Coleção Cinemas Pós-coloniais e Periféricos

O primeiro volume da Coleção Cinemas Pós-coloniais e Periféricos, organizado por Michelle Salles, Paulo Cunha, Liliane Leroux, acabou de ser lançado no evento anual da AIM, Associação de Investigadores da Imagem em Movimento. Reúne aqui um grupo de pesquisadores que, no último encontro da Socine em 2018, pensou, de forma bem geral, novos agenciamentos da imagem e a potência de um cinema feito nas margens, a partir de deslocamentos, diásporas e novas disputas em torno do protagonismo daquele que narra/fala “com o outro”, “a partir do outro” e “ao lado do outro”. link para download gratuito 

 

17.05.2019 | par martalanca | cinema, pós-coloniais

Elinga Teatro 1988/2018

A estreia do documentário ‘Elinga Teatro 1988/2018’, dirigido por Paulo Azevedo, acontece no dia 21.05 (terça-feira), às 19h00, no Elinga Teatro  a propósito da comemoração do 31º aniversário da companhia e será seguida de debate/conversa com o realizador, o produtor e parte do elenco.

   O filme é um dos nove vencedores da  terceira edição do Programa CPLP Audio Visual - DOCTV III, e terá emissão nos principais canais dos países da Comunidade. 

Um documentário de observação sobre a companhia que há 30 anos fez sua missão mostrar teatro aos luandenses, numa cidade onde os espaços culturais são insuficientes, onde os teatros coloniais desaparecem implodidos e substituídos pela arquitectura que desponta aos céus. O Elinga Teatro vê-se ladeado pelo luxo das novas construções e a miséria dos que vivem nas ruas da baixa transformada, servindo o seu palco e salas polivalentes às estórias que urgem ser contadas.
   Uma âncora cultural, casa de performances, que contribui para a expressão de narrativas na esperança de participar no desenvolvimento do teatro em Angola, estimular a criatividade artística, a inovação e fomentar o intercâmbio cultural. Sendo das poucas companhias com instalações próprias, está baseada num edifício do século XIX, considerado como um “testemunho histórico do passado colonial” até que foi desqualificado em 2011 pelo vigente Ministério da Cultura. A  eminência da demolição de um dos pólos culturais mais activos do país transformou este teatro no seu próprio mito. A cidade uniu-se pela sua sobrevivência e longevidade em demonstrações, vigílias e eventos em homenagem a uma companhia que influência e transcende o próprio espaço.
   O realizador Paulo Azevedo na sua estreia em documentário aborda a história do Elinga numa perspectiva testemunhal, acompanhando o trilho diário de quem o faz existir e deixa ecoar a dúvida do próprio encenador - “Não há qualquer garantia formal que nós vamos continuar neste espaço”.

Paulo Azevedo é realizador e artista visual, vencedor da 3ª edição do CPLP Doc TV, com o documentário “Elinga Teatro 1998-2018”, trabalha internacionalmente, realiza filmes, documentários televisivos, publicidade, vídeo arte e exposições fotográficas.
Formado em cinema pela Afda Film School, viveu em Lisboa, Londres e Cape Town. No seu trabalho explora diversas técnicas cinematográficas para enfatizar as várias questões sociais com que se confronta no presente.
Ficha Técnica:
Título original: Elinga Teatro 1988/2018
Nacionalidade: Angola
Género: Documentário, Drama
Duração: 52 min
Realização: Paulo Azevedo
Produção: Ingrid Fortez e Catumbila Faztudo
Edição: Rui Salvador
Som Design: Paulo Abelho
Correção de Cor: Paulo Menezes
Música: Victor Gama, Paulo Abelho e MCK
FMedia Produções para o DOCTV III - CPLP Audiovisuais 2019

Por INGRID FORTEZ 


 
 

16.05.2019 | par martalanca | Elinga Teatro

Criação artística e formação: perspetivas para o futuro

Com Graça Fonseca, Ministra da Cultura

Moderação de Ana Cristina Cachola, Curadora e Professora Universitária 16 de maio, 17h_18h ARCOlisboa 2019

Espaço de Apresentações, Pátio Nascente Cordoaria Nacional, Avenida da Índia, Lisboa

Estudantes universitários, alunos e alunas de escolas de artes de todo o país são convidados a participar num encontro com a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, que se realiza no dia 16 de maio, quinta-feira, pelas 17h, no âmbito da edição de 2019 da ARCOlisboa.

