes Visuales y Teatro Expandido.
Recebeu o prémio Next Generation da Fundação Príncipe Claus (Holanda) pelo seu trabalho audiovisual relacionado com a memória da primeira guerrilha da América Latina. O filme Abrir Monte foi exibido em diferentes festivais, tais como Documenta Madrid, Ji.lhava, Beijing, FICUNAM, Oberhausen, Bogoshorts, MIDBO, FICValdivia e Kinoforum. Abrir Monte foi galardoado com o Prémio Short Joy do Ji.hlava International Documentary Film Festival e com o Prémio para a Melhor Curta-Metragem Latino-Americana do Festival Internacional de Cine de Valdivia.

Raquel Schefer é investigadora, realizadora, programadora e docente na Universidade Sorbonne Nouvelle — Paris 3. Doutorada em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais pela Universidade Sorbonne Nouvelle com uma tese dedicada ao cinema revolucionário moçambicano, é mestre em Cinema Documental pela Universidad del Cine de Buenos Aires e licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. Publicou a obra El Autorretrato en el Documental na Argentina, bem como diversos capítulos de livros e artigos em Portugal e no estrangeiro. Foi Professora Assistente na Universidade Grenoble Alpes, docente nas Universidades Paris Est — Marne-la-Vallée, Rennes 2, na Universidad del Cine de Buenos Aires e na Universidad de la Comunicación, na Cidade do México, e investigadora convidada na Universidade da Califórnia, Los Angeles. É bolseira de pós-doutoramento da FCT no CEC/Universidade de Lisboa, no IHC/Universidade Nova de Lisboa e na Universidade do Western Cape e co-editora da revista de teoria e história do cinema La Furia Umana. No CEC, é coordenadora do grupo “Visual Culture, Migration, Globalization and Decolonization” e, no IHC, da Oficina de História e Imagem. É conselheira de programação do International Documentary Film Festival Amsterdam (IDFA).

22.06.2022 | par Alícia Gaspar | abrir monte, cinema, exibição de filme, fronteiras, HANGAR, maría rojas arias, Raquel Schefer, seeing being seen, territórios