O encontro Atividade artística em Portugal: perspetivas para o futuro surge de uma proposta feita à Ministra da Cultura pela organização da ARCOlisboa e tem como principal propósito auscultar as futuras gerações de profissionais de artes, artistas e agentes artísticos. Estudantes de artes de universidades e escolas portuguesas são convidados a participar numa conversa aberta com a Ministra da Cultura, colocando questões, partilhando as suas expetativas e múltiplas perspetivas sobre o que poderá ser o futuro da atividade artística em Portugal

O encontro é aberto a toda a comunidade de estudantes de artes e envolve um convite especial a onze escolas e universidades participantes no programa A Arte e os seus Públicos, uma iniciativa conjunta da ARCOlisboa e da Câmara Municipal de Lisboa que, pelo segundo ano consecutivo, permite a centenas de alunos e professores de artes de todo o país o acesso livre à Feira de Arte Contemporânea de Lisboa.

A sessão de perguntas e respostas terá uma duração limitada e recomenda-se às alunas e alunos que desejam garantir a sua intervenção o pré-registo a partir das 16h45 no espaço de apresentações da ARCOlisboa, Pátio Nascente da Cordoaria Nacional, onde irá decorrer o encontro. A participação na sessão de perguntas e respostas é reservada a estudantes do ensino superior, alunos e alunas de cursos de artes. 

 

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16.05.2019 | par martalanca | Arco e os seus públicos

Ciclo de Debates: interculturalidade, língua comum e política da língua

13 de maio 2019 | 18H30 NOVA FCSH | Auditório 1, Torre B Há uma política da língua para os novos desafios da cidadania?

Conversa  António Branco (Professor do Dep. de Informática, FC-UL), José António Pinto Ribeiro (Ministro da Cultura, no XVII Governo Constitucional), João Costa (Secretário de Estado da Educação, Professor da NOVA FCSH, investigador no CLUNL), Teresa Lino (Professora da NOVA FCSH, Investigadora no CLUNL) Moderação Carla Baptista (Jornalista, Professora da NOVA FCSH, investigadora no ICNOVA)

A Língua portuguesa é, tal como outras línguas europeias, uma língua falada em várias nações, nomeadamente do continente africano e, nessa medida, um dos elementos fundamentais do diálogo entre diferentes povos e culturas. A política da língua é, por isso, fundamental no relacionamento internacional dos países europeus, nomeadamente pela sua condição pós-colonial, sendo também cada vez mais importante para responder aos desafios da diversidade cultural e do multilinguismo no seu próprio espaço nacional, em virtude das novas migrações. O processo da globalização e as novas tecnologias da informação trazem ainda outras questões ao papel das línguas na construção das formas da sociabilidade e da cultura, hoje também moldadas pela linguagem digital. As línguas estão pois na confluência de transformações fundamentais das sociedades contemporâneas. Há uma política da língua para os novos desafios da cidadania: os desafios da interculturalidade, da coesão social e da comunicação digital?

Organização: NOVA FCSH (Lisboa) - ICNOVA (Instituto de comunicação) Apoio: Associação de Estudantes (AE FCSH),  Núcleo de Estudantes Africanos e Lusófonos

(NEAL-FCSH) e Núcleo de Estudantes Africanos (NEA-FCT) AFRICAN-EUROPEAN NARRATIVES

Um projeto da NOVA FCSH com o apoio do Programa Europa Para os Cidadãos. 

13.05.2019 | par martalanca | interculturalidade, língua

“Bidon – Nação Ilhéu”

Este documentário, realizado pelos cabo-verdianos Celeste Fortes e Edson Silva, retrata a estória de três personagens femininas e vai mostrar como é que cada um vive a sua relação com o bidão que chega de fora. Um dos casos é de uma menina que vive permanentemente em contacto com a sua mãe, que vive nos Estados Unidos, através do envio de bidões. Outro caso é de uma senhora que tem o sonho de receber o bidão, mas nunca o recebeu. “Ao longo do documentário, vamos ver como é que ela alimenta este sonho de receber um bidão, inclusive porque ela já viveu nos Estados Unidos, mas apesar disso, nunca recebeu um bidão e a partir do percurso que ela faz por algumas lojas da ilha vai procurando as memórias dessa experiência de vida lá fora e vai alimentando este sonho de receber um bidão”. 

A terceira personagem é uma “rabidante” que compra os produtos que vêm nos bidões e a partir da venda desses produtos ela sustenta a sua família.

O “Bidon – Nação Ilhéu”, segundo a mesma fonte, costura essas três estórias para mostrar como é que o bidão é uma peça fundamental na economia e na sustentabilidade do país. Por razões logísticas e orçamentais toda a estória foi construída na Ilha de São Vicente, entretanto, sublinhou que o curioso é que a partir de São Vicente foi possível ter contacto com outras ilhas e outros países, a partir deste projeto.

10.05.2019 | par martalanca | cabo verde, cinema, “Bidon – Nação Ilhéu”

«Canhão de Boca» de Ângelo Lopes

Canhão de Boca, de Angelo Lopes é um documentário inserido no Programa CPLP Audiovisuall, produzido pela O2 Cabo Verde
No contexto de luta de libertação de Guiné-Bissau e Cabo Verde, Amílcar Cabral usava a expressão “Canhão de Boca” para se referir à Rádio Libertação como arma mais poderosa do que todo o arsenal de guerra que pudessem possuir. A partir da experiência cabo-verdiana e mas com um olhar sobre o mundo, o documentário “Canhão de Boca” ficciona um programa de rádio com Amélia Araújo, uma das vozes da Rádio Libertação que deu corpo aos programas de difusão dos ideais da luta entre 1964 e 1973; e Rosário da Luz, voz que incorpora a informação crítica como luta da desconstrução contemporânea em Cabo Verde. As suas lutas são próprias de cada tempo, mas são, na sua essência, lutas comuns.
Hoje porque lutamos? Um dos maiores legados filosóficos da luta pela independência é o princípio de que, para sermos livres, precisamos pensar pelas nossas cabeças. Para isso, é essencial combater qualquer tipo de colonialismo e a nossa subjugação a este(s).
Este documentário elege a rádio, meio de comunicação e expressão vinculado à voz, como veículo da discussão contemporânea em torno da utopia da liberdade. A partir de eventuais confrontos, interessam as relações que o espectador reconstrua a partir do seu próprio pensamento.
Com: Amélia Araújo, Rosário Luz e Nuno Andrade Ferreira
Realização: Angelo Lopes Direção de Produção: Samira Pereira Direção de Fotografia: Mamadou Diop Edição de Imagem e Assistente de Camêra: Edson Silva D Sonoplastia: Kisó Oliveira Técnico e Corrector de som: David Medina Correção de Cor: Manuel Pinto Barros Investigação: Celeste Fortes Assistente de Produção: Vanisia Fortes Assistente Administrativa-Financeira: Aldina Simão Design Gráfico: Oficina de Utopias Canhão de Boca é um documentário inserido do Programa CPLP Audiovisual e co-produzido pela O2 Cabo Verde e a (CPLP) Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, em parceria com a RTC - Rádio Televisão de Cabo Verde

10.05.2019 | par martalanca | Canhão de Boca, cinema

Debate “História de Angola, as abordagens das diferentes gerações” na UCCLA

No dia 15 de maio, a partir das 17h30, a Mercado de Letras Editores e a UCCLA, a propósito da publicação da 3.ª edição da obra de Alberto Oliveira Pinto - “História de Angola. Da Pré-História ao Início do Século XXI” - propõem-se lançar o debate sobre as perspetivas das diferentes gerações a respeito da História de Angola. Num debate moderado pelo jornalista Fernando Alves, e na presença do Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, vamos contar com os seguintes intervenientes:

- Geração mais jovem: Frederico Lutumba, Helena Wakim Moreno e Júlia Mbumba;

- Geração menos jovem: Adolfo Maria, Alberto Oliveira Pinto, José Ribeiro e Castro e Tomás Gavino Coelho.

08.05.2019 | par martalanca | angola, história

Walter D. Mignolo - Decolonialidade depois da Guerra Fria

Durante a Guerra Fria, a descolonização era o meio para um fim específico: a libertação. E a libertação significava a expulsão do território dos ocupantes imperiais para que os locais (Indígenas, nativos) tomassem conta do seu destino. A conferência de Bandung mantém-se como a referência desse tempo. Libertação não significava nem capitalismo nem socialismo, mas descolonização, a criação do seu próprio estado-nação. O fim da Guerra Fria mudou radicalmente o cenário, fechando alguns caminhos e abrindo novos. Bandung provou-se então ter sido também o sinal da des-ocidentalização.

Nesta conferência, Walter Mignolo, filósofo, professor catedrático, diretor do Centro de Humanidades e Estudos Globais da Universidade de Duke, distinguido com o prémio William H. Wannamaker, autor de livros como The Darker Side of Western Modernity: GlobalFutures, Decolonial Options(2011) e Histories/GlobalDesigns: Coloniality, Subaltern Knowledges, and BorderThinking (1999 e 2012), aborda o significado, o potencial e os limites da decolonialidade após a Guerra Fria, explorando as suas consequências culturais, políticas e económicas.

17 MAI 2019 SEX 18:30 Grande Auditório Culturgest

 Entrada gratuita* Duração 1h30

*Entrada gratuita, sujeita à lotação e mediante levantamento de bilhete no próprio dia a partir das 18:00

Em inglês sem tradução simultânea

Não haverá live streaming

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06.05.2019 | par martalanca | Walter D. Mignolo

Oficinas, Percursos e Visitas em Maio para os + novos e famílias

 

Museu da Marioneta
PRIMAVERA POR UM FIO · Oficina · dom. 26, 10h30

Casa Fernando Pessoa
QUANDO VEJO ESTA LISBOA · Percurso · qua. 22, 15h

Cinema São Jorge
INDIE JÚNIOR · Oficinas · entre 2 e 12

Castelo de S. Jorge
ANTES DO CASTELO · Visita guiada · dom. 5, 11h
ORDENS MILITARES RELIGIOSAS · Artes bélicas · dom. 12, 11h
NOITE DOS MUSEUS · sáb. 18, das 20h30 às 24h

LU.CA Teatro Luís de Camões
Visitas ao LU.CA

Museu Bordalo Pinheiro
MUSEU BORDALO PINHEIRO INVADE O MERCADO DE ALVALADE · Oficinas
sáb. 4, das 10h às 13h
VAMOS DESENHAR COM… · Oficina de desenho com Jeanne Waltz
sáb. 25, das 15h às 17h30
PASSEAR NA LISBOA DE BORDALO · Visita-percurso · sáb. 25, das 15h às 17h
BENJAMIN RABIER, ILUSTRAÇÕES DO ROMANCE DA RAPOSA DE AQUILINO RIBEIRO
Exposição · 17 de Maio a 15 de Setembro
Actividades com entrada livre: Visitas Guiadas, Sessão de Leitura e Desenho e Oficina de Desenho · entre os dias 18 e 28

Museu de Lisboa (vários Núcleos)
COMEMORAÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS · Visitas e oficinas
de 17 a 19

Museu de Lisboa - Palácio Pimenta
AZUL E BRANCO, OS AZULEJOS DO PALÁCIO PIMENTA · Visita-jogo · dom. 5, 11h30

Museu de Lisboa - Santo António
O CULTO POPULAR A SANTO ANTÓNIO · Visita orientada · dom. 5, 15h30

Padrão dos Descobrimentos
MAMÃ CHALEIRA · Oficina para pais e filhos · dom. 12, 10h30

03.05.2019 | par martalanca | EGEAC

Wywiad z Nástio Mosquito / Interview with Nástio Mosquito

In the video, the curator of the Army of the Individual Idiom Nastio Mosquito ponders the issues of artist’s identity and responsibility through the voice of James Baldwin, also commemorating the recently deceased Bisi Silva, a Nigerian female artist. Bisi Silva died in a hospital in Lagos on 12 March, aged 54. She was a resourceful curator who funded a non-profit art gallery and education centre in Nigeria’s biggest city of Lagos, which enabled the artistic scene to flourish, allowing contemporary African artists to gain wider recognition. Materials and sources used: - James Baldwin’s speech entitled „The Moral Responsibility of the Artist”, which he gave at the University of Chicago in 1963 https://www.youtube.com/watch?v=PlnDb…, - Richard Sandomir’s article, issued on 25 February 2019 in The New York Times, - interview with Nastio Mosquito by Kasia Tórz from 13 December 2018. realizacja: Irek Bednorz koncepcja: Nástio Mosquito

 

03.05.2019 | par martalanca | Nástio Mosquito